Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: ENFERMAGEM DISCIPLINA: PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA MULHER NOME: OSVALDO LOPES RA: 2107759 POLO: TEFÉ-AM DATA: 30/03/2023 INTRODUÇÃO: Iniciou-se no dia 25, com termino no dia 26 de Março de 2023, as aulas práticas da disciplina Propedêutica e Processos de Cuidar na Saúde da Mulher, do Curso de Enfermagem na Universidade Paulista (UNIP), com a presença dos alunos no laboratório de enfermagem. Quanto as regras de segurança do laboratório; ao chegarmos no laboratório fomos recebidos pela professora, foi feito o acolhimento na chegada e os procedimentos padrão para a entrada no laboratório, onde as monitoras realizaram o check liste de entrada, verificando os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), jaleco, 2 pares de luvas e álcool em gel conforme os protocolos de segurança da instituição. O estudo sobre a Propedêutica e Processo de Cuidar na Saúde da Mulher é importante na formação do enfermeiro, pois busca apresentar aspectos que atualmente são discutidos em relação a saúde da mulher no Brasil, a fim de proporcionar aos alunos uma visão ampla sobre a atuação do enfermeiro, utilizando diretrizes recomendas pelo Ministério da Saúde (TORTORA, 4. Ed,2004) A atenção a saúde da mulher, deve ter como características essenciais a humanização e a qualidade. A atenção humanizada e com qualidade depende de que os profissionais utilizam a empatia e saibam ouvir. Além disso, que as rotinas sejam organizadas de forma que se utilizem apenas procedimentos comprovadamente benéficos para a saúde da mulher, evitando intervenções desnecessárias. Portanto é fundamental o estabelecimento de relações baseadas nos princípios éticos, garantindo privacidade e autonomia. De modo conceitual, destacamos que o verbo cuidar apresenta alguns significados, tais como; ‘’reparar, atentar para, prestar atenção em, preocupar-se com responsabiliza-se por tratar da saúde e do bem estar’’. Tal palavra nos transmite a responsabilidade do ato, sugere atitude, conhecimento e relacionamento interpessoal. Com a base no que estudamos na teoria em sala de aula, a professora Thayza Rocha, ministrou a aula prática no laboratório de enfermagem, onde. foram utilizados modelos anatômicos sintéticos para demonstração e exemplificação dos assuntos que foram discutidos. A aula prática foi elaborada em duas etapas, abordando os conteúdos sobre; Anatomia e Fisiologia do Aparelho Reprodutor Feminino, Exame clínico das Mamas, Exame clínico dos Órgãos Genitais externos, Coleta de Material para Citologia Oncótica Cervical, Desenvolvimento Fetal, Exame físico da Gestante, Cálculos de datas, DUM, DPP, IG, Períodos Clínicos do trabalho de parto normal e Mecanismo do parto. Portanto o meu sentimento após a aula prática, portanto é de gratidão com tantos conhecimentos adquiridos. AULA PRÁTICA. ROTEIRO 1 Anatomia e Fisiologia do Aparelho Reprodutor Feminino O sistema reprodutor feminino compreende os órgãos responsáveis pela função de reprodução humana e é constituído externamente de vulva, monte pubiano, lábios maiores ou grandes lábios, lábios menores ou pequenos lábios, clitóris, vestíbulo vaginal, introito vagina, hímen, meato urinário, glândulas uretrais, glândulas vestibulares maiores, períneo e assoalho pélvico. No primeiro momento a professora realizou uma prova discursiva com os alunos, para o teste de conhecimentos e logo em seguida fez a apresentação das peças anatômicas para a turma, desse modo utilizou-se o quadro imantado com o aparelho reprodutor feminino explicando as suas funcionalidades, nos fazendo compreender o papel fundamental na abordagem humanizada prestada pelo profissional de enfermagem com o foco no bem estar da saúde da mulher. Segui abaixa a imagem. Fonte:https://www.msdmanuals.com/-/media/manual/home/images/g/y/n/gyn_external_female_genital_pt.gif?thn=0&sc_lang=pt AULA PRÁTICA ROTEIRO 2 Exame clínico das Mamas Utilizando as