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07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 MÓDULO 8: JÚRI, NULIDADES, RECURSOS E AÇÕES DE IMPUGNAÇÃO TEMA 1 – JÚRI I 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 RESUMO PLENITUDE DA DEFESA (Art. 5º, inciso XXXVIII, alínea a) Tal princípio versa sobre a garantia de defesa pertencente ao réu. Será desempenhada por defensor devidamente constituído, que poderá fazer uso de artefatos não apenas jurídicos para que sua defesa seja realizada, mas também sociais, de política criminal, emocionais etc. Como também poderá ser realizada pelo próprio acusado, estando assegurado a ele o direito de expor os fatos sob sua perspectiva, esta chamada de autodefesa. Além do mais, está garantida ao réu a fiscalização de sua defesa, portanto, se constatado que este não está devidamente defendido, poderá o juiz declarar o réu como indefeso, e lhe nomear outro defensor. Vale ressaltar a diferença entre ampla defesa e plenitude da defesa. Enquanto a ampla defesa consiste em princípio assegurado a todo e qualquer acusado, a plenitude da defesa diz respeito a instituto aplicado somente aos réus do Tribunal do Júri, com o intuito de garantir-lhes a defesa perfeita. Segundo Nucci, “o que se busca aos acusados em geral é a mais aberta possibilidade de defesa, valendo-se dos instrumentos e recursos previstos em lei e evitando-se qualquer forma de cerceamento. Aos réus, no Tribunal do Júri, quer-se a defesa perfeita”. SIGILO DAS VOTAÇÕES (Art. 5º, inciso XXXVIII, alínea b) Trata-se de princípio que busca a imparcialidade da decisão tomada no Tribunal do Júri. Para que tal princípio seja efetivo, é determinado que a votação aconteça em sala secreta, contando com a presença do juiz, do defensor, dos membros do judiciário, do órgão acusatório e seu assistente. Assim, os jurados não ficam expostos à pressão popular advinda do público que acompanha o julgamento. Para que haja plenitude na execução deste princípio, foi decidido que a apuração seja feita por maioria, sem revelação do quórum total, como feito há algum tempo, onde era exposta a quantidade de votos nesta ou naquela direção. Outra forma de assegurar que a votação seja completamente sigilosa, garantindo a imparcialidade do júri é a incomunicabilidade, aplicada aos jurados, a fim de que não haja de nenhuma maneira influência no voto. Aula II – Princípios Constitucionais 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 O instituto do sigilo das votações em nada fere o princípio da publicidade constitucionalmente assegurado, como apontam alguns autores, já que o instituto tem como premissa garantir ao réu julgamento imparcial, e não esconder o seu resultado para o público em geral. Vale ressaltar que o termo “sala secreta” traz uma visão parcial sobre a realidade dos fatos, dado que, como supracitado, a votação ocorre diante de diversos membros do Poder Judiciário, ou seja, a votação ocorre com alguns espectadores, o que a torna secreta somente para os demais que assistem à sessão. A intenção com este termo foi afastar a possível manifestação do público que acompanha o julgamento, fazendo com que este seja o mais imparcial possível. SOBERANIA DOS VEREDITOS (Art. 5º, inciso XXXVIII, alínea c) A soberania dos vereditos garante que o Tribunal, em caso de recurso, não possa modificar decisão proferida pelo Tribunal Popular, garantindo a este a soberania da decisão da cidadania. Não obstante, vale ressaltar a relatividade deste princípio, pois há a possibilidade de revisão judicial, caso em que o réu condenado poderá vir a ser absolvido. Há também a possibilidade de apelação, sendo este o caso, poderá ocorrer a anulação deste julgado para que seja realizada outra sessão. A relatividade deste instituto se deve ao princípio da verdade real, que mesmo em caso de julgamentos do Tribunal do Júri, não poderá ser contrariado, pois se trata de princípio informador do direito processual penal. COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DOS CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA (Art. 5º, inciso XXXVIII, alínea d) A Constituição Federal atribui ao Tribunal do