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Tutoria S8 - caso 5 Diarreia crônica Objetivos de aprendizagem 1. Rever enteropatia perdedora de proteínas: etiologia, manifestações clínicas, quando suspeitar, como diagnosticar e tratamento. 2. Rever causas e tratamento de hipocalemia. 3. Estudar as seguintes drogas: ceftriaxona, fluconazol e bactrim. 4. Breve apresentação didática. Enteropatia perdedora de proteínas Definição ● As gastroenteropatias perdedoras de proteínas são caracterizadas por uma perda excessiva de proteínas séricas para o trato gastrointestinal ● Podem resultar em hipoproteinemia, edema e, em alguns casos, derrames pleurais e pericárdicos ● Diagnóstico de exclusão → considerar em pacientes com hipoproteinemia nos quais outras causas (desnutrição, proteinúria intensa e hepatopatia) foram excluídas Patogênese ● Perdas no trato gastrointestinal > capacidade de produção do fígado ● Essas perdas ocorrem por: 1. Exsudação inflamatória: ■ Erosiva ■ A lesão da mucosa resulta na exsudação de fluidos ricos em proteínas através do epitélio erodido ■ Quanto maior o envolvimento da mucosa, maior a gravidade da perda de proteína 2. Aumento da permeabilidade da mucosa: ■ Não erosiva ■ A integridade alterada da mucosa do TGI resulta em vazamento de proteínas para o lúmen 1 ■ Possui causas causas inflamatórias, infiltrativas e genéticas 3. Perda intestinal de fluido linfático: ■ Não erosiva ■ Decorre do aumento da pressão linfática ■ Pode ser causado por obstrução linfática, anormalidades congênitas do sistema linfático ou distúrbios do aumento da pressão venosa central (Ex.: ICC ou pericardite constritiva) ● As proteínas séricas mais afetadas por esse equilíbrio interrompido são aquelas com meias-vidas mais longas (albumina, IgA, IgG, IgM, ceruloplasmina e fibrinogênio) ● Pode ocorrer perda de elementos ligados a proteínas → ferro, lipídios e oligoelementos ● Não afeta significativamente as concentrações séricas de proteínas com uma taxa de renovação rápida (por exemplo, transtirretina, insulina, IgE) Etiologias ● Exsudato inflamatório decorrente de erosões ou ulcerações: Doença inflamatória intestinal Outras causas Doença de Crohn Colite pseudomembranosa Retocolite Ulcerativa Gastrite erosiva e múltiplas úlceras gástricas Malignidade gastrointestinal Enteropatia por AINEs Câncer gástrico Pós-quimioterapia Linfoma Polipose Cap Sarcoma de Kaposi Doença do enxerto contra hospedeiro ● Aumento da permeabilidade da mucosa sem erosões ou ulcerações: Infecções Outras causas Supercrescimento bacteriano Doença Celíaca1 Infecção viral Espru tropical1 Infecções parasitárias Gastrite hipertrófica gigante (Doença de Ménétrier)2 Doença de Whipple Gastrite linfocítica Doenças reumáticas Gastrite hipertrófica secretória LES Amiloidose3 Artrite reumatoide Gastroenteropatia alérgica Doença mista do tecido conjuntivo Gastroenterite eosinofílica 2 Vasculite intestinal Colite colagenosa ● Perda intestinal de fluido linfático por obstrução linfática: Linfangiectasia intestinal (primária ou secundária) Fibrose retroperitoneal Insuficiência cardíaca direita Trombose venosa mesentérica Linfonodomegalia retroperitoneal (quimioterapia, infecções) Cirrose/hipertensão porta ou obstrução de veia hepática Esclerose mesentérica Doença de Crohn Fístula entérico linfática Doença de Whipple (diagnóstico do caso) Tuberculose ou sarcoidose mesentérica Obstrução do ducto torácico Ob�.: Pacientes com obstrução linfática, a perda de linfócitos no intestino pode, em alguns casos, produzir linfocitopenia significativa com alterações detectáveis na imunidade celular (o paciente do caso tinha sintomas de imunodeficiência!) Manifestações clínicas ● Variam de acordo com a etiologia subjacente ● Decorre da hipoproteinemia ● Incluem: ○ Edema periférico ○ Derrame pleural (dispneia progressiva) ○ Derrame pericárdico ○ Ascite (distensão abdominal indolor) ○ Sepse (hipogamaglobulinemia e linfocitopenia crônica) ○ Sintomas gastrointestinais (diarreia, esteatorreia, dor abdominal, inchaço ou flatulência) ○ Quilotórax (se malformação linfática) ○ Déficit de crescimento (em crianças) Diagnóstico ● Deve-se suspeitar de gastroenteropatia perdedora de proteína em pacientes com edema e hipoalbuminemia nos quais não há outra causa aparente de perda de proteína ● Principais achados laboratoriais: ○ Hipoalbuminemia (sem proteinúria, desordem na síntese proteica ou desnutrição) 3 ○ Redução de: ■ Gamaglobulinas (IgA, IgG, IgM) ■ Fibrinogênio ■ Colesterol ■ Transferrina ■ Ceruloplasmina ■ Zinco, cobre e ferro (ligam-se à albumina e à ceruloplasmina) ■ Vitaminas lipossolúveis (K, E, D, A) ● Diagnóstico de gastroenteropatia com perda de proteína: aumento na depuração de alfa-1 antitripsina ○ Requer uma amostra de fezes de 24 horas e uma amostra de soro ○ Depuração de alfa 1-antitripsina = (volume fecal) x (alfa 1-antitripsina fecal)/ (alfa-1 antitripsina sérica) ○ Teste positivo quando: ■ Pacientes sem diarreia: > 27 mL/dia ■ Pacientes com diarreia: > 56 mL/dia ○ Se teste negativo, com alta suspeição clínica: ■ Realizar o teste de depuração de alfa-1-antitripsina enquanto o paciente estiver sob supressão ácida (ex.: omeprazol 40 mg, 1 vez ao dia) Ob�.: A alfa-1 antitripsina é uma glicoproteína sintetizada no fígado e é o principal componente das alfa-1 globulinas. É excretada via fecal. A depuração elevada de alfa-1-antitripsina sugere aumento da perda de proteína enteral ○ Outros exames: ■ Depuração de macromoléculas radiomarcadas (albumina marcada com 51Cr, transferrina marcada com 99mTc): não é rotineiramente realizada, pois a depuração de alfa-1 antitripsina é menos cara e menos complicada de realizar ■ Concentração fecal randômica de alfa 1-antitripsina: não é um teste confiável (correlação pobre) Investigação Etiológica ● Avaliação clínica: ○ Duração dos sintomas ○ Presença de sintomas associados (ex.: insuficiência cardíaca ou derrame pleural) ○ Fatores de risco para gastroenteropatia com perda de proteína: ■ História de viagens recentes para áreas endêmicas de infecções parasitárias ■ Uso recente de antibióticos que podem predispor a uma infecção por C. difficile ■ Quimioterapia 4 ■ Exposição a AINEs ○ História prévia: ■ Doença inflamatória intestinal ■ Doença reumática (por exemplo, lúpus eritematoso sistêmico) ■ Malignidade gastrointestinal ■ Doença cardíaca ○ Procurar achados do exame físico sugestivos da etiologia subjacente (ex.: pressão venosa jugular elevada em um paciente com insuficiência cardíaca direita) ● Exames laboratoriais: ○ Hemograma completo com diferencial ○ Eletrólitos ○ TGO, TGP ○ TSH, T4 L ○ PCR, VHS ○ Anti-HIV 1 e 2 ○ Ferro sérico, ferritina, índice de saturação da transferrina ○ Sorologias celíacas (Anti-tranglutaminase IgA, anti-gliadina IgG, IgA total) ○ Albumina sérica ○ Retinol sérico, 25-hidroxivitamina D, alfa-tocoferol e TAP (detectar deficiências de vitaminas lipossolúveis) ○ Parasitológico de fezes ○ Pesquisa de toxinas A e B ○ Teste de antígeno de fezes de Giardia (sobretudo se viagens recentes para áreas endêmicas ○ Pesquisa de cristais de Charcot-Leyden (se houver eosinofilia periférica) ● TC ou RNM de abdome: ○ Exames contrastados podem demonstrar úlceras e anormalidades da mucosa ○ Podem detectar distúrbios que podem levar à obstrução linfática (ex.: fibrose retroperitoneal, doenças pancreáticas, malignidades) ● Endoscopia digestiva alta e colonoscopia: ○ Podem ajudar a detectar inflamação da mucosa, ulceração, doença neoplásica ou outras anormalidades ○ Permitem a realização de biópsia ● Videocápsula