peças anatômicas das mamas, a professora conceituou as mamas como órgãos pares, situados na face anterior do tórax, sendo responsáveis por secretar os alimentos necessários para a criança nos primeiros meses de vida. Enfatizou a importância do exame clínico das mamas, pois sabermos que o câncer de mama ainda é o que mais mata as mulheres no Brasil e em todo mundo. O exame das mamas divide-se em inspeção estática, dinâmica e palpação. Com a peça anatômica das mamas em mãos, a professora pediu para que avaliássemos através da palpação alguma alteração, nesse modo identificamos um pequeno nódulo que na maioria dos casos, não é sinal de câncer de mama, sendo apenas uma alteração benigna, como fibroadenoma ou um cisto, que normalmente não necessitam de tratamento. Caso encontre um nódulo durante o autoexame da mama, como como encontramos na peça, é importante consultar um mastologista e realizar exames como ultrassom ou mamografia, para que o médico identifique se o nódulo é benigno ou maligno e defina o tratamento mais adequado. Fonte:https://linhasdecuidado.saude.gov.br/imgs/cancer-de-mama/estrutura-anatomica-da-mama.png AULA PRÁTICA ROTEIRO 3 Exame clínico dos Órgãos Genitais Externos Para que pudéssemos compreender de forma bem dinâmica e exemplificação da professora, com relação ao exame clínico dos órgãos genitais externos, utilizou-se o quadro imantado com o aparelho reprodutor feminino. Dessa forma a professora foi demostrando como deve ser realizado o exame da genitália externa, pois coloca-se a mulher adequadamente em posição ginecológica orientando a ela para que deslize para a ponta da mesa de exame até as nádegas ultrapassarem um pouco a margem da mesa. As coxas devem manter-se em flexão, abdução e rotação externa na altura dos quadris, cobrindo a paciente da metade do abdome até os joelhos e a cabeça apoiada em um travesseiro. Antes de se iniciar o exame, deve-se explicar cada etapa do procedimento, se posiciona sentada de frente parar a genitália, com auxilio de foco luminoso já posicionado, usar luvas, evitando movimentos inesperados ou bruscos, agindo sempre de maneira delicada e observando as reações da paciente. AULA PRÁTICA ROTEIRO 4 Coleta de Material para Citologia Oncótica Cervical O exame de citologia oncótica refere-se ao preventivo do colo do útero, o Papanicolau, e serve para rastreamento precoce do câncer de colo de útero e doenças sexualmente transmissíveis. Esse exame deve ser feita anualmente por toda mulher que já teve a sua primeira relação sexual (JACINTO DA COSTA SILVA NETO. 2020) Portanto a professora fez a demonstração de como fazer a coleta de material, demonstrando que pequenas células são recolhidas a partir da superfície do colo do útero. Em seguida a amostra é espalhada sobre a lâmina de vidro e enviado a um laboratório para análise. As células são examinadas para identificar anomalias que podem apontar infecções vaginais ou uterinas e também o câncer cervical. O exame de citologia cérvico-vaginal é constituído por diversas etapas, incluindo a coleta de amostra citológica, a fixação do material biológico, a identificação do material e o encaminhamento ao laboratório para processamento técnico, avaliação microscópica, conclusão diagnóstica e emissão de laudo. Fonte: Adaptado de:https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.msdmanuals.com%2Fpt-br%2Fcasa%2Fproblemas-de-sa%25C3%25BAde-feminina%2Fdiagn%25 AULA PRÁTICA ROTEIRO 5 Desenvolvimento Fetal O inicio do período gestacional é calculado de acordo com o primeiro dia do último ciclo menstrual. A partir daí, as 40 semanas que compõem a gestação são fundamentais para a formação do bebê (DRA. JULIANA TORRES ALZUGUIR SNEL CORRÊA. CRM: 5279398-1). Na sala do laboratório a professora fez a demonstração com a peça anatômica. Quando ocorre a um óvulo e um espermatozoide se unem em uma única célula, em um vento chamado fecundação ou fertilização, começa uma serie complexa de eventos que leva à