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08_estrutura-demonstracoes-contabeis-ii

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1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
SUMÁRIO
ESTRUTURA DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS II
2
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
missÃo
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
VisÃo
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
SUMÁRIO
bibLiotECa muLtiViX (dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
Rezende, Liliane de Oliveira.
Estrutura das Demonstrações Contábeis II / Liliane de Oliveira Rezende – Serra: Multivix, 21019.
FaCuLdadE CaPiXaba da sErra • muLtiViX
EditoriaL
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2019 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
diretor Executivo 
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
diretora acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
diretor administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
diretor da Educação a distância
Flávio Janones
Coordenadora acadêmica da Ead
Carina Sabadim Veloso
Conselho Editorial 
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima 
revisão técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Félix Soares
multivix Educação a distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EaD
http://br.freepik.com
4
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei-
ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, 
São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, 
no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de 
cursos de graduação, pós-graduação e extensão 
de qualidade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo-
dalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
diretor Executivo do Grupo multivix
5
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
SUMÁRIO
Lista dE FiGuras
 > FIGURA 1 - Correção da inflação 36
 > FIGURA 2 - Cálculos monetários 40
6
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Lista dE GráFiCos
 > GRÁFICO 1 - Efeito tesoura 109
7
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
SUMÁRIO
Lista dE Quadros
 > QUADRO 1 - Demonstração dos Resultados Abrangentes, 
conforme Padoveze 72
 > QUADRO 2 - DRE 75
 > QUADRO 3 - DRA conforme estrutura de Padoveze 75
 > QUADRO 4 - DRA (Demonstração do Resultado Abrangente) } 
conforme CPC 26 77
 > QUADRO 5 - Demonstração de Resultado (DR) 88
 > QUADRO 6 - Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC): 
método indireto 90
 > QUADRO 7 - Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) 96
 > QUADRO 8 - Balanço Patrimonial da Empresa X 105
 > QUADRO 9 - Balanço patrimonial: visão financeira 106
 > QUADRO 10 - Situação de equilíbrio financeiro 108
8
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Lista dE tabELas
 > TABELA 1 - Posição da análise vertical 21
 > TABELA 2 - Análise vertical do Balanço Patrimonial 22
 > TABELA 3 - Posição da análise horizontal 24
 > TABELA 4 - Análise horizontal do Balanço Patrimonial 26
 > TABELA 5 - EXEMPLO DE ANÁLISE HORIZONTAL COM 
VALORES COM SINAIS DIFERENTES 27
 > TABELA 6 - análise horizontal do lucro 28
 > TABELA 7 - Análise vertical e horizontal 29
 > TABELA 8 - Balanço patrimonial da Empresa JBC 42
 > TABELA 9 - Balanço Patrimonial da Empresa JBC após 
ajustes e efeitos inflacionários 46
 > TABELA 10 - Índices de estrutura de capital: Vicenconti e Neves 52
 > TABELA 11 - Índices de estrutura de capital: Hoji 53
 > TABELA 12 - Balanço patrimonial: Empresa X, ano 31/12/X0 54
 > TABELA 13 - Cálculos e análises dos índices de estrutura de 
capital: Vicenconti e Neves 55
 > TABELA 14 - Cálculos e análises dos índices de estrutura de 
capital: Hoji 55
 > TABELA 15 - Índices tradicionais de liquidez 57
 > TABELA 16 - Análise e cálculos dos índices de liquidez 58
 > TABELA 17 - Balanço patrimonial 87
 > TABELA 18 - Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 92
 > TABELA 19 -Demonstração da Mutação do Patrimônio 
Líquido (DMPL) 94
 > TABELA 20 - Lançamento de pagamentos 104
9
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
SUMÁRIO
sumário
1 rEVisÃo da anáLisE VErtiCaL E anáLisE HoriZontaL 18
introduçÃo 19
1.1 REVISÃO DA ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL 19
1.1.1 ANÁLISE VERTICAL (AV) 20
1.1.1.1 ANÁLISE VERTICAL DO BALANÇO PATRIMONIAL 21
1.1.1.2 FÓRMULA PARA OS CÁLCULOS DA ANÁLISE VERTICAL 23
1.1.2 ANÁLISE HORIZONTAL (AH) 23
1.1.2.1 FÓRMULA DA ANÁLISE HORIZONTAL 25
1.1.3 RELATÓRIO DA ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL 28
ConCLusÃo 32
2 anáLisE sobrE os EFEitos inFLaCionários das 
dEmonstraçõEs ContábEis 34
introduçÃo 35
2.1 ANÁLISE SOBRE OS EFEITOS INFLACIONÁRIOS DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 35
2.1.1 CORREÇÃO MONETÁRIA NO BRASIL 38
2.1.1.1 CORREÇÃO INTEGRAL 39
2.1.1.2 METODOLOGIA DOS CÁLCULOS 40
ConCLusÃo 48
UNIDADE 1
UNIDADE 2
10
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
3 anáLisE Por indiCadorEs EConÔmiCos E FinanCEiros 50
introduçÃo 50
3.1 ANÁLISE POR INDICADORES ECONÔMICOS E FINANCEIROS 51
3.1.1 ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL 51
3.1.2 INDICADORES DE LIQUIDEZ 56
3.1.3 INDICADORES DE RENTABILIDADE 59
3.1.4 INDICADORES DE ROTAÇÃO 61
3.1.4.1 GIRO DE ESTOQUE E PRAZO DE ESTOCAGEM 62
3.1.4.2 GIRO DO CONTAS A RECEBER E PRAZO MÉDIO DE 
RECEBIMENTO DE VENDAS 64
3.1.4.3 PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO A FORNECEDORES 65
ConCLusÃo 66
4 dra – dEmonstraçÃo do rEsuLtado abranGEntE 69
introduçÃo da unidadE 69
4.1 DRA (DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE) 70
4.1.1 ESTRUTURA DA DRA (DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 
ABRANGENTE) CONFORME PADOVEZE 71
4.1.2 ESTRUTURA DA DRA (DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 
ABRANGENTE) CONFORME MANUAL DE CONTABILIDADE SOCIETÁRIA 76
bibLioGraFia ComEntada 79
ConCLusÃo 80
sumário
UNIDADE 4
UNIDADE 3
11
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
SUMÁRIO
sumário
UNIDADE 5
UNIDADE 6
5 anáLisE E sÍntEsE das dEmonstraçõEs: Passado, PrEsEntE 
E Futuro ConsidErando CEnários E PErsPECtiVas 82
introduçÃo 82
5.1 ANÁLISE E SÍNTESE DAS DEMONSTRAÇÕES: PASSADO, 
PRESENTE E FUTURO CONSIDERANDO CENÁRIOS E PERSPECTIVAS 83
5.1.1 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 83
5.2 CONJUNTO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 86
5.2.1 BALANÇO PATRIMONIAL 86
5.2.2 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) 
OU DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO (DR) 88
5.2.3 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) 89
5.2.4 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA) 92
5.2.5 DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL) 93
5.2.6 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE (DRA) 95
5.2.7 NOTAS EXPLICATIVAS 97
bibLioGraFia ComEntada 99
ConCLusÃo 100
6 anáLisE do EQuiLÍbrio EConÔmiCo-FinanCEiro da EntidadE 102
introduçÃo 102
6.1 ANÁLISE DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DA ENTIDADE 103
6.1.1 EQUILÍBRIO FINANCEIRO 104
6.1.2 EFEITO TESOURA 109
6.2 EQUILÍBRIO ECONÔMICO 110
12
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
iConoGraFiasumário
6.2.1 ALAVANCAGEM FINANCEIRA 111
6.2.2 PAYOUT E TAXA DE CRESCIMENTO DO LUCRO LÍQUIDO 112
6.2.3 INDICADORES DE COBERTURA DAS EXIGIBILIDADES E DOS JUROS 115
6.2.4 RISCO DE INADIMPLÊNCIA 116
bibLioGraFia ComEntada 118
ConCLusÃo 119
rEFErÊnCias 120
13
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
SUMÁRIO
iConoGraFia
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
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Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
BIODATA DO AUTOR
Liliane de oliveira rezende
Mestra em Administração pela Faculdade Novos Horizontes (2015), especialista em 
Gerenciamento e Gestão de Micro e Pequenas Empresas pela Universidade Federal 
de Lavras (2008), e graduada em Ciências Econômicas pela Fundação Universidade 
de Itaúna (2002) e em Ciências Contábeis pela Pontifícia Universidade Católica de 
Minas Gerais (2012). Atualmente é professora na área de Finanças, Contabilidade e 
Economia na Faculdade Una e FEOL – Faculdade de Oliveira.
Possui mais de 13 anos de prática em Instituições de Ensino Superior, experiência em 
empresas do segmento de Tecnologia da Informação (TI), sendo duas delas multina-
cionais, e experiência com serviço de prestação contábil e consultoria em segmentos 
diversos nas áreas financeira, administrativa e contábil.
