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A P AÇÃO DE ALIMENTOS( peça estagio)

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AO JUÍZO DE DIREITO DA _____ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE 
GUAIAQUIU 
 
Antônio Pedro, estado civil... profissão... CPF... RG... com endereço eletrônico... residente e 
domiciliado na... vem, por meio de seu advogado infra-assinado (procuração anexa), com 
endereço profissional na... propor a presente 
 
AÇÃO DE ALIMENTOS 
 
em face de Arlindo, estado civil... profissão... CPF... RG... com endereço eletrônico... 
residente e domiciliado na... 
 
I - DA NARRATIVA FÁTICA 
 
O Autor foi casado com a sra. Lourdes (doc. Anexo), fruto desse relacionamento tiveram um 
único filho, ora Réu (doc. Anexo). Acontece que, já com seus 72 (setenta e dois) anos, o 
Autor começou a passar por dificuldades financeiras, sobrevivendo com o auxílio de vizinhos 
e alguns parentes. 
 
O Réu é dono de uma rede de hotelaria, possuindo boa condição econômica, não obstante, 
não presta nenhum auxílio financeiro ao Autor para sua subsistência mínima. Com os fatos, 
outra opção não restou, senão a proposição da presente ação, visando o recebimento de 
suporte financeiro mínimo para o Autor. 
 
II - DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA 
 
II.I DO PROCEDIMENTO ESPECIAL - LEI N. 5.478/68 
 
A ação de alimentos é regida por rito especial, consoante art. 1º da lei n. 5.478/68. In verbis: 
 
Art. 1º. A ação de alimentos é de rito especial, independente de prévia distribuição e de 
anterior concessão do benefício de gratuidade. 
Assim, requer que o procedimento respeite as disposições contidas na respectiva lei. 
 
II.II DA CONCESSÃO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 
É garantido à parte que não tiver condições de arcar custas a concessão do benefício da 
gratuidade, conforme inteligência do art. 1º, par.2º da lei n. 5.478/68. 
 
Pois bem, o Autor passa por dificuldades financeiras, idoso e fora do mercado de trabalho. 
Foi, inclusive, sua condição de pobreza que tornou necessária a presente ação. 
 
Diante da condição do autor, se requer a concessão do benefício da gratuidade de Justiça. 
 
II.III - DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO - LEI N. 10.741/2003 
 
O autor é pessoa idosa, possuindo mais de 60 (sessenta) anos de idade, fazendo jus a 
prioridade de tramitação. 
 
Conforme o art. 71 da lei n. 10.741/2003 ( Estatuto do Idoso), a prioridade na tramitação 
abrange os processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais, em 
qualquer instância. 
 
No mesmo sentido, o art. 1.048 do Código de Processo Civil ( CPC) irá estabelecer que 
aqueles em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 
(sessenta) anos possuem prioridade na tramitação dos procedimentos judiciais. 
 
Pelo exposto, nos termos do art. 71 da lei n. 10.741/2003 c/c art. 1.048 do CPC, requer a 
parte autora que o processo tramite com prioridade. 
 
II.IV DA INTERVENÇÃO OBRIGATÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
A presente ação tempo por objetivo fundamental a proteção de direitos inerentes à condição 
de idoso do Autor, estando albergado por Estatuto próprio. 
 
O art. 75 do Estatuto do Idoso é claro ao estabelecer que ''nos processos e procedimentos em 
que não for parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Público na defesa dos direitos e 
interesses de que cuida esta Lei, hipóteses em que terá vista dos autos depois das partes, 
podendo juntar documentos, requerer diligências e produção de outras provas, usando os 
recursos cabíveis.'' 
 
Assim, com fundamento legal, requer a participação obrigatória do Ministério Público no 
presente processo. 
 
III - DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA NO MÉRITO 
 
A Constituição da Republica, em seu art. 229, estabelece o dever de assistência recíproca 
entre os familiares, este se estende dos pais para os filhos menores e dos filhos maiores para 
os pais. In verbis: 
 
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores 
têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. 
É de se esperar que essa assistência se dê de forma gratuita, motivado unica e exclusivamente 
pelo vínculo de sangue e/ou afetividade que, em regra, rege uma família. 
 
Não obstante ao fato, hoje o Autor carece de condições econômicas para se sustentar 
minimamente. Em razão da grande tristeza que lhe causou a morte de sua esposa e de sua 
idade avançada, não possui condições de trabalhar. 
 
Seu único filho, ora Réu, possui boas condições econômicas, sendo dono de uma rede de 
hotelarias, possuindo plena capacidade, sem prejuízo do seu próprio sustento, de ajudar 
financeiramente seu pai. 
 
Para casos em que o auxílio não aconteça de forma voluntária, a lei n. 5.478/68 estabelece o 
procedimento pelo qual aquele quem passa dificuldades poderá exigir ajuda de seus 
familiares. 
 
Mas do que um dever ético, prestar auxílio aos familiares e, no caso específico, aos idosos da 
família é um dever legal, sobre isso o art. 3º do Estatuto do Idoso irá dispor: 
 
Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao 
idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à 
educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao 
respeito e à convivência familiar e comunitária. 
É no próprio Estatuto, inclusive, em seu art. 11, que se prevê a possibilidade de prestação de 
alimentos aos idosos, sendo estabelecido que ''os alimentos serão prestados ao idoso na forma 
da lei civil.'' 
 
Do mesmo modo, o Código Civil ( CC) garante o direito de se pedir alimentos aos parentes 
para que se possa manter suas necessidades de modo compatível com a condição social do 
Alimentando, sem que ocorra prejuízos ao Alimentante. O art. 1.694, CC, irá dispor: 
 
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os 
alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, 
inclusive para atender às necessidades de sua educação. 
Dessa forma, requer o Autor que a presente ação seja julgada PROCEDENTE, fixando-se 
alimentos que permitam a subsistência digna do Alimentando, na medida das condições 
econômicas do Réu. 
 
IV - DA FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
 
A prestação de alimentos em nosso ordenamento jurídico é revestido de proteção especial, 
dado sua importância para a sobrevivência de quem o pede. Desse modo, o art. 4º da lei n. 
5.478/68 dispõe da possibilidade de fixação de alimentos provisórios, in verbis: 
 
Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos 
pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita. 
Desse modo, o Autor requer, desde já, a fixação de alimentos provisórios initio litis, dada a 
urgência e a natureza do pedido de alimentos. 
 
V - DOS PEDIDOS 
 
Ante tudo o exposto, pleiteia a parte autora: 
 
a) A observância do procedimento especial em espécie, seguindo os ditames da lei n. 
5.478/60; 
 
b) A concessão do benefício da gratuidade da justiça, com fundamento no art. 1º, par.2º da lei 
n. 5.478/68; 
 
c) A prioridade na tramitação do processo, com fundamento no art. 71 da lei n. 10.741/2003 
c/c art. 1.048, CPC; 
 
d) A intimação do Ministério Público para sua intervenção obrigatória; 
 
e) Em sede antecipada, a concessão initio litis de alimentos provisórios/provisionais; 
 
f) No mérito, a condenação do Réu ao pagamento dos alimentos definitivos; 
 
g) A condenação do Réu em custas e honorários advocatícios; 
 
h) A citação do Réu para, querendo, responder a presente ação, sob pena de revelia. 
 
Dá à causa o valor de R$... 
 
Requer a produção por todos os meios de prova em direito admitida, mormente, prova 
documental, testemunhal e pericial. 
 
Cidade... Data... 
 
Advogado... OAB...

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