endoscópica: ○ Útil na avaliação de gastroenteropatia com perda de proteínas para identificar a presença de linfangietases intestinais ● Laparotomia exploratória: ○ Quando o diagnóstico permanece incerto, a laparotomia exploratória para excluir a possibilidade de malignidade oculta ● Linfangiografia: 5 ○ Pode ser considerada para pacientes selecionados, mas esse teste raramente é realizado ● Testes adicionais: ○ Guiados pelos sinaise sintomas e resultados de avaliações anteriores ○ Autoanticorpos - FAN, Fator Reumatoide (suspeita de doença reumatológica) ○ Radiografia de tórax (pode revelar doença granulomatosa ou cardiomegalia) ○ ECG e ecocardiograma (suspeita de envolvimento cardíaco) Abordagem ao paciente com enteropatia perdedora de proteínas Tratamento ● Terapia dietética: ○ Baixo teor de gordura (↓ fluxo linfático) ○ Alto teor proteína e triglicerídeos de cadeia média ○ Suplementação de vitaminas lipossolúveis ○ Suplementação adicional de ferro, zinco e cobre, se necessário ● Octreotida: ○ Pode diminuir a secreção de fluidos e a exsudação de proteínas do intestino ○ Utilização controversa 6 ● Tratamento da doença de base: ○ Doença inflamatória intestinal → imunossupressão ou cirurgia (se refratariedade) ○ Doença de Ménétrier → a gastrectomia reverte a perda proteica (evidência de uma infecção por Hp deve ser procurada e tratada antes) ○ Supercrescimento bacteriano, doença de Whipple, colite infecciosa → terapia antibiótica apropriada ○ Colite ulcerativa e a colite colagenosa → imunomoduladores de longo prazo ou cirurgia, e as colites infecciosas ○ Se diagnóstico de malignidade → terapia específica para o câncer ○ Doenças cardíacas (ex.: insuficiência cardíaca, pericardite constritiva) → manejo da condição cardíaca subjacente ● Tratamento de suporte: ○ Diuréticos → podem reduzir o edema (não são indicados de rotina, pois o edema é causado pela diminuição da pressão oncótica) ○ Meias compressivas → pacientes com linfedema ○ Cuidados com a pele → evitar celulite Hipocalemia Definição ● A hipocalemia é definida pela concentração sérica de potássio menor que 3,5 mEq/L ● Asmanifestações clínicas só ocorrem em níveis séricos mais reduzidos (< 2,5 mEq/L) ● Estratifica-se conforme as concentrações: ○ Leve: 3,1-3,5 mEq/L ○ Moderada: 2,5-3,0 mEq/L ○ Grave: < 2,5 mEq/L Etiologias ● Causas mais comuns: vômitos, diarreia e uso de diuréticos Principais mecanismos e causas de hipocalemia Mecanismos Observações Causas Ingesta reduzida A ingestão normal de potássio é entre 40-120 mEq/dia Uma vez que o rim é capaz de reduzir a excreção na presença de depleção de potássio, a baixa ingesta raramente causa hipocalemia Influxo celular de potássio O potássio corporal é predominantemente intracelular. ↑ insulina ↑ Atividade beta-adrenérgica (IAM, abstinência 7 Maior atividade desta ou alterações em outras vias transportadoras podem levar a hipocalemia pelo influxo celular de potássio alcoólica, ß2-agonistas, descongestionantes nasais) ↑ pH extracelular (alcaloses respiratória ou metabólica) Paralisia periódica hipocalêmica (hereditária autossômica dominante ou adquirida – hipertireoidismo) ↑ Hematopoiese (reposição terapêutica de B12 ou folato) Hipotermia (acidental ou induzida) Delirium tremens Perdas gastrointestinais TGI alto: alcalose metabólica Vômitos, drenagem nasogástrica TGI baixo: acidose metabólica hiperclorêmica Diarreias prolongadas Preparo para colonoscopia Pseudo-obstrução colônica Enteropatia perdedora de proteínas Perdas urinárias de potássio Excesso de mineralocorticoide (frequentemente aldosterona) ↑ fluxo tubular distal de sódio e água → ↑ secreção de potássio Diuréticos (acetazolamida, tiazídicos e de alça; dose-dependente) ↑ atividade mineralocorticoide (hiperaldosteronismo primário, hipertensão