JUSTIFICATIVA
Através do estudo desta disciplina espera-se que você seja capaz de analisar as 
demonstrações contábeis e tome decisões a partir dos cálculos e relatórios financeiros 
gerados. Mesmo que você não trabalhe nesta área específica, de Análise das Demons-
trações Contábeis, você pode aplicar estes conhecimentos na sua vida pessoal: faça o 
seu balanço patrimonial, apure os seus resultados líquidos ao mês, ao ano e promova 
evolução econômica e financeira nos seus resultados pessoais.
ENGAJAMENTO
Como anda a sua variação patrimonial? Anda crescendo ou diminuindo? Seu grau 
de endividamento? E a sua capacidade de pagamento das contas? É importante 
responder a essas perguntas, pois elas garantem a eficiência para gerar resultados 
econômicos e financeiros satisfatórios na nossa vida pessoal como na entidade na 
15
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
SUMÁRIO
qual trabalhamos.
Será que o lucro da empresa onde você trabalha tem crescido ou diminuído nos últi-
mos anos? Quais motivos para esses resultados? É através da análise das demonstra-
ções contábeis que teremos informações para responder a essas perguntas e promo-
ver melhoria através de mudanças ou ajustes necessários no presente ou futuro.
APRESENTAÇÃO DA 
DISCIPLINA
Seja bem-vindo ao estudo da disciplina de Estrutura das Demonstrações Contábeis 
II! O objetivo geral desta disciplina é analisar as demonstrações contábeis que visam 
dar suporte à tomada de decisão dos gestores, administradores e outros profissionais 
da área de gestão.
Iremos revisar a análise vertical e horizontal, que consiste em avaliar os resultados 
econômicos e financeiros das empresas de um determinado período e no decorrer 
dos anos, possibilitando, assim, fazer comparações da própria empresa em períodos 
diferentes, bem como comparar os resultados com os de outras empresas do mesmo 
segmento.
Em seguida, vamos analisar o impacto da inflação nas demonstrações contábeis, os 
indicadores econômicos e financeiros que possibilitam avaliar a liquidez das empre-
sas, ou seja, sua capacidade de pagamento, o nível de endividamento e sua compo-
sição, assim como a rentabilidade e retorno proporcionado pelo negócio da organi-
zação.
Neste sentido, conhecer o passado, presente e futuro de uma empresa é essencial 
para garantir sua vitalidade econômica e financeira, sendo estes objetos de estudo 
da nossa disciplina.
Para garantir o sucesso nos negócios, as empresas devem conhecer o passado, para 
gerir o presente e planejar o futuro, e esses serão alguns dos conteúdos, ferramentas 
de aprendizado, que veremos nesta disciplina. Participe dos fóruns de discussão, leia 
todo o material básico e o material extra sugerido ao final de cada unidade. Bons 
16
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicadano D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
estudos e sucesso!
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Ao final desta disciplina, esperamos que você seja capaz de:
• Executar e analisar os cálculos da análise horizontal e dos indicadores econô-
micos e financeiros.
• Compreender o efeito inflacionário sobre as demonstrações contábeis.
• Conhecer a estrutura da Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA).
• Entender a relevância das ferramentas de análise financeira e econômica do 
passado, presente e futuro das organizações.
17
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Conhecer a análise 
vertical e horizontal.
> Entender como os 
cálculos da análise 
vertical e horizontal são 
realizados.
> Executar os cálculos e 
analisá-los, de acordo 
com a técnica vertical e 
horizontal.
UNIDADE 1
18
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
1 REVISÃO DA ANÁLISE 
VERTICAL E ANÁLISE 
HORIZONTAL
Nesta unidade, será revisada a análise vertical e horizontal, com o objetivo de gerar 
comparações e verificar a composição dos resultados econômicos e financeiros de 
uma organização em determinado período ou em períodos distintos. Tal análise 
consiste nos cálculos percentuais e no desenvolvimento de um relatório que descre-
va a situação econômica e financeira alcançada pela empresa.
A análise vertical e horizontal pode ser aplicada em várias demonstrações. A análi-
se vertical consiste em avaliar a composição dos resultados em um mesmo perío-
do contábil, mostrando a composição dos investimentos de curto e longo prazos da 
empresa, no caso do balanço patrimonial.
Avaliando o outro lado do balanço patrimonial, o lado do passivo, a análise vertical 
irá mostrar como foram financiados os recursos da empresa, quanto de capital de 
terceiros (obrigações exigíveis) ou com capital próprio foi utilizado. Desse modo, é 
possível avaliar a composição de endividamento da empresa, e outras informações 
que proporcionam a tomada de decisão.
Quando falamos da análise horizontal, buscamos comparar vários períodos, tais como 
os últimos três anos, de acordo com a necessidade e interesse da empresa. Desse 
modo, é possível traçar a evolução ou involução que a organização gerou de acordo 
com a série histórica em análise. Portanto, as análises vertical e horizontal permitem ao 
gestor conhecer e analisar os resultados econômicos e financeiros passados da empre-
sa, possibilitando mudanças no presente e no planejamento futuro da organização.
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, vamos fazer uma revisão da análise vertical e horizontal das demons-
trações contábeis. Ambas as análises são utilizadas para fazer comparações de valo-
res em um mesmo período ou em períodos distintos.
Através da análise vertical, um gestor poderá visualizar a composição patrimonial de 
uma empresa, assim como comparar seus resultados econômicos e financeiros no 
decorrer dos anos através da análise horizontal.
No mercado competitivo, a gestão da empresa precisa de informações não só dos 
valores alcançados, mas de comparações de períodos distintos. É necessário avaliar 
se houve aumentos ou diminuições de determinadas contas, tais como, por exemplo: 
o nível de venda da empresa, o lucro alcançado e seus comportamentos no decor-
rer do tempo. Através dessas análises, será possível traçar mudanças no presente e 
planejar o futuro, permitindo, assim, que a organização gere resultados econômicos 
e financeiros mais satisfatórios.
Portanto, ao estudar esta unidade, você estará apto a avaliar a situação financeira 
e econômica das empresas, buscando a tomada de decisão de forma mais asserti-
va. Acompanhar os resultados alcançados é fundamental para a gestão eficiente e 
sobrevivência dos negócios.
1.1 REVISÃO DA ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL
O surgimento da Análise das Demonstrações Contábeis de forma mais sólida e adul-
ta aconteceu no final do século XIX, segundo Marion (2012). Nessa época, os banquei-
ros americanos solicitavam às empresas as demonstrações para avaliar se concediam 
ou não empréstimos a elas.
A Análise das Demonstrações Contábeis também é conhecida como Análise das 
Demonstrações Financeiras, Análise de Balanços. O desenvolvimento dessa técnica 
de análise evoluiu ainda mais com o surgimento dos bancos governamentais e com 
a abertura de capital por parte das empresas (MARION; 2012).
20
Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A abertura de capital em especial, possibilitou a participação de pequenos ou gran-
des investidores a adquirirem ações das sociedades anônimas. É através da análise 
das demonstrações das empresas que um investidor poderá visualizar e escolher por 
investir em empresas bem-sucedidas.
Nesse sentido, Assaf Neto (2015) expõe que duas características da análise de uma 
organização são: a comparação de valores em determinado período com aqueles 
apurados em períodos anteriores; e o relacionamento desses valores com outros.
Comparar o valor do custo de produto vendido em relação à receita bruta do 
mesmo período. Comparar o resultado líquido da empresa nos últimos três anos.
Existem diferentes formas de analisar as demonstrações contábeis, uma delas são as 
chamadas análises vertical e horizontal, que têm a função de analisar os resultados 
econômicos e financeiros das organizações, seja dentro de um determinado período, 
tal como um ano, um mês ou analisar uma série histórica contendo vários períodos, 
tais como os últimos cinco anos ou cinco meses.
1.1.1 ANÁLISE VERTICAL (AV)
A análise vertical (AV) consiste na comparação percentual (%) de uma conta ou um 
grupo de contas em relação a outro valor afim ou relacionável que esteja na mesma 
demonstração contábil.
Apurar quantos por cento (%) o ativo circulante de uma empresa no ano x repre-
senta em relação ao total do patrimônio no ano x. Quanto de capital próprio a 
empresa usou em relação ao total das fontes de financiamento no ano x.
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SUMÁRIO
Marion (2012; p. 12) demonstra e exemplifica a análise vertical, “Quando fazemos a 
divisão de uma grandeza por outra (=
1.500
1.000↓ ), nossos olhos leem no sentido vertical 
(= 1.500↓1.000 ), daí chamarmos de Análise Vertical, considerando dados de um mesmo perío-
do (ou de um mesmo ano)”.
Segundo Assaf Neto (2015), dispondo de valores absolutos em forma vertical, pode-
mos apurar a participação relativa de cada item contábil. A palavra vertical indica a 
posição “em pé”, ou seja, analisar as contas de cima para baixo ou de baixo para cima 
em uma demonstração contábil.
