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1 Rafael Almeida – Bioquímica – P3 Bioquímica da coagulação sanguínea - O Sistema Circulatório leva células e nutrientes para locais sem acesso, é uma via de transporte de hormônios - Ao sofrer lesões, o processo precisa ser reparado pelo processo de coagulação do sangue, através de uma cascata de coagulação, a qual vai estancar o sangue pela formação de um Coágulo OBS: Lesão em artéria continua sofrendo a cascata, mas não é suficiente para estancar, devido a força muscular do vaso e da velocidade de circulação do sangue - Plaquetas: Produtos de Células (megacariócitos), com membrana plasmática que possui fatores. São produzidas na medula óssea - Hemostasia: Processo correto da cascata de coagulação • Processo fisiológico, de reparo, que ocorre para a prevenção e interrupção de sangramento e hemorragias. • Dura até a cessação do evento - Por que dentro do vaso sanguíneo não há coagulação? • Pois existem os fatores anticoagulantes, os quais deixam de existir mediante uma lesão, para que o processo de coagulação ocorra PROCESSO DE ANTICOAGULAÇÃO - É necessário que ocorra constantemente, para que o sangue no vaso não coagule - As células endoteliais secretam fatores que INIBEM os fatores de coagulação que circula pela corrente sanguínea - A coagulação ocorre onde tem descontinuidade de células endoteliais (local da lesão) MECANISMOS DO ENDOTÉLIO 1. SECREÇÃO DE ÓXIDO NÍTRICO E PROSTACICLINA (PGI2) - Impede que as plaquetas formem agregados plaquetários 2. HEPARAN SULFATO - Polissacarídeo preso a membrana plasmática das células endoteliais - Se liga a PTN Antitrombina III (AT3) - AT3 inibe os Fatores de Coagulação III, IX e X 3. TROMBOMODULINA - Proteína de membrana das células endoteliais - Se liga a trombina (na circulação) - A Trombina ativa a Proteína C, bloqueando os fatores V e VIII FIBRINA - Elemento que dá o aspecto gelatinoso no sangue coagulado - Formado pela polimerização do Fibrinogênio - A Trombina cliva o Fibrinogênio e estes se ligam a um outro, formando a Fibrina 2 Rafael Almeida – Bioquímica – P3 OBS: As hemácias participam do processo de Coágulo de forma indireta, ao ficarem presas na região da lesão, mas não fazem parte da cascata FATORES DE COAGULAÇÃO SANGUÍNEA PROCESSO DE COAGULAÇÃO (HEMOSTASIA) 1. Vasoconstrição 2. Formação de Tampão Plaquetário 3. Coágulo de Fibrina 4. Retração e Reparo 5. Fibrinólise OBS: Os hepatócitos produzem os fatores de coagulação. As enzimas para formá-los são dependentes de vitamina K, pois são cofatores para as enzimas. VASOCONSTRIÇÃO - Necessária para diminuir a velocidade em que os fatores coagulantes que passam durante a circulação sanguínea, permitindo que haja tempo viável para que eles sejam ativados e possam dar início à cascata de coagulação - Endotelina: secretada quando ocorre a ruptura das células endoteliais • É um vaso constritor que permite a constrição das células musculares, diminuindo a velocidade de circulação sanguínea FORMAÇÃO DO TAMPÃO PLAQUETÁRIO - Se inicia com o Fator de Von Willebrand - Se o Tampão não for formado, não ocorre o restante da cascata - Doença do Fator de Von Willebrand • O organismo do indivíduo não é capaz de secretar o Fator de Von Willebrand após o rompimento das células endoteliais - A destruição das células endoteliais que acarreta a liberação do Fator de Von Willebrand (sintetizado pelas Células Endoteliais e pelos Megacariócitos) - O Fator de Von Willebrand permite a Agregação das Plaquetas, que possuem a Glicoproteína 1B (Gp1B) - Gp1B reconhece uma região específica do Fator de Von Willebrand, dando início à Agregação Plaquetária - Quando as plaquetas começam a se acumular, formando um complexo com os Fatores de Von Willebrand, elas passam a secretar substâncias como: • Tromboxano A2 (TXA2) • ADP • Serotonina - O