renovascular) Excreção de ânions não reabsorvidos (HCO3–, ß-hidroxibutirato) ATR I (distal) e II (proximal) Hipomagnesemia Tubulopatias genéticas (síndromes de Bartter e Gitelman) ● Outras causas: ○ Diabetes descontrolado: a diurese osmótica determina aumento das perdas de potássio ○ Depleção de magnésio: A depleção de magnésio reduz a concentração intracelular de K+ e intensifica a perda renal ○ Leucemias Tratamento ● Tratar a causa básica para interromper a perda de potássio ● Considerar reduzir a dose ou suspender a diureticoterapia ● Aumentar a ingestão dietética de potássio pode ser suficiente em pacientes assintomáticos sem doenças cardíacas crônicas com [K+] 3-3,5 mEq/L. São exemplos de alimentos ricos em potássio: ○ > 1.000 mg (25 mEq)/100 g: figo, melado de cana e algas marinhas ○ > 500 mg (12,5 mEq)/100 g: frutas secas, nozes, abacate e germe de trigo ○ > 250 mg (6,25 mEq)/100 g: vegetais (espinafre, tomate, brócolis, abóbora, beterraba, cenoura, couve-flor, batata), frutas (banana, melão, kiwi, laranja, manga) e carnes 8 ● Repor o déficit de magnésio ○ Mg < 1 mg/dL – repor 4-8 g em 12-24 horas ○ Mg 1-1,5 mg/dL – repor 2-4 g em 4-12 horas ○ Mg 1,6-1,9 mg/dL – repor 1-2 g em 1-2 horas ● Reposição oral: ○ Considerar se [K+] < 3,5 mEq/L mesmo no paciente assintomático ○ Pode-se indicar se [K+] < 4,0 mEq/L em pacientes com ICC, HAS ou arritmias ○ Cloreto de potássio é a forma mais efetiva de reposição de perdas agudas ○ 40-100 mEq/dia, VO divididas em 2-4 tomadas é usualmente adequado ○ Prescrever doses moderadas por dias a semanas para completa reposição ● Reposição endovenosa: ○ Indicada se [K+] < 3,0 mEq/L, sintomática ou para pacientes com TGI disfuncionante ○ Dose inicial de 20-80 mEq em SF, dependendo da gravidade da hipocalemia ○ Redução ao menos de 50% na dose se disfunção renal ○ Infusão de 10-20 mEq/hora ○ Infusões > 10 mEq/hora podem requerer acesso venoso central ○ Concentração máxima de 80 mEq/L em veia periférica ● Recomenda-se monitorização cardíaca contínua caso reposição parenteral ● Monitorizar níveis séricos de K+ a cada 1-6 horas Principais formulações disponíveis para reposição de potássio Produto Apresentação Via de administração Observações Cloreto de potássio 10% 1 ampola (10 mL) = 13,4 mEq Endovenosa Indicado se K+ < 3,0 mEq/L, sintomático ou TGI não funcionante Cloreto de potássio 19,1% 1 ampola (10 mL) = 25 mEq Endovenosa Cloreto de potássio 6% (xarope) 15 mL = 12 mEq Oral/enteral Mais barato porém pouco tolerado por sabor desagradável Cloreto de potássio cápsula 600 mg 8 mEq/cápsula Oral Sulfato de magnésio 10% 1 ampola (10 mL) = 1 g de Mg Endovenosa Sulfato de magnésio 20% 1 ampola (10 mL) = 2 g de Mg Endovenosa 9 Revisão Ceftriaxona ● Classe: cefalosporina de 3a geração ● Mecanismo de ação: ○ Inibe a síntese da parede celular bacteriana, ligando-se a uma ou mais das proteínas de ligação à penicilina (PBPs) → inibe a transpeptidação da síntese de peptidoglicano → inibe a síntese da parede celular ● Apresentação: ○ Pó para solução EV: ■ 500 mg + ampola diluente com 5 mL ■ 1000 mg + ampola diluente com 10 mL ○ Pó para solução IM: ■ 500 mg + ampola diluente (lidocaína a 1%) com 2 mL ■ 1000 mg + ampola diluente (lidocaína a 1%) com 3,5 mL ● Uso clínico: ○ Abscesso peritonsilar ○ Pneumonia comunitária ○ Pneumonia hospitalar ○ Otite média aguda ○ Doença de Lyme ○ Artrite séptica ○ Infecção em prótese ortopédica ○ Meningite ○ Aborto séptico ○ Sepse em crianças ○ Prostatite bacterina ○ Uretrite ○ Pielonefrite aguda ○ Gonorreia ● Posologia: ○ Dose usual: 1-2 g EV/IM, 1 x/ dia ○ Dose máxima: 4 g/dia ● Modo de uso: ○ EV direta durante 2-4 minutos, Infusão EV durante 30 min, IM (profundamente em região glútea) ● Diluição: ○ Infusão EV contínua: 20 mL (2g) + 40 