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Fármacos Resumo Metoclopramida: Fármaco antiemético da classe dos antagonistas dos receptores dopaminérgicos de ação central. Frequentemente é utilizado para o tratamento das náuseas e dos vômitos induzidos pela quimioterapia. Farmacocinética: Absorção: Disponível em preparações orais (comprimidos e soluções), e injetável para administração intravenosa ou intramuscular. O pico de concentração plasmática ocorre em cerca de 30 a 60 minutos quando administrado por via oral. Distribuição: Seu volume de distribuição é de cerca de 3,4L/Kg e apresenta cerca de 40% de ligação plasmática a proteínas Farmacocinética: Metabolismo: Apresenta um leve metabolismo hepatico, sendo submetido à conjugação simples com glicuronídeos no fígado. Excreção: Excretada principlamente na urina, possuindo uma meia vida de cerca de 4 a 6 horas. Brunton, L.L. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012. Farmacodinâmica: O mecanismo de ação da metoclopramida envolve o antagonismo de receptores D2, causando aumento da motilidade gastrointestinal e esvaziamento gástrico, e o agonismo leve de receptores 5-HT4 Obs. Diversos neurotransmissores, como a dopamina, a serotonina e outros foram identificados como importantes mediadores de êmese. Farmacodinâmica: Aumento do tônus do esfincter esofágico inferior Aumento das contrações do antro gástrico Aumento da motilidade do intestino delgado sem que haja um aumento da motilidade do intestino grosso e não havendo alteração da quantidade de água fecal. Os efeitos são, em geral, limitados ao trato digestivo, havendo: Uso Terapêutico: Alivio de náuseas e de vômitos associados às sindromes de dismotilidade do trato gastrointestinal e à quimioterapia. É utilizada, principalmente, para: hidroxido aluminio+hidroxido de magnesio+dimeticona Administrado por via oral com um intervalo de 15 minutos antes do consumo de alimentos. É um antiácido e utilizado para o alívio de hiperacidez gástrica, úlcera péptica, esofagite, gastrite, duodenite ,hérnia de hiato e para o alívio de sintomas provocados por gases. hidroxido de aluminio + Hidroxido de magnésio Apresentam ação de inicio rápido Ambos têm a função de neutralizar o ácido clorídrico existente no suco gástrico e, assim, aumentar o pH estomacal. hidroxido de aluminio No estômago, reage com o ácido cloridrico formando cloreto de aluminio e agua. É pouco absorvidos pelo trato gastrointestinal, mas cerca de 17 a 30% de cloreto de alumínio formado no estômago é absorvido. A maior parte do aluminio tem sua excreção feita pela via renal Hidroxido de magnésio No estomago, reage com o ácido clorídrico formando o cloreto de magnésia e agua. Os íons de magnésio apresentam cerca de 30% de absorção no intestino. A maior parte dos sais de magnésio são excretados pela urina Dimeticona Age no estômago de forma a estimular a liberação de flatos. ocasiona a alteração da tensão superficial dos líquidos digestivos e, assim, provoca a junção das bolhas gasosas que retêm os gases. A coalescência das bolhas de gás acelera a sua passagem pelo intestino, causando a eliminação de flatos. É eliminada de forma inalterada pelas fezes, não sendo absorvida pelo trato gastrointestinal. É um fármaco antimicrobiano pertencente à classe das sulfonamidas. Atualmente, é administrado por via oral para tratar ou prevenir infecções urinárias e sistêmicas devido a seu efeito bacteriostático – apesar de cepas resistentes terem tornado-se comuns, tanto entre gram-positivos quanto gram-negativos. Sulfametoxazol: Farmacocinética: Absorção: O sulfametoxazol é um fármaco de rápida absorção pelo trato GI (principalmente intestino delgado), de modo que 70 a 100% da dose oral é absorvida para a corrente sanguínea, sendo os níveis plasmáticos máximos alcançados em 2 a 6 horas. Distribuição: O volume de distribuição do sulfametoxazol é de aproximadamente 0,2 L/kg, enquanto a ligação às proteínas plasmáticas atinge 62%. Além disso, as sulfonamidas penetram facilmente os líquidos pleural, peritoneal, sinovial e outros líquidos corporais semelhantes. Nesses compartimentos, podem alcançar concentrações equivalentes a 50-80% da concentração plasmática, estando em sua forma ativa livre. https://minutosaudavel.com.br/proteinas/ Metabolismo: As sulfonamidas sofrem alterações metabólicas, particularmente no fígado (80% da dose). O principal derivado