Buscar

Tuberculose Hanseniase Populações vulneráveis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

ISADORA	SCHIAVON	AMBROGI	
	
TUBERCULOSE	
A	tuberculose	é	uma	doença	infecciosa	e	transmissível,	causada	pela	bactéria	Mycobacterium	tuberculosis,	
também	conhecida	 como	bacilo	de	Koch.	A	doença	afeta	prioritariamente	os	pulmões	 (forma	pulmonar),	
embora	possa	acometer	outros	órgãos	e/ou	sistemas.	A	forma	extrapulmonar,	que	afeta	outros	órgãos	que	
não	 o	 pulmão,	 ocorre	 mais	 frequentemente	 em	 pessoas	 vivendo	 com	 HIV,	 especialmente	 aquelas	 com	
comprometimento	imunológico.		
	
EPIDEMIOLOGIA	
Apesar	de	ser	uma	enfermidade	antiga,	a	 tuberculose	continua	sendo	um	 importante	problema	de	saúde	
pública.	 No	mundo,	 a	 cada	 ano,	 cerca	 de	 10	milhões	 de	 pessoas	 adoecem	 por	 tuberculose.	 A	 doença	 é	
responsável	por	mais	de	um	milhão	de	óbitos	anuais.	No	Brasil	são	notificados	aproximadamente	70	mil	casos	
novos	e	ocorrem	cerca	de	4,5	mil	mortes	em	decorrência	da	doença.	
2002	–	36,3	casos	por	100mil	habitantes.		
	
FATORES	DE	RISCO		
• Coinfecção	pelo	HIV	
• Extremos	de	idade		
• Imunossuprimidos		
• Dialíticos		
• Contactantes	próximos	de	pessoas	bacilíferas	
	
TRANSMISSÃO	
A	 transmissão	da	 tuberculose	acontece	por	via	 respiratória,	pela	eliminação	de	aerossóis	produzidos	pela	
tosse,	fala	ou	espirro	de	uma	pessoa	com	tuberculose	ativa		
A	tuberculose	não	se	transmite	por	objetos	compartilhados.	Bacilos	que	se	depositam	em	roupas,	 lençóis,	
copos	e	talheres	dificilmente	se	dispersam	em	aerossóis	e,	por	isso,	não	têm	papel	importante	na	transmissão	
da	doença.	
 
PERÍODO	DE	TRANSMISSIBILIDADE	
A	 transmissão	 da	 tuberculose	 é	 plena	 enquanto	 o	 indivíduo	 estiver	 eliminando	 bacilos.	 Com	 o	 início	 do	
esquema	terapêutico	adequado,	a	transmissão	tende	a	diminuir	gradativamente	e,	em	geral,	após	15	dias	de	
tratamento	 chega	 a	 níveis	 insignificantes.	No	 entanto,	 o	 ideal	 é	 que	 as	medidas	 de	 controle	 de	 infecção	
pelo	M.	tuberculosissejam	implantadas	até	haja	a	negativação	da	baciloscopia.	
	
ISADORA	SCHIAVON	AMBROGI	
	
PERÍODO	DE	INCUBAÇÃO	
Embora,	 o	 risco	 de	 adoecimento	 seja	maior	 nos	 primeiros	 dois	 anos	 após	 a	 primeira	 infecção,	 uma	 vez	
infectada	a	pessoa	pode	adoecer	em	qualquer	momento	de	sua	vida.	
	
SNAIS	E	SINTOMAS		
A	maioria	das	pessoas	infectadas	com	a	bactéria	que	causa	a	tuberculose	não	apresenta	sintomas.		
Quando	ocorrem,	os	sintomas	geralmente	incluem:	
• Tosse	com	ou	sem	secreção	por	mais	de	3	semanas	
• Perda	de	peso	
• Sudorese	noturna	
• Febre	vespertina	(final	da	tarde)	
• Cansaço	
• Perda	de	apetite	
	
DIAGNÓSTICO		
• Baciloscopia	direta:	duas	amostras	são	colhidas,	uma	no	momento	da	consulta	e	a	outra	na	manhã	do	
dia	seguinte,	sendo	feita	a	contagem	dos	Bacilos	Álcool	Ácido	Resistentes	(BAAR).	
	
