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1048-Texto do Artigo-4600-1-10-20220224

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ESTUDO RETROSPECTIVO SOBRE DOENÇAS NEUROLÓGICAS 
EM RUMINANTES DA REGIÃO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL 
 
Retrospective Study on Neurological Diseases in Ruminants 
From the Northwest of Rio Grande of Sul 
 
 
Andressa Trindade Nogueira1, Francini Thaís Strieder2, Stéfani dos Santos Torres2, 
Guilherme Konradt3, Cristina Krauspenhar Rossato4, Daniele Mariath Bassuino5 
 
Resumo: Este estudo teve por objetivo a caracterização epidemiológica, clínica e patológica das 
doenças neurológicas que afetam ruminantes da região Noroeste do Rio Grande do Sul. Foi 
realizado um estudo retrospectivo no período compreendido entre janeiro de 2014 a dezembro de 
2020, no qual 61 bovinos, 22 ovinos e 2 caprinos foram necropsiados. Destes, 12 bovinos, 2 
ovinos e um caprino foram diagnosticados com doenças neurológicas. As doenças neurológicas 
de origem infecciosa totalizaram 10 casos: babesiose cerebral (6 bovinos); mielite abscedativa 
pós-caudectomia (2 ovinos); empiema basilar e meningite supurativa (1 bovino); meningite 
supurativa (1 caprino); Doenças de origem traumática com envolvimento neurológica incluíram 
um caso de fratura de vértebra lombar e mielomalacia hemorrágica (1 bovino); Doenças 
degenerativas: totalizaram 2 casos de polioencefalomalacia (2 bovinos); Neoplasias com 
envolvimento do sistema nervoso incluíram um caso de Leucose enzoótica bovina e um tumor 
maligno de bainha de nervos periféricos em bovinos, Nos bovinos, a babesiose cerebral foi a 
doença neurológica mais prevalente para a espécie, relacionada com a região ser endêmica para o 
carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus, o qual, é vetor da B. bovis. Dos dados 
analisados neste período, as doenças neurológicas infecciosas representaram um total de 66,6% 
(n=10) entre as doenças neurológicas de ruminantes diagnosticadas neste período e, com isso, 
conclui-se que representa uma importante causa de mortalidade para os ruminantes domésticos. 
 
Palavras-chave: Neuropatologia. Ruminantes. Doenças infecciosas. 
 
Abstract: Neurological diseases (ND) in ruminants represent an important group of diseases 
responsible for economic losses worldwide. This study aimed at the epidemiological, clinical and 
pathological characterization of neurological diseases that affect ruminants in the Northwest 
region of Rio Grande do Sul. A retrospective study was carried out in the period from January 
2014 to December 2020, in which 61 cattle, 22 sheep and 2 goats were necropsied. Of these, 12 
cattle, 2 sheep and 1 goat were diagnosed with neurological diseases. Infectious neurological 
diseases totaled 10 cases: cerebral babesiosis (6 cattle); post-caudectomy abscessive myelitis (2 
sheep); basilar empyema and suppurative meningitis (1 bovine); suppurative meningitis (1 goat); 
Traumatic diseases with neurological involvement included one case of fracture of the lumbar 
 
1 Bolsista PIBIC/CNPq. Discente do curso de Medicina Veterinária, Universidade de Cruz Alta- Unicruz., Cruz 
Alta, Brasil. E-mail: andressa2018.mv@gmail.com 
2 Discente do curso de Medicina Veterinária, Universidade de Cruz Alta- Unicruz, Cruz Alta, Brasil. 
3 Médico veterinário e patologista. Email: gkonradt@unicruz.edu.br 
4 Médica veterinária e patologista. Email: ckrauspenhar@unicruz.edu.br 
5 Pesquisador do Laboratório de Patologia Veterinária- LPV, Docente da Universidade Cruz Alta- Unicruz. 
E-mail: dbassuino@unicruz.edu.br. 
 
