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direito aula 3 Legislação Aplicada e Direito do Consumidor

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LEGISLAÇÃO COMERCIAL 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Sonia de Oliveira 
 
 
 
 
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CONVERSA INICIAL 
Olá! Bem-vindos a este novo encontro, no qual estudaremos temas 
inerentes aos contratos, assunto muito importante para a atividade comercial. 
Vamos conhecer os temas estudados: 
1. Função, formação e classificação dos contratos; 
2. Extinção dos contratos; 
3. Contratos em espécie I; 
4. Contratos em espécie II; 
5. Contratos em espécie III. 
O estudo dos contratos em espécie foi dividido em virtude da importância 
do assunto e da quantidade de contratos possíveis na atividade comercial. 
Bons estudos. 
 
CONTEXTUALIZANDO 
Na gestão comercial, diariamente o profissional irá se deparar com as 
mais diversas formas e espécies de contratos civis, de modo que o conhecimento 
da matéria, ainda que não aprofundado em um primeiro momento, poderá ser 
um diferencial. 
Alguns contratos, como o de compra e venda, são recorrentes em 
qualquer atividade comercial, enquanto outros são mais específicos a 
determinadas situações, como o contrato de franquia. E o importante é que neste 
primeiro contato se possa proporcionar uma visão geral destes principais 
contratos em espécie. 
Para se aprofundar no tema, você pode consultar o livro de Alexandre 
Cortez Fernandes, intitulado “Direito Civil: contratos, disponível na sua biblioteca 
virtual”. 
 
TEMA 1 – FUNÇÃO, FORMAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS 
Vamos iniciar os estudos sobre os contratos tratando da sua função, 
formação e classificação, conhecimentos imprescindíveis para o avanço no 
estudo da disciplina. 
 
 
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Os contratos, de uma forma geral, são regidos pelas previsões legais 
contidas no Código Civil, a partir do artigo 421, o qual você pode ter acesso pelo 
link: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. 
Apesar de a matéria estar disciplinada pelo Código Civil, esta legislação 
não apresenta o conceito de contratos, razão pela qual precisamos nos socorrer 
na doutrina para tanto. 
O contrato pode ser definido como: 
uma espécie de negócio jurídico, de natureza bilateral ou plurilateral, 
dependendo, para a sua formação, do encontro da vontade das partes, 
por ser ato regulamentador de interesses particulares, reconhecida 
pela ordem jurídica, que lhe dá força criativa. (Diniz, 2004, p. 23) 
Segundo noticiam Débora Veneral e Silvano Alcantâra, os contratos 
devem ser orientados pelos princípios da liberdade de contratar, da probidade e 
da boa-fé, da interpretação mais favorável ao aderente e o da impossibilidade de 
renúncia antecipada, como preceitua o Código Civil (VENERAL; ALVANTARA, 
2014, p. 119). 
Quanto à função, o contrato serve justamente para instrumentalizar o 
acordo de vontade das partes contratantes (duas ou mais), formalizando o objeto 
da contratação, obrigações das partes, hipóteses de rescisão, dentre outras 
possibilidades. 
As partes são livres para contratar, podendo, inclusive, celebrar contratos 
atípicos, desde que seja atendida a função social do contrato, como determina 
expressamente o Artigo 421 do Código Civil. Isso significa que o contrato não é 
visto apenas pela ótica individualista dos contratantes, mas em seu sentido 
social. A análise da função social do contrato será feita do caso concreto, 
mediante controle judicial no caso de alguma das partes levar ao Judiciário 
discussão acerca das cláusulas do contrato. 
O controle judicial não se manifestará apenas no exame das cláusulas 
contratuais, mas desde a raiz do negócio jurídico. Como procura enfatizar o atual 
diploma, o contrato não mais é visto pelo prisma individualista de utilidade para 
os contratantes, mas no sentido social de utilidade para a comunidade. Nesse 
diapasão, pode ser coibido o contrato que não busca essa finalidade. Somente 
o caso concreto, as necessidades e as situações sociais de momento definirão 
o que se entende por interesse social (Venosa, 2016, p. 425). 
O Artigo 423 do Código Civil aduz que, no caso de cláusulas contraditórias 
ou ambíguas, o entendimento a ser adotado deverá ser aquele que beneficia o 
contratante, ideia largamente utilizada nos contratos de consumo submetidos ao 
 