TABELA 1 - POSIÇÃO DA ANÁLISE VERTICAL 
CONTAS OU 
GRUPOS VALORES (R$) 
CONTAS OU 
GRUPOS VALORES (R$) 
Ativo Circulante 12.000 Passivo Circulante 10.000
Ativo Não Circulante 16.000 Passivo Não Circulante 6.000
Patrimônio Líquido 12.000
total do ativo 28.000 total do Passivo 28.000
Fonte: Elaborada pela autora.
Observe na tabela anterior que na análise vertical a análise será feita no sentido da 
coluna, “em pé”, procurando-se analisar o quanto cada conta ou grupo representa em 
relação ao total de um mesmo período.
1.1.1.1 ANÁLISE VERTICAL DO BALANÇO PATRIMONIAL
Utilizando uma linguagem financeira, o grupo do ativo que constitui o Balanço Patri-
monial representa os investimentos de uma organização, em outras palavras, ondea 
empresa aplicou os recursos.
Ribeiro (2014) expõe que o Passivo é a parte do Balanço Patrimonial que evidencia 
as obrigações (capitais de terceiros) e o Patrimônio Líquido (capitais próprios). Em 
outras palavras, podemos dizer que os grupos de passivo e patrimônio líquido indi-
cam as fontes de financiamento da empresa. Assim, teremos: o passivo circulante, 
que representa o quanto de capital de terceiros a empresa utilizou no curto prazo; 
e o passivo não circulante, que representa os recursos de terceiros de longo prazo. 
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Entender da composição de endividamento de uma organização é importante, uma 
vez que dá suporte à tomada de decisão presente e futura.
O patrimônio líquido representa o capital próprio da empresa, ou seja, os recursos 
pelos quais a empresa não terá que pagar e poderão ser reinvestidos na empresa, 
caso apresentem resultados satisfatórios. Vejamos um cálculo e análise apresentados 
na tabela seguinte.
TABELA 2 - ANÁLISE VERTICAL DO BALANÇO PATRIMONIAL
CONTAS OU 
GRUPOS
 VALORES 
(R$) AV(%) 
CONTAS OU 
GRUPOS
 VALORES 
(R$) AV(%) 
Ativo Circulante 12.000 42,86% Passivo Circulante 10.000 35,71%
Ativo Não Circulante 16.000 57,14% Passivo Não Circulante 6.000 21,43%
Patrimônio Líquido 12.000 42,86%
total do ativo 28.000 100% total do Passivo 28.000 100%
Fonte: Elaborada pela autora..
Observando a tabela, verificamos que o valor total do balanço, o valor de R$ 28.000 
representa cem por cento, consistindo em avaliar o quanto as outras contas ou grupos 
de contas representam desse total. A empresa, portanto, investiu 42,86% no curto 
prazo (ativo circulante) e 57,14% no longo prazo (ativo não circulante).
Já ao analisarmos as fontes de financiamento que são representadas pelo lado do 
passivo, percebemos que a empresa utilizou mais capital de terceiros do que recursos 
próprios. As fontes de terceiros totalizaram 57,14 % (35,71 + 21,43%), sendo 35,71% 
em recursos de terceiros de curto prazo (passivo circulante) e 21,43% de longo prazo. 
Os recursos próprios, portanto, são o valor que falta para fechar os cem por cento, 
42,86%, representados pelo patrimônio líquido.
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SUMÁRIO
1.1.1.2 FÓRMULA PARA OS CÁLCULOS DA ANÁLISE 
VERTICAL
Para calcular o valor percentual da análise vertical, utilizamos a fórmula a seguir:
aV (%) = [Valor da conta ou grupo (r$) / Valor total (r$) ] x 100
Utilizando dos valores da Tabela 2 para calcular a análise vertical do ativo circulante 
em relação ao total do balanço, teremos:
AV(%) = [12.000 / 28.000 ] x 100
AV(%) = 0,4286 x 100
AV (%) = 42,86%
E o mesmo ocorre sucessivamente para todas as subcontas, contas e grupos perten-
centes às demonstrações contábeis. Através da análise vertical será possível verificar 
como ficou a representatividade de cada conta em relação a determinado valor em 
um certo período que se deseja analisar.
1.1.2 ANÁLISE HORIZONTAL (AH)
A Análise Horizontal consiste na comparação de valores no decorrer de uma série 
histórica. Segundo Assaf Neto (2015), a Análise Horizontal (AH) é a comparação entre 
valores de uma mesma conta ou grupo em diferentes exercícios sociais.
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Comparar o valor da receita bruta da empresa nos últimos três anos: 2017, 2018 
e 2019. Observe que há três períodos diferentes, três anos distintos.
TABELA 3 - POSIÇÃO DA ANÁLISE HORIZONTAL
ANOS X1 X2 ANOS X1 X2
CONTAS OU 
GRUPOS
VALORES 
(R$)
VALORES 
(R$)
CONTAS OU 
GRUPOS
VALORES 
(R$)
VALORES 
(R$)
Ativo Circulante 12.000 14.000 Passivo Circulante 10.000 7.000
Ativo Não Circulante 16.000 15.000 Passivo Não Circulante 6.000 5.000
Patrimônio Líquido 12.000 17.000
total do ativo 28.000 29.000 total do Passivo 28.000 29.000
Fonte: Elaborada pela autora.
Conforme a tabela apresentada, observe que a análise horizontal exige pelo menos 
dois períodos distintos, no exemplo, os anos X1 e X2. A posição da análise horizontal 
indica uma posição “deitada”, ou seja, compara-se o valor de uma mesma conta no 
decorrer de períodos diferentes.
Caso haja somente um período contábil demonstrado nos relatórios contábeis, 
não será possível fazer a análise horizontal.
Segundo Assaf Neto (2015; P. 113), a análise horizontal
[...] relaciona cada item de um demonstrativo financeiro com o mesmo item 
apurado em exercício passado (período base), revelando a evolução de seus 
valores. A AH permite avaliar o desempenho passado da empresa e também 
traçar uma tendência futura.
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SUMÁRIO
O chamado período base ou ano referência se trata do período a ser considerado 
como 100% para os cálculos da análise horizontal.
1.1.2.1 FÓRMULA DA ANÁLISE HORIZONTAL
Para calcular a análise horizontal você deve pegar o valor da conta e dividir pelo valor 
da mesma conta que se quer comparar. Como a AH é expressa em porcentagem, ao 
final, você deve multiplicar o valor encontrado por 100.
aH (%) = [Valor da conta ou grupo (r$) em um período qualquer / Valor 
da mesma conta no período base (r$) ] x 100
Utilizando o valor do ativo circulante do ano X1 e X2, extraídos da tabela “Posição da 
análise horizontal”, para calcular a análise horizontal, teremos:
AH(%) = [14.000 / 12.000] x 100
AV(%) = 1,1666 x 100
AV (%) = 116,67%
Observe que nesse exemplo o ano base utilizado foi X1, ou seja, foi calculado o quan-
to o ano X2 variou em relação ao ano X1 (base 100%). Como o valor foi maior que 
100%, indica-se um crescimento no investimento de curto prazo de 16,67% (116,67% 
– 100%), quando comparando o ano X2 em relação ao ano X1.
Faça os cálculos para as outras contas do ativo e passivo e confira que irá fechar com 
o resultado final da tabela a seguir.
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TABELA 4 - ANÁLISE HORIZONTAL DO BALANÇO PATRIMONIAL
ANOS X1 X2 ANOS X1 X2
CONTAS 
OU 
GRUPOS
 VALORES 
(R$) AH%
 VALORES 
(R$) AH%
CONTAS 
OU 
GRUPOS
 VALORES 
(R$) AH%
 VALORES 
(R$) AH%
Ativo 
Circulante
12.000 100% 14.000 116,67% Passivo 
Circulante
10.000 100% 7.000 70,00%
Ativo Não 
Circulante
16.000 100% 15.000 93,75% Passivo Não 
Circulante
6.000 100% 5.000 83,33%
 Patrimônio 
Líquido
12.000 100% 17000 141,67%
total do 
ativo 28.000 100,00% 29.000 103,57%
total do 
Passivo 28.000 100,00% 29.000 103,57%
Fonte: Elaborada pela autora.
Ao analisar a tabela, verifica-se que o ano referência é o X1 e os investimentos de 
curto prazo (ativo circulante) aumentaram em 16,67% no ano X2. Já os investimentos 
de longo prazo (ativo não circulante) diminuíram em 6,25% (100% – 93,75), no ano 
X2, quando comparado ao ano base.
Observando as fontes de financiamento (lado do passivo), verifica-se que os recursos 
de terceiros de curto prazo e longo prazo diminuíram no ano X2 quando comparado 
ao ano base, pois tanto o passivo circulante como o não circulante deram abaixo de 
100%. As obrigações de curto prazo (passivo circulante) apresentaram uma queda de 
30%, e a de longo prazo (passivo não circulante) diminui 16,67% no ano X2 quando 
comparado ao ano X1.
