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Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato de Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular → Conceito: “ É uma dilatação permanente e localizada em uma artéria, com cerca de 50% de aumento comparado ao diâmetro normal .” (se for < 50% é chamado de ectasia) → Classificação: Sacular: Fusiforme Pós-disseção: ● Mais comum é A. torácica Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato de Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular → Aneurisma de Aorta Abdominal (AAA): É o principal aneurisma que teremos no corpo humano, na sua posição infrarenal; Epidemio: ● De 3-117 casos / 100 mil habitantes / ano ● Atinge cerca de 2-5% dos homens > 60 anos ● 2-6 X mais comuns em homens ● 2-3 X mais comum em brancos ● Cerca de 60-80% dos aneurismas de aorta É uma região que tem as membranas elásticas em menores quantidade; Menor irrigação por vasa vasorum; Tem uma sobrecarga mecânica na bifurcação aórtica, em relação a outras partes da aorta (pois é o final da aorta). Etiologia: Degenerativos: ● É a maioria dos aneurismas ● Existe uma teoria que diz que é devido a degradação proteolítica do tecido conectivo da artéria; ● Há uma associação forte com fumo; ● HAS ○ Não enfraquece a parede ○ Porem em pacientes que tem HAS descompensada tende a dilatação na parede já enfraquecida; ● Os fatores genéticos já são bem documentados; Inflamatórios: ● Cerca de 4 - 10% dos AAA ● Tem uma parede espessa, com importante presença de fibrose; (em procedimentos cirurgicos, é quase impossível ter planos de dissecção nesse nível de aneurismas) ● Teoria de mecanismos auto imunológicos Infecciosos (micóticos): ● Tem a destruição da camada média por infecção ● Sifilíticos até meados do século XX Congênitos: ● São raros ● Tem defeitos inatos da parede Quadro Clínico: ● Assintomático ● Massa pulsátil ● Dor ○ Incaracterística / moderada ○ Epigástrico / lombar ○ Forte intensidade ■ Rotura ■ Expansão rápida ■ Rotura iminente Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato de Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular ■ Aneurismas inflamatórios ■ Corrosão de vértebras Complicações: Rotura → mortalidade 50-70% ● Tríade clássica Dor lombar + hipotensão + massa pulsátil (26% dos pacientes) Perda de consciência + dor (50% dos pacientes) ● Locais de rotura: ○ 80% para retroperitônio → tamponamento variável ○ 20% peritônio livre → choque grave geralmente ● Duodeno ● Veia cava, veia ilíaca, veia renal esquerda Embolização distal: ● É pouco comum ● Não tem relação com diâmetro Trombose: ● Muito rara ● Associação DAOP aortoilíaca Sintomas compressíveis ● Hidronefrose ● Saciedade precoce, náuseas, vômitos ● TVP / edema de MMII Diagnóstico: ● História + exame físico Taxa de diagnóstico: ● 3 - 3,9 cm = 29% ● 4 - 4,9 cm = 50% ● > 5 cm = 75% Ultrassonografia: ● Rastreamento ● Examinador-dependente ● Acompanhamento de aneurisma pequeno Angiotomografia: ● É o padrão ouro ● Define limites e ramos aórticos ● Necessita de contraste nefrotóxico ● Exposição a radiação ionizante ● Para realização uma programação cirurgia é o exame de escolha Angioressonância: ● Mesma precisão da TC Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato de Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular ● Não utiliza contraste iodado ● Tem custo maior ● Ambiente claustrofóbico Aortografia: ● Endoliminografia isolada ● Não avalia dimensão do aneurisma ● Tem uso de contraste ● Mais invasivo ● Pouco uso no diagnóstico ● Usado para o Tratamento endovascular Tratamento: Cirurgia Aberta: ● Aneurismectomia + enxerto com prótese ○ Laparotomia ○ Via extraperitoneal (de lado) Cirurgia Endovascular / anatomia favorável: ● Colos proximal e distal > 1 cm para fixação ● Artérias adequadas para acesso ● Critérios anatômicos diferentes para cada dispositivo Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato de Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular Complicações pós operatórias: Complicações pós-endovascular: Tem fase morbimortalidade menor na fase inicial do tratamento, todavia, tem um maior incidência de complicações em relação a cirurgia aberta. → Aneurisma de Artéria Ilíaca (AAI): Epidemiologia: ● Corresponde a 0,6 - 2% de todos os aneurismas aorto ilíacos ● Tem associação com a aorta ● Quando olhamos para a AAI de forma isolada temos: ○ I. comum mais comum - 70 - 90% dos casos ○ I. interna - 10 - 30% dos casos ○ I. externa - raríssimo Quadro clínico : ● Assintomático (pois fica dentro da cavidade pélvica, logo como fica mais escondido é mais difícil palpação. Todavia, se for muito grande da pra sentir massa pulsátil) ● Tem mais sintomas compressivos em aneurismas grandes ○ TVP / edema em MMII ○ Obstrução urinária ○ Compressão nervosa Diagnóstico: ● Exame físico - palpação mais difícil que na aorta ● Ultrassonografia ● Angiotomografia (padrão ouro) Tratamento: Aneurismas > 3,5 cm ● Cirurgia convencional ● Cirurgia endovascular Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato de Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular → Aneurisma de Aorta Torácica e Toracoabdominal: Aneurisma Torácico Distribuição: ● 50 - 60% ocorre na aorta ascendente ● 30 - 40% na aorta descendente ● < 10% na crossa da aorta Indicação de Tratamento: ● Aorta ascendente > 7 cm (controverso, pois se o paciente tiver uma lesão valvar aórtica associada ao aneurisma o diâmetro de indicação pode variar) ○ Cirurgia aberta ● Aorta descendente > 6 cm ○ Cirurgia aberta - praticamente em desuso ○ Cirurgia endovascular Aneurisma Toracoabdominal: Achado importante é o Sinal de DeBakey + (é quando fazemos uma palpação no epigástrio e sentimos uma pulsação) Distribuição: ● Corresponde cerca de < 10% dos aneurismas de aorta ● Mais comum em homens (4H > 1 mulher) ● Geralmente ocorre a partir da sexta década de vida Classificação de Crawford: Tipo I = começam após a subclávia esquerda e terminam antes das A. renais Tipo II = vai da subclávia esquerda até a bifurcação aórtica Tipo III = vai a partir da 6 costela até bifurcação aórtica Tipo IV = com início abaixo do diafragma até a bifurcação aórtica Tipo V = início após as 6 costela até as A. renais Tratamento: ● Cirurgia aberta ● Endovascular → Dissecção de Aorta: Conceito: “É a separação das camadas da parede aórtica pelo sangue extraluminal que penetra na parede através de uma ruptura na íntima” . Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato de Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular Epidemiologia: ● Mais comum em homens (⅔ H : 1 M) ● Média da faixa etária: ○ Homens: 69 anos ○ Mulheres: 76 anos ● Mortalidade / 100.000 ○ Homens negros: 1,5 ○ Homens brancos:1,2 ○ Mulheres negras: 0,8 ○ Mulheres brancas:0,5 ● Doença intimamente ligada a HAS, e em homens negros tem uma maior incidencia. Etiologia: ● Arterioesclerose ● Síndrome de Marfan ● Gravidez ● Valva aórtica bicúspide ● Coarctação da aorta ● Aortitede células gigantes, aortite bacteriana, ● LES ● Sífilis ● Trauma ● Iatrogênica Classificações: Aguda - quando o diagnóstico é feito com até 14 dias do início da dissecção, em geral está numa fase de mais complicações fatais Crônica - quando o diagnóstico é feito com após 14 dias do início da dissecção, melhor prognóstico. Classificação de Stanford: Tipo A = todo paciente que inicia uma dissecção que se inicia na aorta ascendente, independente da extensão da dissecção. Tipo B = dissecção que se inicia na aorta descendente, independente da extensão da dissecção Classificação de DeBakey: Tipo I = quando acomete toda a aorta ascendente e descendente Tipo II = acometimento é restrito a aorta ascendente Tipo III= restrito a aorta descendente Ou seja, o tipo I e III de DeBakey corresponde ao tipo A e B, de Stanford . Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato de Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular História Natural: Cerca de 10% evoluem para cura espontânea. Que pode ser a cura natural perfeita: trombose da falsa luz; ou a cura natural imperfeita: reentrada na luz verdadeira. Isso é mais comum no tipo B. Patogenia: Uma das teorias é que ocorre alterações degenerativas da túnica média. Sendo que < 40 anos acomete principalmente o tecido é elástico; e > 40 anos acomete principalmente o músculo liso. Na hipertensão ela não é uma causa, mas sabe que é uma predisposição. ● 30% história pregressa ● 63% a admissão ● 72% ICC clinicamente detectável ● 61% aumento de área cardíaca ● 86% de hipertrofia de VE a autópsia ● 92% com um ou mais critérios Fisiopatologia: A ruptura da íntima pode acontecer: ● 62% na aorta ascendente ● 25% no istmo aórtico ● 10% no arco aórtico ● 3% na aorta abdominal E a propagação da dissecção pode variar: ● Impulso cardíaco / impulso ventricular ● Força de contração X velocidade de ejeção do VE ● Força da PASM na parede da aorta Quadro Clínico: ● Dor - 90% dos casos ○ Aguda e insuportável ○ Localização