metabólico é a sulfonamida N4-acetilada. A acetilação não é vantajosa porque os produtos resultantes não possuem atividade antibacteriana, mas continuam retendo o potencial tóxico da substância original. Excreção: As sulfonamidas são rapidamente eliminadas do organismo, parte em forma inalterada e parte como produtos metabólicos. A maior fração é excretada na urina, a depender da função renal. Na urina ácida, as sulfonamidas mais antigas são insolúveis e podem precipitar-se, formando depósitos cristalinos. Quantidades pequenas são eliminadas nas fezes, na bile, no leite e em outras secreções. Br un to n, L .L . G oo dm an & G ilm an : A s B as es F ar m ac ol óg ic as d a T er ap êu tic a. 12 ª e d. R io d e Ja ne ir o: M cG ra w -H ill , 2 01 2. O sulfametoxazol é um inibidor competitivo da diidropteroato-sintase, enzima bacteriana que é responsável pela incorporação do ácido para- aminobenzoico (PABA) ao ácido diidropteroico em meio ao metabolismo do folato. Isso ocorre, pois este fármaco é um análogo estrutural do PABA, impedindo que as bactérias utilizem normalmente este composto para sintetizar ácido fólico. Farmacodinâmica: diidropteroato-sintase Br un to n, L .L . G oo dm an & G ilm an : A s B as es F ar m ac ol óg ic as d a T er ap êu tic a. 12 ª e d. R io d e Ja ne ir o: M cG ra w -H ill , 2 01 2. O ácido fólico é essencial para a síntese de material genético, de maneira que sua escassez resulta em interrupção da replicação bacteriana (ação bacteriostática). Entretanto, os microrganismos sensíveis são aqueles que precisam sintetizar o seu próprio ácido fólico; as bactérias capazes de utilizar o folato pré-formado não são afetadas. As células de mamíferos também utilizam o folato pré-existente, de modo que, analogamente, não são afetadas. Observação: sinergia com a trimetoprima A trimetropima é um antibiótico que atua como inibidor competitivo da diidrofolatoredutase microbiana, a enzima que reduz o diidrofolato a tetraidrofolato. Por conseguinte, a administração simultânea de sulfonamida e trimetoprima causa bloqueios sequenciais da via de síntese de ácido fólico dos microrganismos a partir de moléculas precursoras. A expectativa de que essa combinação possa produzir efeitos antimicrobianos sinérgicos foi comprovada tanto in vitro quanto in vivo. diidrofolatoredutase Br un to n, L .L . G oo dm an & G ilm an : A s B as es F ar m ac ol óg ic as d a T er ap êu tic a. 12 ª e d. R io d e Ja ne ir o: M cG ra w -H ill , 2 01 2. Ondansetrona: É um fármaco antiemético pertencente ao grupo dos antagonistas do receptor 5-HT3. Pode ser administrado por via oral, intramuscular ou intravenosa, sendo amplamente utilizado no tratamento dos vômitos causados pela quimioterapia. Farmacocinética: Absorção: A ondansetrona é rapidamente absorvida pelo trato GI. Os picos de concentração plasmática são atingidos em aproximadamente 1 hora e 30 minutos após administração. A biodisponibilidade em indivíduos saudáveis do sexo masculino, após a administração de um único comprimido de 8 mg é de aproximadamente 55% a 60% em média. Distribuição: A ligação as proteínas plasmáticas é de cerca de 70% a 76%. Em adultos, a disponibilidade da ondansetrona após a dose oral é similar à observada após aadministração intravenosa ou intramuscular; o volume de distribuição é de cerca de 140 L no estado de equilíbrio. Metabolismo: A ondansetrona é amplamente biotransformada no figado pelas CYP1A2,CYP2D6 e CYP3A4 e, em seguida, conjugada com glicuronídeo ou sulfato. Excreção: A ondansetrona é eliminada da circulação sistêmica predominantemente por metabolismo hepático. Menos de 5% da dose absorvida são excretados inalterados na urina. O tempo de meia-vida de eliminação terminal é de aproximadamente 3 horas. A ondansetrona atua como antagonista dos receptores 5-HT3. Estes receptores estão presentes em várias estruturas críticas envolvidas nos vômitos, incluindo- se aferentes vagais, núcleo do trato solitário e a própria área postrema. A 5-HT (serotonina) é liberada pelas células enterocromafins do intestino delgado em resposta aos quimioterápicos e pode estimular os aferentes vagais (via receptores 5-HT3) a ativar o reflexo do vômito. Farmacodinâmica: Br un to n, L .L . G oo dm an & G ilm an : A s B as es F ar m ac ol óg ic as d a T er ap êu tic a. 12 ª e d. R io d e Ja ne ir o: M cG ra w -H ill , 2 01 2. DIPIRONA Derivado da pirazolona. Antipirético