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Neurologia, psiquiatria, transtornos alimentares, reumatologia e ortopedia nutrição

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Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
Depressão 
W3 → apresenta efeito positivo na depressão 
DSM – 5 
5 sintomas por 2 semanas: 
1. Humor deprimido 
2. Anedonia – Situação na qual o indivíduo não 
sente vontade de fazer nada 
3. Falta de esperança, desespero, sentimento de 
culpa ou desvalia 
4. Perda de peso ou apetite/ganho de peso ou 
apetite 
5. Agitação psicomotora/letargia 
6. Fadiga ou falta de energia 
7. Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio 
8. Dificuldade de concentração 
9. Insônia/hipersonia 
Recomendações dietéticas 
- Dieta rica em proteínas de AVB e cálcio 
- Ferro, Tiamina (B1), Riboflavina (B2), Niacina (B3), 
B6 e B12 
- Carboidratos complexos 
Com o objetivo de manter a glicemia estável 
CHO simples – Hipoglicemia de rebote – pico glicêmico 
de excitabilidade, com queda de glicose na corrente 
sanguínea pós pico – rebaixamento de energia e 
atividade 
(Recomendação em patologias do SNC) 
- Restringir tiramina para pacientes sob uso de 
inibidores da monoaminooxidase (MAO) 
- Exagero na alimentação – estabelecer dieta 
hipocalórica 
- Suplementos líquidos são mais facilmente digeridos 
- W3 na alimentação 
- Zinco e Magnésio – parecem melhorar os sintomas 
- Fontes de ácido fólico e biotina – A deficiência desses 
cofatores é comum nos deprimidos 
- Dieta a base de Proteína e Carboidrato 
- Fornece triptófano (Banana, aveia, lentilha, arroz 
integral, feijão) que é precursor da serotonina 
 
 
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) 
Doença mais comum do sistema motor 
- Neurodegenerativa 
- Afeta neurônios motores superiores e inferiores – 
impede a comunicação de neurônios motores e sistema 
digestivo 
- Inicio focal bulbar ou espinhal 
- Mutações desdobradas do gene cobre-zinco 
superóxido dismutase (SOD1) podem estar envolvidas 
- ELA – Envolve degeneração progressiva, atrofia, 
fraqueza muscular: por isso; o nome AMIOTRÓFICA 
- Homens > Mulheres 
- 40 – 70 anos de idade 
- SNC – permanece bem 
- Pela baixa irrigação das regiões costuma cursar com 
disfagia e constipação 
Intervenção nutricional na ELA 
 Evitar a desnutrição e desidratação 
 100% de origem familiar e 52% dos pacientes 
com ELA esporádica apresentam 
hipermetabolismo 
 Elevação da GER em cerca de 10% 
(paradoxal) 
 Observe-se que, em vários estudos, a 
homocisteina (HCy) elevada apresenta efeitos 
neurotóxicos (B6, B9 e B12) 
Hipermetabolismo na ELA 
 Aumento do esforço respiratório devido a 
atrofia muscular 
 Processo infeccioso por pneumonia por 
Broncoaspiração (ITR) 
 Desequilíbrio das mitocôndrias como 
diminuição da produção de energia 
 Ativação do sistema nervoso autônomo 
 Presença de fasciculações musculares e 
aumento da demanda muscular de nutrientes 
 Aumento da produção de citocinas por 
leucócitos 
Cálculo de necessidades 
Harris-Benedict + 
 10% Hipercatabolismo 
 10% Termogênese 
 10% AF – Deambulando 
OU 35Kcal/Kg/dia, com possível margem de erro de 
150 a 259 Kcal/dia 
 
 
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
Alto teor de → Lipídios mono e poliinsaturados 
30 – 35mL/Kg/dia para adultos OU 
35mL/Kg/dia - Homens 
30mL/Kg/dia – Mulheres 
25mL/Kg/dia – Idosos 
1mL/Kg/dia – Enteral 
ATENÇÃO AS FIBRAS, CONSISTÊNCIA DAS 
PREPARAÇÕES, ORIENTAÇÕES DE TÉCNICA DE 
DEGLUTIÇÃO E MASSAGEM ABDOMINAL 
Medicação → Riluzol - Diminui danos no neurônio 
motor 
- Cafeína pode aumentar a sua concentração sérica, 
não associar. 
 
Deve se utilizar a ESCALA DE GRAVIDADE DA 
ESCLEROSE LATERAL AMIOTÓFICA para avaliar 
nível funcional da deglutição 
Autismo → Glutamato causa excitotoxicidade (No SNC) 
Doença de Alzheimer (DA) 
Placa Beta-amiloide (Aβ) – Impede a condução das 
informações entre um neurônio e outro 
Principal causa de demência 
> 60 anos 
- Maior tendência com aumento da idade 
- Chumbo, Ferro, Alumínio, Cobre e Zinco - Estão 
associados a patogênese da DA, pois catalisam a 
produção de radicais livres e induz a demência – 
Podem piorar 
- Danos mitocondriais, estresse oxidativo, indicadores 
de insulina debilitados, homocisteina elevada, baixo 
nível de folato e alto nível de colesterol 
- A apolipotreína-E4 é uma proteína localizada no 
cromossomo 19, que liga o β-amiloide e está envolvida 
no transporte do colesterol 
↓ 
Implicações cardiovasculares e nutricionais 
Fatores de risco 
 Colesterol 
 Diabetes – DA é a diabetes tipo 3 – 
Considerado em alguns artigos 
 Hipertensão 
 Tabagismo 
 Baixa biodisponibilidade de Zn – medicamento 
Intervenção nutricional 
Dietas ricas em: 
 Ácidos graxos insaturados 
 Vitaminas 
 Antioxidantes 
 Curcumina 
 Polifenóis (vinho) 
 Alho 
 Resveratrol 
 Alguns temperos 
- Dieta com esses compostos tem menor proporção de 
desenvolver DA 
- Suprem o início da neurodegeneração 
Vitaminas que geram menor risco 
-B1, B6, B9, B12, B3, C, E, D, o mineral selênio e o W3 
 Reduzem a homocisteina 
Colina → faz várias contribuições metabólicas para os 
fosfolipídeos da membrana celular 
Fontes 
Ovos (principalmente nas gemas), carne de vaca 
(principalmente cérebro e fígado), peixe, porco, aves, 
feijão, nozes, ervilhas e produtos de soja 
Acrescentar os aminoácidos: Tirosina, triptófano e 
colina que servem como precursores de 
neurotransmissores cerebrais 
A carnitina derivada dos aminoácidos lisina e metionina 
parece eficaz em retardar a deterioração mental na DA 
Não utilizar suplementação de ferro desnecessária, 
pode aumentar a produção da proteína precursora da 
placa amiloide 
Progressão da ELA
Perda progressiva da 
função bulbar e 
músculos 
respiratórios
Disfagia oral e 
faríngea
Restrição Kcal e PTN 
pneumonia e sepse 
por broncoaspiração
GTT
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
Doença de Parkinson (DP) 
Segunda causa de demência 
Início após os 50 anos 
- A carência de B9 está relacionada ao 
desenvolvimento de DP 
- Disfunção nos secretores de dopamina 
Medicação → Levodopa → compete com as proteínas 
Levodopa X Proteínas 
Digestão e absorção 
Ação se inicia em 30 min e pode levar até 2 – 3 horas 
para ser absorvido 
- Aguardar esse período para fazer a próxima refeição 
proteica 
Estratégia → tomar medicação 1 hora antes das 
refeições ou distribuir as ptn nas refeições ao longo do 
dia com orientação nutricional ou limitar as ptn 
dietéticas no café da manhã e almoço, e adicionado nas 
refeições noturnas, quando não efeito da medicação 
compromete menos a rotina 
Efeitos colaterais da L-dopa 
Anorexia, náuseas, redução do olfato, constipação e a 
boca seca 
↑ Fibra e H2O 
Intervenção nutricional 
 Evitar suplementar vit. B6 junto com L-dopa → 
é cofator para a dopa descarboxilase, para não 
ter efeito da dopamina periférica 
 Evitar alimentos ricos em L-dopa como a fava 
 Evitar aspartame 
 Evitar suplementações acima da DRI de 
magnésio – tem ação muscular antioxidante, 
anti-inflamatória e neuroprotetor 
 Compostos fenólicos – resveratrol (uva) 
curcumina (açafrão), apocinina (fitoterápico), 
epilogalocatequina (chá verde) 
 Vitamina D 
 W3 
Acrescentar os AA: Tirosina, triptófano e colina – 
servem como precursores de neurotransmissores 
cerebrais 
 