mL de SF 0,9% (ou SG 10%, SG 5%) ● Eliminação: ○ É excretada por meio da bile pelas fezes (empregada em pacientes com insuficiência renal) ● Uso na gravidez: ○ Categoria B: Uso com cautela 10 ○ Atravessa barreira placentária ● Uso na lactação: ○ Muito baixo risco: uso liberado na lactação ● Efeitos adversos: ○ Hipersensibilidade, anemia hemolítica, colite pseudomembranosa, pancreatite (raro) ● Contraindicações: ○ Hipersensibilidade a cefalosporinas e a penicilinas, neonatos prematuros, recém-nascidos com icterícia Fluconazol ● Classe: antifúngico derivado triazólico ● Mecanismo de ação: ○ Inibição da síntese fúngica de esteroides (perda de ergosterol na membrana celular) ○ Age inibindo a desmetilação de 14-alfa-lanosterol mediada por citocromo P-450, um passo essencial na biossíntese de ergosterol em fungos ● Apresentação: ○ Cápsula:■ 100 mg ■ 150 mg ○ Solução injetável: ■ 2 mg/mL: frasco com 100 mL ● Uso clínico: ○ Criptococose, coccidioidomicose ○ Candidíase vaginal, candidíase orofaríngea, esofagiana e sistêmica ○ Prevenção de doenças fúngicas em pacientes com doenças malignas e que estão predispostos a tais infecções devido à quimioterapia citotóxica ou radioterapia ● Posologia: ○ Dose usual: 200-400 mg VO/EV em dose única diária ○ Esofagite, infecções broncopulmonares não invasivas, candidíase mucocutânea e candidúria: 50-100 mg VO/EV 1x/dia, por 14-30 dias ○ Balanite por candida, dermatomicoses, Tinea pedis, Tinea corporis, Tinea cruris, infecções por Candida, Tinea pedis: 150 mg VO em dose única 1 x/semana ● Modo de uso: ○ Infusão EV (velocidade de infusão < 10 mL/min) ○ VO ● Eliminação: ○ A principal via de excreção é a renal (80%) ● Uso na gravidez: 11 ○ Categoria C: Uso com risco ● Uso na lactação: ○ É encontrado no leite materno em concentrações semelhantes às do plasma - seu uso em mulheres lactantes não é recomendado ● Efeitos adversos: ○ Hipersensibilidade ● Contraindicações: ○ Hipersensibilidade ○ Coadministração com terfenadina, cisaprida, astemizol, eritromicina, pimozida e quinidina (prolongam o intervalo QT e que são metabolizados através das enzimas da CYP3A4) Bactrim ● Classe: antimicrobiano antifolato ● Mecanismo de ação: ○ Sulfametoxazol: interfere na síntese de ácido fólico bacteriano, através da inibição de ácido di-hidrofólico a partir do ácido paraminobenzóico ○ Trimetoprima: inibe a redução do ácido di-hidrfólico a tetra-hidrofolato, resultando na inibição sequencial de enzimas da via do ácido fólico ● Apresentação: ○ Comprimido: ■ Sulfametoxazol 400 mg + trimetoprima 80 mg ■ Sulfametoxazool 800 mg + trimetoprima 160 mg ○ Suspensão oral: ■ Sulfametoxazol 40mg/mL + trimetoprima 8mg/mL ■ Sulfametoxazol 80mg/mL + trimetoprima 16 mg/mL ○ Solução injetável: ■ Sulfametoxazol 80 mg/mL + trimetoprima 16 mg/mL ● Uso clínico: ○ Bacteriúria assintomática ○ Cistite ○ Prostatite bacteriana ○ Coqueluche ○ Exacerbação aguda da fibrose cística ○ Gastroenterite ○ Furúnculo e carbúnculo ● Posologia: ○ Uso oral: ■ Dose usual: 800mg + 160 mg VO de 12 em 12 hors ■ Dose máxima: 1200 mg + 240 mg VO de 12 em 12 horas ○ Uso endovenoso: 12 ■ Dose usual: 10-15 mL EV 2x/dia por 3-5 dias ■ Modo de uso: infusão EV em 30-60 minutos ■ Diluição: 10 mL + 250 mL de SF 0,9%, SG 10% ou Ringer Lactato ● Uso na gravidez: ○ Categoria C: Uso com risco ● Uso na lactação: ○ Não deve ser utilizado durante a amamentação (excreção da droga pelo leite materno) ● Efeitos adversos: ○ Os mais comuns são náuseas, vômitos, aumento de transaminases, ureia e creatinina, reações de hipersensibilidade (ex.: urticária), convulsões, infecções fúngicas etc. ● Contraindicações: ○ Hepatopatias e nefropatias graves, hipersensibilidade prévia, pacientes em uso de dofetilida 13
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