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FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO – TUT 8 MOD XVII - Envelhecimento é caracterizado por alterações previsíveis, progressivas e associadas a aumento de suscetibilidade para muitas doenças. É diferente até entre os órgãos. COMPOSIÇÃO CORPORAL - Ali pelos 25 anos já começa ter modificação da composição corporal, diminuindo celularidade, reduzindo função dos órgãos, diminui água intracelular (idoso fisiologicamente desidratado), musculatura vai diminuindo (principalmente fibras II de contração rápida como das mãos), força muscular aos 80 40% menor que aos 20, tendo aumento proporcional de gordura, principalmente em cintura pélvica. → Medicações hidrossolúveis ficam em concentração maior como a digoxina → Medicações lipossolúveis tem tempo de ação aumentado, como as de ação central PELE - Importância da pele: separa meio externo, previne perda de água, regula equilíbrio hidroeletrolítico, controla T°c corporal, recebe estímulos sensoriais (dor, pressão, tato...). Epiderme responsável pelas glândulas sudoríparas, sebáceas, unhas, pelos e cabelo. - Pele fica seca pela diminuição das glândulas sebáceas e espessada com as papilas dérmicas menos profundas, tendo menor junção entre epiderme e derme, o que facilita formação de bolhas e predispõe lesões. - Diminui n° de melanócitos a partir dos 30a, se considera isso + alentecimento da reposição das cels da epiderme + maior exposição UV, redução das cels de Langerhans (mediadora da resposta imunológica na pele): aumenta incidência ca de pele. - Derme do idoso tem menor n° de fibras elásticas e colágenas: perde resiliência e forma rugas. - Diminuição da vascularização: palidez e diminuição da T°c da pele: aumenta frequência de dermatites. PÁLPEBRAS - Flacidez das pálpebras SUPERIORES leva a uma limitação do campo visual lateral: pode não ver objetos do lado, aumenta risco de acidentes. - Tem diminuição da secreção lacrimal, mas a flacidez nas pálpebras INFERIORES desloca orifício de entrada do canal lacrimal, fazendo lacrimejamento incomodativo, aí o idoso limpa, mas nem sempre a mão está limpa e pode fazer infecção ocular. - Atrofia da fáscia pálpebras pode fazer herniação da gordura orbitaria para dentro do tecido palpebral = bolsas embaixo dos olhos: tto cirúrgico simples. - Atrofia da aponeurose do músculo elevador da pálpebra = pode cobrir a pupila como na ptose senil= lentidão para olhar retrovisor dirigindo, podendo causar acidentes. FÂNEROS - Diminuição do n° de glândulas sudoríparas + diminuição dos vasos sanguíneos da derme e da espessura do tecido celular subcutâneo= dificulta termorregulação. - Embranquecimento dos cabelos pela perda progressiva de melanócitos nos bulbos capilares. - Diminui n° de corpúsculos de Pacini e Meissner (responsáveis pela sensação de pressão e tato leve) = predispondo a lesões e diminuindo a destreza para certos movimentos com as mãos. - Unhas: crescimento longitudinal diminui e ficam mais quebradiças e frágeis. MUSCULATURA - Queda da massa e força muscular (máxima ali pelos 30) sendo mais acelerado a partir dos 70: altera n° e volume das fibras: diafragma altera pouco, panturrilha diminui muito. - Associação entre níveis baixos de vit D e fraqueza muscular: benefício de suplementação quando < 20. - Atividade física, independentemente da idade, aumenta a força e a velocidade muscular, além de prevenir perda óssea, quedas, hospitalizações e melhorar a função articular. ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES - Coração é um órgão autorregenerativo, nos idosos tem perda progressiva dos miocitos por declínio da capacidade de duplicação das cels tronco cardíacas. - Diminuição da capacidade contrátil faz aumento do coração, que esconde atrofia das cels contrateis. Então apesar de atrófico em n° celular é morfologicamente hipertrófico. - Redução do n° de cels do nódulo sinusal, além de perda de fibras da bifurcação do feixe de his= maior chance de arritmias cardíacas. Estrutura cardíaca • Hipertrofia do VE que faz aumento da PA dependente da idade: ganho de 1g/ano em homens e 1,5 em mulheres. • Diminuição do volume diastólico final somente nas mulheres, então não correlacionado a idade. • Aumento n° e espessura de fibras colágenas do miocárdio • Massa ventricular esquerda pode diminuir provavelmente por sedentarismo • Acúmulo de