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INTRODUÇÃO A PATOLOGIA Estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais nas células, tecidos e órgãos que fundamentam doença. Geral: concentrada nas reações das células e tecidos aos estímulos anormais e defeitos herdados, os quais são as principais causas de doenças; Sistêmica: examina as alterações em tecidos e órgãos especializados que são responsáveis por distúrbios que envolvem esses órgãos. · Uso de técnicas moleculares, microbiológicas e morfológicas; · Base racional para a terapia e o cuidado clínico. ETIOLOGIA = causa (genético ou adquirido); PATOGENIA = mecanismos de desenvolvimento; ALTERAÇÕES MOLECULARES E MORFOLÓGICAS = alterações bioquímicas e estruturais induzida nas células e órgãos do corpo; MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS = consequências funcionais das alterações (sinais e sintomas). RESPOSTAS CELULARES AO ESTRESSE E AOS ESTÍMULOS A célula normal é confinada a uma faixa razoavelmente estreita de função e estrutura por seu estado de metabolismo, diferenciação e especialização; por limitações das células vizinhas; e pela disponibilidade de substratos metabólicos; · HOMEOSTASIA: estado normal; · ADAPTAÇÕES: são respostas estruturais e funcionais reversíveis, a estresses fisiológicos mais excessivos e a alguns estímulos patológicos, durante os quais estados constantes novos, porém alterados, são alcançados, permitindo que a célula sobreviva e continue a funcionar; Hipertrofia: aumento do tamanho das células; · devido à síntese de mais componentes estruturais das células; · A hipertrofia pode ser fisiológica ou patológica e é causada pelo aumento da demanda funcional ou por estimulação de hormônios e fatores de crescimento; Hiperplasia: aumento da atividade funcional e do número de células; · Frequentemente ocorrem junta à hipertrofia e podem ser induzidas pelos mesmos estímulos externos; · Pode ser fisiológica ou patológica; · A hiperplasia fisiológica pode ser dividida em: hiperplasia hormonal, que aumenta a capacidade funcional de um tecido, quando necessário e hiperplasia compensatória, que aumenta a massa de tecido após lesão ou ressecção parcial; · A maioria das formas de hiperplasia patológica é causada por excesso de hormônios ou fatores de crescimento atuando em células-alvo. Atrofia: diminuição do tamanho e da atividade metabólica das células; · Pode ser fisiológica ou patológica; · Atrofia fisiológica é comum durante o desenvolvimento normal; · A atrofia patológica depende da causa básica e pode ser local ou generalizada: · Redução da carga de trabalho (atrofia de desuso) · Perda da inervação (atrofia por desenervação) · Diminuição do suprimento sanguíneo; · Nutrição inadequada · Perda de estimulação endócrina · Pressão = compressão tecidual por qualquer período de tempo; · As alterações celulares fundamentais associadas com a atrofia são idênticas em todos esses contextos. Metaplasia: mudança no fenótipo das células; Quando o estresse é controlado, a célula pode retornar ao seu estado original, sem ter sofrido qualquer consequência danosa. LESÃO CELULAR – pode ocorrer devido a: · Privação de oxigênio; · Agentes físicos, químicos, infecciosos e drogas; · Privação de nutrientes essenciais; · Reações imunológicas; · Defeitos genéticos; A lesão celular é reversível até um certo ponto, mas se o estímulo persistir ou for intenso o suficiente desde o início, a célula sofre lesão irreversível e, finalmente, morte celular. Adaptação, lesão reversível e morte celular podem ser os estágios de uma debilidade progressiva que sucede os diferentes tipos de insultos. Tumefação celular: tumefação celular surge quando as células se tornam incapazes de manter a homeostasia iônica e líquida e é resultante da falha da bomba de íons dependente de energia na membrana plasmática. Degeneração gordurosa: ocorre na lesão hipóxica e em várias formas de lesão metabólica ou tóxica. Ela é manifestada pelo surgimento de vacúolos lipídicos grandes no citoplasma. É observada principalmente em células envolvidas e dependentes do metabolismo de gordura. MORTE CELULAR É resultante de várias causas, incluindo isquemia (redução do fluxo sanguíneo), infecção e toxinas. A morte celular constitui também um processo normal e essencial na embriogênese, no desenvolvimento dos órgãos e na manutenção da homeostasia. · NECROSE: células necróticas são incapazes de manter a integridade da membrana e seus conteúdos sempre extravasam, um processo que pode iniciar inflamação no tecido circundante; · As enzimas que digerem a célula necrótica são derivadas dos lisossomos das próprias células que estão morrendo ou dos lisossomos dos leucócitos que são recrutados como parte da reação inflamatória; · A digestão dos conteúdos celulares e a resposta do hospedeiro podem levar horas para se desenvolver; · As manifestações morfológicas da necrose levam mais tempo para se desenvolver do que as da lesão reversível; · APOPTOSE: Em situações em que o DNA ou as proteínas celulares são lesados de modo irreparável, a célula se suicida. · AUTOFAGIA: é o processo no qual as células privadas de alimento digerem seus próprios componentes na tentativa de encontrar nutrientes e sobreviver.