 
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Código de Defesa do Consumidor, no qual aduz no Artigo 47 que “as cláusulas 
contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor”. 
A formação dos contratos diz respeito a como ele se concretiza, 
iniciando, legalmente, com uma proposta (oferta ou policitação) feita por uma 
pessoa (proponente) a outra interessada (oblato), indicando, clara e 
objetivamente, os principais pontos do contrato: objeto, preço, condições de 
pagamento, prazos etc. Esta é a primeira fase do contrato prevista em lei e 
deixará de existir se houver a negativa do oblato ou pelo decurso do prazo 
estipulado na oferta. 
Portanto, vemos que a manifestação de vontade é essencial para a 
formação dos contratos, mas a aceitação poderá ser tácita (ou seja, sem 
expressão da vontade) quando o contrato assim permitir ou se dentro do prazo 
estipulado pelo proponente não houver recusa do oblato. 
A proposta deixa de ser obrigatória quando: se a pessoa estiver presente 
e não aceitar imediatamente (será considerada presente a pessoa que tiver sido 
contatada por telefone ou meio de comunicação semelhante); se a pessoa 
estiver ausente, tiver transcorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao 
proponente ou a resposta não ter sido enviada dentro do prazo concedido; se, 
antes da resposta ou ao mesmo tempo que ela, chegar ao conhecimento da 
outra parte a retratação do proponente. 
O anúncio feito ao público, por qualquer meio de publicidade, equivalerá 
à proposta, que somente poderá ser revogada caso prevista esta possibilidade 
quando da veiculação da oferta, sendo que a revogação deve ser feita pela 
mesma via de divulgação. 
Trata-se de direito básico do consumidor a informação “adequada e clara 
sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta, composição, 
qualidade e preço, bem como sobre os riscos que representam”, nos termos do 
Artigo 6º, inciso III, do CDC (Brasil, 1990). 
Ainda quanto à oferta, dispõe o Artigo 30 do CDC: 
Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada 
por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e 
serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer 
veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. 
(Brasil, 1990) 
No caso de o fornecedor se recusar ao cumprimento da oferta o 
consumidor poderá: requerer o cumprimento forçado da obrigação, conforme 
oferta, apresentação ou publicidade; aceitar produto ou serviço equivalente; ou 
 
 
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rescindir o contrato e ter de volta a quantia eventualmente antecipada, com 
correção monetária, bem como perdas e danos (Brasil, 1990). 
O contrato será considerado celebrado no local em que foi proposto e a 
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro aduz que “a obrigação 
resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o 
proponente” (Brasil, 1942). 
Os contratos firmados à distância e pela internet poderão ser 
considerados entre ausentes ou presentes, dependendo da interação entre as 
partes no momento da oferta. Se estiverem conectadas por meio telemático 
capaz de promover a instantânea comunicação, a contratação poderá ser entre 
presentes. Mas, ainda assim, caso a outra parte não estiver imediatamente 
disponível, poderá ser considera entre ausentes. 
No contrato devem ser fixados os direitos e as obrigações de cada parte 
contratante, no intuito de estabelecer um equilíbrio contratual e para que os 
limites do contrato sejam bem delimitados. O cumprimento dos direitos e das 
obrigações é que vai, por muitas das vezes, ensejar o sucesso ou não do 
contrato, sendo que a violação por uma das partes poderá resultar em sua 
extinção, nos termos adiante estudados. 
Quanto à classificaçãodos contratos, ela não decorre de lei, tratando-
se de uma construção doutrinária, mas bastante importante para que se possa 
respeitar a particularidade de cada contrato no momento de analisá-los e 
interpretá-los. 
Para estudar a classificação dos contratos, vamos adotar o entendimento 
do autor Silvio de Salvo Venosa, na obra “Direito: teoria geral das obrigações e 
teoria geral dos contratos”, apenas por questão didática: contratos unilaterais e 
bilaterais; gratuitos e onerosos; comutativos e aleatórios; típicos e atípicos; 
consensuais e reais; solenes e não solenes; principais e acessórios; 
instantâneos e de duração; prazo determinado e indeterminado; pessoais e 
impessoais; e civis e mercantis (Venosa, 2016). 
 
TEMA 2 – EXTINÇÃO DOS CONTRATOS 
A regra geral é que, desde o início da relação contratual, as partes têm 
em mente um termo final para sua extinção, ainda que em um primeiro momento 
não seja fixado um prazo. 
 
