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Fisiopatologia e Dietoterapia nas Doenças do Tratogastrointestinal

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FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 
Halitose 
- Condição de alteração de hálito de forma 
desagradável 
- Pode estar ou não associada a doenças 
- Microbiota com papel importante 
 Causas: 
- Dietas restritiva 
- Pouca ingestão de água 
- Períodos prolongados de jejum 
 
Pode levar a putrefação de mucosa intestinal e 
levar a prejuízo nas enzimas digestivas 
 
Alimentos que podem levar a halitose 
1. Alho 
2. Cebola 
3. Pimenta 
4. Álcool 
5. Leite 
6. Iogurte 
7. Outros alimentos ricos em enxofre 
Microbiota oral: saliva - ↑O2 
Bactérias gram – 
Anaeróbia 
Seborreia lingual: Massa composta de células 
descamadas da boca, bactérias, muco da saliva e restos 
alimentares que aderem à superfície da língua 
- Responsável por grande parte dos tipos de halitose 
TRIMETILAMINÚRIA 
Doença metabólica caracterizada pela falência na rota 
de oxidação da trimetilamina (TMA) para trimetilamina n-
oxido (TMAO) no fígado. 
- Pacientes com odor de peixe no suor, na urina e no 
hálito, principalmente após o consumo de alimentos 
ricos em colina. 
Diabetes: Corpos cetônicos – EM RESPOSTA A HIPERGLICEMIA 
Doenças gastrointestinais: 
 DRGE 
 HERNIA HIATAL 
 DOENÇA DIVERTICULAR 
 SÍNDROMES DE MÁ ABSORÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
- Identificar a causa 
- Beber água com mais frequência 
- Evitar consumir alimentos gordurosos, 
Condimentos, alimentos com odor forte 
- Goma de mascar – aumenta a salivação e age mascarando 
o hálito 
- Balas, DROPS e chicletes são cariogênicos, porém 
podem ser usados o diet ou adoçados com xilitol 
- Escovar os dentes, usar fio dental, visitar o dentista 
regularmente 
- Reduzir intervalos entre as refeições 
- Evitar refeições restritivas 
TCM – Alimentas as bactérias intestinais ↑ produção de 
gases intestinais 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
Gengivite 
Inflamação na gengiva 
- Aguda ou subaguda 
 
TRATAMENTO 
- Ferro (Evitando anemia) 
- Zinco (Permeabilidade gengival) 
- Vitaminas do complexo B: 
 B6 (metabolismo de macronutrientes) 
- PTN dietéticas 
- Vitamina C 
 Barreira gengival 
 Cicatrização 
 Processo inflamatório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
Disfagia 
Desnutrição e desidratação 
 Encefalopatia neurológica 
- Ajuste de consistência 
Possível problema de diminuição de valor nutritivo 
- Sonda Nasoenteral 
 
TRATAMENTO 
- Espessamento de líquidos: 
 Industrializados 
 Adaptações naturais 
- Mudanças do valor nutricional (amido, leite em pó) 
- Considerar aspecto cognitivo 
 
Acalasia de Esôfago 
Desordem de motilidade do Esôfago inferior, 
caracterizado pela ausência de contrações musculares 
nesta região 
- FALHA NO EEI 
↓ nº de células ganglionares (cel com estenose) 
↓ 
↓ inervação colinérgica da musculatura esofágica 
↓ 
Falência do EEI para relaxar e abrir 
↓ 
Disfagia ou dificuldade de deglutição 
↓ 
Regurgitação 
↓ 
Refluxo 
 
- Adaptar a dieta ao grau de disfagia 
- Promover a recuperação do estado nutricional 
- Hipercalórica 
- Hiperproteica 
 
- Monitorar consistência por via oral (liquida) 
- Indicar: Nutrição oral, liquida total ou enteral quando 
houver disfagia para líquidos 
- Evitar sucos e frutas cítricas, condimento e especiarias 
picantes e irritantes 
- Evitar temperaturas elevadas (inflamação da mucosa) 
- Sem concentrações de dissacarídeos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISFAGIA – COMPLICAÇÃO/CONSEQUÊNCIA DA 
ACALÁSIA 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 
DRGE e Esofagite 
Inflamação da mucosa decorrente do refluxo 
- Esofagite – Evitar o refluxo 
 
 Gastrina ↑ PRESSÃO EEI 
CONTEÚDO PROTEICO FECHAMENTO 
 
 CCK ↓ PRESSÃO EEI 
SECRETINA RELAXAMENTO 
 
O esôfago não tolera conteúdo ácido 
- Eructação persistente 
 
Gases produzidos na digestão da lactose ↓ pH do meio 
 Assadura perianal 
Fezes do APLV 
 - NÃO SÃO ÁCIDAS 
Fermentação dos dissacarídeos – Gases ↓ pH do meio 
Esofagite aguda 
- RGE 
- Ingestão de agentes irritantes 
 (Soda caustica / ácido muriático) 
- Irradiação 
 (Radioterapia CA Gástrico) 
- Inflamação viral ou bacteriana 
- Intubação nasogástrica 
 Esofagite eosinófilica – Pós Covid 
 Tratamento de infecção fungica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esofagite crônica 
 
- Disfunção motora do EEI 
- Hérnia por deslizamento / de hiato 
- Retardo do esvaziamento gástrico 
- Esclerose 
- Pressão intra-abdominal (DPOC). Obeso/constipado 
- Pressão reduzida EEI 
- Intervenções cirúrgicas do TGI 
Ressecção esofágica oncológica 
- Vômitos repetitivos 
- Idiopática 
 
Fezes acidas no paciente com intolerância a lactose 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 - Evitar RGE / Combater a inflamação 
- Medidas dietéticas e comportamentais 
- Correção de Hábitos posturais 
- Excluir fatores que promovem o RGE 
- Drogas que aceleram o esvaziamento gástrico e 
reduzem a acidez gástrica 
Medidas comportamentais: 
- Elevar a 15cm a cabeceira da cama / 45° 
- Moderar a ingestão dos seguintes alimentos na 
permanência da correlação com sintomas: cítricos, 
café, bebidas alcoolicas e ou gasosas, menta, 
hortelã, tomate, chocolate 
- Cuidado com medicamentos: anticolinérgicos, 
teofilina, bloqueadores de cálcio, alendronato 
(Alendronato de sódio é um fármaco inibidor 
específico da reabsorção óssea. Pertence a classe 
dos bifosfonatos, utilizado no tratamento da 
osteoporose, principalmente em mulheres) 
- Evitar deitar-se nas 2 horas pós refeição 
- Evitar refeições copiosas (grandes) 
- Suspensão do fumo 
- Redução do peso corporal 
 
