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RESPOSTA ENDÓCRINA E METABÓLICA AO TRAUMA - REMIT Prof Edison Vale Fonte: Google imagens • A manutenção do equilíbrio homeostático nos sistemas orgânicos é fundamental para a continuidade da vida • Este equilíbrio delicado é constantemente desafiado por situações de estresse, que levam a respostas adaptativas que buscam recuperar o equilíbrio alterado • Embora relacionadas à natureza da agressão inicial, a especificidade da resposta adaptativa pode ser perdida com o aumento da intensidade do estímulo Introdução Fonte: Google imagens Piauí tem a maior taxa de mortalidade em acidentes de trânsito no Brasil, segundo MS • Piauí: maior taxa de morte em acidentes com motos no País • 2021: 871 mortes relacionadas a acidentes • µ2 mortes/dia • 62% envolveram motos • Teresina – 2022: • Vítimas com motos = 86% dos acidentes registrados • > 8 mil registros • > 50% ➔ Cirurgias https://portalclubenews.com/2023/02/22/piaui-tem-a-maior-taxa-de-mortalidade-em-acidentes-de-transito-no- brasil/ Imagem adaptada https://portalclubenews.com/2023/02/22/piaui-tem-a-maior-taxa-de-mortalidade-em-acidentes-de-transito-no-brasil/ https://portalclubenews.com/2023/02/22/piaui-tem-a-maior-taxa-de-mortalidade-em-acidentes-de-transito-no-brasil/ RESPOSTA ENDÓCRINO-METABÓLICA AO TRAUMA # TRAUMA = Doença ➔ PROBLEMA SOCIAL - Morte (2-45 anos) - Incapacidade(360 mil/ano - Infecção ➔Custo duplicado FCMSCSP Trauma (30-40a) É uma resposta fisiológica a um insulto*, que pode se tornar patológica dependendo da intensidade e duração da agressão, mas que tem como objetivo final restaurar a homeostasia *TRAUMA = AGRESSÃO • Físico ➔ Acidentes • Politraumatismo • Queimaduras • Armas de fogo • Cirurgias • Biológico • Infecções • mordeduras • Emocional • Ansiedade • Depressão RESPOSTA ENDÓCRINO-METABÓLICA AO TRAUMA O ORGANISMO FRENTE AO TRAUMA Diferem dependendo de intensidade, duração e natureza Resposta semelhante independente de causa /origem Resposta modelada pela seleção natural OBJETIVOS RECUPERAR O EQUILIBRIO ALTERADO Fonte: Google imagens OBJETIVOS REPARAR OS DANOS CAUSADOS Fonte: Google imagens “RESTAURAÇÃO” OBJETIVOS REPARAR OS DANOS CAUSADOS CICATRIZAÇÃO O resultado dessa resposta coordenada envolve - A manutenção do fluxo sanguíneo - A oferta de oxigênio para tecidos e órgãos - A mobilização de substratos para utilização como fonte energética e para auxílio ao processo de cicatrização de feridas. FASES DA RESPOSTA AO TRAUMA FASE DE INJÚRIA FASE DE SUPRESSÃO FASE ANABÓLICA FASE DE INJÚRIA MOMENTO NO TRAUMA Fonte: Google imagens FASE DE INJÚRIA •Catabolismo máximo •Mobilização de reservas •Hiperglicemia • Início da resposta imune e •Cicatrização 1 - 3 dias FASE DE SUPRESSÃO • Catabolismo presente mas diminuindo • Ferida adquire integridade • Retorno do peristaltismo • Aumento da diurese 3 - 10 dias FASE ANABÓLICA •Anabolismo •Reposição das reservas •Ganho ponderal: até 150g de tecido muscular por dia >10 dias ATORES DA RESPOSTA AO TRAUMA • Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal • Sistema nervoso autônomo • Hormônios (GH, TSH, insulina, glucagon, etc) • Citocinas (interleucinas, TNF, NO, IGF, PAF, etc) • Cortisol • Complemento RESPOSTA AO TRAUMA INFLAMA TÓRIA CICATRIZA ÇÃO IMUNE ENDÓCRI NO METABÓL ICA RESPOSTA AO TRAUMA Inflamatória Resposta imune Remoção de restos necróticos Reparação de tecidos ATORES DA RESPOSTA • INTERLEUCINAS • 1, 6 e 8: pró inflamatórias • 4 e 10: anti- inflamatórias • TNF-A • CORTISOL • Controle negativo da resposta inflamatória e imune • Prevenção de resposta exagerada • Potencial terapêutico • síntese protéica RESPOSTA ENDÓCRINA AO TRAUMA ATORES DA RESPOSTA GLUCAGON ⇑ originado pela ⇑ADR e ⇑ da atividade simpática Persiste até a convalescença ATORES DA RESPOSTA INSULINA Principal hormônio anabolizante Secreção reduzida (catecolaminas) Meia-vida reduzida Ação periférica bloqueada RESPOSTA EXAGERADA - DELETÉRIA SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA- ALDOSTERONA EIXO AUTONÔMICO EIXO AUTONÔMICO EIXO AUTONÔMICO RESPOSTA AO TRAUMA EIXO AUTONÔMICO-ADRENAL •Fluxo sanguíneo •O2 EIXO HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO •Glicose EFEITOS DELETÉRICOS Ações estimulantes e inibidoras dos hormônios liberados pelo trauma SÍNDROME DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA SISTÊMICA Quando a inflamação perde o controle e passa a ser deletéria CRITÉRIOS T>38ºC ou T<36ºC FC > 90 FC > 20 ou PaCO2 < 32 Leuc > 12000 ou < 4000 2 ou + critérios Progressão na escala de gravidades* + sistêmica = + infecção = + falência de órgãos = INFLAMAÇÃO SIRS SEPSE SEPSE GRAVE *Antes de 2016 SEPSE • Refere-se à presença de disfunção de órgãos ameaçadora à vida, ocasionada por uma resposta desregulada do hospedeiro à infecção • É responsável por cerca de 11 milhões de mortes por ano, o que representa cerca de 20% de todas as mortes no mundo • No Brasil, estima-se que ocorram cerca de 670 mil casos de sepse por ano, com uma taxa de mortalidade que pode chegar a 55% (OMS) Consenso Internacional SEPSIS 3 – 2016¹ ¹Society of Critical Care Medicine e a European Society of Intensive Care Medicine Consenso Internacional SEPSIS 3 – 2016 SEPSE • Refere-se à presença de disfunção de órgãos ameaçadora à vida, ocasionada por uma resposta desregulada do hospedeiro à infecção (suspeita ou confirmada) • A disfunção se encontra presente quando há uma elevação aguda ≥ 2 pontos no escore SOFA Escore SOFA* (Sequential Organ Failure Assessment = Avaliação Sequencial da Falência de Órgãos 1. Respiratório: PaO2/FiO2 (relação entre a pressão arterial de oxigênio e a fração inspirada de oxigênio) 2. Cardiovascular: pressão arterial média 3. Hepático: bilirrubina sérica 4. Coagulação: plaquetas 5. Renal: creatinina sérica ou diurese 6. Neurológico: escala de coma de Glasgow * 0 a 4 pontos = 24 pontos Consenso Internacional SEPSIS 3 - 2016 Quick SOFA (qSOFA). • Esse sistema avalia 3 critérios para avaliar precocemente pacientes graves com suspeita de sepse em ambientes de emergência, ou à beira-leito • Considera-se como alterado um qSOFA ≥ 2: • FR >= 22 ipm • PAS <= 100 mmHg • Alteração do nível de consciência • Pontuação total 0-1:0,0% TM* • Pontuação total 2-3:6,4% • Pontuação total 4-5:20,2% • Pontuação total 6-7:21,5% • Pontuação total 8-9:33,3% • Pontuação