 
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Com relação à terminologia correta a se adotar para tratar da extinção dos 
contratos, ensina Silvio de Salvo Venosa: 
Como não existe concordância na doutrina acerca dos termos extinção, 
resolução, resilição, rescisão, revogação, melhor que partamos da 
noção de desfazimento, que vai englobar todos esses institutos, 
qualquer que seja a compreensão jurídica a eles outorgada. A 
dificuldade terminológica surge entre nós por não estar a questão 
totalmente disciplinada na lei. O vínculo chega a um final, termina, 
desfaz-se, de várias maneiras. (Venosa, 2016, p. 563) 
De acordo com o Código Civil, o contrato pode ser extinto pelo distrato, 
por cláusula resolutiva, exceção do contrato não cumprido e resolução por 
onerosidade excessiva. 
O distrato deve ser feito pela mesma forma exigida para o contrato, ou 
seja, o contrato por escrito exige um distrato escrito; o contrato oral exige um 
distrato oral. Entretanto, essa previsão tem que ser vista com reservas, pois nada 
impede que um contrato oral seja desfeito na forma escrita e um contrato escrito 
particular seja desfeito mediante escritura pública (VENOSA, 2016, p. 565). 
Os efeitos do distrato iniciam a partir da sua ultimação, sendo certo que a 
partir daquele momento inexiste relação contratual entre as partes, salvo se as 
partes decidirem o termo final. 
Quando o distrato se dá por interesse apenas de uma das partes, para 
que sua vontade se concretize, deverá notificar a outra parte de sua intenção, 
desde que a lei permita, expressa ou tacitamente, que haja resilição unilateral. 
No caso de denúncia unilateral do contrato, se a outra parte tiver feito 
investimentos consideráveis para sua execução, aquela somente produzirá 
feitos depois de transcorrido um tempo proporcional com a natureza e o vulto 
dos investimentos. 
A extinção do contrato por cláusula resolutiva se dá, em regra, quando 
uma das partes não cumpre com as obrigações do contrato. A cláusula 
resolutória pode estar expressa no contrato, dizendo que, se houver o 
descumprimento das obrigações por uma das partes, o contrato será extinto, ou 
pode também ser tácita. Em ambos os casos a resolução do contrato poderá ser 
objeto de discussão judicial, oportunidade em que a parte lesada poderá exigir o 
cumprimento do contrato, com uma indenização por perdas e danos ou somente 
essa última. 
A exceção do contrato não cumprido se aplica nos casos de contratos 
bilaterais, ou seja, o qual prevê direitos e obrigações a todos os envolvidos na 
 
 
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contratação. Neste caso, nenhum contratante poderá requerer o adimplemento 
do outro se ainda não cumpriu sua obrigação. 
E, ainda, no caso de concluído o contrato, houver alteração na situação 
financeira que impeça uma das partes de cumprir com sua obrigação, a outra 
parte poderá se negar a cumprir com a sua, até que aquela a satisfaça ou que 
apresente garantias de que irá fazê-lo. 
Por fim, o Código Civil prevê a resolução contratual pela onerosidade 
excessiva, a qual se opera quando, nos contratos de execução continuada, se 
a obrigação de uma das partes se tornar extremamente onerosa, gerando 
vantagem acentuada à outra, por motivos extraordinários, o devedor poderá 
requerer a resolução do contrato. Esta situação poderá ser evitada se o credor 
oferecer novas condições contratuais que equilibrem a relação, mas isto não é 
obrigatório. 
O fato é que, em cada uma destas situações, a resolução do contrato 
poderá ser objeto de análise judicial, cabendo ao Poder Judiciário analisar os 
termos do contrato e, a partir da função social do contrato e da boa-fé, 
reestabelecer o equilíbrio contratual (revisão do contrato) ou declarar sua 
rescisão. 
 
Importante: A extinção do contrato pressupõe um contrato válido, 
formalmente sem vícios. Entretanto, se constatado que o contrato contém 
alguma nulidade na sua formação, e assim for declarado, é como se ele nunca 
tivesse existido, sendo nulos todos seus efeitos. Exemplo disso é contrato 
firmado contendo objeto ilícito, ou por contratante menor de idade sem estar 
representado pelo responsável. 
 
TEMA 3 – CONTRATOS EM ESPÉCIE I 
A partir daqui iremos estudar algumas espécies de contratos, os quais são 
amplamente previstos no Código Civil e em legislações esparsas. 
Como estudado anteriormente, as partes são livres para contratar, 
entretanto, alguns contratos têm certas regras específicas, as quais devem ser 
atendidas sob pena de nulidade ou anulação dos atos praticados. 
Quando estudamos a Legislação Trabalhista, foi visto o representante 
comercial e, naquela oportunidade, particularidades do contrato de 
 
 
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representação comercial já foram destacadas, de modo que este não será aqui 
estudado. 
Nesta primeira parte estudaremos o contrato de compra e venda, 
prestação de serviços e o contrato de locação de coisas, os quais estão previstos 
no Código Civil. 
 