Alimentos e Hormônios X EEI 
Gordura (deve ser normo, tendendo a hipo) < 20% 
- ↑ CCK – Relaxa EEI 
Ptn (hiper) – ↑ Gastrina – Contrai EEI 
CHO (deve ser normo, tendendo a hipo) 
 Deve-se evitar fermentação e desconforto 
abdominal 
Secretina, Glucagon, Estrógeno e Progesterona 
RELAXAM EEI 
Leite integral, laranja, tomate, chocolate, chá e café 
RELAXAM EEI 
Fumo - RELAXA EEI 
DIMINUIÇÃO DO TONUS ESOFAGIANO INFERIOR – LIPIDIOS 
CARMINATIVOS – HORTELÂ E MENTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Álcool – Pequena quantidade 
 CONTRAI EEI 
 Grande quantidade 
 RELAXA EEI 
Antiácidos – Neutraliza HCL 
- ↑ pH – GASTRINA – CONTRAI EEI 
Evitar Caldos concentrados em PURINAS 
VET: SUFICIENTE PARA MANTER O PESO IDEAL 
LIP: <20% 
CONSITÊNCIA: AGUDA – LIQUIDA OU SEMI COM 
EVOLUÇÃO ATÉ GERAL 
FRACIONAMENTO: 6 A 8 REFEIÇÕES ↓ VOLUME 
LIQUIDOS: ENTRE AS REFEIÇÕES 
EXCLUIR ALIMENTOS: ↓ PRESSÃO DO EEI E 
IRRITANTES 
NORMO OU HIPER HIDRICO – EVITAR 
HIPOHIDRATAÇÃO 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 
Gastrite 
Inflamação da mucosa gástrica 
Gastrite crônica – Atrofia crônica e progressiva 
↓ Células parietais e principais 
↓ HLC ACLORIDRIA 
↓ Fator intrinseco 
 ↓ 
Deficiência de Vitamina B12 
 ↓ 
Anemia perniciosa 
Aguda 
- Jejum de 24 – 48 horas 
72 horas (sangramento e dor) 
- Lavagem nasogastrica/água gelada –
Homeostase 
- Iniciar dieta liquida evoluindo conforme tolerância 
Crônica 
- Dieta adaptada ao desconforto 
- Consistência branda 
- Sem líquidos nas refeiçõesAtrófica 
- Suplementar B12 
Atentar para má absorção de Ferro e Zinco 
Osteopenia – Relacionada a gastrite atrófica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Úlcera Peptica 
Perdas de áreas do tubo digestório 
Desequlibrio entre defesa e reparo 
Pode levar a HDA, perfuração e a estenose 
Transmural – Atinge todas as camadas 
Etiologia 
H.pylori – Mucolitíca (mais duodenal) 
Gastrite não tratada ou crônica 
Estômago e duodeno 
Grupo sanguineo O (predisposição) 
Úlcera duodenal – ↑ Produção de HLC 
HP: 
 Gram – 
 70% das úlceras gástricas 
 90% das ulceras duodenais 
 Sensiveis a alteração de pH 
- Investigar deficiências nutricionais 
 Principais deficiências: Energia, PTN, Ferro e 
B12 
- Leite como parte da alimentação 
- Trânsito colonoileal 
- Fibras diminuem a concentração dos ácidos 
biliares e reduzem o tempo de trânsito intestinal 
 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
Hérnia de Hiato 
Protusão de parte do estômago pelo músculo 
diafragmático 
- Incompetência do hiato diafragmático 
(SENILIDADE) Envelhecimento patológico 
- Aumento da Pressão intra-abdominal 
(Obesidade, constipação, meteorismo, gravidez, vômitos) 
Acúmulo de gases no intestino ou abdome. 
TRATAMENTO 
- Reduzir a pressão intra-abdominal 
- Manter peso corporal 
- Dificultar a ocorrência do RGE 
- Evitar elementos excitantes e irritantes 
- Favorecer a contratação do EEI 
- Facilitar o esvaziamento gástrico 
 
VET: Suficiente para manter ou recuperar EN 
CHO: 50 – 60% NORMO 
PTN: 10 - 15% 
LIP: 25 - 30% 
Tº : Evitar extremos de temperatura 
Fracionamento: 4 – 5 refeições (evitar longos 
periodos de jejum) 
Positivos: Alimentos ricos em fibra 
 - Agem como tampão 
[↓] Ácidos biliares no estômago 
↓ Trânsito intestinal 
↓ Distensão 
W3 e W6 
Evitar: Álcool, café, pimenta (capsaina) 
 excesso de leite 
Frutas ácidas: Tolerância 
Ambiente tranquilo, comer devagar, mastigando 
bem os alimentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECOMENDAÇÕES 
- Dieta hiperproteica ↑ GASTRINA ↑ EEI 
- Dieta hipolipídica ↓ CCK ↑ EEI 
- Dieta adequada ao estado nutricional 
(hipocalórica se necessário) 
- Refeições pequenas e frequentes 
(episódios agudos) 
- Evitar líquidos durante as refeições 
- Evitar: Chocolate, café, hortelã, alho, menta, 
pimenta e excesso de leite. 
- Não deitar após as refeições e manter a cabeceira 
elevada 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
Gases e Flatulências 
- Rever a quantidade de fibras da dieta 
- Mastigar bem os alimentos com a boca fechada 
- Evitar beber líquidos com canudos 
- Atividade fisica regular 
- Considerar restrição de FODMAPS (Intestino 
irritavel) 
- Restringir alimentos produtores de gás: 
 Repolho, cebola, feijão, cogumelos, 
aspargos, pera, maçã, pêssego, brócolis, 
couve de bruxelas, trigo e batatas) 
Constipação 
Assincronismo dos movimentos peristalticos 
↓ Propulsivo ↑ Retensivo 
- Intestino grosso 
- Fezes endurecidas 
- Esforço a evacuação 
- Sensação de não esvaziamento 
Causas 
- Ausência de resposta imediata á necessidade de 
evacuar 
- Ausência de fibras insolúveis e laxantes 
- Opioides, morfina, opiaceos 
- ↓ Água 
- ↓ Atividade física 
TRATAMENTO 
 Retirar laxantes progressivamente 
 Farelo de trigo, aveia 
 Frutas e legumes – Fibras insolúveis 
 Ameixa preta – potente estimulador da 
motilidade intestinal 
 CHO complexos 
 Reduzir a sacarose 
 PTN e LIP Normo 
– Azeite / Gorduras emulsionadas 
 VET: Manter o peso saudável 
 Potássio e ácidos orgânicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estimular função tônica do intestino 
 T° - Fria ou gelada 
 ↑ Peristalse 
 Fibras (14g/1000Kcal) 
IOM – M= 25g/dia 
 H= 38g/dia 
ADA: 20 – 35g/dia 
 (10 – 13g/1000Kcal) 
Crianças >2anos : (idade+5g) até 20 anos 
Idoso: 10 – 13g/1000Kcal 
Principais fontes de fibra: 
Legumes: 3,11g 
Frutas: 2,8g 
Pães: 1,4g 
Cereais/outros: 1,35g 
Vegetais B (cozido): 1,30g 
Vegetais A (cru): 0,42g 
 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 
FIBRAS SOLÚVEIS 
↑ Estimulo IG reabsorver - Água 
- TRATAR DIARREIA 
 Gomas 
 Pectina 
 Hemiceluloses 
 FOS (efeito probiótico) 
- ↓ Esvaziamento gástrico 
FIBRAS INSOLÚVEIS 
- TRATAR CONSTIPAÇÃO 
 Celulose 
 Ligninas 
 Hemiceluloses 
- Trânsito intestinal 
- Reabsorção de água 
 