ADP inibe o Óxido Nítrico e a Prostaciclina, realizando a Ativação Plaquetária para aumentar a quantidade de plaquetas na região do tecido lesionado 3 Rafael Almeida – Bioquímica – P3 - A Serotonina e o TXA2 possui função nas células musculares lisas, para aprimorar ainda mais a contração do vaso sanguíneo OBS: As plaquetas se ligam através da Glicoproteína 2B das plaquetas, que serão ligadas ao fibrinogênio • GLPTB 2B --- Fibrinogênio --- GLPTB 2B COÁGULO DE FIBRINA - O Acúmulo de Plaquetas para formação do Tampão Plaquetária forma uma Carga Negativa Total em cima do Tampão devido aos Fosfolipídios - A Carga Negativa é o início da cascata de sinalização para a formação do Coágulo de Fibrina - Fase em que os Fatores de Coagulação (sintetizados no fígado) passam a ser ativados 1º Fator de Coagulação XII (FC-XII) é ativado por causa das cargas negativas do tampão 2º FC-XII Ativo tem capacidade de ativar o FC-XI 3º FC-XI Ativo tem capacidade de ativar o FC-IX 4º FC-IX Ativo + FC-VIII, na presença de Cálcio e Fator de Plaquetas 3, forma um complexo que ativa o FC-X 5º FC-X Ativo + FC-V + Cálcio forma o complexo Ativador de Protrombina - O Ativador de Protrombina converte a Protrombina (forma inativa) em Trombina (forma ativa) - A Trombina vai clivar o Fibrinogênio e formar a Malha de Fibrina, que estará sobreposta ao Tampão Plaquetário VIA INTRÍNSECA - É a via onde há ativação do FC-XII por meio das cargas negativas do tampão, dando início à cascata (essa mostrada anteriormente) 4 Rafael Almeida – Bioquímica – P3 VIA EXTRÍNSECA - As células musculares lisas liberam o Fator de Coagulação III (FC-III, o fator tecidual) • Quando há rompimento do vaso, o Fator Tecidual (III) entra na circulação na forma ativa - FC-III ativa o FC-VII - FC-VII ativa o FC-IX - O FC-IX + FC-VIII + Cálcio + Fator Plaquetário 3 formam o complexo que ativa o FC-X - FC-X Ativado + FC-V e o Cálcio, formam o Complexo Ativador de Protrombina OBS¹: O FC-VII ativo tem capacidade de ativar diretamente o FC-X OBS²: A Via Extrínseca não é a principal devido a baixa quantidade de FC-VII na corrente, fazendo com que a formação do ativador de protrombina sintetizada por essa via seja insuficiente OBS³: A Via Extrínseca ocorre antes da Via Intrínseca pois não há a necessidade da formação do Tampão Plaquetário, já que o FC-III fica disponível já no momento da lesão RETRAÇÃO E REPARO - O Coágulo está formado e o problema da hemorragia está resolvido - Em certos casos, o Coágulo pode ser muito grande e dificultar a circulação sanguínea - Agora deve haver uma reparação do tecido danificado - Etapas 1. Contração do Coágulo (Trombostenina) 2. Proliferação Celular e Reparo da Matriz Extracelular 3. Reparo do Tecido Endotelial - Com o Coágulo formado, as plaquetas secretam fatores importantes como, por exemplo: - Trombostenina • Molécula que faz as fibras de Fibrina se contraírem, acarretando a contração do Coágulo - Fator de Crescimento Derivado de Plaqueta (PDGF) • Vai para o meio Extracelular para estimular as células musculares lisas a se proliferar e a secretar matriz extracelular (para que ocorra o reparo da matriz) - Fator de Crescimento Endotelial Vascular (VEGF) • Estimula a formação de novas células endoteliais próximas ao local da lesão (periquitos → quando estimulados se tornam células endoteliais) FIBRINÓLISE - Quando as células endoteliais começam a crescer para reparar o tecido danificado, é necessário a remoção do tampão/coágulo - As Células Endoteliais possuem uma proteína em sua membrana chamada Ativador Tecidual de Plasminogênio, a qual transforma o Plasminogênio em Plasmina - A Plasmina vai degradar o Coágulo em pequenas partes (Dímero D) na circulação, para que não haja chance da formação de Trombos5 Rafael Almeida – Bioquímica – P3
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