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vertebra and hemorrhagic myelomalacia (1 bovine); Degenerative diseases: totaled 2 cases of 
polioencephalomalacia (2 cattle); Neoplasms involving the nervous system included a case of 
enzootic bovine leukosis and a malignant peripheral nerve sheath tumor in cattle. In cattle, 
cerebral babesiosis was the most prevalent neurological disease for the species, related to the 
region being endemic for the tick Rhipicephalus (Boophilus) microplus,, which is a vector of B. 
bovis. Of the data analyzed in this period, infectious neurological diseases accounted for a total 
of 66.6% (n=10) among the neurological diseases of ruminants diagnosed in this period and, 
therefore, it is concluded that it represents an important cause of mortality for ruminants 
household appliances. 
 
Keywords: Neuropathology. Ruminants. Infectious diseases. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
As afecções neurológicas em ruminantes compõem um importante grupo de doenças 
responsáveis por perdas econômicas em todo mundo (KONRADT et al., 2016). No Rio Grande 
do Sul há estimativa de perda de aproximadamente 11 milhões de reais/ano (SANCHES et al., 
2000). As doenças que afetam o sistema nervoso apresentam uma casuística elevada no Brasil 
como demonstrado por alguns estudos no estado do Mato Grosso do Sul, no qual 57,19% (n= 
588) dos bovinos necropsiados apresentavam sinais clínicos neurológicos e destes, 54,34% (n= 
341) tiveram diagnóstico definitivo de doença neurológica (RIBAS et al., 2013). No semiárido 
nordestino o percentual de bovinos afetados por doenças neurológicas foi de 33,81% (n=139) 
(GALIZA et al., 2010) e no estudo de Sanches et al. (2000) realizado no Rio Grande do Sul, o 
percentual dessas doenças foi de 9,16% (n=552). 
Em relação ao rebanho de pequenos ruminantes vale ressaltar a região do Semiárido 
nordestino, a qual possui o maior rebanho do Brasil. 9,92% (n=63) dos animais estudados 
tiveram diagnóstico positivo para doenças neurológicas (GUEDES et al., 2007) e no Rio Grande 
do Sul 16% (n=58) dos diagnósticos envolveram o sistema neurológico (RISSI et al., 2010). 
Ainda, as enfermidades do sistema nervoso ganharam mais importância, bem como seu 
diagnóstico devido ao seu potencial zoonótico como a raiva e a encefalopatia espongiforme 
bovina (BSE) (TERRA, 2017). Dessa forma, os países exportadores de carne bovina, como o 
Brasil tem obrigatoriedade em demonstrar para a comunidade internacional que não possuem 
casos locais de BSE, assim, o diagnóstico definitivo das enfermidades desse grupo se torna ainda 
mais importante, já que o país deve demonstrar quais as enfermidades neurológicas estão 
presentes no rebanho nacional (SANCHES, 2000). 
 
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As causas das doenças neurológicas têm ampla variedade etiológica, podendo ser 
infecciosas, tóxicas, físicas, metabólicas, congênitas e neoplásicas, as quais produzem processos 
de natureza inflamatória, vascular e degenerativa no encéfalo ou na medula espinhal (BARROS 
et al., 2006). 
Devido a importância do diagnóstico das doenças neurológicas nos ruminantes, o objetivo 
deste estudo consiste em determinar quais as doenças neurológicas mais frequentemente 
diagnosticadas como causas de morte em ruminantes na área de abrangência do Laboratório de 
Patologia Veterinária da Unicruz. 
 
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
Foi realizado um estudo retrospectivo sobre as doenças neurológicas de ruminantes 
diagnosticadas em propriedades atendidas pela equipe do Laboratório de Patologia Veterinária da 
Universidade de Cruz Alta (LPV-UNICRUZ). A partir dos arquivos do LPV-UNICRUZ buscou-
se pelas doenças que afetaram ruminantes no período de 2014-2020 e computou-se os achados 
epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos de cada doença, assim como, buscou-se pelos 
registros fotográficos dos casos. Ainda, um estudo prospectivo está em andamento, o qual 
consiste na necropsia de ruminantes atendidos à campo pela equipe do LPV-UNICRUZ, assim 
como de ruminantes recebidos no laboratório e realizada a coleta de amostras e fixação de 
tecidos em formalina 10%, clivagem, processamento e coloração com hematoxilina e eosina 
(HE) para exame histopatológico. Quando necessário, amostras dos órgãos foram coletadas e 
mantidas refrigeradas para a realização de exames complementares. 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Durante os anos 2014 a 2020 foram diagnosticadas 85 enfermidades em ruminantes 
domésticos. Dessas, 17,6% (15/85 casos) obtiveram diagnósticos conclusivospara doenças 
neurológicas. As causas infecciosas (66,6% n=10) predominaram sobre as alterações 
degenerativas (13,3% n= 2), traumas (6,6% n=1) e neoplasias (13,3% n=2) de acordo com a 
tabela 1. 
 
