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RESUMO P2 PRÁTICA DE SÍNTESE DE FÁRMACOS

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Karyna Leal Antônio
RESUMO P2 PRÁTICA DE SÍNTESE DE FÁRMACOS 
Aula 1: Síntese da BUTESINA 
	 A butesina é um anestésico local e sua principal aplicação é para intermediário de síntese do picrato 
de butesina. A butesina é um éster derivado do PABA obtido através da reação de esterificação entre o PABA 
e o álcool n-butílico. 
	 Por ser produto de uma reação reversível (formação de água, pode hidrolisar o éster), a vidraria 
utilizada foi seca em estufa para evitar a presença de água. Além disso, é utilizado como catalisador e secante 
o ácido sulfúrico. Para o início da síntese, o PABA e o álcool são aquecidos pois o PABA só dissolve a quente. 
Com a adição de ácido sulfúrico no meio, precipita o sulfato de PABA. 
	 Para neutralizar o sulfato, é adicionado carbonato de sódio ao meio. Com isso, forma-se um material 
no balão com ASPECTO oleoso. A explicação desse aspecto é que a presença dos íons Na+ ao redor das 
moléculas de butesina gera macroscopicamente o aspecto de óleo, já que as cargas positivas se repelem (efeito 
do íon comum). Ao friccionar a parede da vidraria, são formadas cargas negativas que iram neutralizar as 
positivas, favorecendo a precipitação do produto. 
	 O álcool n-butílico é o reagente em excesso. O excesso é empregado pois a esterificação exige 
excessos de reagentes para melhores rendimentos. Além disso, o álcool é solvente e é perdido facilmente por 
volatilidade. 
Aula 2: Preparação do PICRATO DE BUTESINA 
	 O picrato de butesina é um fármaco utilizado como pomada para queimaduras superficiais. O ácido 
pícrico age como antimicrobiano e a butesina como anestésico. É importante lembrar que essa etapa é uma 
PREPARAÇÃO e não síntese, já que não serão formadas ligações entre os átomos dos reagentes, somente 
interações moleculares (pontes de hidrogênio). 
	 Para a preparação, é adicionada a butesina, HCl (ajuda na dissolução) e o ácido pícrico. O sistema é 
aquecido na faixa de temperatura entre 50 a 70ºC. Abaixo de 50ºC nenhum dos dois compostos se dissolve e 
acima de 70ºC a butesina funde e o ácido pícrico pode explodir. Para finalizar, deve-se lavar para a retirada 
do ácido clorídrico, que pode carbonizar o produto, principalmente se for colocado em estufa. O indicativo 
de formação correta do produto é a faixa de ponto de fusão (entre 109ºC e 110ºC) que é bem diferente do 
ponto de fusão da butesina (56ºC) e do ácido pícrico (122ºC). Na imagem, estão indicadas as interações 
intermoleculares de pontes de hidrogênio entre as moléculas de ácido pícrico e butesina presentes no picrato 
de butesina. 
Aula 3: Síntese do SALICILATO DE METILA 
	 O salicilato de metila é um medicamento utilizado via tópica para contusões. Ele é sintetizado por 
uma reação de esterificação entre o ácido salicílico e metanol. Pela formação de água, essa reação é 
reversível. O reagente em excesso é o metanol, e ele nunca consegue ser recuperado por completo ao final da 
reação, por ser muito volátil. 
Karyna Leal Antônio
	 O produto formado se apresenta no estado líquido, e por isso toda sua purificação é diferenciada. 
Primeiro, é adicionado água para formar duas fases e separar o excesso de metanol, reagentes que não 
reagiram e o ácido sulfúrico (catalisador). Depois o produto é lavado com carbonato de sódio até pH alcalino, 
para ter maior garantia da ausência de ácido no produto. Por último, adiciona cloreto de cálcio para 
desidratar o salicilato de metila. Filtrar em algodão para uma proveta. 
Aula 4: Síntese da PIROXILINA 
	 A piroxilina é um polímero de glicose modificada produzido a partir da celulose, utilizado para a 
preparação do colódio (espécie de gel que isola feridas). 
	 Para a síntese da piroxilina, é adicionado ácido sulfúrico e ácido nítrico ao algodão (fonte de 
celulose). Na presença de ácido sulfúrico, o ácido nítrico gera o íon nitrônio (NO2+ ou [O=N=O]+) que ataca 
duas hidroxilas de um monômero. Na imagem, as hidroxilas em rosa são as que sofrem nitração. As em 
laranja não sofrem pois estão fazendo pontes de hidrogênio com o oxigênio do anel. As em azul são as que 
participam da reação com outras unidades de glicose para a extensão da cadeia da celulose, que também não 
sofrem nitração. Assim, em um dímero de celulose, quatro grupamentos nitro serão adicionados. Por ser um 
oligossacarídeo, não conta as hidroxilas terminais redutoras. 
Aula 5: LATENCIAÇÃO 
	 A latenciação é uma forma de modificação de moléculas biologicamente ativas, para gerar 
prófarmacos. Assim, a forma de transporte do fármaco será biologicamente inativa e após sofrer uma reação 
química ou enzimática, adquire atividade. Os principais objetivos da latenciação consistem em melhorar 
características da formulação, tempo de ação, seletividade, biodisponibilidade e toxicidade. 
	 O pró-fármaco ideal deve ser sem atividade terapêutica e sem toxicidade, bem como seu carreador. 
Além disso, deve ter uma síntese economicamente viável, deve ter um grupamento químico que permita a 
inserção e deve-se prever o sistema que irá romper a ligação pró-fármaco/carreador. 
	 Classificação dos pró-fármacos: 
1. Pró-fármacos clássicos: são menos ativos ou inativos quando comparados à molécula matriz e devem sofrer 
reação hidrolítica para liberar a porção ativa – geralmente apresenta transportador inativo. Um exemplo de 
pró-fármaco clássico é o enalapril, que após sofrer uma clivagem na sua ligação éster, dá origem ao 
metabólito ativo chamado de enalaprilato. 
2. Bioprecursores: Moléculas resultantes de modificação molecular com a formação de novo composto que 
após sofrer metabolização transforma-se em metabólito ativo – não apresenta transportador. 
3. Pró-fármacos mistos: Moléculas biologicamente inerte, que requer várias etapas para sua conversão à 
forma ativa, aumentando a liberação do fármaco em um sítio ou órgão específico – CDS 
4. Fármacos dirigidos: Os transportadores desta forma latente são capazes de transportar os fármacos 
seletivamente do local de administração até o sítio de ação (receptores específicos) – ADEPT 
5. Pró-fármacos recíprocos: promove melhorias nas propriedades farmacológicas por meio da obtenção de 
derivados de atividade mista ou de atividade única por mecanismos diferentes - transportador ativo

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