Comparando o capital próprio (patrimônio líquido) do ano X2 com o ano X1, obser-
vamos que houve um aumento de 41,67% (141,67% – 100%).
Devido ao jogo de sinais das regras da Matemática, existem índices na análise 
horizontal que podem aparecer negativosou positivos, mas que nem sempre 
serão resultados satisfatórios ou insatisfatórios, conforme exemplo a seguir.
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SUMÁRIO
Imagine uma empresa que nos três últimos anos tenha alcançado um resulta-
do líquido do período de 100 mil positivos; 80 mil negativos e 110 mil negati-
vos para os anos X0, X1 e X2, respectivamente. Ao calcular a análise horizontal 
encontramos os indicadores conforme tabela a seguir:
TABELA 5 - EXEMPLO DE ANÁLISE HORIZONTAL COM VALORES COM SINAIS DIFERENTES
ANOS
X0 X1 X2
VALORES AH (%) VALORES AH (%) VALORES AH (%)
Resultado 
líquido do 
exercício
R$100.000,00 100% (R$80.000,00) -80,00% (R$110.000,00) -110,00%
Fonte: Elaborada pela autora.
Conforme dados do exemplo organizado na tabela, a empresa teve resultado satis-
fatório somente no ano X0. Utilizando esse ano como ano base para comparar com 
os demais, verificamos que a empresa diminuiu seu lucro líquido em 180% (- 80% 
- 100% = -180 %) do ano X0 para o ano X1. Já no ano X2, quando comparado ao ano 
X0, teremos uma diminuição de 210% no resultado líquido do exercício, ou seja, a 
empresa saiu de um lucro de 100 mil reais e mais que dobrou o resultado, porém de 
maneira negativa (-110% - 100% = -210%).
Vejamos outro exemplo, em que a regra matemática pode nos induzir ao erro de 
análise, ao comparar valores com sinais diferentes ou até mesmo sinais iguais. Compa-
rando somente o ano X1 com o X2, pegando como ano base o ano X1, ficaria:
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TABELA 6 - ANÁLISE HORIZONTAL DO LUCRO
ANOS
X1 X2
VALORES AH (%) VALORES AH (%)
Resultado líqui-
do do exercício
-R$80.000,00 100,00% -R$110.000,00 137,50%
Fonte: Elaborada pela autora.
Observe que o AH (%) do ano X2 deu positivo em 137,50%, mas não é satisfatório, 
pois a empresa teve um prejuízo em X1 de 80 mil reais e aumentou ainda mais o 
prejuízo no ano X2. Em X2 o resultado líquido deu negativo em 110 mil reais, ou seja, 
o prejuízo aumentou em mais 37,50%, embora aritmeticamente tenha aparecido 
positivo devido à regra de sinais da Matemática.
Portanto, você deve ficar atento aos valores calculados, em especial quando envol-
verem valores com sinais opostos (positivo com negativo e vice-versa) – e até mesmo 
sinais iguais, pois os valores positivos nem sempre serão favoráveis, assim como os 
negativos nem sempre serão desfavoráveis, caso haja uma diminuição do prejuízo 
por exemplo.
Caso queira conhecer ainda mais sobre o assunto, veja outros exemplos na obra 
do Assaf Neto (2015; p. 117), que consta na bibliografia desta unidade (ASSAF 
NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico e 
financeiro. Comércio e serviços, Indústrias, Bancos Comerciais e Múltiplos. 11. 
ed. São Paulo: Atlas, 2015).
1.1.3 RELATÓRIO DA ANÁLISE VERTICAL E 
HORIZONTAL
Fazendo a combinação da análise horizontal e vertical, nem sempre elas mostram o 
mesmo sentido ao avaliar alguma conta ou grupo de conta. Existem casos em que, 
ao compararmos a análise vertical de uma determinada conta, verificamos que houve 
crescimento, mas quando se avalia a série histórica houve decréscimo. Veja a tabela 
a seguir:
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Analisando o Balanço Patrimonial dos anos X1 e X2, podemos observar que houve um 
crescimento patrimonial da empresa em 3,57%, passando de R$ 28.000,00 (X1) para 
R$ 29.000,00 em (X2). Como ano base na análise horizontal, foi utilizado o ano X1.
Utilizando da análise vertical nas aplicações de recursos (lado ativo), verifica-se que 
nos dois anos a empresa aplicou mais da metade do investimento no longo prazo, 
mais que no curto prazo, portanto, sendo de 57,14% em X1 e 51,72% em X2. As apli-
cações de curto prazo no ano X1 foram de 42,86% e 48,28% em X2.
Já na análise horizontal, observamos que os investimentos de curto prazo reduziram 
em 16,67% (116,67% – 100%) quando comparando X2 em relação a X1. Os investi-
mentos de longo prazo reduziram em comparação dos anos, 6,25% (100% – 93,75%).
Ao lado das fontes de financiamento, a participação de capital próprio foi de: 42,86%, 
em X1; e 58,62%, em X2, verticalmente. O total de capital de terceiros foi maior em 
X1, 57,14%, sendo 35,71% de curto prazo e 21,43% de obrigações de longo prazo. 
Conhecer o perfil do endividamento da empresa é essencial para visualizar as dívidas 
que vencem rápido (passivo circulante) e as dívidas que demoram para vencer (passi-
vo não circulante).
Horizontalmente verificamos que o crescimento aconteceu somente na utilização 
de recursos próprios, que aumentaram 41,67% (141,67% – 100%) em X2 quando 
comparado a X1. O capital de terceiros reduziu em X2, tanto o de curto (30%) como 
o de longo prazo (16,67%).
Ao confeccionar o relatório da análise vertical e horizontal junto, é importante que 
utilize uma linguagem mais financeira que contábil, tais como investimentos, fontes 
de recursos e que seja claro para o entendimento de pessoas que não são especialis-
tas na área.
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SUMÁRIO
Para aprofundar e aprender mais sobre o assunto, você pode procurar alguns 
livros, tais como as obras do José Marion que constam no referencial teórico, 
assim como o livro do Alexandre Assaf Neto. Ambos os autores são bem didáti-
cos em suas explicações e oferecem exemplos bem claros para contribuir para o 
seu entendimento sobre o assunto abordado nesta unidade. Em especial, indico 
o capítulo 7 da obra ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: 
um enfoque econômico e financeiro. Comércio e serviços, Indústrias, Bancos 
Comerciais e Múltiplos. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015. Leia o capítulo e exercite!
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CONCLUSÃO
No decorrer desta unidade, você pôde revisar a análise vertical e horizontal, diferen-
ciando as informações promovidas por ambas. Fazer o relatório contábil combinando 
as análises vertical e horizontal nãoé uma tarefa tão simples, mas é muito utilizada e 
relevante no meio empresarial.
A todo momento, os gestores, contadores, administradores e outros profissionais da 
área de gestão precisam de informações sobre os resultados alcançados pelas orga-
nizações para que possam tomar decisões, gerenciar os negócios, planejar o futuro.
Nesse sentido, a Análise das Demonstrações Contábeis vem suprir essa necessidade 
gerencial da gestão como um todo. Vem mostrar como andam as vendas, os custos, 
as despesas e o resultado final alcançado. Muitas empresas utilizam das análises das 
demonstrações contábeis passadas para planejar melhor o futuro, criando metas, 
correções de processos, redução de gastos e ações gerenciais e estratégicas relevantes.
Você, ao estudar esta unidade, estará apto a avaliar, comparar os resultados econômi-
cos e financeiros de qualquer tipo de entidade, independentemente do seu tamanho 
ou tipo de segmento. Você pode, inclusive, aplicar esse conhecimento na sua vida 
pessoal: já pensou em avaliar a sua evolução patrimonial? Se o seu nível de ganho 
está equilibrado com os gastos; se ao final do ano seu patrimônio cresceu ou dimi-
nuiu; e os motivos que levaram a esses resultados?
As contribuições promovidas pela análise vertical e horizontal são indiscutivelmente 
relevantes, uma vez que é através dos cálculos percentuais e comparações de perío-
dos distintos que será possível analisar os resultados alcançados pela empresa.
Os valores contábeis puramente demonstrados nos relatórios contábeis de um único 
período não dão subsídios para a tomada de decisão, pois é necessário compará-
-los com períodos anteriores. Há organizações que inclusive fazem comparações de 
seus resultados econômicos e financeiros com os de seus concorrentes na busca por 
promover crescimento e resultados maiores.
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SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
UNIDADE 2
> Atualizar as 
demonstrações 
contábeis de modo 
a refletir o efeito 
inflacionário de 
determinado período.
> Compreender o 
efeito inflacionário 
sobre a análise das 
demonstrações 
contábeis.
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2 ANÁLISE SOBRE OS 
EFEITOS INFLACIONÁRIOS 
DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS
No estudo desta unidade, você irá aprender o conceito de inflação e formas de cálcu-
los visando corrigir as demonstrações contábeis da empresa, com o objetivo de anali-
sar valores ajustados a um mesmo nível de poder aquisitivo.