 
 
 
 
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Tabela 1- Diagnóstico diferencial das doenças neurológicas dos bovinos (n= 15) diagnosticadas no 
Laboratório de Patologia Veterinária da Unicruz, entre 2014 e 2020. 
Causas Diagnóstico n % 
Infecciosas 10 66,6 
 
 Babesiose cerebral 6 40 
 Mielite abscedativa pós-caudectomia 2 13,3 
 Empiema basilar e meningite supurativa 1 6,6 
 Meningite supurativa 1 6,6 
 
Traumas 1 6,6 
 Fratura de vertebra lombar e mielomalacia 
hemorrágica 
1 6,6 
 
Alterações 
degenerativas 
2 13,3 
 Polioencefalomalacia 2 13,3 
 
Neoplasias 2 13,3 
 Leucose enzoótica bovina 1 6,6 
 Tumor maligno de bainha de nervos periféricos 1 6,6 
Total 15 100 
Fonte: Elaborado pelos autores (2021). 
 
A babesiose possui relevância epidemiológica no estado do RS, tendo em vista que é uma 
área instabilidade enzoótica para o carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus e predomínio 
de raças europeias (RISSI et al., 2010). As doenças de origem infecciosas foram as mais 
prevalentes no presente estudo, destas, a babesiose cerebral foi a doença de origem infecciosa 
com maior casuística. Como esperado, os casos de babesiose cerebral deste estudo eram 
pertencentes às raças europeias das raças Holandesa e Angus. Os animais apresentavam sinais 
clínicos de febre, incoordenação motora, decúbito, andar a esmo, cegueira, pressão da cabeça 
contra objetos, ataxia, palidez de mucosas e icterícia, e uma propriedade apresentou índice de 
mortalidade de 20%. Os sinais clínicos destes casos são condizentes com os descritos por 
Rodrigues et al. (2005) em que eritrócitos parasitados em capilares cerebrais pela B. bovis após 
infecção, podem induzir o sequestro destes eritrócitos nos capilares cerebrais resultando em 
sinais neurológicos, tornando-se ocasionalmente fatal. As lesões macroscópicas encontradas 
foram de palidez ou icterícia em mucosas, esplenomegalia, hepatomegalia, vesícula biliar com 
conteúdo grumoso, rins congestos e hemoglobinúria, lesões semelhantes foram descritas na 
pesquisa de Câmara et al. (2009) e Farias (2007). Dos 6 casos de babesiose cerebral todos 
apresentaram no córtex telencefálico a lesão patognomônica, que morfologicamente é descrita 
 