Pectina – maçã, casca de frutas cítricas/morango 
Diretrizes para dietas ricas em fibras: 
 6 – 11 porções/dia 
 Verduras, legumes, ↑ fibras 
 ↑ Água – pelo menos 2L 
FOS – Não são digeridos 
Fibras insolúveis- Não são fermentadas 
 
Diarreia 
+ 3x/Dia 
- Perda excessiva de líquidos e eletrólitos (Na, K) 
 Osmótica: 
o Lactose 
o Puxa água/líquidos 
o Nutriente mal digerido 
 Secretiva: 
o Exotoxinas bacterianas ou virais 
o Microorganismos 
o Eletrólitos e Água 
o Infecção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Exudativa: 
o Colite ulcerativa 
o Enterite por radiação 
o Sangue 
o Proteinas plasmáticas 
o Muco e sangue 
o Lesão na parede 
o Descamação 
 Contato mucoso limitado – SIC 
o Exposição inadequada ao quimo no 
epitelio intestinal 
o Partes não funcionantes do intestino 
 
TRATAMENTO 
GRAVE: Reposição de eletrólitos – Médicos 
 Plano de reidratação oral 
DIARREIA INTRATAVEL: Pode precisar de NPT 
 Cirurgia exploratória sem ingestão oral – 7 dias 
REMISSIVA: Probióticos → Recuperar flora 
bacteriana – 109 - 1011 – Bactérias láticas 
- Pct oncológicos, HIV ou doença grave – poucos 
dados disponiveis para uso de suplemento 
probiótico 
 
- Líquidos e eletrólitos a cada evacuação – 
Reidratação oral 
- Evitar em geral leite e derivados 
(Intolerância a lactose transitória) 
- Fibras solúveis (Viscosidade e AGCC) 
- Evitar fibras insolúveis 
- Dieta antifermentativa 
 
 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 
 
Intolerância e Alergia Alimentar 
Reações Imunológicas – Sistêmicas 
Reações Não Imunológicas/Adversas aos 
alimentos – Restritivas 
 Gastroenterites 
 Cafeína no café 
 Tiramina em queijos maturados 
Podem ser desencadedas pela fermentação e 
efeito osmótico de CHO ingeridos e não absorvidos 
- SACAROSE E LACTOSE 
FODMAPs 
 F: Fermentável 
 O: Oligossacarídeos (frutanos, 
galactooligosacarideos) 
 D: Dissacarídeos (lactose, sacarose) 
 M: Monossacarídeos (frutose) 
 And 
 P: Polióis (sorbitol) 
Hipolactasia – Adulto – Pouca produção 
 Congênito 
 Secundária – secundária a patologias 
instaladas que cursem com 
comprometimento de vilosidades – pouca 
lactase 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Padrão ouro para diagnóstico de intolerância à 
lactose: 
TESTE RESPIRATÓRIO DE HIDROGÊNIO 
INSPIRADO 
- Dosagem do hidrogênio expirado após consumo 
de lactose 
TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA À LACTOSE 
- Curva Glicêmica 
Alergia alimentar 
Reações adversas a alimentos, dependentes de 
mecanismos imunológicos, mediados por IgE ou 
não 
Alérgenos – qualquer substância cpaz de estimular 
uma respostas de hipersensibilidade 
- Alérgenos alimentares são na sua maior parte 
representados por quase exclusivamente 
GLICOPROTEINAS hidrossolúveis com peso 
molecular entre 10 e 70 kDA – maior peso 
molecular 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 
Reações mediadas por IgE 
- Reações logo após a exposição (reação imediata) 
Reações cutâneas 
 Urticária 
 Angioedema 
Reações Gastrointestinais 
 Edema, prurido de lábios, lingua ou palato 
 Vômitos e diarréia 
Reações Respiratórias 
 Broncoespasmo 
 Coriza 
Reações Sistêmicas 
 Anafilaxia 
 Choque anafilático 
Reações não mediadas por IgE 
- Não são de apresentação imediata 
- Linfócitos T 
 Proctite 
 Enteropatia induzia por proteina alimentar Enterocolite induzida por proteina alimentar 
Reações mistas 
- Mediadas por IgE associadas à participação de 
linfócitos T e de citocinas pró-inflamatórias. 
Esofagite eosinófilica, gastrite eosinófilica, 
gastroenterite eosinófilica, dermatite atópica e a 
asma 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ler Consenso Brasileiro de 
Alergia alimentar (2018) 
 
TRATAMENTO 
- Essencialmente nutricional e está apoiado sob 
dois pilares 
(A) Exclusão dos alérgenos alimentares 
responsáveis pela reação alérgica com 
substituição apropriada 
(B) Utilização de formulas ou dietas 
hipoalergênicas, em lactentes, em situações de 
APLV 
O objetivo do tratamento nutricional é evitar o 
desencadeamento dos sintomas, a progressão da 
doença e a piora das manifestações alérgicas, 
proporcionar à criança crescimento e 
desenvolvimento adequados e prevenir distúrbios 
nutricionais. 
 