3.1 Contratos de compra e venda 
O artigo 481 e seguintes do Código Civil tratam da compra e venda, a qual 
é definida da seguinte forma pelo artigo antes mencionado: “Art. 481. Pelo 
contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio 
de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro”. 
Vemos, portanto, que os elementos obrigatórios do contrato de compra e 
venda são: comprador, vendedor (partes capazes), a coisa (que deverá ser 
corpórea) e o preço. O consentimento expressado pelas partes deverá ser livre 
e espontâneo e, se constatado erro de consentimento, o negócio poderá ser 
anulável (erro, dolo, coação etc.). 
É o contrato que celebramos diariamente, quando vamos ao 
supermercado ou compramos um carro. A diferença são as formalidades no 
momento de sua concretização. 
A coisa objeto do contato pode ser atual ou futura e, neste caso, caso não 
venha a existir o contrato ficará sem efeito, salvo se as partes tiverem intenção 
de promover um contrato aleatório. 
O contrato até pode ser realizado sem a fixação de preço, caso em que 
se entenderá que o comprador aceitará o preço praticado habitualmente pelo 
vendedor ou, havendo variação de preço, o valor médio apurado. 
A entrega do bem é conhecida como “tradição” e, no caso da compra e 
venda, deverá ocorrer onde ela se encontrava ao momento da compra. Claro 
que atualmente sabemos que as entregas no domicílio do comprador são 
habituais, mas devem ser ajustadas entre as partes. 
É importante destacar que, se ao tempo da entrega do bem, o comprador 
estiver insolvente, o vendedor poderá obstar a entrega e somente fazê-la quando 
receber caução de pagar no tempo acordado. 
No caso de compra e venda de imóvel, se constatado que a metragem do 
bem não corresponde a ajustável, poderá o comprador exigir o complemente da 
 
 
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área, se possível, reclamar pela resolução do contrato (desfazimento do 
negócio) ou o abatimento proporcional do preço. 
O Código Civil permite que o contrato de compra e venda tenha algumas 
cláusulas especiais. Vejamos: 
 Retrovenda:é a possibilidade de o vendedor reaver o bem imóvel vendido 
dentro de um prazo de três anos, desde que restitua o preço recebido e 
as despesas do comprador; 
 Venda a contento e da sujeita à prova: A venda somente se concretizará 
quando o comprador manifestar sua satisfação com a coisa adquirida, o 
que deverá ocorrer em um prazo fixado pelas partes; 
 Preempção ou preferência: esta impõe obrigação ao comprador de 
oferecer ao vendedor a coisa que ele vai vender, ou dar em pagamento, 
para que este use seu direito de prelação na compra, tanto por tanto; 
 Venda com reserva de domínio: o vendedor poderá reservar para si a 
propriedade até o pagamento integral do preço; 
 Da venda sobre documentos: a entrega da coisa é substituída pela 
entrega de um título que a represente e, eventualmente, outros 
documentos que o contrato exija, sendo o pagamento realizado no 
momento da entrega dos documentos. 
 
3.2 Contrato de prestação de serviços 
Aplica-se o Código Civil à prestação de serviços que não estiver 
submetida às leis trabalhistas ou outra lei especial. 
A contratação de serviço deve ser formalizada por contrato de prestação 
de serviços, sendo que, se uma das partes for analfabeta, o documento poderá 
ser assinado a rogo e ser subscrito por duas testemunhas. Evidente que 
habitualmente ouvimos falar de prestação de serviços sem contrato formalizado, 
o que é bastante temerário, pois havendo discordância entre as partes por algum 
motivo, não haverá registro do acordado para solução da controvérsia. 
Em regra, a prestação do serviço deve ser paga quando da conclusão 
deste, mas nada impede de as partes acordarem de forma diferente pelos usos 
e costumes do local (poderá ser adiantada ou paga em prestações). 
A realização do serviço não poderá ser acordada por mais de quatro anos 
(pense em uma pessoa que contrata um artista para fazer um quadro), hipótese 
em que o contrato será considerado rescindido, mesmo que não concluída a 
 
 
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obra. Em se tratando de um contrato por prazo indeterminado, qualquer das 
partes poderá rescindi-lo mediante notificação prévia da outra parte. 
Quando o prestador de serviços for despedido sem justa causa, o que 
contratou deverá pagar por inteiro a prestação até então vencida, bem como 
metade do que ainda lhe caberia até o final do contrato. 
O contrato de prestação de serviços também é extinto pela “morte de 
alguma das partes, transcurso do prazo, pela conclusão da obra, pela rescisão 
do contrato mediante aviso prévio, por inadimplemento de qualquer uma das 
partes ou pela impossibilidade de continuação do contrato, motivada por força 
maior” (Brasil, 2002). 
Havendo prestação de serviço dentro de uma relação de consumo, 
deverão, ainda, ser aplicadas as disposições do Código de Defesa do 
Consumidor, e isto é o caso concreto que determinará. 
 
3.3 Contrato de locação das coisas 
O contrato de locação previsto no Código Civil, Artigo 565 e seguintes, 
trata de locação de coisas, não havendo especificação, sendo definido como: 
“Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo 
determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa 
retribuição” (Brasil, 2002). 
 