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como congestão difusa acentuada em substância cinzenta encefálica (cérebro em coloração 
cereja) (RODRIGUES et al., 2005). Na microscopia de seis casos o encéfalo apresentou 
congestão vascular e edema perivascular na substância cinzenta. Por meio da técnica de 
esfregaço e imprint de capilares do encéfalo a fresco, baço e fígado, microorganismos 
morfologicamente compatíveis com Babesia bovis no interior de eritrócitos foram observados, os 
quais apareciam solitários ou pareados, através da coloração de Giemsa e/ou panótico rápido. Os 
imprints dos órgãos possibilitam a visualização do hemoparasita dando subsídios para o 
diagnóstico (RODRIGUES et al., 2005; FARIAS, 2007). 
Foram observados dois casos de mielite abscedativa pós-caudectomia. Os ovinos foram 
submetidos a caudectomia com borracha e apresentaram paralisia progressiva de membros 
pélvicos. Os ovinos apresentaram sinais de déficit proprioceptivo após duas semanas do 
procedimento, paresia de membros pélvicos, incontinência urinária, com evolução para paralisia 
de membros pélvicos em um curso clínico de oito dias como descrito por Riet-correa et al. 
(2002), em que esses sinais clínicos estão relacionados a lesões medulares presentes, 
principalmente, nas vértebras dorsais, lombares e sacrais. De acordo com Radostitis et al. (2002), 
após procedimento de caudectomia inadequado e consequente lesão na região de cauda sem 
tratamento curativo proporciona local adequado para infecção por agentes piogênicos, os quais 
podem contaminar o canal medular por ascensão via extensão direta ou por via hematogênica. 
Macroscopicamente, os ovinos apresentaram acentuada quantidade de material purulento em 
região de medula espinhal sacral e intumescência lombar envolvendo predominantemente a 
região central medular. Microscopicamente, essa inflamação na configurou-se com intensa 
necrose liquefativa em região central medular associado a intenso infiltrado inflamatório 
composto por neutrófilos íntegros e degenerados, linfócitos e macrófagos, além de abundante 
quantidade de miríades bacterianas cocoides basofílicas e debris celulares intralesionais, 
condizente com as lesões macroscópicas e histológicas de Rissi et al. (2010). 
Neste estudo, houve um caso de empiema basilar (1,3%) também conhecido como 
síndrome do abscesso pituitário. De acordo com Santos et al. (2017) os abscessos no SNC 
comumente são causados por bactérias piogênicas como Trueperella pyogenes, Staphylococcus 
aureus, Escherichia coli, Streptococcus spp., Fusobacterium necrophorum e Pseudomonas spp. 
causando abscessos principalmente em ovinos, caprinos e bovinos. Relata-se que a técnica de 
desmame interrompido pelo uso de tabuleta nasal pode provocar a ocorrência de abscessos para-
hipofisários e leptomeningite em bezerros, neste caso a patogênese se relaciona a lesão causada 
 
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na mucosa nasal como porta de entrada para bactérias que migram pela circulação venosa e 
ocasionam o abscesso de pituitária. No entanto, há relatos de casos de abscessos para-
hipofisários associados a sinusite sem o uso da tabuleta nasal, pois as portas de entrada para as 
bactérias são múltiplas, incluindo via umbilical, faringe e trato gastrintestinal (SANTOS, et al. 
2017). O bovino acometido não tinha histórico de uso da tabuleta nasal, o diagnóstico foi dado 
através de sinais clínicos e achados macroscópicos e histopatológicos. Os sinais clínicos 
apresentados foram de nistagmo, pleurostótono, evoluindo para decúbito esternal e lateral em um 
curso clínico de 12 horas. De acordo com Riet-Correa (2002) abscesso no SNC irão causar lesões 
variadas de acordo com a extensão do abscesso e afecção de vários pares de nervos cranianos 
quando a lesão é no tronco encefálico, nesta enfermidade os principais são o nervo trigêmeo, 
abducente, vestíbulo coclear, glossofaríngeo, vago e hipoglosso. No exame macroscópico o 
bovino apresentou acentuada quantidade de material purulento de coloração amarelada em região 
de osso basisfenoide (empiema basilar) e de forma difusa acentuada em superfície basal de 
encéfalo (meningite supurativa). Ao corte, em região de mesencéfalo havia uma área focal de 
necrose liquefativa com conteúdo purulento (abcesso). Na histopatologia observou-se acentuada 
necrose liquefativa associada a intenso infiltrado inflamatório composto por neutrófilos íntegros 
e degenerados, macrófagos com grande quantidade de debris celulares semelhante ao descrito 
anteriormente sobre leptomeninges e por vezes, perivascular. O gânglio do nervo trigêmeo 
continha infiltrado inflamatório multifocal moderado de linfócitos, plasmócitos, macrófagos e 
ocasionais neutrófilos. Esses achados macro e microscópicos levaram ao diagnóstico de 
meningoencefalite e ganglioneurite supurativa acentuada (empiema basilar) e são característicos 
da doença sendo descritos também por outros autores (KONRADT et al., 2016, LORETTI et al., 
2003, CÂMARA et al., 2009). 
Houve ocorrência de apenas um caso neurológico em um animal da espécie caprina. O 
diagnóstico foi de meningoencefalite supurativa multifocal, o animal tinha apenas 30 dias de 
idade, macho, raça Boher. Cabe ressaltar que são escassos os relatos de meningoencefalite 
supurativa em caprinos. A inflamação pode chegar ao sistema nervoso, por uma porta de entrada 
em vias mucosas se instalando no SNC por via hematogênica ou por contato direto em fratura ou 
penetraçãodo crânio (JONES et al., 2003). Os sinais clínicos neurológicos incluíram depressão 
intensa, pleurostótono, pressão da cabeça contra objetos, incoordenação motora que evoluía para 
decúbito lateral e morte. Neste caso o agente etiológico não foi identificado, entretanto E. coli, 
Pasteurella spp., Streptococcus spp. e T. pyogenes já foram isolados em casos de meningite em 
 