• Teste	 rápido	molecular:	 detecta	 o	 DNA	 do	M.	 tuberculosis	 e	 faz	 triagem	 das	 cepas	 resistentes	 a	
rifampicina.	
	
• Cultura	para	micobactéria	com	identificação	de	espécie	(sensibilidade).	
	
Estes	três	métodos	acima	são	considerados	confirmatórios	de	TB	ativa.	Outros	exames	auxiliares	são:	
	
• Histopatológico:	 É	 um	 método	 empregado	 na	 suspeita	 de	 tuberculose	 ativa	 nas	 formas	
extrapulmonares	ou	nas	pulmonares	que	se	apresentam	radiologicamente	como	doença	difusa	(como	
na	tuberculose	miliar),	ou	em	indivíduos	imunossuprimidos	
	
• Radiografia	de	tórax:	importante	na	investigação	de	TODO	paciente	com	TB!	As	lesões	sugestivas	de	
tuberculose	 em	 raio-x	 de	 tórax	 localizam-se,	 em	 geral,	 nas	 partes	 altas	 e	 dorsais	 dos	 pulmões,	
particularmente	 no	 pulmão	 direito,	 e	 podem	 apresentar-se	 como	 opacidades	 parenquimatosas,	
atelectasia,	 infiltrados,	 nódulos,	 cavidades,	 fibroses,	 retrações,	 calcificações,	 linfadenomegalia,	
aspecto	miliar,	derrame	pleural.	
 
	
ISADORA	SCHIAVON	AMBROGI	
	
INVESTIGAÇÃO	DE	CONTATOS	
Indicada	 para	 todos	 os	 contatos	 de	 um	 caso	 de	 tuberculose	 ativa	 (indivíduos	 que	 convivem	 no	 mesmo	
ambiente:	em	casa,	ambientes	de	trabalho,	instituições	de	longa	permanência	ou	escola).	
	
TRATAMENTO		
O	tratamento	da	Tuberculose,	deve	ser	concretizado	conforme	as	recomendações	do	Ministério	da	Saúde	e	
consiste	em	duas	fases:	a	intensiva	-	ou	de	ataque,	e	a	de	manutenção.	A	fase	intensiva	objetiva	a	redução	
bacilar	de	forma	rápida	e	a	eliminação	dos	bacilos	resistentes	a	algum	fármaco,	diminuindo	a	transmissão.	Já	
a	fase	de	manutenção	objetiva	a	eliminação	dos	bacilos	latentes	ou	persistentes	e	assegura	a	diminuição	de	
uma	possível	recidiva	da	doença.	
	
Esquema	preconizado	RIPE		
• Fase	intensiva	(2	meses)		
Rifampicina	(R),	Isoniazida	(H),	Pirazinamida	(P)	e	Etambutol	(E)		
	
• Fase	de	manutenção	
Rifampicina	e	Isioniazida	(diminuir	recidiva)	(4	a	10	meses)	
	
• Neutotuberculose	-	RIPE	+	associação	com	corticoide	(12	meses)	
	
O	tratamento	será	efetivado	em	regime	ambulatorial,	aplicando	a	como	estratégia	de	adesão	o	Tratamento	
Diretamente	Observado	-	TDO.		
	
O	Tratamento	Diretamente	Observado	-	TDO	institui	a	construção	de	vinculo	e	a	observação	da	ingestão	dos	
medicamentos	 que	 deve	 ser	 realizada,	 preferencialmente,	 em	 todos	 os	 dias	 úteis	 da	 semana.	 Para	 ser	
considerado	Tratamento	Diretamente	Observado	(TDO),	a	observação	da	tomada	deve	ocorrer	no	mínimo	
três	vezes	por	semana	durante	o	tratamento	-	24	doses	na	fase	de	ataque	e	48	doses	na	fase	de	manutenção	
por	seis	meses.	
	
Aos	finais	de	semana	e	feriados	os	medicamentos	devem	ser	autoadministrados.	Os	profissionais	de	saúde	
devem	exaustivamente	esclarecer	a	importância	da	ingestão	diária	do	medicamento,	principalmente	nos	dias	
em	que	o	tratamento	não	será	observado.	
	