HIPOALERGÊNICOS – Fórmulas parcialmente 
hidrolizadas não devem ser utilizadas para o 
tratamento de APLV 
 
- Fórmulas extensamente hidrolizadas 
- Fórmulas de AA livres 
 
 
 
 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 
Doença Celíaca ou SPRUE não Tropical 
Atrofia de visolidades 
Achatamento das vilosidades 
Hiperplasia de criptas (alongamento) 
- Dentro dos enterócitos – possui células 
imunológicas – produzem e secretam células do 
sistema imunológico 
Duodeno e jejuno proximal 
DC – Enteropatia crônica do intestino delgado por 
exposição ao glúten (principal fração proteíca 
presente no trigo, centeio e cevada) 
- Pode afetar estômago comprometendo o fator 
intrínseco 
 
FRAÇÃO PROTEICA (TÓXICA) DO GLÚTEN 
SOLÚVEL EM ETANOL SÃO AS PROLAMINAS 
TRIGO – GLIADINA 
CENTEIO – SECALINA 
CEVADA – HORDEINA 
AVEIA – AVENINA 
Manifestações clínicas em crianças 
- Diminuição do tecido muscular, subcutâneo e 
atrofia da musculatura glútea 
CDN 
 Suplementar cálcio, ferro, sódio e potássio 
 Suplementar as vitaminas lipossóluveis (K, 
E, D, A), Ácido fólico e vitamina B12 
 Suplementar ácidos graxos W3 
 Reposição de liquídos e eletrólitos 
 Administrar cálcio e vitamina D 
- Corrigir a osteoporose e osteomalácia 
 Suplementos multiplos de vitaminas e 
Minerais (RDA) em casos de 
Má absorção 
 Fornecer TCM 
Calorias e nutrientes 
Lipossolúveis 
 
 
 
 
 
SPRUE Tropical 
Síndrome diarreica adiquirida associada à 
má absorção, que ocorre em muitas áreas 
tropicais como o CARIBE (exceto Jamaica), 
AFRICA CENTRAL E DO SUL, INDIA E 
SUDESTE ASIÁTICO. 
 - Etiologia desconhecida 
- E.coli 
- Mecanismo infeccioso 
 
Fisiopatologia 
- Diarreia parece ser do tipo infecciosa 
- As vilosidades intestinais podem ser 
anormais → hipertrofia de criptas e atrofia 
de vilosidades 
- A mucosa gástrica é atrofiada e inflamada, 
com secreção diminuida de ácido cloridrico 
 
 Vitamina A – Cegueira noturna, glossite, 
estomatite, queilose, palidez e edema) 
 B9, gordura e cobalamina 
 Anemia – Ferro, B9 e B12 
 CDN 
Dieta apropriada à extensão da má 
absorção 
Hiperproteica – recuperar os tecidos 
intestinais 
Pobre em dissacarídeos, lipídeos, celulose 
e isenta de alimentos flatulentos 
Ofertar TCM e líquidos aumentados 
SUPLEMENTAR FERRO, CÁLCIO E 
VITAMINAS DO COMPLEXO B (Ácido 
fólico e B12) – Anemia megaloblástica e 
sintese proteica 
 GLUTÉN É SOLÚVEL EM ETANOL 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 
Doenças Inflamatórias Intestinais 
Inflamação crônica do TGI 
 Retocolite Ulcerativa (RCU) 
 Doença de Chron (DC) 
- Exacerbação 
- Remissão 
- Desconhecido e multifatorial 
 
Doença de Crohn 
- Granulomatosa não-codificante 
- Inflamação Crônica 
- Lesões segmentadas (fracionadas) 
- Não é arredondada, circular 
Pode acontecer da boca ao ânus 
- Região teminal do íleo 
- Cólon 
 
Transmural 
Sangramento digestivo alto 
Mesentério e gânglios linfáticos 
- Estenose – necrose 
 
Retolite é mais comum 
Sangramento digestivo baixo – sangue mais vivo 
 
RCU 
Mucosa do cólon e reto 
- Normalmente mais supercificiais 
- Lesões continuas 
- Diarreia com sangue e muco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DII – CARACTERISTICAS DA DIETA 
Kcal: 25 – 30Kcal/Kg (manter peso saudável) 
 Ou Harris-Benedict com FI = 1,75 
Normo CHO: 50 – 60% 
Hipo LIP: < 20%, com TCM – Deficiência de sais 
biliares – esteatorreia 
Fracionamento: 6 a 8 refeições 
Suplementar: B12, Vit. C, Vit. E, B6, Mg, Fe, B9, 
Zn, Cu, Se 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
Fase Aguda 
- Rica em fibras solúveis (bactérias ↑ AGCC → 
Fonte de energia) 
- Reduzida em fibras insolúveis – de acordo com 
tolerância 
- Isenta de lactose e sacarose 
- Administração enteral e parenteral 
- Proteínas: 1,2 a 1,5g/Kg/dia - HIPERPROTEICA 
 
Fase de Remissão 
- Evoluir progressivamente o teor de fibras 
insolúveis, lactose e sacarose 
- Administração por via oral (remissão), avaliar 
necessidade de complementos orais (casos de 
inflamação persistente, dependentes de 
corticoesteroides) 
- Proteínas: 1,0g/KgPI/dia e até 2,0g/KgPI/dia 
para desnutridos 
 