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ovinos e caprinos (MARCHEN et al., 2005; LEMOS; BRUM, 2007; KONRADT et al., 2017). 
Para Fecteau et al. (2009) em ruminantes neonatos como neste caso, a principal doença 
neurológica nessa faixa etária é a leptomeningite de origem bacteriana. Isso está associado com a 
falha na transmissão de imunidade passiva devido, nutrição deficiente e infecções virais 
concomitantes. No exame macroscópico o cérebro apresentou discreta hiperemia das 
leptomeninges e microscopicamente havia no encéfalo proliferação de infiltrado inflamatório 
misto, constituído principalmente por neutrófilos na meninge e perivasculares, associado a 
microbascessos. Em região de meninge havia infiltrado exuberante constituído principalmente 
por neutrófilos infiltrando vasos sanguíneos. Lesões macroscópicas e microscópicas semelhantes 
foram encontradas em outros estudos (KONRADT et al., 2017; RADOSTITS et al., 2002, 
MACHEN et al., 2004). 
Dentre doenças de natureza traumática houve um caso de fratura de vértebra lombar e 
mielomalacia hemorrágica em um animal da espécie bovina, fêmea, 2 anos, Holandesa. O bovino 
foi encontrado no campo em decúbito esternal apresentando intensa dificuldade de locomoção. 
No exame clínico, observou-se paresia com evolução a paralisia de membros pélvicos, sem 
resposta sensorial, a partir de L3 com curso clínico de dois dias. A debilidade dos membros é 
decorrente de acordo com o segmento medular afetado. Macroscopicamente, na abertura do canal 
medular observou-se uma fratura completa entre L5 e L6 com intensa compressão medular 
associada a intensas áreas de hemorragia, ao corte transversal de medula espinhal observou-se 
áreas multifocais de hemorragia semelhante aos relatos de Galiza et al. (2010). Histologicamente, 
essas lesões se mostraram por intensa degeneração walleriana, caracterizada pela formação de 
esferoides axonais multifocal acentuada, ocasionais astrócitos gemistocíticos e infiltrado de 
células Gitter. Ainda, intensa necrose neuronal com neurônios hipereosinofílicos, citoplasma 
retraído e núcleos picnóticos, além de acentuada hemorragia multifocal em substância branca e 
cinzenta. As lesões histopatológicas de traumas em coluna vertebral são pouco descritas em 
outros estudos. Neste caso foi descrita a mielomalacia hemorrágica, a qual é uma necrose aguda, 
isquêmica, hemorrágica e progressiva da medula espinhal com liquefação da mesma, causada por 
pressões na medula espinhal (ZILIO, 2013). 
A polioencefalomalácia (PEM) teve casuística de 2,6% (n=2) neste estudo. Um dos casos 
era um bovino, macho de 8 meses de idade, raça cruzada (Holandês/Angus). Os sinais 
neurológicos eram de incoordenação motora, cegueira bilateral, opistótono e decúbito lateral, 
evolução clínica de 3 dias. O segundo caso foi de um animal da espécie bovina, macho, 1 ano de 
 