Todos os países apresentam variações inflacionárias em determinados períodos, 
alguns em maior ou menor escala. Embora, o Brasil não apresente variações signifi-
cativas nas últimas décadas quando comparado aos anos de 1980 e 1990, há dispa-
ridade no valor da moeda no decorrer dos anos.
Nesse sentido, as empresas brasileiras devem avaliar a necessidade de ajustar seus 
relatórios financeiros e contábeis quando forem fazer qualquer tipo de análise que 
envolva resultados apurados em períodos distintos.
Mesmo que você não trabalhe nessa área específica, deve se conscientizar da impor-
tância dos ajustes de valores inflacionários na apuração de valores monetários, pois só 
assim é possível comparar resultados financeiros sem distorções de indicadores com 
períodos distintos.
Seja bem-vindo e bons estudos!
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
No estudo da unidade, você irá aprender a efetuar os ajustes nas demonstrações 
contábeis para que elas possam refletir os efeitos inflacionários de exercícios sociais 
distintos.
Embora não haja nenhuma norma brasileira vigente que exija que essa correção seja 
feita, alguns teóricos defendem tal necessidade de ajuste dos relatórios financeiros e 
contábeis de acordo com a inflação, pois só assim você poderá equiparar os valores 
monetários com datas diferentes, a um mesmo nível de poder aquisitivo.
Nesse sentido, a entidade ao efetuar os ajustes necessários das demonstrações contá-
beis terá a possibilidade de comparar os resultados financeiros e econômicos de uma 
maneira mais “justa”, ou seja, irá atualizar os valores do passado e presente, e, assim, 
poderá projetar o futuro com mais assertividade.
As empresas que fazem análises das demonstrações contábeis sem os ajustes infla-
cionários tendem a visualizar indicadores “irreais”, como, por exemplo, acreditam que 
tiveram um lucro de 15%, mas na realidade este foi de 10%, pois houve correção de 
preços de 5% naquele período em questão.
Portanto, ao estudar esta unidade você estará apto a efetuar os cálculos e ajustes 
necessários dos relatórios contábeis e financeiros, contribuindo para uma análise 
mais realista, sem distorções dos efeitos inflacionários.
2.1 ANÁLISE SOBRE OS EFEITOS INFLACIONÁRIOS 
DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Em mercados ou economias com elevada inflação, os registros das transações pelo 
custo de aquisição (valor histórico) devem ser corrigidos para não perder sua repre-
sentatividade.
Cem mil reais hoje não têm o mesmo poder aquisitivo de um ano atrás ou terão 
daqui a um ano. Em outras palavras, o que você compra hoje com cem reais não é a 
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mesma coisa que comprará daqui a um ano ou comprou há 12 meses. Desse modo, 
os itens de natureza monetária devem ser demonstrados com valores de acordo com 
o poder aquisitivo atual ou próximo dele.
No transcorrer de um período com inflação, os itens de natureza monetária, 
como disponível, realizáveis e exigíveis, são normalmente demonstrados em 
termos de moeda com poder aquisitivo atual, ou próximo do atual. No entan-
to, itens de natureza não monetária, como, por exemplo, o imobilizado, os 
estoques e o capital integralizado pelos acionistas, podem estar representa-
dos por valores formados em diversos exercícios por moedas com vários níveis 
de poder aquisitivo. (MARTINS et al., 2013, p. 797)
FIGURA 1 - CORREÇÃO DA INFLAÇÃO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
Nesse sentido, Martins et al. (2013) expõem que o efeito líquido das variações resul-
tantes das mudanças do poder aquisitivo da moeda é diferente em cada empresa.
Para Assaf Neto (2015), quando analisamos demonstrações contábeis de uma enti-
dade de períodos distintos, há diferentes níveis de poder aquisitivo da moeda, sendo 
necessária uma uniformidade dos valores com o objetivo de manter constantes os 
termos de capacidade de compra.
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Assaf Neto (2015) cita como exemplo a análise sobre o nível de venda das 
empresas no decorrer dos anos. Foi verificado que há um crescimento constan-
te, mas nem sempre esse dado representa crescimento real, pois o aumento 
das vendas pode estar refletindo somente a inflação.
Dessa maneira, se em determinado exercício uma empresa vende 1.000 
unidades ao preço unitário de $10,00, e no período seguinte colocar 1.040 
unidades de seus produtos a $12,50/unidade, o total das receitas operacionais 
de vendas atinge as cifras de $10.000,00 e $13.000,00, respectivamente. Esse 
desempenho não significa que a empresa promoveu um incremento de 30% 
em seu volume de vendas. Em verdade, as receitas de vendas apresentam-se 
nominalmente 1,3 vezes maior, mas em termos de unidades vendidas (cres-
cimento físico real), a elevação foi de apenas 4%. (ASSAF NETO, 2015, p. 124)
Como inflação entende-se o aumento dospreços dos produtos e serviços de 
uma determinada economia.
Nesse sentido, vários países têm passado por altos índices de inflação nos últi-
mos anos, o que tem levado vários profissionais a se preocuparem com o apri-
moramento de técnicas que permitem medir adequadamente a posição finan-
ceira e o resultado inflacionário, a contabilidade com base no índice geral de 
preços ou com base nos custos de reposição (GELBCKE et al., 2018).
A edição de 2018 do manual de Contabilidade societária expõe o texto da nova 
norma internacional IAS 29 – Contabilidade e Evidenciação em Economia Hiperinfla-
cionária, que trata das questões inflacionárias, mas que até hoje não foi incorporada 
aos Pronunciamentos Técnicos do CPC.
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2.1.1 CORREÇÃO MONETÁRIA NO BRASIL
O artigo 185 da Lei nº 6.404/76 institui a correção monetária no Brasil, com a finalida-
de de atenuar os efeitos inflacionários nos relatórios contábeis. E, após várias legisla-
ções fiscais de efeitos muito parciais, foi instituída a correção monetária pelo art. 185 
da Lei nº 6.404/76.
Do ponto de vista fiscal, a obrigatoriedade do reconhecimento da inflação 
nas demonstrações contábeis veio com o Decreto-Lei nº 1.598/77, que deter-
minava que todas as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto de 
Renda com base no Lucro Real (Lucro Contábil ajustado para fins fiscais) eram 
obrigadas a adotar a sistemática de correção monetária então vigente pela lei 
societária. Os efeitos dessa correção monetária eram refletidos nos resultados 
do exercício e no Balanço Patrimonial, por meio da atualização das contas do 
Ativo Permanente e do Patrimônio Líquido. (GELBECK et al., 2018, p. 765)
Após o período de grandes inflações vividos pelo Brasil desde a década de 80 e 90, 
entrou em vigor o Plano Real, estabilizando as grandes oscilações inflacionárias do 
país.
Em 1995, a correção monetária foi revogada das demonstrações contábeis de que 
tratavam a Lei nº 7.799/89 e o art. 1º da Lei nº 8.200/91. Em 1996, a Comissão de Valo-
res Mobiliários (CVM) emitiu a Instrução nº 248/96, passando a exigir a apresentação 
de demonstrações contábeis e das informações contábeis e financeiras trimestral-
mente, conforme instituído pela Lei nº 9.249/95, tornando facultativa a elaboração e 
divulgação em moeda de capacidade aquisitiva constante.
O manual de Contabilidade societária nos apresenta que, “finalmente, pelo Parecer 
de CVM nº 29/96, foram estabelecidos os requisitos (tais como periodicidade, conteú-
do mínimo, critérios de elaboração e índice a ser utilizado) a serem levados em consi-
deração pelas empresas que optassem por divulgar voluntariamente informações 
complementares”.
Os autores Gelbcke et al. (2018, p. 766) relatam que:
O fato de não mais se corrigirem monetariamente os balanços provoca tribu-
tação sobre o patrimônio líquido (em outras palavras, tributação sobre o capi-
tal) e distorções significativas nas demonstrações contábeis das empresas. 
Podemos concluir, portanto, que tudo o que se avançou com a Lei nº 6.404/76 
foi jogado fora pela Lei nº 9.249/95.
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Portanto, a maior finalidade da correção integral dos relatórios contábeis é utilizar-se 
de uma única moeda, permitindo explicar o efeito inflacionário sobre as demonstra-
ções de acordo com o tempo que foi publicada.
2.1.1.1 CORREÇÃO INTEGRAL
A adoção de um Sistema de Correção Integral gera atualização de todos os valores 
históricos das demonstrações contábeis para uma única data, mas é preciso ressaltar 
que não deve ser confundido com valores de mercado ou de reposição, mantendo, 
portanto, o Princípio do Custo Original como Base de Valor (GELBECKE et al., 2018).
O texto do manual de Contabilidade societária também destaca algumas razões 
pelas quais a implantação do Sistema de Correção Integral é necessária em épocas 
de inflação. Essas razões são:
a. Perda da capacidade de compra das disponibilidades e dos valores a receber. 