Júri a competência para julgar os crimes dolosos contra a vida. São eles: Homicídio, Infanticídio, Aborto e Instigação, Induzimento ou Auxílio ao Suicídio. Salienta-se que o legislador apontou que é assegurada a competência do Tribunal do Júri para julgar os crimes dolosos contra a vida, mas não limitou a competência do Tribunal do Júri somente a eles. Afinal, os crimes conexos que tenham como resultado morte também serão julgados pelo Tribunal Popular. Contudo, não há impedimentos para que o legislador infraconstitucional confira outras infrações penais sob competência do Tribunal do Júri. A competência julgadora por parte do Tribunal é cláusula pétrea, pois o legislador tem a 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 intenção de que este, na prática, não desapareça, como é o caso de alguns países que não atribuíram competências exclusivas a ele. LEITURA COMPLEMENTAR “O Tribunal do Júri no Brasil teve a sua criação em Junho de 1822, só passando a ser efetivamente aplicado com o advento da Constituição Federal de 1824. Destarte, foi a partir da vigência da Carta Magna de 1988 que tal instituto teve a sua função destinada à proteção de crimes dolosos praticados contra a vida. O Constituinte originário trouxera, assim, a democracia de volta ao Tribunal do Júri, no capítulo que resguarda os “Direito e Deveres Individuais e Coletivos”, trazendo no bojo da Carta Suprema alguns dos princípios que o norteiam, como a garantia da plenitude da defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos, entre outros. Importante esclarecer, também, que a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida é exclusiva do Tribunal do Júri. (...)”. Para a íntegra do texto, acesse o link abaixo: Princípios constitucionais do Tribunal do Júri JURISPRUDÊNCIA APELAÇÃO CRIMINAL - PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE - ART. 579, DO CPP - HOMICÍDIO QUALIFICADO - MATERIALIDADE COMPROVADA - INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA - PRONÚNCIA MANTIDA - LEGÍTIMA DEFESA - MEDIDA EXCEPCIONAL - DÚVIDAS SOBRE O CONJUNTO PROBATÓRIO - COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL DO TRIBUNAL DO JÚRI - RECURSO DESPROVIDO. Embora a peça adequada à hipótese devesse ser o recurso em sentido estrito, em observância ao princípio da fungibilidade e por estarem presentes os pressupostos de admissibilidade, deve ser conhecida a apelação, com fulcro no artigo 579, do CPP. Comprovada a materialidade do crime, bem como havendo indícios suficientes para imputar a autoria ao recorrente, deve ser mantida a decisão de pronúncia, até porque esta apenas põe termo à primeira fase do procedimento do Júri, julgando tão somente admissível a acusação, sem, contudo, analisar o mérito. O reconhecimento da excludentede ilicitude pelo magistrado é medida excepcional, somente cabível quando inequívoca a sua presença, pois a existência de dúvida sobre a prática da conduta em legítima defesa demanda juízo de valor que corresponde ao próprio mérito da imputação, cuja análise compete exclusivamente ao Conselho de Sentença. Precedentes do STJ. Eventuais dúvidas sobre a avaliação do conjunto probatório devem ser resolvidas pelo Tribunal do Júri, uma vez ser o mesmo quem detém a competência constitucional para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. Precedentes deste Tribunal. Recurso conhecido e desprovido. (TJ-ES - APL: 00005008020108080046, Relator: NEY BATISTA COUTINHO, Data de 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=15328 Julgamento: 07/06/2017, PRIMEIRA CÂMARA CRIMINAL, Data de Publicação: 19/06/2017) FONTE BIBLIOGRÁFICA NUCCI, Guilherme de Souza. Tribunal do Júri. 2. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011, págs. 23-35; BADARÓ, Gustavo. Processo Penal. São Paulo: Campus Jurídico, 2014. 2. ed., págs. 469- 473. CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. São Paulo: Saraiva, 1999. 3. ed., págs. 544- 545. SAVAZZONI, Simone de Alcantara. Direito Processual Penal. Rio de Janeiro: Forense, 2006. 1. ed., págs. 221-222. 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8
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