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LABORATÓRIO DE PRÁTICA PEDAGÓGICA I É de extrema importância que as atividades pedagógicas estejam organizadas e fundamentadas dentro da rotina do professor. Seguindo essa concepção, a organização do cotidiano escolar é um aspecto que demanda planejamento, discussões e embasamento teórico e prático para subsidiar o trabalho docente. O cotidiano das ações do professor serve para planejar, orientar e propor atividades diárias que estejam pautadas no propósito da significação da aprendizagem e da implementação da autonomia, e na problematização de situações que levem o aluno a refletir, questionar e dialogar. Bons estudos! AULA 03 - O COTIDIANO ESCOLAR E SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Nesta aula, você vai conferir os contextos conceituais da psicologia, entenderá como ela alcançou o seu estatuto de cientificidade. Além disso, terá a oportunidade de conhecer as três grandes doutrinas da psicologia, behaviorismo, psicanálise e Gestalt, e as áreas de atuação do psicólogo. ▪ Compreender o conceito de psicologia ▪ Identificar as diferentes áreas de atuação da psicologia ▪ Conhecer as áreas de atuação do psicólogo. Neste módulo, você vai estudar sobre o cotidiano escolar e como a sua organização interfere nas práticas pedagógicas dos professores e as determina. Além disso, vai aprender sobre os aspectos que devem ser considerados no momento de planejar a rotina escolar, pensando em uma proposta de trabalho que transcende o espaço físico da sala de aula e vai além dos conhecimentos preestabelecidos pelos conteúdos curriculares. Ao final deste módulo, você será capaz de: • Reconhecer que o cotidiano escolar vai além do espaço físico. • Identificar os elementos constitutivos da aula e suas relações. • Explicar a importância da organização do trabalho do professor em sala de aula para a aprendizagem dos alunos. 3 O COTIDIANO ESCOLAR PARA ALÉM DA SALA DE AULA Fonte: https://bityli.com/4Q4QO Durante muito tempo, as salas de aula foram o ambiente de aprendizagem mais importante nas escolas. Entretanto, as novas tecnologias e as competências necessárias para viver numa sociedade moderna evidenciam a necessidade de modernizar a educação, que parece ter estagnado no século XIX. Mas como fazer isso? As instituições de ensino podem utilizar uma série de estratégias para evitar o tradicionalismo pedagógico com cargas horárias extensas, avaliações e distribuições de conteúdo e elaborar uma educação mais lúdica e diversificada. Uma sala de aula diferenciada pode ser vista como qualquer outro lugar que não seja a salas de aula e que proporcione conhecimento. Existem muitas oportunidades disponíveis para os professores utilizarem dessas estratégias não apenas nas instituições de ensino, mas também fora delas. Veja agora alguns exemplos de lugares onde as práticas podem ser aplicadas: Fonte: Elaboração própria. A consequência do descompasso entre a sociedade atual e as competências exigidas pelo mercado e os modelos de ensino utilizados na maioria dos centros de ensino: conforme mostram dados do INEP dos últimos anos, os alunos se interessaram menos por algumas disciplinas com níveis de competência abaixo do esperado. A partir desse ponto de vista, aulas mais dinâmicas podem ser uma excelente ferramenta para facilitar o aprendizado de forma mais interessante e eficaz. Um indivíduo só aprende quando tal ensinamento faz sentido a ele, ou seja, quando o aluno sabe o que busca, porque busca, e porque tal ensinamento lhe traz conhecimento. Em outras palavras, quanto mais próxima à experiência de aprendizagem estiver das situações reais dos alunos, mais fácil será a absorção e transferência do conhecimento. Aprender fora da sala de aula agrega também outros conhecimentos, como, por exemplo: ➢ Aproximação entre aluno e professor ➢ Estimulação de diferentes sentidos ➢ Aprender fazendo ➢ Participação dos alunos. Como se pode ver, uma das funções da escola é fomentar a independência dos alunos, prepará-los para o futuro e promover experiências, práticas e saberes variados. O professor que segue esta visão também contribui para esta importante tarefa, pois tem a responsabilidade de proporcionar uma educação para a vida social, de forma que o aluno se torne um sujeito crítico, reflexivo, consciente e responsável para mudar a realidade em que vive. Além disso, é importante que os professores forneçam auxilio para os alunos, demonstrem comprometimento e interesse nas questões de aprendizagem e compreendam seu papel. Igualmente importante, buscar o comprometimento, a satisfação e a realização dos alunos com base no conhecimento acumulado no processo de ensino a cada dia. Nesse caso, é importante considerar a formação de pessoas críticas, reflexivas e criativas, que também saibam utilizar a memória como base para a criatividade, a começar pela disseminação do aprendizado e pelo reforço de aulas voltadas à participação, à reflexão e ao diálogo, participação, esforço e conhecimento. Isso levanta algumas questões: Afinal, todo esse trabalho é feito apenas em sala de aula? É restrito somente para este ambiente? Como surgem as relações de aprendizagem quando introduzimos algo além do espaço físico de uma sala? Para responder a essas perguntas, é importante lembrar que uma sala de aula é o lugar de inúmeros fatos, vivências e conhecimentos. Portanto, este é o cenário em que diferentes configurações de ensino são usadas. Essa diversidade pressupõe um diálogo entre teoria e prática, entre as dimensões interna e externa da educação, sobre o quê, para quem e o que ensinar. Partindo desse pressuposto, o cotidiano escolar extrapola os limites da sala de aula para revelar outros importantes espaços de apoio ao ensino e aprendizagem. Esses espaços ajudam a oferecer novas experiências, conhecimentos, reflexões e oportunidades de crescimento e discussão. Nesse