potente e tem boa ação analgésica. Pouca ação antiinflamatória. Farmacocinética e Farmacodinâmica Tem demonstrado inibir a ciclooxigenase, síntese do tromboxano, a agregação plaquetária induzida pelo ácido araquidônico e a síntese total de prostaglandina E1 e E2. A ação da droga pode ser tanto central como periférica. Há evidências de que a ação central da dipirona no hipotálamo reduz a febre. Mecanismo de ação: inibição da síntese de prostaglandina. Farmacocinética e Farmacodinâmica Rápida e totalmente absorvida no trato gastrintestinal. Atinge a concentração máxima em 1 a 2 horas. Liga-se fracamente às proteínas plasmáticas e difunde-se rápida e uniformemente nos tecidos. A ligação total às proteínas plasmáticas é de cerca de 58%. O volume de distribuição é 40 l. A meia-vida de eliminação é de cerca de 7 horas. Os metabólitos são totalmente eliminados pelos rins. Efeitos adversos: Agranulocitose. Febre alta, calafrios, dor de garganta, dificuldade na deglutição, lesões inflamatórias na boca, nariz e garganta, assim como nas regiões anal e genital. *Esses fármacos foram usados clinicamente por muitos anos mas foram completamente abandonados pela sua propensão a causar agranulocitose irreversível. A dipirona Foi reintroduzida na UE há uma década Tramadol Análogo sintético da codeína. No tratamento de dores brandas a moderadas, é tão eficiente quanto a morfina. Tão eficaz quanto a merepidina no tratamento da dor do parto e pode causar menos depressão respiratória neonatal. Texto do seu parágrafo FARMACOCINÉTICA e FARMACODINÂMICA Biodisponibilidade de 68% em dose única oral. 100% por via intramuscular. Metabolizado pelo fígado (CYP2D6 e CYP3A4). Após a conjugação, excretado pelos rins. Meia-vida = 6h a 7,5h. FARMACOCINÉTICA e FARMACODINÂMICA FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA O(+) enantiômero liga-se ao receptor e inibe a captação de serotonina. O(-) enantiômero inibe a captação de norepinefrina e estimula os receptores alfa-2-adrenérgicos. Analgesia começa em 1h via oral, intensidade máxima em 2-3h. Dura cerca de 6h. Dose máxima diária recomendada: 400mg. Fornecido em mistura racêmica. Náuseas, vômitos, tontura, boca seca, sedação, cefaleia. Menor chance de depressão respiratória em relação à morfina. Menor gravidade da constipação em relação à codeína. Pode causar convulsões/ agravar crises. Pode reiniciar dependência física de opioides. Efeitos adversos: Receita tramadol: Se unidade posológica < 100mg: receituário C1. Receita de controle especial em duas vias. Se unidade posológica ≥ 100mg: receituário A2 Inibidor da bomba de prótons (H+,K+,ATPase gástrica). Reduz de 80 a 90% da produção diária de ácido. Mistura racêmica: R-omeprazol + S- omeprazol (esomeprazol). Este é eliminado mais lentamente - maior meia-vida. Pró-fármaco que exige ativação em meio ácido. Omeprazol Absorção rápida no intestino delgado - circulação sistêmica -> transformação por CYPS hepáticas -> difusão nas células parietais do estômago -> ativação nos canalículos secretores ácidos -> ligação de modo covalente às bombas. Inativação irreversível. FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA Indicações: cicatrização de úlceras gástricas e duodenais e para tratar a doença do refluxo gastresofágico (DRGE), incluindo esofagite erosiva. Úlceras gástricas e duodenais, o refluxo gastroesofágico. Omeprazol + antibióticos para tratar as úlceras associadas às infecções causadas pela bactéria Helycobacter pylori. Tratamento de dispepsia, condição que causa acidez, azia, arrotos ou indigestão. Evitar sangramento do trato gastrintestinal superior em pacientes seriamente doentes. omeprazol Cápsulas de gelatina Comprimidos de revestimento entérico Cápsula de omeprazol em pó combinado com bicarbonato de sódio. Para evitar que o fármaco seja degradado pelo ácido gástrico: Administrar o fármaco ~ 30 minutos antes das refeições (alimento estimula produção de ácido, este é necessário para ativação). *Supressão máxima da secreção ácida requer várias doses dos inibidores da bomba de prótons. Podem ser necessários 2-5 dias de tratamento com uma dose única ao dia para obter a inibição de 70% das bombas de prótons. Náuseas, dor abdominal, constipação, flatulência e diarreia. Foi relatada a ocorrência de miopatia subaguda, artralgias, cefaleias e exantemas cutâneos. Níveis de gastrina > 500 ng/L em 10% dos usuários crônicos de