total 10-11:50,0% • Pontuação total 12-14:95,2% • Pontuação total acima de 14:> 95,2% *Taxa de mortalidade SEPSE • O diagnóstico envolve a identificação da presença de uma infecção e a avaliação da gravidade da disfunção orgânica associada à infecção • Ferramentas disponíveis para o diagnóstico e monitoramento da sepse: pontuação SOFA e a pontuação qSOFA • Além disso, é importante avaliar os sinais e sintomas clínicos: • Febre • Taquicardia • Taquipneia • Hipotensão • Alterações do estado mental • Sinais de infecção localizada. CHOQUE SÉPTICO • É diagnosticado pela persistência de hipotensão e lactato sérico elevado (> 18 mg/dl ou > 2 mmol/l), apesar de uma ressuscitação volêmica adequada realizada em pacientes com sepse • Os pacientes necessitam de aminas para manter uma PAM ≥ 65 mmHg • Essa definição é importante porque o choque séptico é uma forma mais grave de sepse, associada a uma maior taxa de mortalidade SEPSE GRAVE & SIRS • O termo sepse grave foi abandonado • O termo Síndrome de Resposta Sistêmica Inflamatória (SIRS) não foi mais relacionado à sepse, uma vez que os critérios de SIRS não necessariamente implicam em uma resposta inflamatória desregulada do hospedeiro Fonte: Google imagens CHOQUE SÉPTICO 50% MORTALIDADE Fonte: Google imagens Caso clínico • Homem, 22 anos, • Acadêmico e atleta • Internado com GECA + • febre Fonte: Google imagens PROGRESSÃO FULMINANTE Febre + taquicardia + taquipneia (Sepse) Choque (Choque séptico) PIORA RÁPIDAInsuficiência respiratória + insuficiência renal (Sepse grave) MORTE POR QUE? Como uma GECA leva a IRA? Fonte: Google imagens Slide 1: RESPOSTA ENDÓCRINA E METABÓLICA AO TRAUMA - REMIT Slide 2: Introdução Slide 3: Piauí tem a maior taxa de mortalidade em acidentes de trânsito no Brasil, segundo MS Slide 4: RESPOSTA ENDÓCRINO-METABÓLICA AO TRAUMA Slide 5: RESPOSTA ENDÓCRINO-METABÓLICA AO TRAUMA Slide 6: O ORGANISMO FRENTE AO TRAUMA Slide 7: OBJETIVOS Slide 8: OBJETIVOS Slide 9: OBJETIVOS Slide 10: O resultado dessa resposta coordenada envolve Slide 11: FASES DA RESPOSTA AO TRAUMA Slide 12: FASE DE INJÚRIA Slide 13: FASE DE INJÚRIA Slide 14: FASE DE SUPRESSÃO Slide 15: FASE ANABÓLICA Slide 16 Slide 17: ATORES DA RESPOSTA AO TRAUMA Slide 18: RESPOSTA AO TRAUMA Slide 19: RESPOSTA AO TRAUMA Slide 20: ATORES DA RESPOSTA Slide 21 Slide 22: RESPOSTA ENDÓCRINA AO TRAUMA Slide 23: ATORES DA RESPOSTA Slide 24: ATORES DA RESPOSTA Slide 25: RESPOSTA EXAGERADA - DELETÉRIA Slide 26: SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA Slide 27: EIXO AUTONÔMICO Slide 28: EIXO AUTONÔMICO Slide 29: EIXO AUTONÔMICO Slide 30: RESPOSTA AO TRAUMA Slide 31: EFEITOS DELETÉRICOS Slide 32 Slide 33: SÍNDROME DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA SISTÊMICA Slide 34 Slide 35: CRITÉRIOS Slide 36: Progressão na escala de gravidades* Slide 37: Consenso Internacional SEPSIS 3 – 2016¹ Slide 38: Consenso Internacional SEPSIS 3 – 2016 Slide 39: Consenso Internacional SEPSIS 3 - 2016 Slide 40: SEPSE Slide 41: CHOQUE SÉPTICO Slide 42: SEPSE GRAVE & SIRS Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46
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