NUTRIENTES ESPECÍFICOS 
- Suplementação de vitamina B12 para aqueles 
com deficiência 
- Suplemento com vitamina D se a zona local não 
permite exposição solar na maior parte do ano e 
para os pacientes recebendo, mas que estão 
utilizando protetor solar. 
- Vitamina D e suplementação de cálcio rotineira 
para aqueles recebendo corticóides 
- Suplementação multivitaminica rotineira para 
todos 
- Nos casos de anemia ferropênica crônica, deve 
ser administrado ferro por via parenteral (injeções 
intramusculares semanais ou ferro intravenoso) se 
o ferro não for tolerado por via oral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DC Ativa 
Sem recomendação para uso de fórmula elementar 
ao inves das poliméricas 
Sem recomendação especifica para uso de 
fórmulas enriquecidas com glutamina, W3 e TGF-
Beta(modulen) 
RCU 
W3 – Ajuda a ↓ resposta inflamatória ( 3 a 6g/dia) 
AGCC – Fibras solúveis – trofismo da mucosa 
intestinal 
Probióticos – Contribui no periodo de remissão – 
sem indicação na fase ativa 
Via de ADM 
Remissão: Via Oral 
Ativa: Enteral (NE) 
Parenteral (NPT) 
NE: Terapia médica, monitorar retardo do 
crescimento da criança e adolescente 
NPT: Obstrução intestinal persistente, fístulas 
de alto débito, ressecção intestinal 
 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
Sindrome do Intestino Irritável 
- Interfere na qualidade de vida 
Critérios para diagnóstico (Critérios de ROMA IV) 
Dor ou desconforto abdominal por período superior 
a 12 semanas no último ano, associados a pelo 
menos 2 dos seguintes sintomas: 
 Dor aliviada pela defecação 
 Dor associada à mudança no ritmo de 
evacuação 
 Mudanças na concistência das fezes; 
diarreia/constipação 
 Urgência evacuatória incompleta 
 Muco nas fezes 
 Distensão abdominal/flatulência/ercuctação 
 Intolerância alimentar (ex: leite) 
Recomendações 
- Fibras solúveis e ↑ liquidos (20 a 30g/dia de fibra 
dietética – evitar excessos) 
- As fibras insolúveis podem exarcebar os sintomas 
e podem inclusive provocar eventos adversos, 
inchaço, distensão e flatulências. 
- Dietas restritas em polióis e oligo-di-
monossacarídeos e fermentáveis (FODMAPs) 
reduzem dor abdominal e o inchaço, melhoram o 
padrão das fezes, mas ainda não foram 
demonstrados resultados em longo prazo nem a 
segurança das dietas baixas em FODMAP 
Fibras insolúveis – podem exacerbar os sintomas 
- Evitar excesso de gordura dietética, cafeína, 
açúcares (frutose, sacarose, lactose), bebidas 
alcoólicas, carbonatadas, alimentos que produzem 
gases, alimentos reconhecidos como 
desencadeadores de crises, adoçantes dietético 
(sorbitol) 
- Hortelã pimenta (cápsula): Propriedades 
antiespasmódicas – reduz a contratilidadecolônica 
↓ desconforto abdominal 
- Não existe, no momento, evidência suficiente para 
uma recomendação geral dos probióticos ou 
simbióticos em pacientes com SII 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Doença diverticular 
Formação de herniação no intestino 
↑ Pressão intracolônica 
Desnutridos, idosos, constipados 
Acúmulo de fezes nos diverticulos 
- Diverticulite – com inflamação 
- Diverticulose – assintomáticos 
Patologia benigna 
Formação de diverticulos (herniação) 
Em alguns segmentos do colón ou mesmo do seu 
trajeto exceto no reto e ânus 
- Sigmóide 
Classificação: 
Diverticulose: Assintomática (80% dos pacientes) 
Doença Diverticular Não Complicada – 
apresenta sintomatologia: constipação, diarreia e 
dor abdominal leve. 
Pode evoluir para a forma complicada da doença 
Doença Diverticular Complicada – 
 Diverticulite 
 Peritonite 
 Hemorragia 
 Obstrução intestinal 
 Fístulas 
 
 
 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 
DIVERTICULOSE 
 - Rica em fibras 
Terapia nutricional 
 Ingestão adequada de fibras 
 ↓ Pressão intracolônica 
 Aumentar ingestão de liquidos 
 
DOENÇA DIVERTICULAR COMPLICADA 
 Sintomas severos: Necessita de repouso 
intestinal por 48 horas, hidratação 
endovenosa e analgesia 
 Pode ser necessária a instituição da 
nutrição parenteral e quando a dieta oral for 
retomada é prudente reiniciar com uma 
oferta reduzida de fibra (10 a 15g/dia) e 
aumentar progressivamente até chegar a 
25g/dia para as mulheres e 38g/dia para os 
homens 
 Dieta de baixo residuo (curto prazo) com 
retorno gradual para dieta rica em fibra 
 Cirurgias 
 
DIVERTICULITE 
Pós jejum – Dieta de baixo resíduo, dieta branda, 
bem cozida e reduzida em lactose 
 
Sindrome de má absorção 
Dispepsia – Redução na quebra de nutrientes 
(CHO, PTN, LIP) em subprodutos absorviveis 
(mono, di, oligo, aa, oligopeptidieos, ac. G, 
monoglicerideos) 
Má absorção – Sinais e/ou sintomas associados à 
absorção inadequada de nutrientes podendo ser 
global (todos os nutrientes) ou seletiva (ex: B12 no 
caso de ressecção do íleo) 
Azia, eructações, vômito 
- Secundária a doenças 
 
 
 
Fisiopatologia: 
Pré-entéricos: Processos iniciais da digestão (má 
digestão) (ausência enzimática) como por exemplo 
insuficiência pancreática, doença gástrica (ex: 
acloridria), doença hepática e biliar, 
supercrescimento bacteriano ou insuficiência do 
tempo de contato com a mucosa 
Entéricos: Alteração do prórpio enterócito, que 
causa disfunção da mucosa intestinal, como por 
exemplo em doença celíaca, doença de crohn ou 
desnutrição por atrofia das vilosidades, parasitoses 
por competição por nutrientes e enterectomias por 
diminuição da área de contato de absorção 
Pós-entéricos: Alterações no sistema de remoção 
de nutrientes, decorrentes de alterações linfáticas 
e capilares. Ex: Linfoma, tuberculose intestinal – 
Pós absorção 
 
 
 
 
 
 
 
Transporte pós absorção – Lipidios 
Linfa – Triglicerídeos da dieta 
Quilotórax / Lifoperitônio – TCM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 
Sinais e sintomas Achados laboratoriais Nutriente Mal 
absorvido 
Diarreia Peso Fecal aumentado, Potássio sérico 
reduzidos 
Água e Eletrólitos 
Esteatorreia Gordura fecal aumentada, colesterol sérico 
reduzido 
LIP e Ácidos 
biliares 
Perda de peso Gordura fecal aumentada, quimiotripsina ou 
elastase reduzidas, teste de xilose reduzido 
Gorduras, CHO e 
PTN 
Anemia 
 
 
Ferro sérico e contagem de hemácia reduzidos, 
hemácias hipocrômicas e microcíticas 
Ferro 
Anemia Perniciosa e Glossite Contagem de hemácias reduzida, hemácias 
hipocrômicas e megaloblásticas, teste de 
Shilling anormal 
Vit B12 e Ácido 
Fólico 
Dor em membros e ossos, fraturas 
ósseas patológias e sinal de 
Chvostek 
Osteoporose osteomalácia, cálcio sérico 
reduzido, fosfatase alcalina aumentada, 
alterações radiológicas 
K, Mg, Ca, Vit D, 
Ptn e AA 
Sinais de sangramento fragilidade 
da pele e hemorragia, petéquia 
Tempo de protrombina aumentado Vitamina K e C 
Edema (perda intestinal de proteina) Proteina total e albumina sericas reduzidas, 
clareamento de alfa-1-antitripsina fecal 
aumentada 
Proteina 
Distensão abdominal e flatulência Alterações radiológicas e ecografias 
abdominais, Teste respiratório com glicose-H2 
aumentada 
Carboidratos 
Intolerância à lactose Teste respiratório com lactose-H2 aumentada, 
lactase na mucosa intestinal reduzida 
Lactose 
Neuropatia Periférica Função nervosa periférica reduzida Vitamina B1, B6 e 
B12 
Hiperqueratose, paraqueratose e 
acrodermatite 
Retinol e zinco séricos reduzidos Vitamina A, Zinco 
Cegueira noturna Zinco sérico reduzido Vitamina A 
 