TEMA 4 – CONTRATOS EM ESPÉCIE II 
Neste tema vamos abordar mais três espécies de contratos: o contrato de 
franquia, o contrato de trespasse e o contrato de fiança. 
 
4.1 Contrato de franquia 
O contrato de franquia, ou franchising, é regido pela Lei n. 8.955/1994, a 
qual você pode acessar na íntegra no link: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8955.htm>. 
O art. 2º da mencionada lei define a franquia empresarial de uma forma 
bem didática. Vejamos: 
Art. 2º Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador 
cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado 
ao direito de distribuição exclusiva ou semiexclusiva de produtos ou 
serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de 
implantação e administração de negócio ou sistema operacional 
desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração 
 
 
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direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo 
empregatício. 
Sempre que houver interesse do franqueador em ceder o direito de uso 
da marca ou patente do qual seja proprietário, ele deverá entregar ao interessado 
uma oferta da franquia, em linguagem acessível, a qual deverá conter, 
obrigatoriamente, informações que permitam conhecer o negócio, com os dados 
das empresas às quais esteja vinculado, relação completa dos franqueados, 
subfranqueados e subfranqueadores, inclusive dos que tenham se desligado nos 
últimos 12 meses; os balanços e os demonstrativos financeiros da empresa 
franqueadora; dados de pendências judiciais em que possa estar envolvido; 
especificações quanto ao total estimado de investimento, valor da taxa inicial de 
franquia ou caução e valor estimado das instalações; e informações claras 
quanto às taxas periódicas e de outros valores a serem pagos ao franqueador 
ou a terceiros por ele indicados. 
Estas taxas podem incluir os royalties pelo uso do sistema, marca ou pelos 
serviços prestados pelo franqueador, taxa para realização de publicidade, 
seguro e eventuais valores devidos pelo franqueador a terceiros. 
Também deve estar na proposta a informação detalhada sobre a 
obrigatoriedade de o franqueado adquirir serviços ou matéria-prima necessária 
para a implantação, operação ou para a administração da franquia. 
E, ainda, deverão estar na proposta: informações do que é fornecido pelo 
franqueador (treinamentos, custos, serviços de orientação, manuais de franquia, 
auxílio na escolha do ponto etc.), situação da marca ou patente no Instituto 
Nacional de Propriedade Intelectual, a situação do franqueado após o término 
do contrato de franquia quanto ao know-how ou segredo de indústria e 
possibilidade de implementação de atividade concorrente ao franqueador e, por 
fim, o modelo de contrato de franquia adotado para análise. 
O contrato de franquia é formal, portanto, somente se admite a forma 
escrita, assinado por duas testemunhas, e tem validade independentemente de 
registro em cartório. 
A oferta da franquia deverá ser entregue ao interessado no prazo mínimo 
de 10 dias antes da assinatura do contrato, bem como antes do pagamento de 
qualquer taxa ao franqueador ou à empresa ligada a ele. Caso não cumprida 
esta norma, poderá o interessado requerer a anulabilidade do contrato e a 
devolução de qualquer valor pago antecipadamente. Esta penalidade também 
 
 
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se aplica no caso de o franqueador divulgar informações inverídicas sobre o 
negócio na circular de oferta da franquia. 
 
4.2 Contrato de trespasse 
 Este tipo de contrato formaliza a compra e a venda de um 
estabelecimento comercial, somando seus bens corpóreos (máquinas, estoque, 
veículos etc.) e incorpóreos (nome, créditos, patentes de invenção, marcas, 
contratos necessários ao exercício da atividade – franquia, aluguel etc.), 
utilizados pelo empresário ou pela sociedade empresária para desenvolvimento 
da atividade comercial, comumente conhecidos como fundo de comércio. 
O Código Civil define estabelecimento como “todo complexo de bens 
organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade 
empresária” (Brasil, 2002). Não pode confundir o estabelecimento comercial com 
patrimônio da empresa, sendo que aquele está inserido dentro deste. 
Importante destacar que a venda do estabelecimento comercial também 
não pode se confundir com a venda de quotas da sociedade. Sobre isso bem 
explica Fábio Ulhoa Coelho: 
No trespasse, o estabelecimento empresarial deixa de integrar o 
patrimônio de um empresário (alienante) e passa para o de outro 
(adquirente). O objeto da venda é o complexo de bens corpóreos e 
incorpóreos envolvidos com a exploração de uma atividade 
empresarial. Já na cessão de quotas sociais de sociedade limitada ou 
naalienação de controle de sociedade anônima, o estabelecimento 
empresarial não muda de titular. Tanto antes como após a transação, 
ele pertencia e continua a pertencer à sociedade empresária. Essa, 
contudo, tem a sua composição de sócios alterada. Na cessão de 
quotas ou alienação de controle, o objeto da venda é a participação 
societária. (Coelho, 2003, p. 117) 
Para a venda do estabelecimento comercial, deve-se considerar o 
potencial da atividade econômica (capacidade de gerar lucros), e não somente 
o valor de cada bem que o compõe. Em relação aos contratos firmados pelo 
empresário ou pela empresa, o adquirente do estabelecimento se sub-roga, 
passando ele a fazer parte da relação contratual necessária à manutenção da 
atividade. 
De acordo com as disposições do Código Civil, a alienação do 
estabelecimento comercial somente passa a ter validade com a averbação da 
compra e venda no contrato social arquivado na Junta Comercial e de publicação 
da imprensa oficial. 
 