OBJETIVOS	DO	TRATAMENTO	SUPERVISIONADO	
• Melhorar	a	atenção	ao	doente	por	meio	do	acolhimento	humanizado	
• Possibilitar	a	adesão,	garantindo	cura	
ISADORA	SCHIAVON	AMBROGI	
	
• Reduzir	a	taxa	de	abandono	ao	tratamento		
• Interromper	a	cadeia	de	transmissão	da	doença	
• Diminuir	o	surgimento	de	bacilos	multirresistentes		
• Reduzir	a	mortalidade		
• Reduzir	o	sofrimento	humano,	uma	vez	que	se	trata	de	uma	doença	consuptiva,	transmissível	de	alto	
custo	social		
• Realizar	 a	 educação	 em	 saúde	 mais	 efetiva,	 de	 forma	 individualizada,	 voltada	 para	 orientar	 e	
corresponsabilizar	o	indivíduo,	a	família	e	a	comunidade	nas	ações	de	saúde.		
	
PREVENÇÃO	
• Vacina	BGC		
• Acompanhamento	de	casos	confirmados		
• Investigação	dos	contatos		
• Monitoramento	do	tratamento	
• Busca	e	cura	de	novos	casos	
	
IMPORTÂNCIA	DA	ATENÇÃO	PRIMÁRIA		
• Realizar	a	vacinação	e	monitorar	as	coberturas	vacinais	
• Busca	ativa	de	sintomáticos	respiratórios	
• Acompanhamento	e	monitoramento		
• Observação	da	ingestão	do	medicamento	-	diária		
• Histórico	de	resistência	prévia	as	medicações		
• Evitar	abandono	através	de	humanização	e	informação	
• Preencher	de	forma	correta	e	oportuna	os	instrumentos	de	vigilância		
	
PROGRAMA	NACIONAL	DE	CONTROLE	DA	TB	
O	Programa	Nacional	de	Controle	da	Tuberculose	 (PNCT)	está	 integrado	na	 rede	de	Serviços	de	Saúde.	É	
desenvolvido	 por	 intermédio	 de	 um	 programa	 unificado,	 executado	 em	 conjunto	 pelas	 esferas	 federal,	
estadual	e	municipal.	Está	subordinado	a	uma	política	de	programação	das	suas	ações	com	padrões	técnicos	
e	assistenciais	bem	definidos,	garantindo	desde	a	distribuição	gratuita	de	medicamentos	e	outros	insumos	
necessários	até	ações	preventivas	e	de	controle	do	agravo.	Isto	permite	o	acesso	universal	da	população	às	
suas	ações.		
	
BRASIL	LIVRE	DA	TUBERCULOSE	
ISADORA	SCHIAVON	AMBROGI	
	
O	país	assume	o	compromisso	de	eliminar	a	 tuberculose	por	meio	do	“Plano	Brasil	 livre	da	 tuberculose”,	
publicado	em	2017.	O	plano	foi	construído	pelo	Ministério	da	Saúde,	com	a	participação	de	gestores	estaduais	
e	municipais,	academia	e	sociedade	civil.		
	
O	plano	é	baseado	em	três	pilares:	
• Prevenção	e	cuidado	integrado	e	centrado	na	pessoa;	
• Políticas	arrojadas	e	sistema	de	apoio;	
• Intensificação	da	pesquisa	e	inovação.	
	
As	metas	do	PlanoNacional	pelo	Fim	da	Tuberculose	como	Problema	de	Saúde	Pública	são:	alcançar	uma	
redução	de	90%	do	coeficiente	de	incidência	da	TB	e	uma	redução	de	95%	no	número	de	mortes	pela	doença	
no	país	até	2035,	quando	comparados	aos	dados	de	2015.	Para	o	Brasil,	significa	que	é	necessário	reduzir	o	
coeficiente	de	incidência	para	menos	de	10	casos	por	100	mil	habitantes	e	reduzir	o	número	de	óbitos	pela	
doença	para	menos	de	230	ao	ano,	até	2035.	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
ISADORA	SCHIAVON	AMBROGI	
	
HANSENÍASE	
A	 hanseníase	 é	 uma	 doença	 infecciosa,	 contagiosa,	 de	 evolução	 crônica,	 causada	 pela	
bactéria	 Mycobacterium	 leprae.	 Caracterizada	 por	 manifestações	 neurológicas	 e	 dermatológicas.	 Atinge	
principalmente	a	pele,	as	mucosas	e	os	nervos	periféricos	(braços	e	pernas),	com	capacidade	de	ocasionar	
lesões	neurais,	podendo	acarretar	danos	irreversíveis.		
	