- Adequar o plano alimentar para tratar a causa 
- Atenuar sintomatologia 
- Corrigir deficiências nutricionais e disturbios hidroeletroliticos 
 
 
 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 
Fistulas digestivas 
Vazamentos espontâneos ou pós cirúrgicos 
Podem acontecer em todos os orgãos 
Deicência de anastomose 
Débito 
Baixo < 200mL/24H 
 
 CHEMIM E MURA – 1,5 – 2,0 g/Kg/Dia 
 (2007) 
 LAMAU (2005) – Baixo débito 
 1,0 – 1,5 g/Kg/Dia 
 Alto débito 
 1,5 – 2,0 g/Kg/Dia 
Moderado 200 - 500mL/24H 
Alto > 500mL/24H 
 
Erro de desenvolvimento pré-natal 
Relação Kcal não-proteica/gN2 
130 a 200 : 1 
Energia: 33 – 40 Kcal/Kg/dia 
Trauma 
Cirurgia 
Processos de doenças inflamatórias ou 
malignas 
Débito em 24H - prognóstico 
Fístulas de TGI alto – 
↑ Prevalência de Desnutrição 55 a 90% 
 
Terapia Nutricional 
O suporte nutricional adequado deve ser instalado 
o mais breve possível, visando favorecer a 
estabilização do paciente e permitir o fechamento 
espontâneo ou manter o estado nutricional 
adequado antes do fechamento cirurgico. 
Objetivos da Terapia Nutricional 
 Prevenir a perda proteica 
 Evitar repleção do estado nutricional 
 Promover cicatrização e fechamento 
espontâneo da fístula 
CDN 
Água – 1 mL/Kcal/24h 
PTN - 1,0 – 1,2 g/Kg/Dia - Manutenção 
 1,5 – 2,0 g/Kg/Dia - Repleção 
 2,0 – 2,5 g/Kg/Dia – Perdas excessivas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fístulas de alto débito: 
2 x RDA de vitaminas e oligoelementos 
5 a 10x RDA de vitamina C 
Reposição de Zinco: 
10 a 15 mg/L de débito 
 
TCM 
 
Para cada 1g de N2 – 6,25 g de PTN 
Pnt da dieta/6,25= x 
Kcal lip/x kcalCHO/x 
 
 
 Nas fístulas de alto 
débito ocorre aumento 
da TMB em 1,5 a 2 x 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
Indicações de Nutrição Enteral 
 Fístulas distais (íleo, cólon) de baixo débito 
 Processo de cicatrização avançado 
 Para as fístulas de esôfago, estômago, 
duodeno e jejuno alto, se o acesso baixo 
for possível, 
OBS: Deve ser feito jejum oral para fístulas 
gastricas, duodenais, pancreaticas e de delgado, 
pois a presença de alimentos no TGI estimula a 
secreção de sucos digestivos, aumentando ainda 
mais o débito da fístula 
 
Nutrientes especificos 
 Arginina, glutamina e W3, nucleosídeos e 
nucleotídeos (crescimento e função da 
mucosa do tubo digestivo x imunidade) 
 Não há vantagens no uso de dietas 
hidrolisadas, ao invés das poliméricas 
exceto nas fístulas de baixo débito no 
íleo 
o Íleo – área de maior absorção de 
nutrientes 
 Fistulas de baixo 
débito pode haver 
vantagem no uso de 
fórmula hidrolisada 
 Não ofertar dietas Hiperosmolares 
 OBS: Se o débito aumentar muito com o 
uso da NE, deve-se voltar para a NPT 
exclusiva 
Indicações de Nutrição Parenteral Total 
 Indicada na intolerância a NE, nas fístulas 
de alto débito de jejuno e íleo, e de esôfago, 
estômago, duodeno e jejuno alto, se o distal 
não for acessivel 
 Indicadaquando ocorre aumento da 
secreção da fístula com NE 
 Terapêutica primária (preferencial) – 
diminuir secreções do TGI – diminuir 
estimulo do TGI 
Ângulo de Treiz - Pancreatite 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 
Pancreatite 
Inflamação do pâncreas caracterizado por edema, 
exudato celular e necrose de gordura 
- Moderado e autolimitante com autodigestão, 
necrose e hemorragia do tecido pancreático 
- Aguda 
- Crônica 
Pancreatite Aguda 
É uma doença inflamatória causada pela digestão 
do parênquima pancreático por suas próprias 
enzimas com envolvimento variável de tecidos peri-
pancreáticos e de sistêmas orgânicos distantes 
Etiologia 
- Excesso de consumo de álcool – hipersecreção 
pancreática 
- Doenças do trato biliar – refluxo da bile para os 
canais pancreáticos 
- Outras causas: Traumas abdominais, pós-
operatórios de cirurgias abdominais, 
hipertrigliceridemia, toxicidade medicamentosa, 
câncer de pâncreas e causas infecciosas 
Fisiopatologia 
 Embora os mecanismos fisiopatólogicos ainda não 
estejam, completamente esclarecidos esta 
condição é caracterizada pela ativação de enzimas 
digestivas na célula acinar, provocando lesão. 
Ocorre liberação de citocinas inflamatórias, que 
dão inicio ao processo inflamatório. 
Manifestações clínicas 
 Dor abdominal epigástrica súbita que irradia 
para as costas (persiste por horas) 
 Náuseas e vômitos 
 Febre e Taquicardia 
Pancreatite Aguda Leve/Moderada 
Definida como pancreatite aguda evoluindo com 
minima falência orgânica e um curso sem 
complicações. Do ponto de vista 
anatomopatológico, predomina o edema intersticial 
discreto. Mortalidade relativamente baixa 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
 Internação em enfermarias/apartamento 
 Reposição de líquidos e eletrólitos 
 Combate à dor 
 Redução da secreção pancreática 
Leve/moderado – sem área de necrose – jejum – 
edema intersticial 
 