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idade, zebuíno encontrado em decúbito. No ano em que a necropsia foi realizada 4 animais 
morreram na propriedade com as mesmas manifestações e 15 animais morreram no ano anterior 
com os mesmos sinais clínicos. A PEM ou necrose cerebrocortical, descreve literalmente 
“malacia da sustância cinzenta do encéfalo” ou seja é um termo que indica a lesão de necrose 
laminar do córtex cerebral que pode ocorrer em inúmeras etiologias como, intoxicação por 
cloreto de sódio e síndrome de privação de água, envenenamento por chumbo, encefalite por 
herpesvírus bovino-5 (BHV-5), envenenamento por cianeto e intoxicação por enxofre ou para 
indicar uma neuropatologia causada por distúrbios no metabolismo da tiamina, que apresenta 
também necrose laminar do córtex cerebral (RADOSTITS et al., 2007). As lesões macroscópicas 
no sistema nervoso central no primeiro caso foram áreas de malacia multifocais distribuídas em 
córtex telencefálico parietal e occipital, caracterizadas por áreas acinzentadas, por vezes com 
hemorragias, com depressão e achatamento de giros telencefálicos envolvendo 
predominantemente região de substância cinzenta de córtex telencefálico, microscopicamente 
essas lesões foram representadas por necrose neuronal laminar cortical caracterizada por 
neurônios retraídos com citoplasma hipereosinofílico e núcleos picnóticos. Ainda, extensas áreas 
de desprendimento na interface de substância cinzenta-branca, por vezes, contendo esferoides 
axonais, moderada vacuolização e infiltrado de “células Gitter” adjacente a vasos sanguíneos. 
Além de, necrose de células endoteliais de pequenos vasos sanguíneos em região de córtex 
telencefálico. Autores como Sant Ana et al., (2009); Lima et al., 2005 descrevem lesões 
semelhantes. No segundo caso na macroscopia havia no hemisfério direito, porção frontal, uma 
área focalmente extensa amarelada, friável e edematosa, além de acentuada hiperemia dos vasos 
sanguíneos. Histologicamente, necrose laminar multifocal de neurônios, presença de neurônios 
vermelhos com discreto edema perineural e perivascular. Devido à dificuldade de esclarecer as 
diferentes etiologias, o critério de diagnóstico de PEM é baseado no quadro clínico, achados de 
necropsia, e principalmente nos achados histopatológicos de necrose laminar de neurônios e 
malacia caracterizada pela presença de células de gitter (NAKAZATO et al., 2000). 
Foram diagnosticados 2 casos de neoplasias na presente pesquisa, um acometendo SNC e 
outro acometendo sistema nervoso periférico. Um caso de linfossarcoma (Leucose enzoótica 
bovina) foi diagnosticado em uma fêmea, bovina, 8º mês de gestação, 5 anos, Holandesa. Os 
sinais clínicos foram decúbito esternal com tetraparalisia súbita, sinais semelhantes foram 
encontrados no estudo de Galiza et al., (2010) e descritos por Oliveira, (2000). A leucose 
enzoótica bovina (LEB) é causada por um retrovirus (QUINN, et al., 2005), sendo distribuída 
 