EPIDEMIOLOGIA		
• Associada	à	pobreza	e	residência	em	zona	rural		
• Mais	prevalente	na	região	centro	oeste	do	Brasil		
• 30.000	casos	por	ano	-	geralmente	familiares	de	ex	pacientes		
• Homens	Pardos		
• Analfabetos	/	Ensino	fundamental	incompleto		
• Brasil	como	2º	lugar	no	mundo	
	
TRANSMISSÃO		
A	 transmissão	 da	 hanseníase	 acontece	 por	 via	 respiratória,	 sobretudo	 no	 contato	 com	 o	 infectado	
prolongado,	íntimo	e	não	casual.	Logo	após	o	início	do	tratamento,	o	contágio	se	torna	mais	difícil.	O	período	
de	incubação	da	doença	pode	durar	de	seis	meses	a	seis	anos.		
	
Indivíduos	com	a	forma	multibacilar	da	hanseníase	apresentam	grande	quantidade	de	bacilos	na	secreção	
nasal	-	facilitando	a	transmissão	por	gotículas	de	saliva	ou	secreções	do	nariz.	
	
SINAIS	E	SINTOMAS	
Os	sintomas	da	hanseníase	são	manchas	mais	claras,	vermelhas	ou	mais	escuras,	que	são	pouco	visíveis	e	com	
limites	imprecisos.	A	doença	ainda	provoca	alteração	da	sensibilidade	no	local,	associada	à	perda	de	pelos	e	
à	ausência	de	transpiração.	
Quando	o	nervo	de	uma	área	é	afetado,	surgem	dormência,	perda	de	tônus	muscular	e	retrações	dos	dedos,	
com	desenvolvimento	de	incapacidades	físicas.	
	
CLASSIFICAÇÃO		
A	hanseníase	pode	ser	classificada	em	hanseníase	paucibacilar	(com	poucos	ou	nenhum	bacilo	nos	exames)	
ou	hanseníase	multibacilar	(com	muitos	bacilos).	A	forma	multibacilar	não	tratada	possui	alto	potencial	de	
transmissão.	
	
HANSENÍASE	PAUCIBACILAR	(baciloscopia	negativa)	
ISADORA	SCHIAVON	AMBROGI	
	
• Hanseníase	 indeterminada:	 estágio	 inicial	 da	 doença.	 Caracterizada	 por	 uma	 lesão	 única,	 grande,	
hipocrômica,	de	contorno	mal	definido	e	sem	alterações	de	relevo,	com	perda	de	sensibilidade	local.	
Apresenta	evolução	lenta	e	é	mais	comum	em	crianças	<	10	anos.		
Pode	vir	acompanhada	de	formigamento	nos	pés,	mãos	e	câimbras.		
	
• Hanseníase	tuberculoide:	manchas	ou	placas	de	até	cinco	lesões,	com	bordas	bem	delimitadas,	centro	
claro	e	alteração	de	relevo.	Perda	total	de	sensibilidade,	pode	haver	perda	motora,	quando	há	nervo	
comprometido.	Mais	comum	em	crianças,	com	período	de	incubação	de	+/-	5	anos.		
	
HANSENÍASE	MULTIBACILAR	(baciloscopia	postiva)	
• Hanseníase	borderline	ou	dimorfa:	manchas	e	placas,	acima	de	cinco	lesões,	com	bordos	podendo	ou	
não	ser	bem	definidas.	Comprometimento	de	dois	ou	mais	nervos	e	ocorrência	de	quadros	reacionais	
com	maior	frequência	(fenômenos	imunológicos	que	ocorrem	de	modo	súbito).		
Pode	haver	perda	funcional	de	nervos	periféricos	e	agravamento	das	incapacidades.	Mais	comum	em	
adultos,	com	período	de	incubação	>	10	anos.		
	
• Hanseníase	 virchowiana:	 forma	mais	 disseminada	 e	 contagiosa	 da	 doença.	 Caracterizada	 por	 pele	
seca,	 hiperemiada,	 poros	 dilatados	 com	 aspecto	 de	 casca	 de	 laranja	 ou	 face	 leonina	 e	 caroços	
endurecidos.		
Pode	 ser	 observado	 ainda,	 endurecimento	 de	 membros,	 necrose,	 perda	 de	 pelos,	 pés	 e	 mãos	
cianóticas	e	edemaciados,	além	de	episódios	de	câimbras,	parestesia,	dores	articulares,	dor	na	coluna	
e	problemas	circulatórios.		
	