 
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Se regularmente contabilizados antes da venda, o adquirente responde 
pelos débitos anteriores à compra do estabelecimento, sendo que o vendedor se 
mantém como responsável solidário pelo prazo de um ano contado da data da 
publicação antes referida em relação aos débitos vencidos e, quanto aos demais, 
a partir da data do vencimento. 
Ao alienante é vedado o exercício de atividade que concorra com a do 
estabelecimento vendido, salvo se disposição expressa no contrato permitir que 
ele o faça. No caso de arrendamento do estabelecimento ou usufruto, somente, 
este impedimento vigerá enquanto estes contratos durarem. 
 
4.3 Contrato de fiança 
Este contrato está previsto no art. 818 e seguintes do Código Civil e por 
meio dele “uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida 
pelo devedor, caso este não a cumpra” (Brasil, 2002). 
Este tipo de contrato deverá ser sempre formal, por escrito e dentro dos 
limites previstos, não se admitindo interpretação extensiva em relação aos seus 
termos. 
Aquele que se obriga a prestar fiança de dívidas futuras somente deverá 
ser demandado depois de se fazer líquida e certa a obrigação do devedor 
principal. 
A fiança, em regra, inclui as dívidas principais e acessórias do devedor, 
no que se incluem despesas judiciais desde a citação do devedor principal. É 
permitido que a fiança seja limitada em valor inferior ao da obrigação principal 
ou igual a ela, mas nunca em limites superiores. 
Ao devedor é livre a indicação do fiador, entretanto, o credor poderá 
discordar nos seguintes casos: se tiver conhecimento de que o fiador não é 
pessoa idônea; se for domiciliada fora do Município onde deva prestar a fiança 
e caso não tenha bens suficientes para garantir a obrigação afiançada. 
Inclusive, se enquanto vigorar a fiança o fiador se tornar insolvente, 
poderá o credor requerer sua substituição. 
Quanto à ordem da responsabilidade pelo pagamento da dívida, até a 
contestação (em Juízo), o fiador poderá requerer o benefício de ordem, ou seja, 
que primeiro sejam executados os bens do devedor e somente após esgotadas 
as possibilidades, que seja a dívida dele cobrada e promovidos atos constritivos 
 
 
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em seu patrimônio. Por esta possibilidade, a fiança se trata de uma 
responsabilidade subsidiária. 
Não será permitido invocar o benefício de ordem se o fiador o renunciou 
expressamente, caso tenha se obrigado como devedor solidário ou como sendo 
o principal pagador e se o devedor principal se tornar insolvente ou falido. 
A fiança pode ser prestada por uma ou mais pessoas, caso em que podem 
se obrigar solidariamente ou até um limite expressamente previsto. 
Mas, e se o fiador pagar a dívida integral ainda que tenha se obrigado por 
apenas parte dela, perderá a diferença a mais paga? 
 
TEMA 5 – CONTRATO EM ESPÉCIE III 
Por fim, estudaremos mais três espécies de contrato: comissão, factoring 
e o de fornecimento. 
 
5.1 Contrato de comissão 
Este tipo de contrato está previsto no Código Civil, a partir do Artigo 693, 
e tem por objeto “a aquisição ou a venda de bens pelo comissário, em seu próprio 
nome, à conta do comitente” (Brasil, 2002). 
Silvio de Salvo Venosa assim o define: 
Contrato de comissão é aquele pelo qual uma das partes, pessoa 
natural ou jurídica, o comissário, obriga-se a realizar atos ou negócios 
em favor de outra, o comitente, segundo instruções deste, porém no 
próprio nome do comissário. Este se obriga, portanto, perante terceiros 
em seu próprio nome. O comissário figura no contrato com terceiros 
como parte, podendo quedar-se desconhecido o comitente, se assim 
for conveniente. (Venosa, 2016, p. 331) 
Portanto, neste caso, o comissário não precisa divulgar o nome da pessoa 
física ou jurídica a quem está se obrigando, salvo caso seja interessante para 
atingir o mercado esperado. 
O comissário tem a obrigação de agir conforme especificações do 
comitente (o que paga a comissão), sendo que estas forem dadas e não houver 
tempo para requerê-las, deverá agir conforme os usos e costumes conforme 
casos semelhantes. 
O comissário não é apenas um intermediário do negócio de compra e 
venda, pois é parte integrante dele, já que é em seu nome que o formaliza com 
o comprador. E é esta característica que faz este contrato se diferenciar com o 
 