gravidez. A fecundação – união entreo óvulo e o espermatozoide – dá origem ao zigoto, que se estala no útero após uma série de divisões celulares. Nesse momento vimos que a placenta começa a se formar, envolvendo o embrião com o líquido amniótico, que auxilia na alimentação do embrião e o protege caso a mãe sofra uma queda. A professora enfatizou que ao fim do primeiro mês, ele mede entre 0,4 cm e 0,5 cm. Segui abaixo a imagem. Fonte: Adaptado de: https://www.infoescola.com/embriologia/desenvolvimento-embrionario-humano/ AULA PRÁTICA ROTEIRO 6 Exame Físico da Gestante Segundo o Professor Ginecologista e Obstétrico Doutor Raul Artal Mittelmark, as mulheres que estão planejando uma gestação devem procurar um médico antes da concepção; assim, elas podem aprender sobre os riscos da gestação e maneira de reduzir os riscos (RAUL ARTAL-MITTELMAK.2021). Uma vez grávida, as mulheres necessitam de cuidados pré-natal rotineiros para ajudar a salvaguardar sua saúde e a do feto. Além disso, é necessária a avaliação dos sinais vitais e sintomas de doenças (ALBA LUCIA BOTTURA LEITE DE BARROS. 2020). No laboratório realizamos o exame físico na peça anatômica que simbolizava a gestante, iniciamos com a determinação do peso e da altura, medimos a pressão arterial, observamos a inspeção da pele e das mucosas, realizamos a palpação da tireoide e de todo o pescoço, região cervical e axila(pesquisa de nódulos ou outras anormalidades). Realizamos a ausculta cardiopulmonar e ausculta fetal – audível a partir de 22 semanas (110 a 160bpm). Realizamos manobras de Leopold (exame do abdômen). Altura uterina (40 semanas = 34cm de altura uterina)- a partir de 12 semanas, examinamos os membros inferiores se havia presença de edema ( face, tronco, membros). Segui abaixo a imagem de demonstração. Fonte:Adaptadode:https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.assiscity.com AULA PRÁTICA ROTEIRO 7 Cálculo de Datas Durante a consulta de pré-natal, é necessário realizar procedimentos específicos voltados para a avaliação da gestante e do feto. Esses procedimentos serão apresentados a seguir. Cálculo da data provável do parto (DPP) A data do parto não pode ser mensurada precisamente, pois não se sabe realmente quando o óvulo foi fecundado, mas por meio da DUM essa data pode ser presumida. Dessa forma, a data provável do parto pode ser calculada pela forma de Naegele, da seguinte maneira. ° DUM que ocorreu de abril a janeiro: somam-se 7 dias ao dia da DUM, subtraem-se 3 do mês dessa data, e soma-se 1 ao ano. Veja o exemplo a seguir. DUM = 05/05/2016 DPP = 12/02/2017 (05+07=12 / 05-03=02 / 2016+1= 2017) ° DUM que ocorreu de janeiro a março: somam-se 7 dias ao dia da DUM, e somam-se 9 ao mês dessa data. Veja o exemplo a seguir: DUM = 10/02/2016 DPP = 17/02/2017 (10+7=17 / 02+9=11). Cálculo da idade gestacional (IG) Para calcular a idade IG, devem ser consideradas três situações: ° DUM conhecida ° DUM desconhecida, mas sabe-se o período do mês que ocorreu a menstruação. ° DUM desconhecida. Quando a DUM é conhecida, podem ser utilizados dois instrumentos: o calendário ou o gestograma. Utilizando o calendário, basta somar os dias no intervalo entre a DUM e a data do dia da consulta e dividir o resultado por sete. Teremos o resultado por semanas e o resto dessa divisão será o número de dias. Se utilizar o gestograma, basta colocar a seta entre o dia e o mês correspondentes ao primeiro dia e mês da última menstruação e observar o numero de semanas indicados no dia e mês da consulta. Quando o DUM é desconhecida, mas a mulher sabe o período do mês em que ocorreu a menstruação, deve ser considerado o seguinte: ° No inicio do mês, a DUM será dia 05 do respectivo mês. ° No meio do mês, a DUM será dia 15 do respectivo mês. ° No fim do mês, a DUM será dia 25 do respectivo mês. Depois, deve-se proceder ao calculo de forma semelhante à explicação anterior, quando a DUM é desconhecida. Se a DUM é desconhecida, a idade gestacional (IG) deve ser avaliada por meio da medida da altura do fundo do útero e do toque vaginal. Também pode ser avaliada pela data do inicio dos momentos fetais que ocorrem de 18 a 20 semanas de gestação. Recomenda-se que a ultrassonografia obstétrica seja realizada o mais precocemente possível, para que auxilie nesses cálculos. Fonte:Adaptadode:data:image/jpeg;base64,/9j/4AAQSkZJRgABAQAAAQABAAD/2wCEAAoHCBQVFBgVFRU AULA PRÁTICA ROTEIRO 8 Períodos Clínicos do Trabalho de Parto e Parto Normal O trabalho de parto compreende o conjunto de fenômenos fisiológicos que conduz à dilatação do colo uterino e à progressão do feto por meio do canal de parto, até sua expulsão para o exterior. O trabalho de parto divide‑se em quatro períodos clínicos: • Dilatação. • Expulsão. • Dequitação. • De Greenberg. Primeiro período: dilatação Esse período divide‑se em duas fases: • Fase latente: e a fase inicial e mais lenta da dilatação do colo de ate 3 cm. • Fase ativa: inicia‑se com 4 cm de dilatação do colo e vai ate a dilatação completa, geralmente, com 10 cm já e possível a passagem do feto. Nesse período ocorrem de 2 a 3 contrações uterinas em 10 minutos, cada uma com duração entre 30 a 90 segundos, de intensidade moderada a forte, e o colo dilata aproximadamente 1 a 1,5 cm por hora. Segundo período: expulsivo Inicia‑se com a dilatação completa do colo e termina com a expulsão total do feto. Dura em media 60 minutos na primeira gestação e de 15 a 30 minutos nas gestações seguintes. A descida do feto para a pelve provoca o desejo de evacuar e é nessa fase que ocorre o rompimento da bolsa das aguas, caso isso ainda não tenha ocorrido. As contrações ocorrem a cada 2 ou 3 minutos, sendo que duram em torno de 50 a 90 segundos. A cada contração o períneo se torna mais distendido, aumentando a abertura vaginal, e quando acontece o coroamento, ou seja, quando o maior diâmetro da cabeça do feto atinge a abertura vaginal. Nesse período, ocorrem os mecanismos do trabalho de parto, que constituem um conjunto de movimentos de adaptação do feto as diferentes formas do trajeto, ou seja, a passagem do feto pela bacia ou trajeto duro e a passagem pelo canal de parto. Terceiro período: dequitação Inicia‑se imediatamente apos a expulsão do feto e termina com a expulsão da placenta. Apos o parto, as contrações cessam, mas durante esse período, que dura em torno de 30 minutos, ocorrem duas ou três contrações para expelir a placenta. O deslocamento da placenta ocorre devido a contração uterina, a descida ocorre pela ação da gravidade causada pelo seu próprio peso. A expulsão da placenta e das membranas pode ser espontânea, o que leva um tempo maior, ou pode ser provocada por meio de medicamento (ocitocina ou misoprostol) para reduzir o tempo e o sangramento. E esperada uma perda sanguínea de 300 a 500 ml. Ocorrem dois mecanismos de descolamento da placenta: • Central (Baudelocque‑Schulze): ocorre em 85% dos casos, primeiramente, desce a placenta e depois o sangue ou coagulo. • Lateral (Duncan‑Varnekes): ocorrem em 15% dos casos, o sangue sai primeiro e depois, a placenta. Quarto período: de Greenberg Inicia‑se apos a dequitação da placenta e dura uma hora. Durante esse tempo a equipe de saúde monitora a mulher, pois o útero continua a se contrair e é importante atentar para a possível ocorrência de sangramento ou hemorragia. Parto Normal Os primeiros sintomas do trabalho de parto são: • Aclaramento: ocorre devido ao movimento do útero para baixo e para diante, quando a parte do feto que se apresenta passa para dentro da pelve. • Dores do falso trabalho de parto: surgem contrações irregulares que não afetam a dilatação do colo. São chamadas de contrações de Braxton Hicks e geralmente são irregulares, indolores em que a gestante sente a barriga endurecer. Pode estar presente em toda a gestação e iniciar com maior amplitude 3 ou 4 semanas antes do parto. • Alteração da cérvix: a cérvix torna‑se progressivamente mais delgada e o orifício aumenta de tamanho de 1 a 2 cm, o que indica o inicio do trabalho de parto.