 
Estudos indicam bons resultados na DP com: 
Redução – carnes vermelhas substancia presente 
 Hemina → radicais livres → toxicidade 
 Reduzir B2 
 Glutationa 
Reposição da vitamina B2 
 15% da população tem deficiência da 
flavoquinase 
 Redução da ingestão de alimentos fontes 
 Repor os gastos para recuperar a glutationa 
Atenção para o volume hídrico ingerido e consistência 
 Adequar consistência ao grau de disfagia 
 Pode ser necessário uso de Espessantes 
 Cítricos aumenta, a salivação (risco de 
disfagia) 
 Ficar atento ao risco de Broncoaspiração Ficar atento a localização da sonda (ideal pós 
pilórica, pode ser necessário ostomia em 
estágio avançado das doenças demenciais) 
 - Rico em B6, porém não pode suplementar 
Esquizofrenia 
Pacientes também apresentam: Vícios, ansiedade, 
desordens depressivas, asma, doença pulmonar 
obstrutiva crônica, DM2 
- DPOC ↑ mortalidade prematura visto a doença cardíaca e o 
câncer subdiagnósticados 
Medicações utilizadas → Efeitos colaterais 
 Aumento de peso 
 Transtornos metabólicos (síndrome 
metabólica) 
 Transtornos cardiovasculares (dislipidemia) 
 Morte prematura associada a doenças comuns 
 Deficiência de manganês 
Intervenção nutricional 
 Sensibilidade ao glúten → Permeabilidade 
intestinal e nas anormalidades imunológicas 
 Levando a sintomatologia neurológica e 
psiquiátrica, podendo ser interessante a 
exclusão do glúten da dieta desses pacientes. 
(Precisa de mais estudos) 
 NAC → N-acetilcísteina → ajuda a aumentar os 
níveis de glutationa, um antioxidante natural do 
organismo 
 Metionina → antioxidante 
 W3 → coadjuvante 
 L-tiamina → reduz ansiedade e psicopatologia 
 B9 → reduz Homocisteina (proteção cardíaca) 
 B3, Zn, B6 → manter níveis normais reduz os 
sintomas 
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
Transtornos alimentares 
 Anorexia nervosa 
 Bulimia nervosa 
 Transtorno de compulsão alimentar periódica 
 Pica 
 Transtorno de ruminação 
 Transtorno evitativo/restritivo da ingestão de alimentos 
 Ortorexia nervosa 
 Vigorexia 
Anorexia nervosa 
Limitação da ingestão de alimentos devido a obsessão de magreza e o medo mórbido de ganhar peso 
- Início é marcado por restrição dietética progressiva com a eliminação de alimentos considerados “engordantes”, como 
os carboidratos 
Não há uma verdadeira perde de apetite, mas sim, uma recusa alimentar 
Critérios diagnósticos para anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno da compulsão alimentar no DSM-5 e CID-
10 
DSM-5 CID-11 Foi retirado do critério amenorreia 
Anorexia nervosa 
A. Restrição da ingestão alimentar relacionada às necessidades, levando a um peso corporal significativamente baixo, 
no contexto da idade, sexo, etapa do desenvolvimento e saúde física. Um peso significativamente baixo é definido 
como o peso que é menor que o minimamente normal, ou para as crianças e adolescentes, menor do que o mínimo 
esperado. RESTRIÇÃO CALÓRICA 
B. Medo intenso de ganhar peso ou se tornar gordo, ou comportamentos persistentes que interferem com o ganho de 
peso, mesmo com o peso significativamente baixo. 
C. Perturbação na forma que vivencia o peso e a forma corporal. Influência indevida do peso ou forma corporal sobre 
a sua autoavaliação ou persistente falta de reconhecimento da gravidade do baixo peso atual 
Especificar o tipo atual: Tipo restritivo – durante os últimos 3 meses, o indivíduo não apresentou episódios de 
compulsão alimentar ou comportamentos purgativos (vômitos auto induzidos ou uso inapropriado de laxativos, 
diuréticos ou enemas). 
Tipo compulsão alimentar/purgação – durante os últimos 3 meses, o indivíduo apresentou episódios de compulsão 
alimentar ou comportamento purgativos (vômitos auto induzidos ou uso inapropriado de laxativos, diuréticos ou 
enemas). PURGATIVA 
Peso corporal significativamente baixo para a altura, idade, estágio de desenvolvimento e histórico de peso do 
indivíduo que não se deve à indisponibilidade de alimentos e não é mais bem explicado por outra condição médica. 
Uma diretriz comumente usada é o IMC menor que 18,5 kg/m2 em adultos e IMC para idade abaixo do percentil 5 em 
crianças e adolescentes. A rápida perda de peso (por exemplo, mais de 20% do peso corporal total em 6 meses) pode 
substituir a diretriz de baixo peso corporal, desde que outros requisitos de diagnóstico sejam atendidos. Crianças e 
adolescentes podem apresentar falha no ganho de peso conforme o esperado, com base na trajetória de 
desenvolvimento individual e não na perda de peso. 
Especificar gravidade atual (o 
nível mínimo de gravidade é 
baseado, para adultos, no IMC, 
ou, para crianças e adolescentes, 
no percentil de IMC; o nível de 
gravidade pode ser aumentado 
para refletir os sintomas clínicos, o 
grau de comprometi mento 
O baixo peso ou forma corporal é supervalorizado e é central para a 
autoavaliação da pessoa, ou o baixo peso ou a forma corporal da pessoa são 
incorretamente percebidos como normais ou até excessivos. A preocupação com 
o peso e a forma, quando não declarada explicitamente, pode se manifestar por 
comportamentos como verificar repetidamente o peso corporal usando balanças, 
verificar o formato do corpo usando fitas métricas ou reflexos em espelhos, 
monitorar constantemente o conteúdo calórico dos alimentos e buscar 
informações sobre como perder peso ou comportamentos extremos de esquiva, 
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
funcional e a necessidade de 
supervisão): 
Leve: IMC ≥ 17 kg/m2 
Moderada: IMC = 16 -16,99 kg/m2 
Grave: IMC = 15 -15,99 kg/m2 
Extrema: IMC < 15 kg/m2 
como se recusar a ter espelhos em casa, evitar roupas apertadas ou recusar-se 
a saber o peso ou comprar roupas com o tamanho especificado. 
 
Classificação: 
AN com IMC significativamente baixo: IMC = 14 - 18,5 kg/m2 ou 0,3-5º percentil) 
AN com IMC perigosamente baixo: IMC < 14 kg/m2 ou < 0,3 percentil 
AN em recuperação com peso corporal normal: IMC > 18,5 kg/m2 ou > 5º 
percentil, associado à manutenção de um peso saudável e ausência de 
comportamentos destinados a reduzir o peso corporal 
Outra AN especificada 
AN inespecífica 
 
Tipos: Padrão restritivo: restrição da ingesta alimentar ou jejum associado ou não 
a aumento do gasto energético. 
Padrão de compulsão-purgação: o baixo peso corporal é mantido através de 
restrição alimentar, comumente acompanhado de comportamentos purgativos no 
intuito de se livrar do alimento ingerido (i.e., autoindução de vômitos, abuso de 
laxantes ou enemas). 
 
