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Professora: Jaqueline Souza HEMOGLOBINOPATIAS Hemoglobina • Estrutura: 2 Período Embrionário 3 Gower-1 2 cadeias zeta ζ + 2 cadeias épsilon ε 20 - 40 % Portland 2 cadeias zeta ζ + 2 cadeias gama γ 5 - 20 % Gower-2 2 cadeias alfa α + 2 cadeias épsilon ε 10 - 20 % 4 Período Fetal Fetal 2 cadeias alfa α + 2 cadeias gama γ 90 - 95 % A 2 cadeias alfa α + 2 cadeias beta β 5 - 10 % A2 2 cadeias alfa α + 2 cadeias delta δ 0,2 – 0,5 % 5 Período Pós-Nascimento (até 6 meses) Fetal 2 cadeias alfa α + 2 cadeias gama γ 40 – 80 % A 2 cadeias alfa α + 2 cadeias beta β 20 - 60 % A2 2 cadeias alfa α + 2 cadeias delta δ 0,2 – 0,3 % 6 Período Pós-Nascimento (acima de 6 meses) A 2 cadeias alfa α + 2 cadeias beta β 95 - 98 % A2 2 cadeias alfa α + 2 cadeias delta δ 1 – 3 % Fetal 2 cadeias alfa α + 2 cadeias gama γ 0,5 – 1 % CARACTERIZAÇÃO DAS CADEIAS DE GLOBINA Cromossomo 16 / cadeia 141aa Cromossomo 11 / cadeia δ γ 146 aa 7 146 141 ANEMIA FALCIFORME 8 9 • Em 1910 o Dr. James Bryan Herrick fez a primeira descrição da doença: Hemácia em formato de foice. • Alteração: 1 aa. dos 146 da cadeia -globina do cromossomo 11. Aspectos gerais Anemia Falciforme - HEMOGLOBINA S Alteração: 1 aa. dos 146 da -globina. ➢ Substituição do ácido glutâmico pela valina na posição 6 da cadeia de beta globina (6 Glu→ Val). 10 11 Normal HbAA Mutado HbSS ETIOLOGIA AFOIÇAMENTO ➢ Condições de tensão de O2 Hb S agregam-se em polímeros que distorcem o eritrócito. 12 13 14 São menos flexíveis, não se comprimem nos capilares, obstruindo o fluxo sanguíneo. 15 16 17 18 19 20 21 22 23 • Sintomas clássico da anemia causado pelo déficit de hemácias; • Vaso oclusão; • Acidente vascular cerebral; • Problemas articulares; • Úlcera de pernas. Manifestações Clínicas 24 25 Doença falciforme teve início na África. Distribuição Geográfica 26 27 https://www.youtube.com/watch?v=FBXcJN1ETa4 28 TRAÇO FALCIFORME HbAS 29 TRAÇO FALCIFORME • Constitui indivíduos heterozigotos para a hemoglobina S, isto é, o indivíduo herda de um dos pais o gene da globina β mutado (βS) e o gene normal (βA) proveniente do outro. Todas as pessoas que carregam o gene da Hemoglobina S têm anemia falciforme? NÃO, são portadores do TRAÇO FALCIFORME. Porém, pode apresentar sinais clínicos de forma leve. 30 31 Hemoglobina C Alteração: 1 aa. dos 146 da -globina. ➢ Substituição do ácido glutâmico pela lisina na posição 6 da cadeia de beta globina (6 Glu→ Lys). ✓ Pode apresentar-se sob a forma de heterozigoto ou homozigoto; 32 Hemoglobina C ✓ Heterozigoto: os indivíduos são assintomáticos. A extensão sanguínea apresenta-se normal ou podem apresentar microcitose e células em alvo. ✓ Homozigoto: os indivíduos apresentam anemia com intensidade variável, microcitose e células em alvo abundantes. 33 • Paciente masculino, negro, 17 anos, natural da Bahia. Em uma consulta, relatou ao médico dores nos ossos e fraqueza. • Desde a infância apresenta sintomas de adinamia e intolerânia aos esforços. • Relata também crises esporádicas de dores ósseas, necessitando de medicações. • Exame físico mostrou mucosas descoradas e icterícia. CASO CLÍNICO 34 • Hemograma Hb= 7.8 g/dL Ht= 14% VCM= 93fL HCM= 31pg CHCM= 33.5g/dL RDW= 18% Rt= 14% Leucócitos Totais= 12.400/mm3 Hemácias: presença de drepanócitos. Plaquetas= 400.000/mm3 Anemia normocítica normocrômica. 35 36 37 • Palidez de pele e mucosas, além de icterícia. • Retardo no crescimento. • Massa muscular deficiente, redução da gordura corporal, febre recorrente, falta de apetite e letargia. • Cardiopatia: decorrente da intensificação do trabalho cardíaco para compensar o estado anêmico crônico. • Hepatoesplenomegalia; • Hiperplasia de medula óssea: acarretando mal-formações e deformidades ósseas Quadro clínico 38 Testes Hematológicos Diagnóstico laboratorial 39 ❖ Teste do pezinho (Triagem neonatal) • Anemia Falciforme; • Hipotiroidismo congênito; • Fenilcetonúria; • Fibrose Cística. 