Mesmo que os empréstimos, as aplicações financeiras e os direitos originados 
de vendas rendam juros e variações monetárias, tais valores não deixam que a 
inflação reduza o poder de compra dos valores originais envolvidos. A cobrança 
de juros, a correção monetária, o acréscimo de preços na venda a prazo etc. são 
em grande parte compensações decorrentes dessas perdas inflacionárias. Se os 
acréscimos ultrapassarem as perdas, tem-se um ganho; caso contrário, haverá 
um prejuízo na manutenção desses ativos monetários. Normalmente, a Conta-
bilidade se apropria dessas receitas financeiras (ou de vendas, quando resultam 
em aumento de preço faturado), mas sem lhes contrapor aquelas perdas.
b. Ganho de capacidade de compra nos valores a pagar. Da mesma forma, os 
juros, as variações monetárias (por indicadores de correção da moeda nacional 
ou de câmbio) e outros encargos são em parte compensações que podem, ou 
não, ultrapassar o ganho pela manutenção das dívidas. Por exemplo, dever certa 
quantia com atualização de 10% a.a. de variação cambial mais 8% a.a. de juros 
pode representar um efetivo ganho, se a inflação for de 20% a.a., ou provocar 
um encargo real, se a inflação não ultrapassar 9% a.a.
c. Lucro bruto distorcido quando se compara o preço de venda de hoje com o 
custo histórico de uma mercadoria adquirida há certo tempo. No mínimo, 
esse valor pago no passado precisaria ser corrigido pela inflação desse período, 
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evitando, assim, distorções.
d. defasagem nos valores de ativos não monetários, como estoques, ativos 
permanentes e outros.
e. desatualização dos valores de receitas e despesas nas demonstrações de 
resultado, pois são somadas importâncias dos dozes meses como se o poder 
de compra da moeda nacional de cada mês fosse igual. Tal ação provoca distor-
ções, mesmo quando essas receitas e despesas ocorrem de forma homogênea 
durante o período.
f. Enormes distorções na apresentação de demonstrações contábeis compara-
tivas do exercício anterior, por seus valores originais.
g. distorção nos índices de análise financeira, no dimensionamento do resulta-
do operacional e outras distorções analiticamente verificáveis em trabalhos 
mais específicos.
2.1.1.2 METODOLOGIA DOS CÁLCULOS
Para conseguirmos aplicar uma Metodologia de Cálculo de Correção Integral, deve-
mos determinar qual o melhor índice para atualizar os valores das demonstrações 
contábeis.
FIGURA 2 - CÁLCULOS MONETÁRIOS
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
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Seguindo as orientações do manual de Contabilidade societária, devemos também 
separar as contas em monetárias e não monetárias. Para tratarmos dos itens monetá-
rios, o Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2) do Comitê de Pronunciamentos Contá-
beis traz a seguinte definição: “A característica essencial de item monetário é o direito 
a receber (ou a obrigação de entregar) um número fixo ou determinável de unidades 
de moeda”. Os itens monetários são compostos pelas disponibilidades e pelos direi-
tos e obrigações a serem liquidados com disponibilidades.
Segundo Gelbcke et al. (2018, p. 767), os itens monetários podem ser subdivididos 
em:
(1) itens monetários puros, compostos pelas contas de valor prefixado que não 
contêm qualquer forma de reajuste ou atualização, como o próprio caixa em 
moeda nacional;
(2) itens monetários prefixados, que também não têm atualização, mas que 
possuem embutida algumaexpectativa de inflação já inserida em seu valor, 
como Contas a Receber de vendas a prazo; e
(3) itens monetários indexados, que são as contas monetárias sujeitas à atuali-
zação por índice pós-fixado, como os empréstimos em TR ou dólar.
Para os itens não monetários, o Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2) do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis define que: 
[...] a característica essencial de item não monetário é a ausência do direito 
a receber (ou da obrigação de entregar) um número fixo ou determinável de 
unidades de moeda. Os itens não monetários são todos os demais, ou seja, 
representam bens (estoques, imobilizado etc.), despesas antecipadas (segu-
ros, juros, aluguéis a apropriar, adiantamentos a serem liquidados em bens (a 
fornecedores, de clientes etc.). (GELBCKE et al., 2018, p. 767)
Analisando os itens monetários propostos, podemos entender que a lógica da corre-
ção integral é: primeiro, trazer os valores de algumas contas contábeis a valor presen-
te e, depois, corrigir de acordo com a inflação. Vejamos uma aplicação, conforme 
tabela a seguir.
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TABELA 8 - BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA JBC
ANO 31/12/X2 ANO 31/12/X2
AC PC
Caixa R$10.300,00 Fornecedor R$41.800,00
Banco R$10.000,00 Empréstimo R$6.600,00
Cliente R$1.200,00
Estoque final R$12.000,00
total aC r$33.500,00 total PC r$48.400,00
ANC PL
Capital social R$12.000,00
Imobilizado LPA R$34.000,00
 Máquinas e equipamentos R$61.900,00
 (-) Depreciação acumulada (R$1.000,00)
total anC r$60.900,00 total PL r$46.000,00
total r$94.400,00 r$94.400,00
Fonte: Elaborada pela autora.
Segundo Gelbcke et al. (2018), temos que ajustar a moeda para períodos iguais. Anali-
sando as contas patrimoniais do ano X2, teremos:
O total do ativo X2, ficaria:
10.300 (caixa) + 10.000 (banco) + (cliente) + (estoque) + (imobilizado) – (depreciação 
acumulada)
• Caixa – não precisa de ajuste.
• Banco ou aplicações – não precisa de ajuste.
• Clientes – por tratar de valores que vão vencer no futuro, deve ser trazido a valor 
presente. Imaginando que todo o saldo de clientes foi vendido em dez/X2 e 
vencem com 2 meses após o fechamento do Balanço (31/12/X2), descontados 
a 1% ao mês, teremos:
Valor da conta / (1 + i) n
• i = taxa de desconto
• n = período ou tempo
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SUMÁRIO
Resolvendo (trazendo a valor presente)
Valor da conta clientes em X2 = 1.200
i = 1% a.m. = 0,01 (1/100)
n = 2 meses
1.200 / (1+0,01)2
1.200 / 1,0201
R$1.176,36
A taxa deve estar na mesma unidade de tempo do período, ou seja, 1% ao mês. 
Devemos usar o prazo em meses também.
• Estoques – deve ser ajustado. Os valores a vencer devem ser trazidos a valor 
presente e depois corrigidos pela inflação do período. Considere que a data 
de aquisição dos estoques de R$12.000,00 foi no mês de novembro/X2 com 
vencimento em janeiro de X3, ou seja, dois meses para vencer – e considere 
uma taxa de 1% ao mês. Para ajustar o valor, teremos:
1º passo: resolvendo (trazendo a valor presente)
Ano X2
12.000 / (1,01)2
= R$11.763,55 (valor presente do estoque na data de aquisição dele, novembro/X2)
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2º passo: ajustar de acordo com a inflação do período
Vamos imaginar que os índices de inflação foram de:
NOV/X2 101
DEZ/X2 102
Resolvendo
(11.763,55 / 101) x 102
= R$11.880,02 (valor justo do estoque corrigido para a data de DEZ/X2)
Veja se a lógica da correção integral que, além de trabalhar com a inflação, 
trabalha fortemente com o conceito de valor presente: na data da aquisição a 
prazo, o estoque está em moeda futura e precisa ser ajustado a valor presente; 
depois, esse montante precisa ser atualizado pela inflação daí para a frente. 
Na data do balanço pode ocorrer de ficar por valor maior ou menor do que o 
nominal do balanço legal sem correção e sem ajuste a valor presente, confor-
me a circunstância. (GELBCKE et al., 2018, p. 769)
Caso existam lotes de aquisições diferentes, você deve calcular lote a lote para atuali-
zar e corrigir todos os valores; ao final, somam-se todos para chegar ao estoque final 
do período desejado. No caso de lotes adquiridos à vista, dentro da data final do 
fechamento do balanço não deve se fazer nenhum tipo de ajuste ou correção.
Suponha que os R$12.000,00 do estoque tenham sido comprados à vista em 
dezembro/X2, na mesma data do fechamento do balanço. Não precisaria de 
ajuste.
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SUMÁRIO
• Imobilizado no valor de R$61.900,00, suponha que tenha adquirido em 
novembro/X2. Basta corrigi-lo aos índices do fechamento do balanço, dezem-
bro/X2. Considerando os índices inflacionários dados no exemplo do estoque, 
teremos:
R$61.900,00 / 101) x 102 = R$62.512,87 (valor ajustado à inflação do período, dez./X2)
O mesmo procedimento que é feito no imobilizado será aplicado na deprecia-
ção, utilizando-se os mesmos índices.
• Depreciação, no ano X2, no valor de R$1.000,00; ajustando:
(1.000 / 101) x 102 = R$1.009,90
10.300 (caixa) + 10.000 (banco) + 1.176,36 (cliente) + 11.880,02 (estoque) + 62.512,87 
(imobilizado) – 1.009,90 (depreciação acumulada)
Total do ativo ajustado e atualizado = R$94.859,35
Vejamos agora o lado do passivo.