DSM – Não tem amenorreia 
OMS - Amenorreia 
Critérios diagnósticos segundo a classificação internacional de doenças e problemas relacionados a saúde, 
OMS: 
 Há perda de peso ou, em crianças, falta de ganho de peso, e o peso corporal é mantido pelo menos 15% 
abaixo do esperado ou abaixo do normal (IMC ≤17,5Kg/m2)
 A perda de peso é autoinduzida. E evita-se “alimentos que engordam” 
 Há uma distorção da imagem corporal na forma de psicopatologia especifica de um pavor de engordar 
 Um transtorno endócrino generalizado envolvendo o eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal é manifestado, em 
mulheres, como amenorreia, e em homens como perda de interesse e potência sexuais (uma exceção aparente 
é a persistência de sangramentos vaginais em mulheres com anorexia nervosa que estão recebendo terapia 
de reposição hormonal, mais comumente tomada como uma pílula contraceptiva 
 Se o início é pré-puberal, a sequência de eventos da puberdade é demorada ou mesmo detida (o crescimento 
cessa; nas garotas, as mamas não se desenvolvem e há uma amenorreia primária; nos garotos, os genitais 
permanecem juvenis). Com a recuperação, a puberdade é com frequência completada normalmente, porém a 
menarca é tardia. Os seguintes aspectos corroboram com o diagnóstico, mas não são elementos essenciais: 
vômitos autoinduzidos, purgação autoinduzida, exercícios excessivos e uso de anorexígenos e ou diuréticos 
Quadro clinico 
 Osteopenia e fratura 
 Hipocalemia 
 Arritmias 
 Elevação de colesterol 
 Neutropenia/linfocitose 
 Hipoglicemia 
 Alterações das enzimas hepáticas 
 Hipercarotenemia (liberação dos estoques de gordura) 
Terapia Nutricional 
Objetivos: Restabelecer o peso adequado, normalização do padrão alimentar, da percepção de fome e saciedade, 
correção do padrão alimentar, da percepção de fome e saciedade, correção das sequelas biológicas e psicológicas da 
desnutrição, e cessar os episódios de compulsão alimentar e uso demétodos compensatórios, caso existam 
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
Educacional - Compreende a avaliação nutricional (com consecutiva formulação de diagnóstico nutricional) e a 
intervenção inicial, geralmente mais calcada na educação alimentar e, em alguns casos, na dietoterapia 
Experimental - Envolveria o uso intensivo do aconselhamento nutricional 
Metas individuais de acordo com suas necessidades especificas 
Aplicar o diário alimentar: quais alimentos foram consumidos e a quantidade, os horário e locais das refeições, a 
ocorrência de compulsão ou purgação, a companhia durante as refeições, uma “nota” para o quanto de fome estava 
sentindo antes de alimentar-se e outra para o quanto de saciedade ele obteve com aquela ingestão, além dos 
sentimentos associados 
Ganho de 900g a 1,3Kg/semana – enfermaria e 250g a 450g/semana – ambulatório 
Consumo energético de 30 a 40Kcal/Kg/dia, podendo chegar até 70 a 100Kcal/Kg/dia com a progressão do 
tratamento 
Nos casos de AN, muitas vezes a internação hospitalar e utilização de alimentação via sonda ou nutrição parenteral 
é necessária 
Controle de peso deve ser periódico 
Na AN, não existe um consenso frente a qual índice de massa corporal justificaria a internação hospitalar ou 
mesmo qual a porcentagem de perda de peso em relação ao usual seria indicador para a internação e aplicação da 
TN 
Alguns autores consideram que IMC < 13 associado ou não a outras complicações. Outros consideram perda superior 
a 30% do peso usual ou a presença de complicações clínicas com risco de morte 
A TNE é sempre preferível 
Na fase inicial de recuperação ponderal, a TN deve fornecer 20Kcal/Kg de peso atual/dia ou 10Kcal/Kg de peso 
atual/dia em pacientes gravemente desnutridos 
A fórmula enteral deve ter composição padrão, ser isotônica, com densidade calórica de 1 Kcal/mL e, em alguns 
casos, hipogordurosa e sem fibras 
Bulimia Nervosa 
Compulsão alimentar periódica e métodos compensatórios inadequados para evitar ganho de peso, pelo menos duas 
vezes por semana por 3 meses 
- Indivíduos com bulimia nervosa em geral sentem vergonha de seus problemas alimentares e tentam esconder os 
sintomas. A compulsão alimentar normalmente ocorre em segredo ou da maneira mais discreta possível. Com 
frequência continua até que o indivíduo esteja desconfortável ou até mesmo dolorosamente cheio 
- O antecedente mais comum da compulsão alimentar é o efeito negativo 
Outros gatilhos incluem fatores de estresse interpessoais; restrições dietéticas; sentimento negativo relacionado ao 
peso corporal, à forma do corpo e a alimentos; e tédio 
 Indivíduos com bulimia nervosa estão geralmente dentro da faixa normal de peso ou com sobrepeso (IMC > 18,5 kg/m2 e 
< 30 em adultos) 
 Irregularidade menstrual ou amenorreia ocorrem com frequência em mulheres com bulimia nervosa; não está claro se tais 
perturbações estão relacionadas a oscilações no peso, a deficiências nutricionais ou a sofrimento emocional 
Prevalência maior em adultos 
DSM → 1 x/sem a cada 3 meses 
 
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
Bulimia Nervosa 
A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é 
caracterizado pelos seguintes aspectos: 
1. Ingestão, em um período de tempo determinado (p. ex., dentro de cada período de duas 
horas), de uma quantidade de alimento definitivamente maior do que a maioria dos indivíduos 
consumiria no mesmo período sob circunstâncias semelhantes. 
2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio (p. ex., sentimento de não 
conseguir parar de comer ou controlar o que e o quanto se está ingerindo). 
B. Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes a fim de impedir o ganho de peso, 
como vômitos autoinduzidos; uso indevido de laxantes, diuréticos ou outros medicamentos; jejum; 
ou exercício em excesso. 
C. A compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios inapropriados ocorrem, em média, 
no mínimo uma vez por semana durante três meses. 
D. A autoavaliação é indevidamente influenciada pela forma e pelo peso corporal. 
E. E. A perturbação não ocorre exclusivamente durante episódios de anorexia nervosa. 
Especificar se: 
Em remissão parcial: Depois de todos os critérios para bulimia nervosa terem sido previamente 
preenchidos, alguns, mas não todos os critérios, foram preenchidos por um período de tempo 
sustentado. 
 Em remissão completa: Depois de todos os critérios para bulimia nervosa terem sido previamente 
preenchidos, nenhum dos critérios foi preenchido por um período de tempo sustentado. 
 
Especificar a gravidade atual: O nível mínimo de gravidade baseia-se na frequência dos comportamentos 
compensatórios inapropriados (ver a seguir). O nível de gravidade pode ser elevado de maneira a refletir 
outros sintomas e o grau de incapacidade funcional. 
 
Leve: Média de 1 a 3 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana. 
Moderada: Média de 4 a 7 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana. 
Grave: Média de 8 a 13 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana. 
Extrema: Média de 14 ou mais comportamentos compensatórios inapropriados por semana. 
 