• Vestígios de sangue: o tampão mucoso forma‑se devido a secreção de muco pelas glândulas Cervicais. E acumulado durante a gravidez a fim de fechar a abertura que leva a cavidade uterina. Quando o trabalho de parto esta prestes a começar, ocorre a expulsão do tampão mucoso. A mulher identifica um corrimento vaginal mucoide e viscoso, de cor rósea ou com raias de sangue. O trabalho de parto, geralmente, inicia‑se de 24 a 48 h apos a perda do tampão mucoso pela gestante. AULA PRÁTICA ROTEIRO 9 Mecanismo do Parto A mecânica do parto em si analisa os movimentos da cabeça, sob ação das contrações uterinas, a transitar pelo desfiladeiro pelvigenital. Sendo o feto o móvel ou objeto, que percorre o trajeto (bacia), impulsionado por um motor (contração uterina). A partir dos movimentos desenvolvidos pelo feto, os quais são puramente passivos, há a adaptação do móvel às exigências e às diferenças de forma do canal, ocorrendo a diminuição dos diâmetros fetais para a acomodação à pelve. • divisão do mecanismo de parto em tempos: - primeiro tempo ou INSINUAÇÃO - segundo tempo ou DESCIDA ou PROGRESSÃO - terceiro tempo ou ROTAÇÃO INTERNA - quarto tempo ou DESPRENDIMENTO CEFÁLICO - quinto tempo ou ROTAÇÃO EXTERNA - sexto tempo ou DESPRENDIMENTO DO TRONCO INSINUAÇÃO: É a passagem, pelo estreito superior, do maior diâmetro perpendicular à linha de orientação fetal (sutura sagital) • nas apresentações cefálicas fletidas é a passagem do biparietal (9,5cm) • para que se processe a insinuação é necessário que ocorram a flexão, o cavalgamento e o assinclitismo. DESCIDA: A descida inicia desde o início do trabalho de parto e termina no momento da expulsão fetal. Na tentativa de completar a insinuação, a cabeça migra até as proximidades do assoalho pélvico, mantendo o mesmo sentido e levemente em flexão. Durante esse mecanismo do parto à medida que o polo cefálico roda, vai progredindo no seu trajeto descendente. É a penetração rotativa. ROTAÇÃO INTERNA: Estando a extremidade cefálica distendida e dilatada, as estruturas musculoaponeuróticas que compõem o diafragma pélvico sofrem movimento de rotação e assim a sutura sagital se orienta no sentido anteroposterior da saída do canal. DESPRENDIMENTO CÉFALICO: Após o movimento de rotação, o suboccipital coloca-se sobre a arcada púbica e a sutura sagital orienta-se em sentido anteroposterior. O desprendimento acontece por meio do movimento de deflexão. Nesse contexto, a passagem da cabeça através do anel vulvar deve ocorrer pelos menores diâmetros, sendo o maior diâmetro o suboccipital. Com o movimento de deflexão, estando o suboccipital colocado sob a arcada púbica, liberta-se o diâmetro suboccipitobregmático, seguido pelo suboccipitofrontal, suboccipitonasal e, assim por diante, até o completo desprendimento. ROTAÇÃO EXTERNA: Movimento de restituição, pelo qual a cabeça gira, voltando o ponto de referência fetal (lambda) para o lado em que se encontrava originalmente. A finalidade do movimento de restituição é de posicionar o diâmetro bicromia (fetal) coincidindo com o diâmetro anterior – posterior do (materno) DESPRENDIMENTO DO TRONCO: Tempo em que se completa a expulsão fetal, ocorre em duas etapas: ° Desprendimento das espáduas: por um movimento de abaixamento e elevação ° Desprendimento do polo pélvico: basta uma leve inflexão lateral, no sentido do plano ventral, para liberá-lo. AULA PRÁTICA ROTEIRO 10 Cuidados Imediatos ao Recém-nascido na Sala de Parto A fim de garantir a qualidade da assistência ao binômio, mãe e filho, cabe ao enfermeiro conhecer o histórico materno e disponibilizar o material necessário para recepcionar o recém‑nascido. A equipe deve ser treinada em reanimação neonatal caso haja necessidade de realizar esse tipo de procedimento. Todo o material necessário para a reanimação deve ser preparado, testado e estar disponível, em local de fácil acesso, antes