DIAGNÓSTICO	
Clínico	(inspeção	e	sintomas)	+	baciloscopia	(resultado	negativo	não	exclui	o	diagnóstico)	+	biópsia	(raspado	
das	manchas).		
	
TRATAMENTO		
O	 tratamento	 preconizado	 da	 hanseníase	 é	 realizado	 com	 uma	 Poliquimioterapia	 (PQT)	 de	 três	
medicamentos:	
• Rifampicina	-	bactericida	
• Dapsona		
• Clofazimina	-	provoca	pigmentação	negro-avermelhada	em	pacientes	de	pele	clara	
	
O	tempo	de	tratamento	varia	de	acordo	com	a	classificação	da	doença:	
ISADORA	SCHIAVON	AMBROGI	
	
• Paucibacilar	–	6	meses		
• Multibacilar	–	12	meses	(1	anos)	
	
Esquema	Padrão	Paucibacilar	Adulto		
• Dose	supervisionada	mensal	Rifampicina:	600	mg	Dapsona:	100	mg		
• Doses	autoadministradas:	100	mg	de	Dapsona	/	dia	
	
Esquema	Padrão	Multibacilar	Adulto		
• Dose	supervisionada	Rifampicina:	600	mg	Clofazimina:	300	mg	Dapsona:	100	mg		
• Doses	autoadministradas	Dapsona:	100	mg	/	dia	Clofazimina:	50	mg	/	dia		
 
PREVENÇÃO		
• Vacina	BGC		
• Investigação	de	contatos	
	
ESTRATÉGIA	NACIONAL	PARA	O	ENFRENTAMENTO	DA	HANSENÍASE		
Objetivo	geral	–	reduzir	a	carga	de	hanseníase	no	Brasil		
	
Pilar	1:	Fortalecer	a	gestão	do	programa	
• Assegurar	 compromisso	 político	 e	 recursos	 para	 os	 programas	 de	 hanseniase	 nas	 três	 esferas	 de	
governo.	Fortalecer	interfaces	e	parcerias	governamentais	e	não	governamentais.		
• Fomentar	pesquisas	básicas	e	operacionais	sobre	todos	os	aspectos	da	hanseníase	e	maximizar	a	base	
de	evidências	para	orientar	políticas,	estratégias	e	atividades.	
• Fortalecer	 o	 sistema	 de	 vigilância	 e	 informação	 em	 saúde	 para	 monitoramento	 e	 avaliação	 do	
programa,	inclusive	sistemas	de	informações	geográficas.	
Pilar	2:	Enfrentamento	da	hanseníase	e	suas	complicações	
• Reforçar	a	conscientização	dos	pacientes	e	da	comunidade	sobre	a	hanseniase.		
• Promover	a	detecção	precoce	de	casos	de	hanseniase.		
• Assegurar	o	início	imediato,	adesão	e	conclusão	ao	tratamento.		
• Qualificar	as	ações	de	prevenção	e	manejo	das	incapacidades	durante	o	tratamento.		
• Fortalecer	a	rede	de	laboratórios,	incluindo	a	vigilância	da	resistência	medicamentosa.		
• Promover	e	fortalecer	a	formação	e	educação	permanente	em	hanseníase	na	rede	ensino-serviço.	
	
Pilar	3:	Combater	a	discriminação	e	promover	a	inclusão	
• Promover	a	inclusão	social	mediante,	abordagens	de	enfrentamento	do	estigma	e	discriminação.	
ISADORA	SCHIAVON	AMBROGI	
	
• Fortalecer	a	capacidade	de	participação	ativa	das	pessoas	acometidas	pela	hanseníase	nos	espaços	de	
controle	social.		
• Apoiar	modelos	de	desenvolvimento	inclusivo	de	pessoas	acometidas	pela	hanseníase	
• Promover	o	acesso	a	serviços	e	programas	de	apoio	social	e	financeiro.	
 
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA TANTO PARA TUBERCULOSE QUANTO PARA HANSENÍASE

Continue navegando