As principais mudanças nos critérios diagnósticos da BN foram em relação à frequência dos episódios de compulsão 
e compensação, que foram reduzidos, e a exclusão dos subtipos, uma vez que a literatura indicou que indivíduos que 
eram diagnosticados com BN do subtipo não-purgativo recebiam relativamente menos atenção, e a definição dos 
critérios de compensação inadequada (dietas, jejuns, exercício físico excessivo) não era clara 
OMS 
 O paciente sucumbe a episódios de hiperfagia, nos quais grandes quantidades de alimento são consumidas 
em curto período (pelo menos 2 vezes/semana durante um período de 3 meses) 
 Preocupação persistente com o comer e um forte desejo ou sentimento de compulsão a comer 
 O paciente tenta neutralizar os efeitos de “engordar” por meios de vômitos autoinduzidos, purgação 
autoinduzida, períodos de alternação de inanição e ou uso de drogas, como anorexígenos, laxantes, 
preparados tireoidianos ou diurético. Quando a bulimia ocorre em pacientes diabéticos, eles podem 
negligenciar seu tratamento insulínico 
 Há uma autopercepção de estar muito gordo, com pavor intenso de engordar, e ocorre a realização de 
exercícios excessivos ou jejuns 
 
 
 
 
 
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
Quadro clínico 
 Paciente apresenta face arredondada, inchada devido ao aumento das parótidas 
 Sinal de Russel: Erosões e calosidades nas mãos – indução do vômito 
 Alterações dentárias: efeito do ácido gástrico no esmalte dos dentes 
 Hipocalemia (diuréticos) e alcalose metabólica (vômitos), hipomagnesemia, hiperamilasemia 
 Acidose metabólica (laxantes – perda de bicarbonato nas fezes) 
 Alcalose hipoclorêmica (vômitos) 
 Desidratação 
 Pneumonia (microaspirações) 
 Atrofia das vilosidades intestinais (laxantes) 
 Aumento da prolactina 
 Bradicardia (perda de líquidos e eletrólitos) 
 Erosões na garganta e esôfago 
 Hematêmese – quando há lesão esofágica sangrante 
Características Anorexia Bulimia 
Sexo predominante Feminino Feminino 
Métodos de controle de peso Diminuição da ingestão Vômitos 
Crises de compulsão Rara Constante 
Peso no diagnóstico Redução de forma acentuada Quase normal 
Exercício ritualizado Usual Raro 
Amenorreia Aproximadamente 100% Aproximadamente 50% 
Comportamento antissocial Raro Frequente 
Alteração cardiovascular Comum Não tão comuns 
Alterações cutâneas Usual (pele seca, descamada, queda 
de cabelo) 
Raras 
Hipotermia Usual tecido adiposo ↓ Rara 
Complicações clínicas Hipocalemia, arritmias, aumento de 
colesterol total, Neutropenia, 
linfocitose, hipoglicemia, alteração 
de enzimas hepáticas 
Hipocalemia, hipomagnesemia,arritmias, aspiração, ruptura de 
varizes gástricas e esofágicas 
Percepção de quadro interno Não tem consciência Maior consciência 
Autocontrole Controla melhor a ânsia de comer Menor capacidade de controle 
 
Terapia Nutricional 
Objetivos: Diminuir as compulsões e uso de métodos compensatórios inadequados, minimizar as restrições 
alimentares, estabelecer um padrão regular de refeições, incrementar a variedade de alimentos consumidos, corrigir 
deficiências nutricionais, estabelecer práticas de alimentação saudáveis, e normalizar as funções do TGI 
(esvaziamento gástrico lento, distensão gástrica, constipação) 
 Conhecimento sobre a doença e suas consequências 
 Redução da preocupação com o peso e aceitação do seu corpo 
 Medas individuais de acordo com suas necessidades específicas 
 Aplicar o diário alimentar: quais alimentos foram consumidos e a quantidade, os horários e locais das 
refeições, a ocorrência de compulsão ou purgação, a companhia durante as refeições, uma “nota” para o 
quanto de fome estava sentindo antes de alimentar-se e outra para o quanto de saciedade ele obteve com 
aquela ingestão, além dos sentimentos associados 
 Em pacientes com BN, a TN a ser instituída é a TN oral que visa à redução ou a eliminação do ciclo de 
voracidade alimentar e purgação 
 O planejamento nutricional, para o fornecimento energético e proteico regular e adequado às necessidades 
nutricionais do paciente, associados à EN, apoiados na psicobioterapia (reabilitação nutricional psicobiológica) 
A maioria absoluta (75%) dos que se alimentam compulsivamente acabam sendo obesos. E até 40 % 
dessas pessoas apresentam algum quadro psiquiátrico associado 
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
Transtorno De Compulsão Alimentar Periódica (TCAP) 
A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é 
caracterizado pelos seguintes aspectos: 
1. Ingestão, em um período determinado (p. ex., dentro de cada período de duas horas), de uma quantidade de 
alimento definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria no mesmo período sob circunstâncias 
semelhantes. 
2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio (p. ex., sentimento de não conseguir parar 
de comer ou controlar o que e o quanto se está ingerindo). 
B. Os episódios de compulsão alimentar estão associados a três (ou mais) dos seguintes aspectos: 
1. Comer mais rapidamente do que o normal. 
2. Comer até se sentir desconfortavelmente cheio. 
3. Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome. 
4. Comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo. 
5. Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida. 
C. Sofrimento marcante em virtude da compulsão alimentar. 
D. Os episódios de compulsão alimentar ocorrem, em média, ao menos uma vez por semana durante três 
meses. 
E. A compulsão alimentar não está associada ao uso recorrente de comportamento compensatório 
inapropriado como na bulimia nervosa e não ocorre exclusivamente durante o curso de bulimia nervosa 
ou anorexia nervosa. 
 
Terapia Nutricional 
Objetivos: Cessar os episódios de compulsão alimentar e promover, de forma moderada, lenta e sustentável, a perda 
de peso, se esta for necessária 
Terapia nutricional semelhante a utilizada nas situações de BN 
Aplicar o diário alimentar: quais alimentos foram consumidos e a quantidade, os horário e locais das refeições, a 
ocorrência de compulsão, se refeição foi planejada ou não, uma “nota” para o quanto de fome estava sentindo antes 
de alimentar-se e outra para o quanto de saciedade ele obteve com aquela ingestão, além dos sentimentos e 
pensamentos associados 
Pica 
A. Ingestão persistente de substâncias não nutritivas, não alimentares, durante um período mínimo de um mês. 
B. A ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares, é inapropriada ao estágio de desenvolvimento do 
indivíduo. 
C. O comportamento alimentar não faz parte de uma prática culturalmente aceita. 
D. Se o comportamento alimentar ocorrer no contexto de outro transtorno mental (p. ex., deficiência intelectual 
[transtorno do desenvolvimento intelectual], transtorno do espectro autista, esquizofrenia) ou condição médica 
(incluindo gestação), é suficientemente grave a ponto de necessitar de atenção clínica adicional. 
 
Embora deficiências de vitaminas e minerais (p. ex., zinco, ferro) tenham sido descritas em alguns casos, 
frequentemente nenhuma outra anormalidade biológica é encontrada. Em algumas ocasiões, a pica chega à atenção 
clínica somente acompanhando complicações médicas gerais (p. ex., problemas intestinais mecânicos; obstrução 
intestinal, como a que resulta de um bezoar; perfuração intestinal; infecções como toxoplasmose e toxocaríase em 
decorrência da ingestão de fezes ou sujeira; intoxicação, como pela ingestão de tinta à base de chumbo). 
A pica ocorre em ambos os sexos. Ela pode ocorrer em mulheres durante a gestação; entretanto, pouco se sabe a 
respeito de seu curso no período pós-parto 
A atenção nutricional deve ser incluída visando à redução de danos no organismo. O nutricionista deve orientar o 
paciente, ensinando novas formas de reduzir sintomas indesejáveis da gravidez, de prevenir e curar a anemia ferropriva 
– quando houver, além de suplementar em casos extremos. Uma vez que muitas das manifestações de pica podem 
levar a complicações nutricionais, consequências devem ser devidamente explicadas 
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
Transtorno de Ruminação 
A. Regurgitação repetida de alimento durante um período mínimo de um mês. O alimento regurgitado pode ser 
remastigado, novamente deglutido ou cuspido. 
B. A regurgitação repetida não é atribuível a uma condição gastrintestinal ou a outra condição médica (p. ex., refluxo 
gastroesofágico, estenose do piloro). 
C. A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o curso de anorexia nervosa, bulimia nervosa, 
transtorno de compulsão alimentar ou transtorno alimentar restritivo/evitativo. 
D. Se os sintomas ocorrerem no contexto de outro transtorno mental (p. ex., deficiência intelectual [transtorno do 
desenvolvimento intelectual] ou outro transtorno do neurodesenvolvimento), eles são suficientemente graves para 
justificar atenção clínica adicional. 
 