40 41 • Caracterizada pela produção baixa ou mesmo nula do hormônio da glândula tireoide. • Fundamentais para: desenvolvimento ósseo, cardíaco, intestinal, manutenção da temperatura corpórea e maturação do sistema nervoso central. • Necessário terapia de reposição hormonal. Hipotiroidismo congênito 42 • Causada pela ausência ou diminuição da atividade da enzima fenilalanina hidroxilase. • transforma a fenilalanina (aminoácido presente nas proteínas) em outro aminoácido chamado tirosina. • fenilalanina se acumula no organismo e causa lesão no cérebro, ocasionando deficiência de inteligência de gravidade variável. Fenilcetonúria 43 • Doença genética, grave, sem cura, que afeta as glândulas exócrinas. • Defeito na produção das secreções, que se tornam espessas e em grande quantidade, prejudicando o bom funcionamento dos órgãos. • Principalmente: Pulmões, pâncreas, fígado e intestino. Fibrose cística 44 ❖Teste de Falcização de hemácias • Indução da falcização por meio da desoxigenação da hemoglobina pela substância redutora metabissulfito de sódio em um microambiente fechado. ✓ Leitura realizada pós 24h; ✓ Na presença de hemácias falcizadas: resultado positivo. 45 ❖Eletroforese de hemoglobina 1. PRINCÍPIO: ✓ A molécula de hemoglobina em pH alcalino apresenta carga negativa, migrando então, no sistema eletroforético em direção ao pólo positivo. ✓ Desse modo, através da mobilidade eletroforética podemos identificar as hemoglobinas normais e grande parte das hemoglobinas anormais. 2. AMOSTRA: ✓ Sangue coletado com EDTA. 46 https://www.youtube.com/watch?v=vL3EfRx78P0 47 48 49 50 51 ❖Teste de Solubilidade 1. PRINCÍPIO: ✓ Quando as células que contêm hemoglobina S são adicionadas à uma mistura de reagentes (Ditionito de sódio), ocorre turbidez pela insolubilidade da hemoglobina S. 2. AMOSTRA: ✓ Sangue coletado com EDTA. 52 3. PROCEDIMENTO TÉCNICO: • Misturar 200µl de solução redutora e 50µl de sangue total; • Misturar por 30 segundos; • Aplicar 20 em papel filtro para fazer a leitura ❖Teste de Solubilidade 53 4. INTERPRETAÇÃO: • A presença de hemoglobina S (hemoglobina insolúvel) confere ao papel de filtro a precipitação em forma de botão; • A presença de hemoglobinas solúveis faz com que haja uma distribuição homogênea do sangue aplicado no papel filtro. ❖Teste de Solubilidade 54 (B) a turvação indica teste positivo impedindo a visualização das linhas no fundo ❖Teste de Solubilidade 55 1. PRINCÍPIO DO MÉTODO: Avaliação espectrofotométrica do comportamento hemolítico eritrocitário em soluções hipotônicas decrescentes de NaCl. 2. FISIOLOGIA: Avalia a capacidade das hemácias de incorporar água em seu interior sem que ocorra lise da célula. ❖ Curva de Resistência Osmótica 56 3. AMOSTRA: ➢ Tipo de amostra: ✓ Sangue coletado com EDTA ou heparina, isento de hemólise. ➢ Estabilidade da amostra: ✓ A amostra deve ser processada o mais rápido possível após coletada. ❖ Curva de Resistência Osmótica 57 58 ❖ Contagem de reticulócitos 1. FINALIDADE: ✓ Utilização de solução corante para a contagem de células jovens. 2. IMPORTÂNCIA CLÍNICA: ✓ Avaliar a capacidade da medula óssea de produzir novas células vermelhas em casos de hemorragias, hemólise, hipoplasia medular e no acompanhamento de respostas terapêuticas. 59 3. PROCEDIMENTO TÉCNICO: • Misturar partes iguais de sangue e um corante supravital (azul de cresil brilhante); • Incubar em banho-maria a 37°C por 15 minutos; • Confeccionar um esfregaço espesso; • Contracorar com corante de rotina hematológico (opcional). ❖ Contagem de reticulócitos 60 Lâmina após coloração Visualização microscópica 61 4. ANÁLISE MICROSCÓPICA: ✓ Observar campos com boa distribuição e dispersão de eritrócitos, sem empilhamentos, que possam ser observados lado a lado sem que estejam amontoados; ✓ Analisar 10 campos,aleatoriamente, que contenham um distribuição e a mesma quantidade aproximada de eritrócitos; ✓ Somar todos os reticulócitos encontrados nos 10 campos e estabelecer a %. ❖ Contagem de reticulócitos
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