• Fornecedor no valor de R$41.800,00; deve ser ajustado a valor presente. Consi-
dere a dívida adquirida em mês de novembro/X2 com vencimento em janeiro 
de X3, ou seja, dois meses para vencer, e considere uma taxa de 1% ao mês.
Resolvendo (trazendo a valor presente)
41.800 / (1,01)2
= R$40.976,37
• Empréstimo, considerando uma boa contabilidade, já estará ajustado a valor 
presente, devendo, assim, manter o mesmo valor (GELBCKE et al., 2018, p. 
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771).
• Capital social deve ser ajustado de acordo com a inflação do período. Vamos 
considerar de novembro para dezembro.
(12.000 / 101) x 102 = R$12.118,81
• O lucro do período, para que haja o fechamento do balanço ajustado, deve ser 
a diferença entre o ativo menos o passivo menos o capital social, em princípio 
(GELBECKE et al., 2018).
Lucro = R$94.859,35 (ativo) – R$40.976,37 (fornecedor) – R$6.600,00 (empréstimo) – 
R$12.118,81 (capital social)
Lucro = R$35.164,17
O novo balanço atualizado e ajustado ficaria assim:
TABELA 9 - BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA JBC APÓS AJUSTES E EFEITOS INFLACIONÁRIOS
ANO X2 ANO X2
AC PC
Caixa R$10.300,00 Fornecedor R$40.976,37
Banco R$10.000,00 Empréstimo R$6.600,00
Cliente R$1.176,36 
Estoque final R$11.880,02 
total aC r$33.356,38 total PC r$47.576,37
ANC PL
 Capital social R$12.118,81
Imobilizado LPA R$35.164,17
 Máquinas e equipamentos R$62.512,87 
 (-) Depreciação acumulada (R$1.009,90) 
total anC r$61.502,97 total PL r$47.282,98
total r$94.859,35 r$94.859,35
Fonte: Elaborada pela autora.
Assim, devemos ajustar e corrigir os valores apurados nas demonstrações em perío-
dos distintos, igualando os tempos da moeda, sendo possível fazer análises e compa-
rações de indicadores econômicos e financeiros.
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GELBCKE, Ernesto Rubens; IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eilseu; SANTOS, 
Ariovaldo dos. manual de Contabilidade societária: aplicável a todasas socie-
dades, de acordo com as normas internacionais e do CPC. 3. ed. Rio de Janeiro: 
Grupo GEN, 2018. (Capítulo 42).
Não deixe de ler o capítulo 42 do manual de Contabilidade societária, pois, atra-
vés dele, você terá acesso a outros exemplos e aprofundará nos ajustes necessá-
rios a demonstrações contábeis. Bons estudos!
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CONCLUSÃO
Na análise das demonstrações contábeis, é comum utilizar-se de uma série histórica 
de resultados apurados nas contas contábeis com o objetivo de comparar os resulta-
dos econômicos e financeiros, alcançados em períodos distintos.
Desse modo, é importante que os valores dos relatórios contábeis sejam corrigidos 
por algum índice que mede a inflação do período, igualando os valores a um mesmo 
nível de poder aquisitivo da moeda.
Você deve ter atenção para alguns tipos de contas que, antes da correção inflacioná-
ria, devem ser ajustados a valor presente, pois tratam de valores que têm vencimen-
tos em datas futuras.
O ajuste a valor presente deverá ser aplicado nas contas de fornecedor, clientes e 
outras que tenham data de vencimento, ou seja, compras ou vendas a prazo as quais 
vão se realizar em datas futuras. A contabilidade registra fatos contábeis que ocorre-
ram no passado, que geram reflexos no presente e futuro. É por esse motivo que deve 
fazer os ajustes e correções apresentadas nesta unidade, evitando-se análises ilusórias 
de alguns indicadores econômicos e financeiros que sempre estão registrados em 
datas diferentes.
Embora o Brasil não passe por momentos hiperinflacionários, como na década de 80 
e 90, todo gestor deve se atentar aos efeitos da inflação sobre os relatórios contábeis 
e financeiros. Utilizar-se das correções e ajustes necessários antes de efetuar qualquer 
tipo de análise é recomendado, em especial pelos os autores Gelbcke et al. (2018).
Assim, a partir das razões e benefícios apresentados nesta unidade, espera-se que 
você esteja convencido da relevância de se aplicar as correções e ajustes necessários 
nos relatórios financeiros e contábeis.
Em mercados competitivos, deve haver uma boa gestão baseada em indicadores 
financeiros e econômicos dentro das organizações. Portanto, os efeitos inflacionários 
devem ser considerados, em especial, quando se tratar de resultados extraídos de 
relatórios contábeis e financeiros com períodos de apuração diferentes.
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SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
UNIDADE 3
> Conhecer os tipos de 
indicadores econômicos e 
financeiros.
> Calcular os principais 
indicadores econômicos e 
financeiros.
> Analisar os indicadores 
econômicos e financeiros.
> Entender como 
funcionam os principais 
indicadores de rotação.
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Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
3 ANÁLISE POR 
INDICADORES ECONÔMICOS 
E FINANCEIROS
Nesta unidade, você calculará e analisará os indicadores econômicos e financeiros 
que são essenciais para a tomada de decisão dentro dos diferentes tipos de organi-
zações.
Estes serão os tópicos estudados nesta unidade: avaliar a capacidade de pagamento 
das empresas, seu nível de endividamento, rentabilidade e a rotação das contas que 
compõem o capital de giro das empresas.
Mesmo que você não trabalhe nessa área específica, deve conhecer e praticar os 
cálculos e análises dos índices econômicos e financeiros, uma vez que é por meio 
deles que os gestores avaliarão a saúde econômica e financeira do negócio e traçarão 
novas metas, com o objetivo de alcançar melhores resultados.
Nesse sentido, é importante o estudo desta unidade para a construção da competên-
cia e habilidade profissionais na área de gestão. Assim, você estará apto a efetuar os 
cálculos e análises dos principais indicadores econômicos e financeiros.
Bons estudos!
INTRODUÇÃO 
No estudo da unidade, você aprenderá a efetuar os cálculos e análises dos chamados 
indicadores econômicos e financeiros que evidenciam várias situações que a empre-
sa apresenta em determinado período.
Acompanhar o desempenho da entidade é fundamental para garantir sua sobrevi-
vência no mercado. Você, por exemplo, ao trabalhar em uma empresa, já pensou na 
capacidade de honrar as dívidas, ou seja, se você receberá seu salário no final do mês? 
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Estrutura das dEmonstraçõEs ContábEis ii
SUMÁRIO
Em outras palavras, será que a entidade consegue quitar suas contas em dia?
É por meio da chamada análise de liquidez que se pode analisar a capacidade de 
pagamento das entidades. Existem outros indicadores econômicos e financeiros, tais 
como os que medem a estrutura de capital da empresa, se ela utiliza mais capital de 
terceiros ou próprio.
No estudo desta unidade, você aprenderá também os chamados índices de rentabi-
lidade, que mostram o retorno que o negócio proporciona. Além desses indicadores 
apresentados, existem os índices de giro (rotação), que visam avaliar os prazos de 
estocagem da empresa, prazo de recebimento e prazo de pagamento aos fornece-
dores, no objetivo de equilibrar as finanças empresariais.
Portanto, ao estudar esta unidade, você estará apto a efetuar os cálculos e análises 
dos indicadores econômicos e financeiros, com o objetivo de direcionar a tomada de 
decisão de forma mais assertiva. Bons estudos!
3.1 ANÁLISE POR INDICADORES ECONÔMICOS E 
FINANCEIROS
A análise de indicadores econômicos e financeiros visa avaliar a situação da empresa 
de acordo com a sua série histórica de resultados demonstrados nos relatórios contá-
beis. Os índices podem ser expressos em reais ou porcentagem.
Por meio dos cálculos dos índices, é possível emitir um breve relatório avaliando a 
situação econômico-financeira da entidade em vários anos, comparando-os. Segun-
do Hoji (2017), com os índices é possível classificar a situação da empresa como 
ótima, boa, satisfatória ou deficiente, em comparação aos índices de outras empresas 
do mesmo segmento que tenham publicado suas demonstrações.
3.1.1 ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL
Os índices de estrutura de capital visam analisar a aplicação do capital de longo prazo 
e estrutura de capital (HOJI, 2017). Esses índices mostram o grau de dependência da 
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empresa com relação aos recursos de terceiros e o nível de imobilização do capital. 
“Quanto menor o índice, melhor.”
De acordo com Vicenconti (2018), quanto mais capital de terceiros a entidade utiliza, 
mais endividada ela estará, então pode haver a possibilidade de não conseguir quitar 
todas as obrigações com terceiros.
Os autores Vicenconti e Neves (2018) apresentam três índices de estrutura de capital, 
já Hoji (2017) apresenta quatro. Veja as fórmulas e o que esses autores indicam.