Comum em lactentes 
 Lactentes com transtorno de ruminação exibem uma posição característica de tencionar e arquear as costas 
com a cabeça fletida para trás, fazendo movimentos de sucção com a língua e dando a impressão de obterem 
satisfação com tal atividade. Eles podem ficar irritados e famintos entre episódios de regurgitação. 
 A perda ponderal e o insucesso em obter o ganho de peso esperado são características comuns em lactentes 
com transtorno de ruminação. 
 A desnutrição pode ocorrer a despeito da aparente fome do lactente e da ingestão de quantidades 
relativamente grandes de alimentos, sobretudo em casos graves, quando a regurgitação segue imediatamente 
cada episódio de alimentação e o alimento regurgitado é expelido. A desnutrição pode ocorrer também em 
crianças mais velhas e em adultos, em particular quando a regurgitação é acompanhada por restrição da 
ingestão. 
O TRATAMENTO ENVOLVE O ACOMPANHAMENTO CLÍNICO DAS COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO COMPORTAMENTAL 
Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo 
A. Uma perturbação alimentar (p. ex., falta aparente de interesse na alimentação ou em alimentos; esquiva 
baseada nas características sensoriais do alimento; preocupação acerca de consequências aversivas 
alimentar) manifestada por fracasso persistente em satisfazer as necessidades nutricionais e/ou energéticas 
apropriadas associada a um (ou mais) dos seguintes aspectos: 
1. Perda de peso significativa (ou insucesso em obter o ganho de peso esperado ou atraso de crescimento em 
crianças). 
2. Deficiência nutricional significativa. 
3. Dependência dealimentação enteral ou suplementos nutricionais orais. 
4. Interferência marcante no funcionamento psicossocial. 
B. A perturbação não é mais bem explicada por indisponibilidade de alimento ou por uma prática culturalmente 
aceita. 
C. A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o curso de anorexia nervosa ou bulimia nervosa, e 
não há evidência de perturbação na maneira como o peso ou a forma corporal é vivenciada. 
D. A perturbação alimentar não é atribuível a uma condição médica concomitante ou mais bem explicada por outro 
transtorno mental. Quando a perturbação alimentar ocorre no contexto de uma outra condição ou transtorno, sua 
gravidade excede a habitualmente associada à condição ou ao transtorno e justifica atenção clínica adicional. 
 
SEM DISTORÇÃO DE IMAGEM 
O transtorno alimentar restritivo/evitativo manifesta-se mais comumente em crianças do que em adultos, e pode haver 
uma grande demora entre a manifestação inicial e a apresentação clínica. Fatores que desencadeiam a apresentação 
variam consideravelmente e incluem dificuldades físicas, sociais e emocionais. 
 
 
 
 
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
Ortorexia nervosa 
É um comportamento obsessivo patológico, caracteriza-se pela fixação por saúde alimentar, qualidade dos 
alimentos e pureza da dieta (livre de herbicidas, pesticidas e outra substâncias artificiais). Tal comportamento 
alimentar ainda é pouco explorado na literatura cientifica por diversas razões. É possível que, por não ser um TA 
oficialmente reconhecido, a Ortorexia nervosa tenha número limitado de trabalhos publicados 
 
 
 
 
 
Ortorexia nervosa X AN e BN 
Na AN e na BN, os dois transtornos alimentares mais conhecidos, o motivo para deixar de comer de forma adequada 
é o medo de engordar 
Na Ortorexia Nervosa não há medo de engordar. Pessoas com ON não apresentam distorção de autoimagem 
corporal 
Como é a alimentação do ortoréxico? 
Não existe um padrão único de dieta (no início parece saudável e normal e depois se torna uma fixação por alimentos 
saudáveis) 
Assim evitam aqueles alimentos considerados impuros: como corantes, conservantes, gorduras trans, açúcar, sal, 
agrotóxicos, pesticidas, alimentos transgênicos (OGM), entre outros. Também associam uma preocupação com a 
forma de preparo (verdura cortadas de determinada forma) e os utensílios utilizados na preparação dos alimentos (só 
de madeira ou de cerâmica) 
Reconhecimento e sinais de ON 
Inicia uma busca obsessiva por normas ou regras de alimentação saudável e não percebe a extrema preocupação 
com a dieta prejudica outras áreas de sua vida 
Sinais de alerta: rigidez, comer sem prazer, isolamento (afastam-se socialmente e em função da sua dieta saudável), 
déficit de nutrientes (queda do cabelo, unhas quebradiças, déficit de memória e concentração, confusão, desmaios) e 
finalmente, emagrecimento. 
Vigorexia 
Os indivíduos acometidos pela Vigorexia frequentemente se descrevem como “fracos e pequenos”, quando na verdade 
apresentam musculatura em níveis acima da média da população masculina, caracterizando uma distorção da imagem 
corporal. Ainda é um quadro não validado nem presente nos manuais diagnósticos em psiquiatria (CID-10 e DSM-V) 
Estes se preocupam de maneira anormal com sua massa muscular, o que pode levar ao excesso de levantamento de 
peso, prática de dietas hiperproteicas, hiperglicídicas e hipolipídicas, e uso indiscriminado de suplementos proteicos, 
além do consumo de esteroides anabolizantes. 
Vigorexicos não praticam atividades aeróbicas, pois temem perder MM. Estas pessoas evitam exposição de seus 
corpos em público, pois sentem vergonha, e utilizam diversas camadas de roupa, mesmo no calor, com intuito de evitar 
esta exposição 
Não há descrição do tratamento para a Vigorexia, em sua maior parte, prática são “emprestadas” do tratamento de 
quadros correlatos e não devem ser entendidas como definitiva 
MINIMO DE ENERGIA PARA ALCANÇAR A RDA É 1200Kcal 
Há que se considerar, ainda, a 
delicadeza de assunto claramente 
paradoxal, por focalizar o lado 
insalubre de um comportamento 
alimentar “obsessivamente 
saudável”
A Ortorexia nervosa não se encontra 
definido no manual de diagnósticos 
de TA da APA, DSM-V, ou mesmo 
no manual de diagnósticos da OMS, 
CID 1030. Tão pouco há um 
consenso sobre a Ortorexia nervosa
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
Doenças reumáticas 
- Abrangem mais de 100 manifestações diferentes do tecido conjuntivo e doença artrítica marcada por dor, 
degeneração e inflamação das articulações 
Os tecidos mais frequentemente afetados são: 
 Tecidos intersticiais 
 Vasos sanguíneos 
 Cartilagem 
 Tendões/ligamentos 
 Membranas sinoviais 
A etiologia na maioria das doenças reumáticas permanece desconhecida 
Artrite 
Termo que descreve vários problemas dolorosos que afetam os ossos e as articulações. Pode ser aguda de curta 
duração ou crônica 
Alternância entre períodos de remissão ou ausência de sintomas e fulgores ou piora dos sintomas 
- Frequentemente sem etiologia identificável 
Artrite crônica: Reumatoide, Osteoartrite e Gota 
INFLAMAÇÃO NA DOENÇA ARTRÍTICA 
A inflamação é o componente mais debilitante da artrite 
Como em outras doenças autoimunes, os anticorpos são formados e reagem com componentes do tecido e causam 
inflamação e outros problemas 
O processo inflamatório é iniciado pela produção de prostaglandinas e leucotrienos 
As prostaglandinas, por sua vez, são responsáveis pela produção de certas citocinas associadas ao processo 
inflamatório 
 