 
Pancreatite Aguda Grave 
Definida como pancreatite associada à 
insuficiência orgânica sistêmica ou complicações 
locais, tais como necrose, abcesso ou pseudocisto. 
Podendo evoluir com infecção, falência de orgãos 
e sistemas, quadro de SIRS e alta mortalidade (20 
a 70%) 
Insuficiência orgânica 
 Choque (PA < 90mmHg) 
 Insuficiência respiratória 
 Insuficiência renal (Creatinina > 2 mg/dl) 
 Hemorragia gastrointestinal 
TRATAMENTO 
 Internação em UTI 
 Combate à dor e às infecções 
 Correção da hipoxemia 
o Acidose 
o Distúrbio hidroeletrolítico 
 Redução da secreção pancreática 
 Suporte nutricional especializado 
 Cirurgia para remoção de tecidos 
necróticos infectados 
 
Calculo biliar 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
Terapia Nutricional na Pancreatite Aguda 
Leve/Moderada 
A alimentação via oral pode ser iniciada 
imediatamente se não houver naúseas, vômitos ou 
dor abdominal 
1º Passo – 2 – 5 dias 
 Jejum, tratar a causa da pancreatite, analgesia e 
reposição hidroeletrolítica 
2º Passo – 3 – 6 dias 
 Realimentação progressiva iniciando com dieta 
líquida rica em carboidratos, moderada em 
proteínas e pobre em gorduras 
3º Passo – Dieta normal 
SUPORTE NUTRICIONAL NÃO É NECESSÁRIO, 
utilizar apenas se a nutrição oral não for possível 
dentro de 5 – 7 dias ou em pacientes previamente 
desnutridos 
Nutrição Enteral Precoce 
 Preservar a integridade anatômica e 
funcional do TGI 
 Reduz translocação bacteriana 
 Reduz a resposta inflamatória sistêmica 
 Melhora perfusão pancreática 
 Atenua o estresse oxidativo 
 Reduz a severidade da doença 
 Estimula a recuperação mais rápida da 
doença 
Posição da sonda 
As posições gástricas e jejunal são equivalentes 
quanto à eficácia e segurança. Se houver 
tolerância, alimenta-se na posição gástrica. Caso 
haja dor ou desconforto, a sonda nasoenteral deve 
estar no jejuno, 20 a 30 cm além do ligamento de 
treitz, como posição preferencial, para não 
estimular a atividade exócrina do pâncreas 
Caracteristicas da fórmula enteral 
 Se a fórmula polimérica é tolerada, pode ser 
utilizada desde o início, dede que a fonte 
lipídica seja TCM e o mínimo de TCL 
 Evidência de intolerância (dor, febre, 
aumento da amilase e lipase) – dieta 
elementar com lipídeos < 2 – 3% do VCT ou 
semielementar com peptídeos e TCM 
 
 
 
 
 
 
 Evidência de má absorção (diarreia e 
esteatorreia) – Dieta semielementar com 
peptideos e TCM 
 Não deve ser utilizado probióticos na 
pancreatite aguda grave – Translocação 
bacteriana 
 Velocidade baixa (10 a 15ml/H) 
 Progredir o volume e o tipo de fórmula para 
polimérica, conforme tolerância 
Nutrição parenteral 
 Deve ser utilizada quando há 
contraindicação ou intolerância à terapia 
enteral, ou ainda quando os requerimentos 
nutricionais não são atingidos pelo suporte 
enteral 
 A NPT só deve ser descontinuada quando 
o paciente estiver recebendo pelo menos 
50% das suas necessidades por via enteral, 
sem intercorrências 
 Soluções lipídicas podem prover 25 a 30% 
das calorias não-proteicas. Os lipídios têm 
pouca estimulação sobre o pâncreas 
quando administrados via endovenosa 
 Acompanhar os triglicerídeos séricos, pois 
pode haver hipertrigliceridemia 
 TG > 400mg – sem emulsões lipídicas bolsa 
2:1 
Quando evolui para via oral 
 Alimentos facilmente digeríveis 
 Dieta baixo teor de gorduras 
 Fracionamento – 6 refeições diárias 
 Ingestão proteica adequada para manter o 
balanço nitrogenado positivo 
 Hipercalórica 
 
 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 Recomendações Nutricionais para 
Pancreatite Aguda Grave 
 
VET 25 – 35 Kcal/Kg PI/dia * 
25 – 30 Kcal/Kg PI/dia ** 
CHO 35 – 65% do VET ** 
PTN 1,2 – 1,5g/Kg PI/dia (pode ser 
indicada suplementação de 
glutamina devido ao 
hipermetabolismo)* 
1,5 – 2,0g/Kg PI/dia (se boa 
tolerância)** 
LIP 1,0 – 1,5g, devendo-se optar por 
emulsões com TCM ou óleo de 
oliva** 
Controlar níveis séricos de lipídeos 
MICRO Embora seja provável que a 
necessidade seja maior, as doses 
não são estabelecidas 
fonte *Cuppari(2019) ** Silva e Mura 
(2010) 
 
Recomendações Nutricionais para Pancreatite 
Aguda Grave – ESPEN 2020 
 Em pacientes com PA e incapacidade de se 
alimentar por via oral, a NE deve ser 
preferida à nutrição parenteral (NP) 
 Em pacientes com PA, uma dieta polimérica 
padrão deve ser usada 
 Se a NE for necessária em pacientes com 
PA, ela deve ser administrada medido por 
sonda nasogástrica. Administração por 
meio de tubo jejunal deve ser preferido em 
caso dde problemas digestivos e 
intolerância 
 Em pacientes submetidos a necrosectomia 
minimamente invasiva incapazes de serem 
alimentados oralmente, a NE é indicada por 
meio jejunal como rota preferida 
 Em pacientes com PA severa deve ser 
iniciado por via nasojejunal a partir de 
20mL/h, aumentando a taxa de acordo com 
a tolerância 
 Na NP a glutamina parenteral deve ser 
suplementada em 0,20g/Kg/Dia 
 Probióticos não podem ser 
recomendados em pacientes com PA 
 As enzimas pancreáticas não devem ser 
suplementadas geralmente exceto em 
pacientes com insuficiência exócrina 
pancreática óbvia. 
OBS: Suplementação enzimática é quase restrita a 
pancreatite crônica 
 
 
 