do nascimento. Esse material e destinado a manutenção da temperatura, a aspiração de vias aéreas, a ventilação e a administração de medicamentos. Os materiais e os equipamentos necessários para a assistência ao recém-nascido deverão estar disponíveis e ser testados, segundo Barros (2006). São necessários: • Berço aquecido com fonte de calor radiante; • Vácuo; • Oxigênio; • Campos pré‑aquecidos; • Mascara facial; • Ambu; • Estetoscópio infantil; • Sondas de aspiração; • Laringoscópio infantil; • Tubos endotraqueais; • Material para cateterismo umbilical; • Seringas; • Agulhas; • Medicamentos (adrenalina, bicarbonato de sódio, soro fisiológico ou ringer‑lactato, gluconato de cálcio, agua destilada). A sala de parto deve ser mantida numa temperatura de 26 oC e o recém‑nascido devera ser mantido em ambiente aquecido até a estabilização da temperatura. Cabe ao enfermeiro, juntamente com a equipe medica avaliar a vitalidade fetal ao nascer. Para isso, o enfermeiro deve fazer as seguintes perguntas em relação ao recém‑nascido: • Gestação a termo? • Ausência de mecônio? • Respirando ou chorando? • Tônus muscular bom? Se a resposta for sim a todas as perguntas, considera‑se que o recém‑nascido esta com boa vitalidade e não necessita de manobras de reanimação. A determinação da necessidade de reanimação e a avaliação de sua eficácia dependem da avaliação simultânea de dois sinais: • Respiração. • Frequência cardíaca. A avaliação da coloração da pele e das mucosas do recém‑nascido não é mais utilizada para decidir procedimentos na sala de parto. A avaliação da cor das extremidades, do tronco e das mucosas e subjetivas e não tem relação com a saturação de oxigênio ao nascimento. O recém‑nascido com esforço respiratório e frequência cardíaca adequados pode demorar em torno de 5 minutos para ficar rosado. O boletim de Apgar é uma ferramenta utilizada que auxilia na identificação da vitalidade fetal e avalia a adaptação do recém‑nascido a vida extrauterina. É aplicado no primeiro e quinto minuto de vida, geralmente. O boletim de Apgar não deve ser utilizado para determinar o inicio da reanimação nem as manobras a serem instituídas no decorrer do procedimento. Se o escore de Apgar for inferior a 7 no quinto minuto de vida do recém-nascido, recomenda‑se sua aplicação a cada cinco minutos, ate 20 minutos de vida. Apos o nascimento, os seguintes cuidados imediatos ao recém‑nascido estável são realizados: • Seca-lo e posiciona-lo sobre o abdômen da mãe ou ao nível da placenta por, no mínimo, um minuto, até o cordão umbilical parar de pulsar, aproximadamente 3 minutos apos o nascimento, para só então realizar‑se o clampeamento, se o recém‑nascido for a termo e tiver boa vitalidade. • Clampear o cordão umbilical fixando o clampe a distancia de 2 a 3 cm do anel umbilical, envolvendo o coto com gaze embebida em álcool etílico 70% ou clorexidina alcoólica 0,5%. Em recém‑nascido de extremo baixo peso, utiliza‑se soro fisiológico. • Verificar a presença de duas artérias e de uma veia umbilical, pois a existência de artéria umbilical única pode estar associada a anomalias congênitas. • Detectar a incompatibilidade sanguíneo materno‑fetal coletando sangue da mãe e do cordão umbilical para determinar os antígenos dos sistemas ABO e Rh. • Aspirar o excesso de secreções da boca e do nariz com sonda de aspiração traqueal, se houver mecônio ou necessidade de reanimação neonatal. • Manter a criança aquecida. • Administrar 1 mg de vitamina K1 por via intramuscular ou subcutânea ao nascimento, para prevenção de sangramento. • Prevenir a oftalmia gonocócica pelo método de Crede se autorizado: retirar o vernix da região ocular com gaze seca ou umedecida com agua, afastar as pálpebras e instilar uma gota de nitrato de prata a 1% no fundo do saco lacrimal inferior de cada olho. Massagear suavemente as pálpebras deslizando-as sobre o globo ocular para fazer com que o nitrato de prata banhe toda a conjuntiva. • Colocar pulseiras