proteína amiloide 50% dos pctes >70a Estrutura arterial: aumento da rigidez da parede arterial, na camada média (a intima é a acometida na aterosclerose), com isso a artéria aumenta de diâmetro e espessura: elasticidade diminuída aumenta impedância ao fluxo sanguíneo na sístole - Aumento da velocidade da onda de pulso aórtico e a diminuição da pressão diastólica são outras consequências da rigidez aórtica. Parâmetros funcionais • - FC de repouso é modulada por equilíbrio entre inervação simpática e parassimpática (domina) • - FC max no exercício vai diminuindo com idade: 220-idade: pela diminuição na resposta do sistema cardiovascular a estimulação beta-adrenérgica, para compensar a baixa resposta tem aumento das catecolaminas plasmáticas, principalmente no exercício • - A fração de ejeção ventricular esquerda, em repouso, não está alterada no idoso saudável, porém em resposta ao exercício ela está diminuída em relação ao adulto jovem • - Piora do enchimento ventricular esquerdo com maior compensação da sístole atrial: explica pq fibrilação atrial pode precipitar insuficiência cardíaca e a presença de 4° bulha (normal no EF >75 anos em ritmo sinusal). SISTEMA NERVOSO Alterações estruturais - Diferença do tamanho do cérebro entre indivíduos adultos e idosos tem pequeno significado funcional - Volume do cérebro diminui 7cm3/ano >65 anos, com maior perda nos lobos frontal e temporal e perda maior da substância branca do que da substância cinzenta. - A perda neuronal é mais evidente nos neurônios maiores no cerebelo e no córtex cerebral. No hipotálamo, na ponte e na medula a perda é mínima. - Diminuição da sinapse, + relacionado a apoptose do que processos inflamatórios ou isquêmicos. - Cels da glia aumentam em resposta ao dano neuronal, esse acúmulo chama de gliose, sendo resposta compensatória protegendo a função neuronal e a plasticidade - Perda dos axônios e redução da mielina que cobre esses axônios levando a rarefação da substância branca periventricular denominada no exame de RM de leucoaraiose - PET pode mostrar alteração no metabolismo celular, com diminuição do metabolismo da glicose nos lobos temporais - N° de dendritos diminui em algumas pessoas, perdendo assim as sinapses, alterando a neurotransmissão, piorando a comunicação do sistema nervoso, mas por plasticidade cerebral pode ter aumento da densidade dos dendritos e prolongamento para manutenção da função cerebral. - Enovelados neurofibrilares e placas senis são encontrados no envelhecimento normal, mas menos que na doença de Alzheimer. - Perda da sensação vibratória, do tato e da dor, disfunção autonômica afetando a reatividade pupilar, a regulação da temperatura corporal e o controle vascular cardíaco e periférico: redução da mielina dos nervos sensoriais e diminuição de cels do corno anterior da medula. Alterações bioquímicas • - Acetilcolina diminui por diminuição dos neurônios colinérgicos e muscarínicos • - A dopamina e seus receptores no estriato e na substância nigra podem estar diminuídos • - Cada NT tem seu tempo de envelhecimento Alterações metabólicas e circulantes • - Diminuição da água extracelular e intracelular • - Lentidão da síntese proteica • - Aumento na oxidação das proteínas e sua glicosilação, com aumento do acúmulo intraneural: emaranhados neurofibrilares • - Alterações circulatórias relacionadas à aterosclerose: fluxo sanguíneo é reduzido e o cérebro, para se proteger, extrai mais oxigênio do sangue. • - Isquemia, hipoxia e hipoglicemiaativam receptores glutamato induzindo toxicidade com consequente morte neuronal • - Diminuição do fluxo sanguíneo cerebral e da utilização da glicose • - Com envelhecimento a barreira hematoencefálica torna-se permeável, podendo ser uma das causas de demência Alterações cognitivas e comportamentais: memórias processual e semântica são bem conservadas com o avanço da idade, habilidade de reconhecer objetos e faces, assim como a percepção visual, permanecem estáveis. - Memórias episódica e laborativa e a função executiva são as mais afetadas no envelhecimento. Capacidade d solucionar problemas e aprender informações novas diminui após os 30 anos, a fluência verbal fica comprometida após os 70 anos. Marcha, postura e equilíbrio - Controle da marcha e equilíbrio: córtex cerebral, gânglios da base, cerebelo, sistema vestibular, visão, propriocepção, sistema límbico, medula