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continentalmente e pode manifestar-se na forma tumoral, principalmente em órgãos linfoides de 
bovinos (baço e linfonodos) ou apenas com a presença de anticorpos para o vírus da leucemia 
bovina (VLB), podendo chegar à fase intermediária em que ocorre o quadro de linfocitose 
persistente (REBHUN, 2000). Macroscopicamente, havia aumento acentuado dos linfonodos 
hepáticos que ao corte exibiam coloração branco amarelada homogênea difusa, pouco delimitado 
com perda da arquitetura córtico-medular. Ainda, havia intenso espessamento da mucosa do 
abomaso que, ao corte, exibiam lesões brancas amareladas, não delimitadas que se estendiam de 
submucosa a região muscular. O coração apresentava uma massa de 3 cm de diâmetro em átrio 
direito infiltrando o parênquima adjacente. Observou-se ainda, na abertura do canal medular, 
massas difusas semelhantes às descritas anteriormente em região extradural, as quais 
comprimiam medula espinhal da região de intumescência lombar e sacral. De acordo com 
Rebhun, (2000) abomaso, coração, espaço retrobulbar e região epidural do sistema nervoso 
central são órgãos alvo específico do linfossarcoma, assim como, ocorre afecção de linfonodos e 
por fim, os tumores invadem demais órgãos não específicos como trato respiratório superior e 
inferior, úbere, pré-estômago, rins, ureteres, fígado, baço e medula óssea e trato intestinal. No 
exame histopatológico da medula espinhal (espaço extra-dural), abomaso, coração e linfonodos 
houve proliferação neoplásica maligna de linfócitos arranjadas em manto infiltrando o 
parênquima adjacente. Ainda, na medula espinhal (intumescência lombar e medula espinhal 
sacral) observou-se moderada vacuolização e esferoides axonais eosinofílicos em substância 
branca, lesões compatíveis com o descritopor Riet-correa et al., (2001). Geralmente a associação 
de sinais clínicos e epidemiologia associados os achados anatomopatológicos são suficientes para 
o diagnóstico confirmatório da doença (SILVA et al, 2008). 
Outra neoplasia foi diagnosticada em um bovino, fêmea, 6 – 7 anos, raça Holandesa. O 
diagnóstico de Tumor maligno de bainha de nervos periféricos foi dado a partir de achados 
macroscópicos e anatomopatológicos. O termo “Tumor Maligno da Bainha do Nervo Periférico” 
(TMBNP) se refere ao tumor primário do nervo periférico, é uma neoplasia de origem 
mesenquimal considerada incomum tanto em animais domésticos quanto em silvestres 
(ZACHARY, 2013). Neste relato, foi observado na macroscopia, a presença de uma massa em 
região ilíaca que media 15x20x8 cm, de coloração branca amarelada, firme, pouco delimitada 
que envolvia linfonodos ilíacos internos e estruturas vasculares adjacentes, predominantemente 
artéria aorta abdominal. Lecouter e Withrow, (2007) descrevem as massas de TMBNP com 
características semelhantes a estas encontradas. Ainda, os rins exibiam áreas nodulares brancas 
 
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de consistência firme, ao corte, envolvendo região cortical e medular. As adrenais estavam 
aumentadas de tamanho, ao corte, exibiam estruturas nodulares semelhantes às descritas 
previamente. À abertura da medula espinhal, em região de medula espinhal sacral, havia lesões 
nodulares, de consistência firme adjacente a gânglios e nervos paravertebrais, ao corte, 
apresentava coloração branca amarelada não encapsulada. Estas lesões eram observadas no 
interior de grandes vasos (artéria aorta abdominal nas proximidades da região ilíaca) aderidas na 
íntima do vaso. Essa neoplasia já foi relatada em variados órgãos em bovinos, nas cavidades 
torácica, abdominal, traqueia coração, fígado e linfonodos mediastínicos (BEYTUT et al., 2006). 
As massas em região ilíaca, rins, gânglio e nervos paravertebrais da região sacral, adrenal, 
linfonodos ilíacos internos histologicamente apresentaram proliferações neoplásicas nodulares 
pouco delimitadas e infiltrando tecido adjacente. As células se arranjam em feixes 
multidirecionais, por vezes em aglomerados delimitados por discreto tecido conjuntivo fibroso. 
Observou-se ainda nas regiões centrais intensa necrose, além de trombose acentuada de múltiplos 
vasos sanguíneos contendo inúmeras células neoplásicas em seu interior. Em relatos deste tumor 
em cães são descritos vários padrões morfológicos, anaplasia, elevado índice mitótico, necrose, 
invasão de tecidos adjacentes e metástase em órgãos distantes como o pulmão (STOICA; 
TASCA; KIM, 2001). Pela semelhança histológica a outros tumores como hemangiopericitoma, 
fibrossarcoma, histiocitoma fibroso maligno, leiomiossarcoma, rabdomiossarcoma e sarcoma 
sinovial, faz destes, diagnósticos diferenciais sendo recomendada a realização de exame 
histopatológico e imuno-histoquímico para o diagnóstico definitivo (GROSS et.al., 2005). 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
As doenças neurológicas representaram importantes enfermidades diagnosticadas em 
ruminantes. A babesiose cerebral foi a principal doença neurológica em bovinos, enquanto que 
nos pequenos ruminantes as principais doenças foram infecciosas e inflamatórias, com destaque 
para infecções bacterianas ascendentes pós-caudectomia. Cada enfermidade possui as suas 
particularidades, por meio de estudo epidemiológico, clínico e patológico é possível ter subsídios 
para o diagnóstico e estabelecimento de medidas preventivas ao surgimento de novos casos. 
 
REFERÊNCIAS 
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