sentido, pode-se dizer que, além dos conteúdos escolares oferecidos pela escola e do programa de estudos curatoriais, é importante que o professor inclua em seu planejamento conhecimentos, saberes e discussões relacionadas ao social, uma vez eu, seus alunos estão neste meio. Para serem incluídos nesse contexto, eles devem estar dispostos a se encontrar, dialogar e refletir sobre questões que afetam seu cotidiano. Para isso, é necessário que o corpo docente crie condições de aprendizagem, selecione e reorganize os conteúdos para proporcionar práticas pedagógicas pautadas nas necessidades da vida social e para além da sala de aula. Saviani (2011) defende que a educação extrapola os muros das escolas, partindo do pressuposto de que o “conhecimento sistemático” deve ser desenvolvido dentro das escolas, assim como o conhecimento mais elevado no cotidiano. Moacir Gadotti (2006), em seu artigo A escola na cidade que educa, fala sobre a educação das cidades - conceito que se consolidou em Barcelona (Espanha) no início dos anos noventa - e a criação de cidades educativas após a aprovação de uma carta do Congresso Internacional das Cidades Educadoras, sobre princípios básicos que caracterizam uma cidade que educa. Para o autor a cidade é como espaço cultural, que educa a escola e todos que circulam em seu espaço, e a escola é como palco do drama da vida, educa a cidade, trocam saberes e habilidades. Além disso, Libâneo (2001) enfatiza o papel das escolas e dos professores na criação de condições favoráveis de aprendizagem em que os alunos se tornem agentes ativos de sua própria aprendizagem. Outra questão importante é a compreensão de que os alunos são parte integrante do processo de ensino. Portanto, além de disseminar conhecimentos e conteúdos,os professores também devem publicar e levantar discussões, desafios e questões que sejam importantes, úteis e relevantes para a escola, a sala de aula e no cotidiano dos alunos. Para tornar essas relações relevantes e produtivas, os docentes devem diversificar sua rotina escolar para incluir saídas de campo, visitas e pesquisas, bem como sugerir atividades que possam ser realizadas em outros espaços da escola. Um exemplo disso é o ensino em bibliotecas, salas de informática, etc. Mesmo com esses desafios, facilitar as atividades fora da sala de aula ainda é uma forma de os alunos vivenciarem o que aprenderam em sala de aula e fazer conexões e relações com o conteúdo e a teoria. Dessa forma, ele vive, experimenta e aprofunda o que aprende nas aulas, o que o ajuda a se tornar autor do próprio conhecimento. Pereira (2015) acrescenta que o maior desafio é estimular a criatividade para que as escolas não sejam vistas como espelhos estáticos de conteúdos voltados para comunidades distantes e projetadas. Ao contrário, é importante, que seja aberto à mudança, representado na imagem do educador e do aluno, baseado na participação e reflexão entre teoria e prática no cotidiano escolar. Nesse sentido, embora os professores trabalhem com grupos sociais, é a partir do trabalho com os indivíduos e das diferenças existentes entre eles que a aula vai se delineando, ganhando riqueza e significado. Dessa maneira, o profissional do ensino constrói o seu próprio espaço pedagógico de trabalho e resolve de forma cotidiana as situações que lhe são postas, apoiado a partir de uma visão de mundo, de homem e de sociedade (TARDIF, 2012). Leia o artigo para desenvolver a atividade proposta: https://revistas.uece.br/index.php/ensinoemperspectivas/article/view/6694/5674 1. Justificativa: A organização do cotidiano escolar demanda um planejamento criterioso e bem fundamentado, com vistas à garantia de uma rotina que atenda aos propósitos da escola e expresse significativamente as suas intenções pedagógicas. Para isso acontecer, faz-se necessário que o professor ofereça subsídios aos alunos e promova a participação, a reflexão e a autonomia a partir de saberes construídos diariamente no decorrer do processo de ensino, considerando os conhecimentos construídos dentro e fora da sala de aula. 2. Objetivos: Analisar as práticas pedagógicas como uma oportunidade de tornar o ensino mais dinâmico, atrativo e eficaz. 3. Tema: “O cotidiano escolar e suas práticas pedagógicas” 4. Atividade: Elaborar um resumo de 1 lauda contendo os 3 pontos mais importantes do texto lido. 5. Realizar a atividade em outra página word e salvar em formato pdf, para encaminhar no seu portal AVA. https://revistas.uece.br/index.php/ensinoemperspectivas/article/view/6694/5674 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GADOTTI, M. A escola na cidade que educa. Cadernos Cenpec, v. 1, n. 1, p. 133-139, 2006. LIBÂNEO, J. C. O essencial da didática e o trabalho do professor: em busca de novos caminhos. Goiânia: Unilima, 2001. PEREIRA, R. C. Cotidiano escolar: uma questão de criatividade para o discurso pedagógico. Educação Pública, 28 abr. 2015. SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 11. ed. Campinas: Autores Associados, 2011. TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 13. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf. Acesso em: 2 out. 2021. FARIAS, I. M. S. et al. Didática e docência: aprendendo a profissão. Brasília: Liber livros, 2011. FERREIRA, F. Guia completo: o que é rotina na educação infantil? PROESC, 2020. Disponível em: http://www.proesc.com/blog/guia-completo-rotina-na- educacao-infantil/. Acesso em: 2 out. 2021. , v. 4, p. 707–708, 2013. COSTA, A. R. O gênero textual artigo científico: estratégias de organização. 2003. Dissertação. (Mestrado em Linguística) – Programa de Pós-graduação em Letras, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003. SWALES, J. M. Genre analysis: English in academic and research settings. Cambridge: Cambridge University, 1990. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
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