e irradiação guardam relação com o tipo da dissecção: ■ Retroesternal = Tipo A ■ Interescapular = Tipo B ● Náuseas ● Vômitos ● Sudorese ● Síncope ● Sopro aórtico em foco aórtico ○ Insuficiência aórtica aguda Complicação: Pode ocorrer uma dilatação e a ruptura da falsa luz, e de acordo com o local onde rompe pode ter diferentes complicações. ● Ascendente → pode ir pro saco pericárdico causar um tamponamento cardíaco ● Arco aórtico → vai pro mediastino ● Descendente ○ Espaço pleural esquerdo ○ Esofago ○ Pulmão ● Abdominal ○ Retroperitônio ○ Peritônio livre ○ Víscera oca E quando a complicação progride pode gerar também isquemia das: ● Coronárias ● Carótida ● Subclávia Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato de Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular ● Intercostal / lombar ● Tronco celíaco / mesentérica ● Renal ● Ilíaca / femoral Outras complicações: ● Lesão da valva aórtica ● Obstrução aórtica ● Arritmias cardíacas ● Formação de aneurismas Exames Diagnósticos: ● Exames laboratoriais (busca isquemia em órgãos): ○ CPK ○ TGP ○ TGP ○ Amilase ○ Creatinina ○ Troponina ● ECG (sinais de isquemia miocárdica) ● Raio-X de tórax -Estará Anormal em 90%, vai mostrar: ○ Alargamento do mediastino ○ Dupla densidade radiográfica ○ Sinal do cálcio ● Ecocardiograma (tem ótima acurácia) ○ Principalmente transesofágico (principalmente na A. ascendente e nas porções iniciais da descendente) ○ Avalia se tem derrame pericárdico ○ É o exame que tem que fazer para ver a Regurgitação da valva aórtica ● Angiotomografia (padrão ouro) ○ Mostra os ramos aórticos e extensão da dissecção com precisão ○ Não avalia regurgitação da valva aórtica ● Angioressonância: ○ Nao tem uso de contraste iodado ○ Nao tem radiação ○ É mais cara e mais demorada ● Aortografia: ○ Mais invasiva e arriscada Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato de Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular ○ Não tem benefício no diagnóstico ○ Pode ser usada No ato do tratamento endovascular Tratamento: Geral: ● UTI ● Monitorização ● Tratamento da dor - eficácia do tratamento ● Diminuição da pressão arterial ● Diminuição da força de contração e velocidade de ejeção ventricular E (uso de betabloqueadores) Fase Aguda: ● Tipo A = sempre cirúrgico ○ Toracotomia mediana + parada circula ● Tipo B não complicado: clínico ○ Buscar cura natural (perfeita ou imperfeita) ● Tipo B complicado (dilatação > 6 cm, isquemia, ou dor) = cirúrgico ○ Substituição com enxerto de Dacron ○ Fenestração aórtica ○ Procedimento para situações críticas ○ Tratamento endovascular ○ Fechamento da entrada com endoprótese Fase Crônica: ● Tipo B complicado (dilatação > 6 cm) = cirurgico ○ Cirurgia convencional ○ Tratamento endovascular → Aneurismas Periféricos; Femoral Comum: Epidemiologia: ● Aneurismas verdadeiros (raros) → segundo aneurisma periférico mais incidente ● Pseudoaneurismas pós punção ● Aneurismas anastomóticos pós-operatórios Tratamento: ● Pseudoaneurismas e aneurismas anastomóticos → sempre trata ● Aneurismas verdadeiros: ○ Indicação com > 2,5 cm ○ Cirurgia aberta com enxerto Poplítea: É o principal aneurisma periférico !! Epidemio: ● Cerca de 70% dos aneurismas periféricos ● A partir da 6º década de vida ● 50% ocorrem bilateralmente ● 37% coexistem com AAA Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato de Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular Complicações: ● Trombose (mais comum) ● Embolização distal ● Rotura - raro ● Compressão de estruturas vizinhas Diagnóstico: ● História clínica + exame físico ● USG com Doppler ● Angiotomografia / angiorressonância ● Arteriografia Tratamento: Indicação: ● Aneurismas > 2 cm ● Aneurismas sintomáticos Opções Cirúrgicas: ● Enxertos de revascularização → via medial ou via posterior ● Tratamento endovascular → Aneurismas Viscerais: São raros. Cerca de 2 - 5% de todos os aneurismas). As mais acometidas são: ● A. esplênica: 60 - 48% ● A. renal: 30-17% ● A. hepática: 20 - 9% ● Mesentérica superior: 5-3% ● Tronco celíaco: 4-3% ● Gástrica e gastroepiplóica: 3-5% Indicação de Tratamento: ● > 2 - 3 cm ● Controverso ● Stents ou molas ● Sempre tratar grávidas ou mulheres em idade fertil → chance de rotura na gravidez Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato de Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Internato de Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular
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