 
Pancreatite Crônica 
Ocorre decorrente da inflamação persistente do 
pâncreas, de caráter irreversivel e progressivo, que 
leva a uma deficiência funcional: Exócrina com 
comprometimento da absorção e endócrina 
com desenvolvimento de diabetes por 
insuficiência na produção de insulina 
- Resulta em fibrose, infiltrado inflamatório e perdas 
de células pancreáticas 
- A deficiência de protease pancreática, que separa 
a vitamina B12 de sua proteína carreadora, leva à 
deficiência da vitamina B12 
Etiologia 
Em geral está associada ao consumo crônico de 
bebidas alcoólicas. 
Outras causas: 
 Carência calórico-proteica –mecanismo 
indefinido e idiopático 
 Hipercalemia – por depósito de cálcio nos 
ductos pancreáticos 
 Tumores e estenoses por obstrução 
Manifestações clínicas 
 Crises recorrentes de dor epigástrica de 
longa duração que pode se irradiar para as 
costas 
 Dor piorada pela alimentação ou ingestão 
de álcool, que diminui à medida que avança 
a disfunção exócrina 
 Emagrecimento (náusea, vômitos, diarreia) 
 Esteatorreia 
 Sitofobia – medo de se alimentar 
 Diabetes 
 Quilotórax 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
Consequências nutricionais 
 Desnutrição 
 Alterações no metabolismo dos 
carboidratos 
 Alterações no metabolismo dos lipídeos – 
hipertrigliceridemia 
 Deficiência de micronutrientes 
 Vitaminas lipossolúveis, Vitamina B12, 
Cálcio, Zinco, Magnésio, Folato, Vitamina 
C, Tiamina, Riboflavina, e ácido nicotínico 
(abuso de álcool) 
OBS: Suplementos de enzimas pancreáticas 
(lipase, protease e amilase) → junto Ás 
refeiçãos. A dose deve ser de pelo menos 30 mil 
unidades de lipase a cada refeição - 
NECESSÁRIA 
ENERGIA 30 – 35 Kcal/Kg 
20Kcal/Kg Patual/dia 
com progressão 
gradativa quando houver 
subnutrição grave (IMC 
<16Kg/m2) pelo risco de 
síndrome de 
realimentação 
CHO Normo (acompanhar 
glicemia) 
PTN 1,0 – 1,5g/Kg/Dia 
LIP 30% do VET (se bem 
tolerado) se não tiver 
ganho de peso e a 
esteatorreia persistir é 
indicado restrição a 20% 
e utilizar TCM 
BEBIDAS 
ALCOÓLICAS 
Exclusão total 
MICRONUTRIENTES Avaliar sinais clínicos de 
deficiência 
Pode precisar 
suplementar várias 
vitaminas 
- Etilismo crônico 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recomendações Nutricionais para Pancreatite 
Crônica 
 Evitar excessos de fibras para não interferir 
na ação das enzimas suplementadas 
 Refeições frequentes e volume reduzido 
 Avaliar necessidade de suplementar 
vitamina B12 e lipossolúveis 
 Casos crônicos podem necessitar de 
tratamento com insulina e cuidado 
nutricional similar ao Diabetes Mellitus 
Indicação de Terapia Nutricional enteral 
 Na intolerância à dieta por via oral 
(persistente da dor) 
 Quando a oferta via oral for insuficiente para 
manter ou recuperar estado nutriconal 
 No pré e pós-operatório em pacientes 
desnutridos 
 Fórmula polimérica padrão com baixo teor 
lipídico, se tolerada ou dieta elementar com 
lipídios < 2 - 3% do VCT ou dieta 
semielementar com peptídeos e TCM, 
segindo mesmos critérios da Pancreatite 
Aguda 
Recomendações Nutricionais para Pancreatite 
Crônica – ESPEN 2020 
 Pacientes com PC não precisam seguir 
uma dieta restritiva 
 Pacientes com PC com estado nutricional 
normal devem aderir para uma dieta bem 
equilibrada 
 Pacientes desnutridos com PC devem ser 
aconselhados a consumir alimentos ricos 
em proteínas e alta energia em cinco a seis 
refeições por dia 
 Em Pacientes com PC, não há necessidade 
de restrição de gordura na dieta a menos 
que os sintomas de esteatorreia não 
possam ser controladoos 
 Na PC as enzimas pancreáticas devem ser 
suplementadas em pacientes que 
manifestem sinais de falha exócrina 
FISIOPATOLIGIA DE DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
Doenças da Vesicula Biliar 
A vesicula Biliar está sob a superficie do lobo direito 
do fígado. A principal função da vesícula biliar é 
concentrar, armazenar e excertar bile, a qual é 
produzida pelo fígado. Os constituintes principais 
da bile são colesterol, bilirrubina e sais biliares 
Colelitíase: Consiste na formação de cálculos 
biliares na ausência de infecção da vesícula biliar 
Coledocolitíase: Presença de cálculos nos ductos 
biliares, produzindo obstrução, dor e cólicas 
Colecistite: Inflamação causada por cálculos 
biliares que estejam obstruindo os ductos biliares, 
levando ao retorno da bile para a vesícula. As 
paredes da vesícula biliar tornam-se inflamadas e 
distendidas e pode ocorrer infecção 
COLECISTECTOMIAS - RETIRADA DA VEÍSULA BILIAR 
Consequências da ausência de bile no 
intestino: 
 Absorção de lipídeos prejudicada 
 Esteatorreia 
 Acolia fecal 
Se não corrigido, o retorno da bile pode resultar em 
icterícia (impregnação de bilirrubina) e prejuízo 
hepático (cirrose biliar secundária). A obstrução do 
ducto biliar comum distal pode levar a pancreatite 
se o ducto pancreático for bloqueado 
Colestase: É uma condição na qual pouca ou 
nenhuma bile é secretada ou na qual o fluxo da 
bile no trato digestório está obstruído. Pode 
ocorrer em pacientes sem uma alimentação 
oral/enteral por um período prolongado, tal como 
aqueles sob nutrição parenteral total 
CCK CONTRAI A VESÍCULA BILIAR 
 
 
 
 
 
 
 
Terapia Nutricional 
 Não há nenhum tratamento dietético 
especifíco para prevenir colelitíase em 
indivíduos susceptíveis 
 Fatores nutricionais relacionados: 
obesidade, jejum severo, alta ingestão de 
proteínas e de carboidratos simples, 
gordura saturada e baixo consumo de fibras 
 Na colecistite, uma dieta hipolipídica 
previne a contração da vesícula biliar. 
Quando aguda, a alimentação oral pode ser 
interrompida e iniciada nutrição parenteral 
se o paciente for desnutrido ou se for passar 
um periodo prolongado sem se alimentar. 
Quando reiniciada é recomendada dieta 
hipolipídica 
Colecistite crônica: Pacientes com condições 
crônicas podem necessitar de uma dieta 
hipolipídica por um longo período. (25 – 30%) 
Colecistectomia: A alimentação oral é geralmente 
retomada com o retorno dos sons intestinais, após 
remoção da sonda de drenagem gástrica. A dieta 
pode ser progredida conforme tolerância para uma 
dieta regular

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