omeprazol. Hipergastrinemia pode predispor à hipersecreção de rebote de ácido gástrico com a interrupção do tratamento e também pode promover o crescimento de tumores gastrintestinais. Efeitos adversos: Alopurinol O Alopurinol é um inibidor da xantina oxidase e impede a síntese de urato a partir da hipoxantina e xantina O Alopurinol é usado para tratar a hiperuricemia nos casos de gota e preveni-la em pacientes oncológicos (síndrome da lise tumoral) Farmacocinética O alopurinol tem absorção oral relativamente rápida, tendo o seu pico plasmático entre 60 e 90 minutos Aproximadamente 20% é excretado nas fezes e entre 10-30% na urina O restante é metabolizado, transformando-se principalmente em oxipurinol O Oxipurinol tem excreção por meio da filtração glomerular Tanto o alopurinol quanto o oxipurinol tem meia-vida plasmática de aproximadamente 1-2 horas Nenhum dos compostos se liga à proteínas plasmáticas Mecanismo de ação A alopurinol e seu metabólito primário, oxipurinol, atuam inibindo a enzima XO de converter xantina em ác. úrico Ao bloquear essa conversão, diminui-se a concentração de ác. úrico no sangue. Suas precursoras (hipoxantina e xantina) tem suas concentrações aumentadas, mas são mais bem excretadas que o ác. úrico Uso terapêutico O alopurinol está disponível para uso oral e intravenoso O alvo terapêutico quando inicia-se tratamento com alopurinol é de até 6mg/dL de ácido úrico plasmático Inicia-se o tratamento com 100mg ao dia em pacientes com taxa de filtração glomerular de mais de 40mg/minuto. Pode-se necessitar de doses diárias de até 800mg ao dia em alguns casos de doença maligna hematológica. Acima de 300mg ao dia, as doses devem ser fracionadas ao longo do dia Nos casos que se usa alopurinol para prevenir a síndrome da lise tumoral, o tratamento com o alopurinol deve ser iniciado 2 a 3 dias antes da quimioterapia Clonazepam Clonazepam é um benzodiazepínico usado principalmente no tratamento de epilepsia e ansiedade. Como um benzodiazepínico, ele possui usos e efeitos semelhantes a outros medicamentos dessa classe (como o aprazolam e o diazepam) Farmacocinética Os benzodiazepínicos são separados de acordo com a duração de sua ação ação ultarrápida ação curta ação intermediária longa ação O clonazepam possui uma meia-vida de aproximadamente 23 horas, podendo ser de longa ação ou ação intermediária a depender do indivíduo Os benzodiazepínicos são completamente absorvidos e se ligam grandemente a proteínas plasmáticas (entre 70-99%) A concentração no líquido cerebroespinal e noplasma são aproximadamente as mesmas. Possuem alta lipossolubilidade As CYP hepáticas participam grandemente na metabolização desses fármacos Propriedades farmacológicas Os benzodiazepínicos induzem a ligação do neurotransmissor inibitório GABA aos canais de GABAa, de onde decorrem as suas propriedades farmacológicas. Maior parte da ação dos benzodiazepínicos ocorre no Sistema Nervoso Central Os efeitos inibitórios do GABA geram sedação, hipnose, redução da ansiedade, amnésia anterógrada e atividade anticonvulsivante. As ações periféricas, como respiratória e cardiovascular, normalmente ocorrem em doses mais altas e em indivíduos que tenham alguma condição prévia. Os benzodiazepínicos podem causar dependência e outros efeitos colaterais, como síncope, reações de descontrole e suicídio. Filgrastim O Filgrastim é uma glicoproteína de 175 aminoácidos cuja ação consiste em estimular a aumentar a produção de neutrófilos Mecanismo de ação O organismo possui fatores de crescimento endógenos, produzidos por células como fibroblastos e macrófagos, porém em pequenas quantidades. O filgrastim é um G-CSF recombinante que estimula a maior produção de neutrófilos pela medula óssea Usos terapêuticos O filgrastim é usado para o tratamento de neutropenia grave, tanto por transplante autólogo quanto por quimioterapia e em pacientes que são submetidos rotineiramente a coleta de células-tronco do sangue periférico. O filgrastim é administrado por via subcutânea ou infusão intravenosa por pelo menos 30 minutos. Em pacientes submetidos à quimioterapia mielosupressora, a dose diária é de aproximadamente 5 microgramas/kg/dia por um intervalo de duas a três semanas após a quimio. Os efeitos adversos mais comuns são dores ósseas e reações cutâneas no local da aplicação. Referências: Brunton, L.L. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012.