TABELA 10 - ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL: VICENCONTI E NEVES 
INDICADORES DE ESTRUTURA DE CAPITAL DE TERCEIROS
indicadores Fórmulas análise ideal
ET - Endividamento 
geral ou total
ET = (Passivo 
circulante + Passivo 
não circulante) / Ativo 
total
Para cada R$ 1,00 de 
ativo total, o quanto a 
empresa tem para quitar 
suas dívidas. Se multiplicar 
por 100, mostra quantos 
por cento do capital de 
terceiros financia o ativo.
"Quanto menor, 
melhor."
GT - Garantia de 
capital de terceiros
GT= (Passivo 
circulante + Passivo 
não circulante) / 
Patrimônio líquido
Para cada R$ 1,00 de 
dívida total, o quantoa 
empresa tem de capital 
próprio.
"Quanto maior, 
melhor."
Quociente
Quociente = Passivo 
circulante / (Passivo 
circulante + Passivo 
não circulante)
Para cada R$ 1,00 de 
dívida total, o quanto é de 
curto prazo.
"Quanto menor, 
melhor."
Fonte: Adaptada de VICENCONTI; NEVES, 2018.
Destaca-se que o índice de Endividamento Total (ET) é o mesmo que o chamado 
Participação de Capital de Terceiros (PCT), utilizado por Hoji (2017).
O índice quociente, conforme a tabela indicada, também pode ser chamado de 
Composição de Endividamento (CE) e trata da mesma fórmula citada por Hoji (2017). 
Na sequência, há a tabela com o resumo dos índices de estrutura de capital tratada 
também pelo autor.
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TABELA 11 - ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL: HOJI
INDICADORES DE ESTRUTURA DE CAPITAL DE TERCEIROS
indicadores Fórmulas análise ideal
PCT - Participação 
de capital de tercei-
ros sobre os recursos 
totais (o mesmo que o 
endividamento total, 
usado por Vicenconti 
e Neves (2018))
PCT= (Passivo circu-
lante + Passivo não 
circulante) / Total do 
balanço
Para cada R$ 1,00 
de recursos totais, o 
quanto é de recursos 
de terceiros.
Que seja MENOR 
que R$ 1,00. "Quanto 
menor, melhor."
CE - Composição 
de endividamen-
to (o mesmo que o 
quociente, usado por 
Vicenconti e Neves 
(2018))
Quociente = Passivo 
circulante / (Passivo 
circulante + Passivo 
não circulante)
Para cada R$ 1,00 de 
dívida total, quanto 
a empresa deve no 
curto prazo. Se multi-
plicar esse resulta-
do por 100, mostra 
quantos por cento das 
dívidas totais são de 
curto prazo.
"Quanto menor, 
melhor."
ICP - Imobilização do 
capital próprio
ICP = (Investimento + 
Imobilizado + Intan-
gível) / Patrimônio 
líquido
Indica o quanto a 
empresa investiu no 
ativo permanente 
para cada R$ 1,00 de 
capital próprio.
Se der acima de R$ 
1,00, indica que a 
empresa utilizou todo 
o recurso próprio mais 
capital de terceiros 
para aplicar no ativo 
permanente.
IRNC - Imobilização 
dos recursos não 
correntes
IRNC = (Investimento + 
Imobilizado + Intan-
gível) / (Passivo não 
circulante + Patrimô-
nio líquido)
Para cada R$ 1,00 
de recursos de longo 
prazo, o quanto a 
empresa aplicou em 
ativos de natureza 
permanente.
Fonte: Adaptada de HOJI, 2015.
Hoji (2017), conforme exposto na tabela anterior, cita quatro tipos de índices de estru-
tura de capital. Veja uma aplicação conforme as informações extraídas do balanço 
patrimonial a seguir.
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TABELA 12 - BALANÇO PATRIMONIAL: EMPRESA X, ANO 31/12/X0
aC - ativo circulante
Caixa R$ 10.300,00
Banco R$ 10.000,00
Duplicatas a receber R$ 1.200,00
Estoque final R$ 12.000,00
total aC r$33.500,00 
anC - ativo não circulante
Realizável a longo prazo 
Clientes LP R$ 8.000,00
Investimento
Terrenos para futura expansão R$ 16.300,00 
Investimento em outras empresas R$ 20.300,00
Imobilizado
Intangível
Patente R$ 16.300,00
Total ANC R$ 60.900,00
PC - Passivo circulante
Salários a pagar R$ 6.500,00
Pró-labore R$ 10.200,00
Fornecedor R$ 1.600,00
Empréstimo R$ 20.000,00
Dividendos R$ 3.500,00
Total PC R$ 41.800,00
PnC - Passivo não circulante
Empréstimo LP R$ 6.600,00
total PnC r$ 6.600,00
PL
Capital social R$ 12.000,00
LPA R$ 34.000,00
Total PL R$ 46.000,00
total r$ 94.400,00 total r$ 94.400,00
Fonte: Elaborada pela autora.
Resolvendo os índices de estrutura de capital, têm-se os valores e a análise resu-
midos na próxima tabela.
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TABELA 13 - CÁLCULOS E ANÁLISES DOS ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL: VICENCONTI E NEVES
INDICADORES DE ESTRUTURA DE CAPITAL DE TERCEIROS
indicadores Fórmulas Cálculo resposta análise
ET - 
Endividamento 
geral ou total
ET = (Passivo 
circulante + 
Passivo não 
circulante) / Ativo 
total
(41.800 + 6.600) 
/ 94.400
R$ 0,51
Para cada R$ 1,00 de 
ativo total, a empresa 
utilizou R$ 0,51 de 
capital de terceiros.
GT - Garantia 
de capital de 
terceiros
GT = Patrimônio 
líquido / (Passivo 
circulante + 
Passivo não 
circulante) 
46.000 / (41.800 
+ 6.600 )
R$ 0,95
Para cada R$ 1,00 de 
dívida total, a empresa 
tem R$ 0,95 de capital 
próprio.
Quociente
Quociente 
= Passivo 
circulante 
/ (Passivo 
circulante + 
Passivo não 
circulante)
41.800 / (41.800 
+ 6.600 ) 
R$ 0,86
Para cada R$ 1,00 de 
dívida total, R$ 0,86 
é de curto prazo. Se 
multiplicar por 100, 
indica que 86% das 
dívidas totais da empresa 
vencem no curto prazo 
(dentro de 1 ano).
Fonte: Elaborada pela autora.
Resolvendo conforme propõe Hoji (2017), têm-se os resultados na tabela a seguir.
TABELA 14 - CÁLCULOS E ANÁLISES DOS ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL: HOJI
INDICADORES DE ESTRUTURA DE CAPITAL DE TERCEIROS
indicadores Fórmulas Cálculo resposta análise
PCT - 
Participação 
de capital de 
terceiros sobre os 
recursos totais
PCT= (Passivo 
Circulante + 
Passivo não 
circulante) / 
total do balanço
(41.800 + 
6.600) / 94.400
R$ 0,51
Para cada R$ 1,00 de 
ativo total, a empresa 
utilizou R$ 0,51 de capital 
de terceiros.
CE - 
Composição de 
endividamento
Quociente 
= Passivo 
circulante 
/ (Passivo 
circulante + 
Passivo não 
circulante)
41.800 / 
(41.800 + 
6.600) 
R$ 0,86
Para cada R$ 1,00 de 
dívida total, R$ 0,86 
é de curto prazo. Se 
multiplicar por 100, 
indica que 86% das 
dívidas totais da empresa 
vencem no curto prazo 
(dentro de 1 ano).
ICP - 
Imobilização do 
capital próprio
ICP = 
(Investimento 
+ Imobilizado 
+ Intangível) 
/ Patrimônio 
líquido
(36.600+ 0 
+ 16.300) / 
46.000
R$ 1,15
Para cada R$ 1,00 
de recurso próprio, a 
empresa aplicou R$ 1,15 
nos ativos de natureza 
permanente, ou seja, 
usou o capital próprio 
todo e mais R$ 0,15 de 
capital de terceiros.
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
INDICADORES DE ESTRUTURA DE CAPITAL DE TERCEIROS
IRNC - 
Imobilização 
dos recursos não 
correntes
IRNC = 
(Investimento 
+ Imobilizado 
+ Intangível) / 
(Passivo não 
circulante + 
Patrimônio 
líquido)
(36.600+ 0 + 
16.300) / (6.600 
+ 46.000)
R$ 1,01
Para cada R$ 1,00 de 
recursos de longo prazo, 
a empresa aplicou 
R$ 1,01 nos ativos de 
natureza permanente, 
ou seja, usou todos os 
recursos de longo prazo 
mais R$ 0,01 de capital 
de terceiros de curto 
prazo.
Fonte: Elaborada pela autora.
Portanto, para a entidade verificar o grau de endividamento e aplicações em ativos 
permanentes, devem ser utilizados os indicadores

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