 
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de corretagem, por exemplo, em que o corretor é responsável por aproximar as 
partes vendedora e compradora, que estabelecem entre si o negócio. 
Distingue-se, igualmente, do contrato de mandato, pois neste o 
mandatário sempre fala em nome do mandante, e não no próprio (é o que 
acontece quando você assina uma procuração para um advogado propor ação 
em seu nome). Isso também distingue do contrato de representação, pois neste 
caso o representante sempre age por meio de mandato. 
Caso o comissário inserir o nome do comitente no contrato, passando este 
a fazer parte do negócio, passa-se a ter um típico contrato de representação, 
desnaturando-se o de comissão. 
A comissão é ajustada por porcentagem, a qual será previamente fixada 
entre comitente e comissário, mas, caso não o seja, devendo-se aplicar o 
usualmente utilizado no local do negócio. 
Entre as obrigações do comissário, está o dever de agir de forma diligente, 
para evitar prejuízos ao comitente, bem como para dar a ele o lucro esperado do 
negócio proposto. E a principal obrigação do comitente é a de pagar a comissão 
ajustada ou apurável de acordo com os costumes do local, bem como ressarcir 
o comissário de qualquer adiantamento que ele tenha feito para efetivação do 
contrato de comissão, pois todas as despesas devem correr por conta dele 
(comitente). 
O contrato de comissão pode ter prazo determinado ou indeterminado e, 
caso haja continuidade dos atos mesmo após findo o prazo eventualmente 
estipulado no prazo determinado, este passa a ser indeterminado. 
 
5.2 Contrato de factoring 
Este contrato, também conhecido como de faturização, trata-se de uma 
espécie atípica, pois não está prevista na legislação civil. 
Trata-se de um contrato por meio do qual uma empresa de factoring 
adquire créditos que outra empresa tem de seus clientes, adiantando a esta os 
valores dos títulos, assumindo o risco da inadimplência do devedor. Para isso, 
cobra uma taxa de transação sobre o valor do título. 
Na prática comercial, a empresa de factoring adianta ao faturizado o valor 
encartado no título de crédito, mediante desconto sobre o valor do título cedido, 
ficando com o direito de receber o valor total no vencimento. Pelo costume 
mercantil do nosso país, além das duplicatas, passaram a integrar este negócio 
 
 
16 
os cheques pré-datados, ainda que esta figura não seja reconhecida no nosso 
ordenamento jurídico. 
Esta dinâmica do factoring permite que empresas recebam 
antecipadamente valores dos quais são credoras mediante desconto de uma 
taxa, que corresponde ao lucro da empresa de factoring. 
O factoringpossui um conteúdo jurídico próprio e peculiar. O cerne do 
negócio em tela é a operação de cessão de crédito. É, ainda, contrato atípico. 
No entanto, apenas tal compreensão é insuficiente para a noção de sua natureza 
jurídica. Concorrem em sua noção princípios do mandato e do financiamento. O 
factoring é um contrato de troca, e as cessões de crédito possuem uma causa 
vendendi. Analisando-se a operação de faturização, com a simplificação didática 
necessária, verifica-se que o preço de aquisição do crédito é fixado em seu valor 
nominal, quer se recorra, quer não à garantia de pagamento, com subsistência 
ou não de direito de regresso. Como exposto, o factoring não se exaure nas 
cessões de crédito, pois compreende também serviços oferecidos pelo factor 
(Venosa, 2016, p. 614). 
Trata-se de um contrato bilateral, que pode ser escrito ou não, bastando 
que haja o consentimento do faturizador e faturado e também é oneroso, porque 
gera vantagem para as duas partes. 
 
5.3 Contrato de fornecimento 
O contrato de fornecimento também se trata de um contrato atípico, já que 
também não foi expressamente previsto pela legislação, mas é usualmente 
praticado no mercado de negócios. 
Silvio de Salvo Venosa noticia que o Código Italiano o define como “o 
contrato pelo qual uma parte se obriga, mediante compensação de um preço, a 
executar em favor de outras prestações periódicas ou continuadas de coisas” 
(Venosa, 2016, p. 529). 
Trata-se de um contrato em que uma das partes fornece à outra os 
insumos necessários para o exercício de sua atividade comercial (seja de 
produtos ou serviços) de forma continuada e periódica. Apesar de, normalmente, 
ser firmado entre empresas, nada impede que em um dos polos da relação, ou 
em ambos, estejam pessoas físicas. 
 