Ímpar → anti-inflamatório 
Par → inflamatório 
 
 
•As protaglandinas (inflamatórias) são produzidas a partir dos acidos graxos W3 e W6. Os W6 são 
os constituintes de acidos graxos mais abundantes nas dietas ocidentais
•Destaca-se o acido araquidonico, que é precursos das prostaglandinas de série- 2 e 4 (mediadores pró-
inflamatórios). O W3 mais comum, o ácido eicosapentanóico (EPA), é encontrado primariamente em 
óleos de peixe, e é precursor das prostaglandinas de série- 3 e 5 (mediadores anti-inflamatorios)
•As dietas com doses suplementares (2,6g) de W3 têm mostrado melhorar os sintomas enquanto se 
reduz as doses de drogas antiartríticas
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
Artrite reumatoide 
→ Autoimune 
→ Inflamação em várias articulações 
→ Pode atingir crianças, jovens, adultos e idosos 
É um distúrbio sistêmico crônico autoimune com fatores genéticos e ambientais (especialmente o hábito de fumar) 
envolvidos 
As manifestações clinicas da AR podem ser divididas em articulares e extra articulares 
Sendo uma doença sistêmica, sintomas gerais como: 
 Febre 
 Astenia 
 Fadiga 
 Mialgia 
Podem preceder ou acompanhar o início das manifestações articulares 
 
 
Estima-se que um paciente com AR é 1,5 a 2 vezes mais propenso a desenvolver infarto do miocárdio que a população 
em geral 
AR e obesidade 
Doença articular incapacitante → dificulta a atividade física – reduz gasto calórico → ↑ gordura corporal e ↓ massa 
muscular 
Glicocorticoides → ↑ do apetite e acúmulo de gordura 
Implicações: 
 Carga imposta às articulações: Elas sofrerão dano estrutural, levando mais facilmente à Osteoartrite 
secundária 
 Associação já mencionada entre AR e aterogênese acelerada 
 Papel do tecido adiposo no próprio processo inflamatório: níveis alterados de adipocinas séricas estão 
associados a artrite reumatoide 
A inflamação crônica começa na membrana sinovial e progride 
para a cartilagem da articulação
Qualquer articulação pode ser afetada sendo as articulações pequenas das 
extremidades das mãos e pés são as mais afetadas
Queixas comuns: dor, 
inflexibilidade e o 
inchaço
Inchaço ou intumescimento são causados pelo 
acúmulo de líquido na membrana que reveste as 
articulações e pela inflamação dos tecidos ao 
redor
Maisfrequente no sexo 
feminino na faixa etária 
de 30 -50 anos
Aterosclerose 
aumenta a inflamação
Doenças 
cardiovasculares
Aumenta a 
mortalidade
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
AR e vitamina D 
Menor índice de vitamina D → Nos indivíduos com AR → Correlação inversa entre vitamina D e AR 
 
Energia → varia de acordo com a individualidade da inflamação 
 → suficiente para manter o peso desejável ou usual 
PTN → desnutridos ou inflamação aguda → 1,5 a 2,0 g/Kg/dia 
 – Com uma proporção de caloria não proteica/gN2 de 150:1 
Determinar objetivamente as necessidades proteicas reais, em estudo do balanço de nitrogênio deve ser completo em 
cada individuo 
LIP → W3 – anti-inflamatório, pode reduzir o uso de medicações – 2 – 4g/dia 
Conduta nutricional – Vitaminas e Minerais 
Não suplementar além da RDA 
Suplementação individualizada → necessidade ou nível alterado do nutriente 
Atenção para níveis séricos e ingestão de cálcio, ácido fólico, vitamina E, zinco e selênio 
Interação droga nutriente: 
Metratexarto (droga modificadora do curso da doença DMCDs – convencionais) → suplementar folato 
Dieta mediterrânea no TTº da AR 
- Alta capacidade antioxidante 
- Grandes quantidades de vitamina C e E, carotenóides e Polifenóis 
Estágios avançados da doença → ocasionar osteoporose e osteomalácia 
Fatores envolvidos: Envelhecimento, deficiência de Ca e Vit. D, AF diminuída, terapia de corticosteroide, falta de luz 
do sol 
Dieta do mediterrâneo → melhora a dor e rigidez articular → reduz inflamação → reduz marcadores inflamatórios → 
aumento na [ ] de W3 
 
 
•O envolvimento articular das articulações pequenas e grandes pode limitar a habilidade de 
executar a AVDs incluindo apetite, compras, preparo e consumo de alimentos
•O envolvimento da articulação temporomandibular pode impactar a habilidade de mastigar e deglutir e 
necessitar de mudanças na consistência da dieta
•História dietética → Revisar a dieta usual do indivíduo, o impacto da dificuldade, pos de alimentos 
consumidos e mudanças na tolerância alimentar secundária aos disturbios orais, esofágicos e intestinais
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
Probióticos no TTº da AR 
- Terapia adjuvante na AR 
- Reduz inflamação 
- 8 Semanas de suplementação: 
 Diminuição dos níveis séricos de proteina C reativa de alta sensibilidade (hs-CRP) 
 Redução de articulações doloridas e inchadas 
 Redução significativa de agentes pró-inflamatórios (como o TNF-alfa) e interleucina-12 (IL-12), e aumento de 
marcador anti-inflamatório, como a interleucina-10 (IL-10)) 
DIETA RICA EM SÓDIO – AUMENTA INFLAMAÇÃO 
Osteoartrite (Artrite degenerativa) – vitamina C 
É a forma mais comum de artrite 
- Pode ocorrer após lesões e outras doenças das articulações 
Pode ser influenciada por desarranjos congênitos e mecânicos das articulações 
- É ocasionada por desgaste articular + elevação de mediadores inflamatórios 
 Degradação da cartilagem articular seguida de esclerose do osso de base causa inflamação e dor na 
articulação ao redor 
 Articulações mais afetadas → interfalangiana, polegar, e especialmente as articulações dos joelhos, quadris, 
tornozelos e espinha que suportam a carga do peso do corpo 
 Início é marcado pela rigidez, usualmente ao levantar-se de uma cadeira ou depois de ficar em pé, que progride 
para sensações de “dor”. Uma ou mais articulações podem ser afetadas, e os sintomas são usualmente 
confinados às partes afligidas 
A Osteoartrite difere da Artrite reumatoide. Enquanto a Osteoartrite é uma inflamação relacionada com 
desgaste das articulações por um problema mecânico (sobrecarga constante da referida articulação), a Artrite 
reumatoide é caracterizada como uma doença sistêmica e autoimune 
Terapia Nutricional 
 O peso em excesso expressa um peso adicionado nas articulações que suportam o peso 
 A doença limita aumento do GET com atividade física 
 O consumo de energia deve ser suficiente para manter/atingir peso adequado 
Distribuição de macronutrientes 
 Moderada em proteina 
 Moderada em CHO (preferir cereais integrais, verduras, frutas – garantir ingestão de antioxidantes) 
 Lipídeos: juntamente com uma razão W6:W3 – menor que 4:1 (últimos estudos – aumento de W3 sugerido 
como benéfico) 
 Garantir o consumo adequado (segundo DRI) de Ca e Vit D (muitos pacientes com Osteoartrite não consomem 
produtos lácteos e cálcio suficientes) 
Def. B6 - Pode ser responsável pelo desenvolvimento de lesões tipo osteoartríticas 
Investigar e intensificar o consumo de Mg (avaliar suplementação principalmente em idosos) 
Vit C – Diminuem o risco de progressão da Osteoartrite, mais ainda que B1, B6, B3 e B9 
As vit C, E e os antioxidantes β-carotenos não previnem o início da Osteoartrite 
 
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
Osteoporose 
Doença esquelética sistêmica caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da microarquitetura do osso. É a 
principal doença que afeta, principalmente, a mulher que está na terceira idade, incapacitando e invalidando a cada 
ano milhões de mulheres no mundo inteiro 
40 anos → 60 anos → 70 anos 
 
 
 
 
 
 
 
Normal → Osteopenia → Osteoporose 
 
 
 
 
 
 
 