de identificação na mãe e no recém‑nascido, contendo o nome da mãe, o registro hospitalar, a data e a hora do nascimento e o sexo do recém‑nascido. • Identificar o recém‑nascidomediante o registro de sua impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, tal pratica e regulamentada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Essa identificação e feita no prontuário e nas três vias da Declaração de Nascido Vivo. • Realizar o contato pele a pele imediatamente apos o nascimento, em temperatura ambiente de 26 oC, pois reduz o risco de hipotermia em recém‑nascido a termo com respiração espontânea e que não necessite de ventilação, desde que cobertos com campos pré‑aquecidos. • Colocar o recém‑nascido para ser amamentado na primeira hora de vida, conforme recomendado pela OMS, essa pratica esta associada a menor mortalidade neonatal, pois quanto maior o período de amamentação, melhor interação mãe‑bebe e menor o risco de hemorragia materna. • Manter os recém‑nascidos estáveis com suas mães e transporta-los juntos ao alojamento conjunto. O exame físico deve ser realizado por meio de uma avaliação geral do recém‑nascido. Deve‑se realizar a inspeção a fim de avaliar a respiração e verificar a frequência respiratória, a circulação, as condições de vitalidade, as malformações grosseiras e a maturidade presumível. Observa‑se a simetria facial, a implantação das orelhas e a integridade do palato, inspecionam‑se o tronco buscando anormalidades e as costas verificando a continuidade da coluna vertebral. Verifica‑se a existência de anormalidades nas extremidades e o numero de dedos nos pês e nas mãos, examina‑se a genitália feminina ou masculina e o anus, buscando identificar permeabilidade. Na palpação, avaliam‑se as fontanelas e suturas. A palpação do abdômen deve ser realizada apos a ausculta, buscando identificar anormalidades. Realiza‑se a ausculta pulmonar nos espaços intercostais, a ausculta cardíaca nos focos aórtico, pulmonar, tricúspide e mitral e verifica‑se a frequência cardíaca no foco mitral com o estetoscópio pediátrico. Recomenda‑se a verificação da frequência respiratória e da cardíaca quando a criança estiver em repouso, pois o choro pode alterar os resultados. A temperatura axilar deve ser verificada por pelo menos 3 minutos, sendo considerada normotermia a temperatura do recém‑nascido de 36 a 37 oC, A hipotermia (temperatura inferior a 36 oC) deve ser identificada e a criança deve receber cuidados para evita-la logo apos o nascimento. A pressão arterial também e verificada, e a media esperada para recém‑nascidos de 1 a 3 dias e de50 mmHg. A OMS recomenda que os valores da pressão arterial sejam verificados e que sejam utilizadas as tabelas de percentis para verificar se os valores se encontram no padrão de normalidade. Referencias: 1° Fonte: https://www.msdmanuals.com/-/media/manual/home/images/g/y/n/gyn_external_female_genital_pt.gif?thn=0&sc_lang=pt 2° Fonte: https://linhasdecuidado.saude.gov.br/imgs/cancer-de-mama/estrutura-anatomica-da-mama.png 4°Fonte: Adaptado de: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.msdmanuals.com%2Fpt-br%2Fcasa%2Fproblemas-de-sa%25C3%25BAde-feminina%2Fdiagn%25 5° Fonte: Adaptado de: https://www.infoescola.com/embriologia/desenvolvimento-embrionario-humano/ 6°Fonte:Adaptadode:https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.assiscity.com 7°Fonte:Adaptadode:data:image/jpeg;base64,/9j/4AAQSkZJRgABAQAAAQABAAD/2wCEAAoHCBQVFBgVFRU O RENASCIMENTO do parto. Dir. Eduardo Chauvet. Brasil: 2013. 91 minutos. BARROS, S. M. O. Enfermagem no ciclo gravídico‑puerperal. Barueri: Manole, 2006. BARROS, S. M. Enfermagem obstétrica e ginecológica: guia para a pratica assistencial. 2. Ed. Sao Paulo: Roca, 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência pré‑natal: normas e manuais técnicos. 3. Ed. Brasília: Ministério da Saúde, 1998. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pre_natal.pdf. Acesso em: 4 jul. 2017.