espinal, musculatura esquelética, ossos, articulações, hormônios, circulação sanguínea, nutrição, atividade física - Mulher tem pior desempenho quando comparada ao homem - Hesitação no andar, menor balanço dos braços e passos menores - Base alargada, retificação da coluna cervical, um certo grau de cifose torácica, flexão do quadril e dos joelhos - Assimetria dos passos faz pensar em artrite ou hemiplegia; a falta de movimentos dos ombros em parkinsonismo; aumento da base em comprometimento do cerebelo; uma flexão mais acentuada do tronco pode revelar dificuldade de visão ou de propriocepção ou algum dano no sistema vestibular Sono: marca-passo circadiano fica no hipotálamo, tendencia a dormir e acordar mais cedo, insônia, sonolência diurna, despertares durante a noite e sono pouco reparador, sono REM não altera (apneia nesse estágio, + idosos, homem idoso e obeso), o não REM tem aumento do estágio 1 e 2 (facilidade de despertar), diminui 3 e 4 (fica com sono menos profundo). Idosos tem melatonina baixa. Memória • - Áreas responsáveis hipocampo, o tálamo, os córtex temporal, frontal e pré-frontal e o cerebelo • - NT, como a acetilcolina (ACh) e o glutamato, transmissor excitatório são envolvidos também no processo de memória e aprendizagem • - Ácido gama-aminobutírico (GABA) é o principal NT inibitório no cérebro • - Piora mais a memória episódica a partir dos 30 anos SISTEMA RESPIRATÓRIO Alt. Morfológicas no tórax e nos pulmões: aumento da frequência de pneumonia, aumento da probabilidade de hipoxia e diminuição do consumo máximo de oxigênio pela pessoa idosa. - Pulmões se tornam mais volumosos, os ductos e bronquíolos se alargam e os alvéolos se tornam flácidos, com perda do tecido septal: aumento de ar nos ductos alveolares e diminuição do ar alveolar: piora da ventilação e perfusão. Respiração: maioria dos músculos sofre um certo grau de sarcopenia: função pulmonar piora em algumas pessoas pela diminuição da força e da resistência da musculatura respiratória, tornando a tosse menos vigorosa. Função mucociliar é lenta, prejudicando a limpeza de partículas inaladas e facilitando a instalação de infecções. Surfactante: produção diminuída nos idosos. Alvéolos podem colabar na expiração, faz atelectasia, aumento permeabilidade alveolar, faz edema pulmonar. SISTEMA HEMATOPOIÉTICO - Processo de envelhecimento é mais lento nas cels hematopoiéticas que em outras cels. Função da medula óssea não se modifica. Adulto: atividade concentra na pelve e esterno. MULTIPLICAÇÃO CELULAR: potencial proliferativo das céls- tronco hematopoiéticas é limitado e diminui com o envelhecimento, divisão torna-se mais suscetível a mutações devido à redução da fidelidade de reparo do DNA. Perda de telômero em tecidos normais começa no adulto jovem e progride gradualmente com o envelhecimento. ERITROPOESE: • Mudança no perfil hematológico, sugerindo a exaustão das células-tronco hematológicas pluripotenciais, tornando os idosos mais suscetíveis a esta doença. • Aumento da produção de radicais livres • Principais moduladores hormonais da eritropoiese são eritropoetina, testosterona e IL3: sem alteração significativa relativa à produção hematopoiética • N° de plaquetas não muda com envelhecimento • Fibrinogênio, fatores V, VII, VIII e IX, o cininogênio de alto peso molecular, pré-calicreína, fragmentos da degradação da fibrina (dímero D) aumentam, fazendo com que se considere o envelhecimento um estado prócoagulante, importante fator de risco para trombose venosa profunda. SISTEMA URINÁRIO - Perda de tecido renal, principalmente >50 anos, no lugar fica tecido gorduroso e fibrose, começa no córtex, compromete concentração urinaria, alcança glomérulos, piorando função renal. - Avaliação renal é simples exames de urina e sangue, rim pode ser afetado diretamente como lesões do nefron, ou indiretamente como em doenças cardiovasculares. Lesão renal pode fazer alterações a distância como distúrbios hidroeletrolíticos e HAS FUNÇÃO RENAL (FR): diminui progressivamente, chega a metade aos 85 anos, tendo diminuição do fluxo plasmático, para compensar, rim mantem vasodilatação com aumento de prostaglandinas. - Declínio da FR pode levar a intoxicação medicamentosa pela função excretora: perigoso no idoso - Clearance de creatinina ou prova da cistatina C ALT. DAS FUNÇÕES GLOMERULAR E TUBULAR: não comprometem o bem-estar da pessoa