Eleva o risco de fraturas com traumas leves ou atividades diárias 
Regiões mais comuns: punho, colo do fêmur e vertebras 
↓ Da Massa óssea entre 30 – 40 anos de aproximadamente 0,5% ao ano 
Acentuasse após a menopausa (redução do estrógeno que regula o metabolismo ósseo e cálcio) 
Fatores de risco 
Genéticos e biológicos Comportamentais e ambientais 
História familiar Alcoolismo 
Raça branca Tabagismo 
Escoliose Inatividade – sedentarismo 
Osteogênese 
imperfeita 
Má nutrição 
Menopausa precoce Baixa ingestão de cálcio, vitamina D 
Artrite reumatoide Amenorreia induzida por excesso de exercícios 
Doença de má absorção Dieta de alta ingestão de fibras – fitatos 
 Dieta de alta ingestão de fosfatos – ↑P >> PTH >> reabsorção óssea de Cálcio 
 Dieta de alta ingestão de ptn e NaCl 
 Perda urinária de Ca somente quando há baixo consumo desse mineral 
 
 
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
Menopausa 
É fator de risco pela diminuição no nível de estrógenos 
CDN 
 Ingestão adequada de cálcio (pelo menos 1200mg) e vitamina D (400 a 800 UI). Ingestão de cálcio (através 
de alimentos) adequada em todas as fases da vida - Institute of Medicine (IOM) 2011 
 Atenção para a presença de fatores que interferem na biodisponibilidade de cálcio: fitatos (alimentos vegetais, 
especialmente os grãos secos, farelo de trigo >> formação de complexos insolúveis no pH intestinal reduzindo 
a absorção de Ca) e oxalatos (folhosos como acelga e espinafre, carambola, chás) 
 Exposição adequada ao sol 
 Limitar ingestão de cafeína 
 Atividade física regular 
 Manter níveis adequados de estrógenos (reposição de hormônios) 
 Evitar tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas em excesso 
Pós-menopausa 
Para prevenção da perda óssea: Na pós-menopausa imediata, a terapia hormonal pode e prevenir a osteoporose 
- A ingestão de cálcio não deve ser inferior a 1500mg (dieta ou suplemento) 
 Dieta rica em frutas e verduras 
 Fitoestrógenos (isoflavonas da soja: imitam a ação dos estrógenos, estimulam ação dos osteoblastos e inibem 
osteoclastos) 
 W3 (associado com ganho de massa óssea) 
 Potássio (reduz a reabsorção óssea a curto prazo) 
 Magnésio, flúor, ácido fólico, vitaminas B6 e B12 
 Vitamina K (ativação de proteínas ósseas) 
 Vitamina D 
 
Dieta – exercício – estrógeno 
Evitar atividades de impactoe agilidade como: tênis, golfe e boliche, por exemplo 
 
 
 
O Boro atua na manutenção da 
densidade mineral óssea, agindo 
como um estrógeno mimético. 
Fontes: Frutas, vegetais folhosos, 
nozes e leguminosas, vinho, cidra e 
cerveja
Vitamina A: quando ingerida em 
grandes doses (> 1500 µg de retinol 
equivalentes) , estimula os 
osteoclastos e inibe os osteoblatos, 
com aumento do remodelamento 
ósseo e diminuição da densidade 
mineral óssea
Sal: bastam 4 semanas com uma 
dieta elevada em sódio (> 15 -
17g/dia de sal), pode provocar um 
aumento significativo da reabsorção 
óssea. Ingestão adequada de sódio 
para < 5 - 6g/dia
Cafeína: moderar o consumo de 
cafeína pode ter efeito benéfico, visto 
o efeito diurético da cafeína com 
potencial na excreção urinária de 
cálcio
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
Suplementação de Cálcio e Vitamina D na Osteoporose 
A suplementação de Ca é controversa, seja isolado ou associado a vit D, visto que em determinados grupos 
populacionais a suplementação esteve associada a maior risco de DCV 
A ingestão adequada de Ca através da dieta deve ser estimulada, seguindo as recomendações do IOM, por faixa etária, 
tendo em vista o baixo consumo de Ca pela população brasileira (< 400mg/dia) 
 
Antes de iniciar tratamento da osteoporose dosar 25 hidroxivitamina D (25(OH) D) 
Reposição: inicial com 50.000UI/semana durante 8 semanas após reavaliar 
Manutenção: 1000 - 2000UI/dia e valores séricos acima de 30ng/mL para a prevenção do hiperparatireoidismo 
secundário, melhoria da massa óssea, redução do risco de quedas 
Tratamentos com altas doses de vitamina D não são indicados – ↑ absorção de cálcio – calcificação 
Osteoporose e doenças inflamatórias autoimunes 
 
PICO DE MASSA ÓSSEA É NA ADOLESCÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitamina D
Absorção intestinal do Ca
Atuação na 
musculatura periférica 
e equilíbrio reduzindo 
quedas
Fraturas no quadril e 
osteoporose 
•A osteopore representa uma característica extra-articular bem estabelecida da Artrite reumatóide
•As razões pelas quais os pacientes com doenças autoimunes inflamatórias têm maior propensão a 
desenvolver osteoporose são complexas
•Também presente na esclerose múltipla e no lúpus eritematoso sistêmico
•A inflamação sistêmica e hipovitaminose D parecem desempenhar um papel central
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) 
Doença inflamatória crônica de origem autoimune, cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e 
progressiva (em meses ou mais rapidamente em semanas) e variam com fases de atividade e de remissão 
Lúpus 
 Cutâneo - manchas na pele (geralmente avermelhadas ou eritematosas) 
 Sistêmicos – uma ou mais órgãos internos são acometidos 
Sintomas do LES 
 Cansaço 
 Desânimo 
 Febre 
 Emagrecimento 
 Perda de apetite 
 Inflamação na pele (80%), articulações (95%), rins (75%), nervos, cérebro e membranas que recobrem o 
pulmão (pleura) e no coração (pericárdio) 
Provoca sintomas em várias partes do corpo 
Etiologia desconhecida 
Fatores que predispõem: 
 Genética 
 Ambientais (irradiação solar, infecções virais ou por outros micro-organismos) 
 Hormonais 
A doença em si, bem como as medicações (esteroides) afetam o metabolismo de nutrientes, necessidades e excreção 
Alterações devido a atividade inflamatória e efeito de medicamento (corticosteroide) 
↑ TG ↑ VLDL ↓ HDL ↑Insulina 
A função renal pode ser alterada, causando: 
 Excreção excessiva de proteínas (proteinúria) 
 Hematúria (sangue na urina), que pode ser macroscópica ou microscópica 
 Elevação da creatinina sanguínea (indica insuficiência renal) 
 Hipertensão 
O tratamento é feito normalmente com corticoides, cloroquina e anti-inflamatórios 
Casos mais severos necessitam de drogas mais fortes como ciclofosfamida, micofenolato mofetil, azatioprina e o 
próprio corticoide em doses elevadíssimas 
ATENÇÃO 
OS CORTICOSTEROIDES CAUSAM ALTERAÇÕES NAS NECESSIDADES DE PTN, SÓDIO, LÍQUIDO E CÁLCIO 
 
 
 
 
 