 
17 
Com este contrato, o fornecedor consegue colocar no mercado seus 
produtos e serviços e o fornecido adquire sem maiores complicações ou esforços 
a matéria-prima necessária. 
Trata-se de um contrato bilateral (uma parte fornece o bem e a outra paga 
o preço), consensual, oneroso, informal (já que não se exige forma escrita, ainda 
que nada impeça) de trato sucessivo ou de duração (se perpetua no tempo). 
O contrato de fornecimento pode incluir cláusula de exclusividade, caso 
seja de interesse das partes, seja de área de fornecimento ou de produtos, sendo 
que a quebra deste dever pode acarretar a rescisão do contrato por 
descumprimento. 
Como se trata de um contrato que se perpetua no tempo, havendo 
interesse na sua rescisão, a parte interessada deve notificar a outra com prazo 
mínimo de 30 dias, podendo acarretar perdas e danos caso não o faça. 
 
TROCANDO IDEIAS 
Os contratos fazem parte da rotina do gestor, pois contrata com 
fornecedores e clientes habitualmente. 
A relação da empresa com fornecedores de matéria-prima, muitas vezes, 
é mais informal, havendo proposta e aceitação por e-mail ou telefone, por 
exemplo, o que torna mais célere as negociações, tanto mais quando se trata de 
um fornecimento contínuo. 
Neste caso, você acha que partir para uma negociação mais formal, com 
a elaboração de contrato de fornecimento, pode tornar menos dinâmica a relação 
entre a empresa e o fornecedor de matéria-prima? 
Considere para tal situação a possibilidade de descumprimento por parte 
do fornecedor, o que pode gerar atraso na entrega do produto pela empresa. 
Pense a respeito. 
 
NA PRÁTICA 
(Questão semelhante à proposta no ENADE 2015): 
O contrato de trespasse é um tipo de contrato de compra e venda de um 
estabelecimento empresarial e está previsto no Código Civil, sendo comumente 
chamada de compra e venda do “fundo de comércio”. Sobre este contrato é 
verdadeiro afirmar que: 
a. As dívidas existentes não serão transferidas ao novo proprietário; 
 
 
18 
b. O novo proprietário poderá apenas ter atividade comercial diferente 
daquela praticada no estabelecimento adquirido pelo antigo proprietário; 
c. Ao vendedor do estabelecimento, independentemente de autorização, é 
lícito abrir outro estabelecimento que venha a concorrer com o vendido; 
d. A assinatura do contrato põe fim à responsabilidade do vendedor do 
estabelecimento em relação aos antigos credores, desobrigando-o de 
todos os débitos; 
e. A compra e a venda terá seus efeitos produzidos perante terceiros 
somente após a averbação na Junta Comercial do Estado e de publicação 
na imprensa oficial. 
 
(A resposta está ao final deste documento.) 
 
FINALIZANDO 
Neste encontro os temas abordados foram os contratos. Analisamos a sua 
função, formação, classificação e as formas de extinção, para então partir para 
o estudo dos contratos em espécie. 
Dos contratos em espécie estudamos: compra e venda, prestação de 
serviços, locação das coisas, franquia, trespasse, fiança, comissão, factoring, 
fornecimento, doação, empréstimo e mandato. 
Esperamos que estes temas contribuam para ampliar sua visão enquanto 
gestor quanto às possibilidades de contratação na atividade econômica. 
 
 
 
19 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 14 jul. 
2017. 
_____. Lei n 8.078, de 11 de setembro de 1990. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm>. Acesso em: 14 jul. 2017. 
_____. Decreto-lei n. 4.657, de 4 de setembro de 1942. Disponível em 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del4657.htm>. Acesso em: 14 
jul. 2017. 
COELHO, F. U. Curso de Direito Comercial. 7. ed. v. 1. São Paulo: Saraiva, 
2003. 
DINIZ, M. H. Curso de Direito Civil brasileiro: Teoria das obrigações 
contratuais e extracontratuais. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. 
VENERAL, D.; ALCANTARA, S. A. Direito aplicado. Curitiba: Intersaberes, 
2014. 
VENOSA, S. de S. Direito civil: teoria geral das obrigações e teoria geral dos 
contratos. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2016. 
_____. Direito civil: contratos em espécie. v. III. São Paulo: Atlas, 2016. 
 
 
 
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RESPOSTA 
Para a resolução da questão, leia o material na parte inerente aos contratos, 
especialmente no estudo do contrato de trespasse, bem como o Código Civil. 
Resposta: E.

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