idosa, mas fica sem reserva para pleno funcionamento se tem sobrecarga. - Estresse como infecção ou dieta rica em proteína faz piora na taxa de filtração glomerular, aumentando a permeabilidade celular com perda de proteína bem maior que os traços normalmente observados na urina. - Muitas pessoas idosas sofrem perda da habilidade de concentrar ou diluir a urina= ficam incapazes de equilibrar o organismo quando tem desidratação ou a uma sobrecarga hídrica. - Se adm solução hipertônica de cloreto de sódio em idoso, o ADH aumenta, mas não retem água como espera, ou seja, problema na concentração urinaria não é pela diminuição do ADH e sim a diminuição da resposta do túbulo coletor ao ADH - Para manter funcionamento adequado do rim idoso precisa ingerir 2,5-3l liquido/dia: difícil por eles evitarem por medo de incontinência, além de diminuição do reflexo de sede, solidão, imobilidade... - Idosos + propensos a hipoNAtremia e a hipoPotassemia em uso de diuréticos ou dietas restritivas: diminuição da capacidade renal de concentração e conservação do sódio. - Padrão do ritmo urinário apresenta-se modificado na pessoa idosa, passando a eliminar água e eletrólitos mais à noite que durante o dia= poliuria noturna= diminuição da capacidade renal de concentração e conservação de sódio, alteração no sistema RAA. - Redução da acidificação da urina e piora da excreção de cargas ácidas: fator contribuinte para a nefrotoxicidade relacionada a medicamentos e a contrastes intravenosos, diminuição da hidroxilação da vitamina D e da regulação do sistema renina angiotensina. SISTEMA ENDÓCRINO TIREOIDE: T3 e T4 geralmente normal/baixo e TSH alto - TSH elevado e T4 normal pode acontecer por manutenção da a imunorreatividade do TSH nas análises laboratoriais, porém com ação biologicamente menos ativa. - Diminuição dos hormônios tireoidianos, especialmente a conversão de T4 em T3, sugere uma ação protetora para o organismo contra o catabolismo, levando à diminuição da taxa do metabolismo basal e aumento progressivo do tecido adiposo corporal. - Efeito calorigênico dos hormônios tireoidianos diminui com o aumento da idade, aumentando a suscetibilidade de hipotermia nos idosos, além de idosos suarem menos. - Aumento do colesterol sérico e das lipoproteínas de baixa densidade pode ser devido ao declínio da função tireoidiana PARATIREOIDE: secreta PTH e calcitonina, não altera muito função - Mulheres negras e asiáticas, pós-menopausa tem baixos níveis de PTH e elevados níveisde cálcio em relação às mulheres brancas. - Aumento do PTH pode ser devido a piora do clearance renal ou acúmulo de fragmentos biologicamente inativos ou resposta compensatória por redução de cálcio intestinal. - Níveis do cálcio sérico são mantidos ao longo da vida, mas a regulação muda como avanço da idade: infância e adultos mantem por ingesta de ca sem perda óssea, na idade avançada mantem por reabsorção do ca ósseo mais que pela absorção intestinal ofertado pela dieta (menor capacidade do PTH estimular produção de forma ativa da vit D, que estimula absorção do ca intestinal) ou por reabsorção pelo rim. - Reabsorção óssea seja reconhecida quando o PTH está elevado, evidênias de que a adm intermitente do PTH aumenta a força mecânica e a massa óssea pela transformação das células precursoras em osteoblastos (aumenta a formação óssea, prevenindo a apoptose dos osteoblastos) HIPÓFISE: aumenta de volume, níveis de melatonina diminuem na maioria das pessoas: interfere no sono, por ela ter efeito hipnótico, além de ter ação protetora contra os danos oxidativo PÂNCREAS: Poucas alterações morfológicas, leve aumento da glicemia de jejum relacionado a idade (1mg/dl/década), sendo que em idosos ativos pode nem ter essa diferença. - Na alimentação: glicemia eleva mais e o tempo de retorno ao normal é mais longo - Intolerância à glicose com o envelhecimento é devida a vários fatores, além da diminuição da insulina, tabela ao lado: exaustão progressiva do turnover das células β: menor resposta dos tecidos à glicose e à insulina. SISTEMA DIGESTÓRIO - Principal função é transferir as substâncias nutritivas, vitaminas, minerais e líquidos para o sangue. BOCA: avalia problemas orais para devido encaminhamento ao dentista, evitando problema local e sistêmico - Cáries são um dos principais problemas no idoso, até mesmo na raiz pela retração das gengivas. Baixa