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
CDN 
Dieta adaptada as necessidades do paciente 
Caloria: restrição energética de 30 – 40% melhora sobrevida 
Manter peso ideal: 
- 1800 – 2000 calorias/dia (adulto eutrófico sedentário) 
- 2200 – 2500 calorias/dia na atividade física mínima 
Excesso de peso reduzir de 500 – 1000 Kcal/dia na ingestão habitual 
- 1000 – 1200 Kcal/dia para mulheres 
- 1200 – 1400 Kcal/dia para homens 
Proteína 
 As necessidades de ptn são alteradas secundárias à função renal alterada, ocorrendo devido a doença e efeitos 
colaterais de esteroides 
 O excesso proteico está associado a maior perda mineral óssea e, na insuficiência renal crônica no LES a 
oferta proteica > 0,6g/Kg/dia reduz o ClCr 
 A restrição proteica pode levar ao Balanço Nitrogenado negativo na nefrite lúpica e desnutrição 
 A taurina apresenta efeito protetor contra radicais livres 
Lipídeos 
Restrição das gorduras saturadas e o aumento do consumo das insaturadas 
Eicosapentaenoico (EPA) e docosaexaenoico (DHA) reduzindo a produção de eicosanoides inflamatórios derivados do 
ácido araquidônico 
Consumo de linhaça: 
- Pode inibir o fator de ativação plaquetária, comumente elevado na resposta inflamatória de pacientes com LES 
- O consumo de 30g/dia reduz LDL, CT e creatinina sérica em pacientes com nefrite lúpica 
A ingestão de sódio e de líquido são tipicamente restritas devido as alterações renais 
Fibras principalmente as solúveis: 
- Para o controle da hipercolesterolemia e da Síndrome Metabólica no LES 
- Adequar a ingestão de líquidos 
Micronutrientes importantes: 
Ferro, Zinco, selênio, cálcio, cobre, e vitaminas A, D, E, complexo B, e C → Capacidade: anti-inflamatória, antioxidante 
e de manutenção da densidade óssea 
A suplementação com Geleia Real → rica em aminoácidos livres, carboidratos simples, proteínas, ácidos graxos de 
cadeia curta e vitaminas promove redução de colesterol e apresenta atividades imunomoduladora e anti-inflamatórias 
Isoflavonas → Estrutura similar ao 17β-estradiol (E2), possuem efeitos estrogênicos e reduzem a proteinúria e as 
lesões renais associadas à insuficiência renal progressiva 
Resultados controversos: A soja pode acelerar a glomerulonefrite, porém melhorando a função proliferativa das 
células T 
Pasta e grãos de soja 
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
L-cavanine: Aminoácido não proteico 
Grãos (soja), cebola, sementes e brotos de alfafa (principal fonte) e outras plantas 
É um homólogo natural do L-arginina, atuando com atividade antimetabólica, cuja presença pode resultar em redução 
da apoptose celular 
Gota 
Doença metabólica com distúrbio reumático, decorrente do aumento da concentração de ácido úrico no sangue 
(HIPERURICEMIA) e sua precipitação 
 Prevalência em homens 
 Mulheres: efeito uricosúrico do estrógeno 
 Hiperuricemia (nível sérico > 7 mg/dl – homens e > 6 mg/dl – mulheres) 
 Pode ser consequência de redução da capacidade de excreção urinária ou à hiperprodução endógena ou uma 
combinação de ambos 
Manifestações clínicas da Gota 
 Crise recorrentes de inflamação articular 
 Depósitos cristalinos (tofos) no tecido articular, ossos, cartilagem e tecidos moles (preferencialmente 
articulações distais, devido menor temperatura) 
 Cálculos urinários de ácido úrico 
 Nefropatia gotosa 
 
Metabolismo do ácido úrico 
O ácido úrico (AU) resulta do catabolismo das purinas (adenina e guanina), que não foram incorporadas aos ácidos 
nucleicos (quase totalidade) e é a única via de excreção das purinas 
 
•Acomete preferencialmente as articulações de extremidades, como hálux em 75% das ocasiões, 
além de ocorrer em outros sítios como o calcâneo e as demais falanges de pés e mãos
•Início súbito, dorlocal intensa, rubor, aumento de temperatura e edema relevante
•A crisitalização dos sais de urato, excretados pelo rim pode levar à formação de cálculos nas vias 
urinárias e compormetimento futuro da função renal
•Depósito crônico dos cristais pode destruir as estruturas articulares e formar os chamados tofos 
gotosos, localizados no tecido subcutâneo
•A lesão insignificante ou exercício não usual pode estimular os episódios, e os ataques têm sido 
relacionados a bebidas alcoólicas e exercício em excesso
É o principal antioxidante 
hidrofilíco do organismo
Inibe a ação de radicais 
livres sobre as moléculas 
orgânicas, como as que 
compõem a membrana 
celular e o material 
genético
↑ Estresse oxidativo 
→ AU → ↑ DCNT
Níveis séricos normais 
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
 
 
Fatores associados: 
 Dieta (frutose, purina, álcool) 
 Uso de diuréticos 
 Rápido turnover celular 
 Genética 
 Insuficiência renal 
 Fatores de risco cardiovascular 
Terapia nutricional 
Aumentar a oferta hídrica → 3 litros de líquidos → reduz a formação de cálculos urinários 
Dieta relativamente rica em carboidratos e reduzida em lipídeos (reduz excreção de urato), moderada em proteínas 
Restrição calórica excessiva e reduções aceleradas podem acarretar crises de gota, pelo hipercatabolismo proteico 
 
 
 
 
O Álcool é um fator precipitante das crises agudas de gota, e a eliminação de seu consumo torna-se necessária. A 
acidose láctica secundária à intoxicação alcoólica aguda pode reduzir a excreção renal 
O metabolismo do etanol estimula a produção hepática de purina 
O etanol inibe a conversão da droga hipouricemiante alopurinol em seu metabólito ativo, o oxipurinol 
Existe uma baixa adesão de etilistas crônicos a dietas e tratamentos de longo prazo 
Hirperuricemia
Hiperprodução 
endógena
↓ Excreção 
urinária
Gota
Abuso de 
álcool
Obesidade
Resistência a 
insulina
Dislipidemia
Obesidade centrípeta, 
Hiperprodução e 
Hiperexcreção 
Hiperinsulinemia e 
Hipertrigliceridemia, Insulina 
promove a reabsorção renal de 
urato 
↑ AU no sangue e ↓Excreção 
↑ Lactato sobrecarga e 
prejudica a função renal 
Hipertensão arterial, 
elevação dos níveis de LDL-
colesterol 
Doenças Neurológicas e Psiquiátricas 
Transtornos Alimentares 
Doenças reumáticas e ósseas 
 Não realizar restrições rigorosas de purina (baixa adesão e redução de AU) 
 Dietas ricas em proteínas (alto teor de purinas) também estimulam excreção renal 
 Restringir excesso de proteínas e álcool 
 Controlar o peso e exames laboratoriais 
 Restringir alimentos ricos em purinas no estágio agudo 
Alimentos agrupados de acordo com o conteúdo de purina 
Grupo 1: Alto conteúdo de purina 
(100 a 1000mg de nitrogênio de purina por 100g de alimento) 
 Anchova, arenque, cavala, sardinha, coração, rim, ova, mexilhões, tratos de carne, levedura de 
padeiro e de cerveja como suplemento 
 Omitir na gota em estágio agudo e remissão 
Grupo 2: Conteúdo moderado de purina 
(9 a 100mg de nitrogênio de purina por 100g de alimento) 
 Carne, marisco, peixes não referidos acima, aspargos, cogumelos, ervilhas secas, espinafre, feijões secos, 
lentilhas 
Grupo 3: Conteúdo de purina insignificante 
 Açúcar e doces, arroz, macarrão, azeitonas, bebidas carbonadas, bolo, biscoitos, broa de milho, café, 
cereais e produtos cereais, chá, chocolate, condimentos, conservas, frutas, gorduras (em moderação), leite, 
manteiga ou margarina (em moderação), molho branco, natas, nozes, pão branco bolachas, picles, pipoca, 
produtos de macarrão, pudins, queijo, sal, gelatina, sorvete, vinagre. 
ATENÇÃO: O consumo de vegetais ricos em purinas (ervilhas, feijão, espinafre, cogumelo, couve-flor) não foi 
associado com o aumento do risco de gota em diversos estudos, provavelmente devido ao efeito protetor da 
presença de micronutrientes, como folato e vitamina C, e fibra dietética. Do mesmo modo o consumo de leite e 
derivados (sem gordura) principalmente desnatados, esteve associado com menor uricemia devido à presença de 
caseína e lactoalbumina que aparentemente contribuem com a excreção de ácido úrico 
 
Medicações 
A colchicina 
- Abrandar o processo inflamatório agudo 
Após a estabilização do quadro agudo: 
- Alopurinol – redução da síntese de ácido úrico ou Benzobromaroma (desde que não exista o antecedente calculose 
renal)

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