mineralização óssea na boca se manifesta com perda do osso alveolar que + gengivite faz perda dentaria em adultos. Maior alteração na maxila e na mandíbula com a idade é consequente às extrações dentárias com atrofia do osso alveolar trazendo como resultado a diminuição da altura da face e mudando o perfil facial: contribui para diminuir força de mastigação por redução da massa muscular do masseter e pterigoide. - Mucosa oral: fina, lisa e seca, perde elasticidade, parece edemaciada, língua lisa e perde papilas, alterando paladar e dando sensação de queimação. Comum o aparecimento de varicosidades, principalmente na língua, não estando associada a outras doenças. - Glândulas salivares: permanece sem alterações na ausência de doenças e uso de medicamentos permanece sem alterações na ausência de doenças e uso de medicamentos, sendo que a maioria que queixa de boca seca é por efeito colateral de medicação. OROFARINGE: adelgaçamento da camada epitelial da mucosa, retração gengival e exposição das raízes dentárias predispondo a cáries. - Por alteração da musculatura esofágica há um aumento da resistência da passagem dos alimentos pelo esfíncter esofágico superior + menor eficiência mastigatória= mais risco de aspiração ESÔFAGO: hipertrofia da musculatura esquelética do 1/3 superior do esôfago, diminuição das células ganglionares mioentéricas, que coordenam a peristalse, e aumento da espessura da musculatura lisa. - 35% das pessoas entre 50 e 75 anos de idade pode ocorrer a incompetência esfincteriana distal do esôfago, permitindo o refluxo do conteúdo ácido do estômago e levando a esofagite: diagnostico diferencial dor torácica: grave esofagite de refluxo. ESTÔMAGO: diminuição das células parietais e aumento dos leucócitos intersticiais: diminui a secreção do ácido clorídrico e de pepsina, dificultando a digestão de alimentos, principalmente, os ricos em proteína. - Mais da metade dos idosos estão infectados pelo H pylori. Prostaglandina (que faz proteção da mucosa) está diminuída. Diminuição da motilidade, dificultando esvaziamento gástrico: gastroparesia. INTESTINO DELGADO: vilosidades diminuem altura, tendo diminuição da absorção de várias susbtancias. - Absorção do cálcio diminui por redução dos receptores da vit D no intestino e da 25(OH) vitamina D circulante. - Diminuição da sensibilidade e dos neurônios mioentéricos contribui para a presença de úlceras indolores INTESTINO GROSSO: alterações encontradas no intestino grosso são praticamente exclusivas do envelhecimento: atrofia da mucosa, anomalias estruturais das glândulas da mucosa, hipertrofia da camada muscular da mucosa e atrofia da camada muscular externa. - Perda dos neurônios intrínsecos sensoriais pode contribuir para a diminuição da resposta visceral a perfuração ou isquemia intestinal - Constipação uma das queixas mais comuns: alimentação pobre em fibras, baixa hidratação oral, falta da prática de exercícios físicos regulares, coordenação das contrações alterada e o aumento da sensibilidade aos opioides - Diminuição do tônus e da força do esfíncter anal, associada a menor complacência retal, aumenta a chance de incontinência fecal nas pessoas idosas, sendo as mulheres mais predispostas que os homens. - A presença de divertículos é muito prevalente, devido a um aumento da pressão intraluminal, herniando a mucosa entre as camadas das fibras musculares lisas, complicam com sangramentos digestivos baixos e processos inflamatórios: diverticulite. PÂNCREAS: diminui tamanho, endurece por aumento da fibrose, + amarelado por deposito de lipofuscina. - Amilase se mantém em volume constante, porém a lipase e a tripsina têm a sua produção bastante diminuída, mas sem expressão clinica pois precisa só de 1/10 da produção para digestão normal. FÍGADO: entre os 24 e 90 anos o fígado diminui de volume em aproximadamente 37% e também diminui seu fluxo sanguíneo em 35%, escurece pelo depósito da proteína lipofucsina. - Redução da capacidade de metabolizar substâncias por sistema reticuloendotelial liso dos hepatócitos diminuído: aumenta suscetibilidade à intoxicação por medicamentos. Síntese proteica mantida. - Provas de função hepática não se alteram. Conteúdo do citocromo P-450 diminui com a idade: lentidão para metabolizar algumas substâncias. Fonte: Tratado de Geriatria e Gerontologia 4ª edição
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