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AVA 2 HISTORIA ECONOMICA GERAL Os ciclos econômicos e suas consequências

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
OS CICLOS ECONÔMICOS E SUAS
CONSEQUÊNCIAS
AVA 2
Aluno: Alan Weslen Bezerra Santiago
Matrícula: 20223302147
Curso: Ciências Econômicas
Disciplina: História Econômica Geral
RIO DE JANEIRO
2023
1. SITUAÇÃO PROBLEMA 
Os ciclos econômicos e suas consequências
Este trabalho integrador das unidades 1 e 2 e 3 tem o objetivo de desenvolver no aluno a sua capacidade de avaliar grandes ciclos econômicos, com base no grande boom da economia americana do início do século XX. No século XIX, o evento da Revolução Industrial trouxe para a sociedade uma nova forma de relação do trabalho patrão-empregado, com o uso da máquina substituindo o homem. No início do século XX, o grande crescimento da economia americana e a posterior Crise de 1929 são fatos que tiveram uma grande importância na economia mundial e na sociedade de vários países.
Esses grandes ciclos econômicos têm a característica de fomentar períodos de grande euforia na economia e na sociedade, causando, após alguns anos, períodos de recessão econômica e desemprego. Dessa forma, o aluno deverá analisar os principais fatores que geraram a crise americana de 1929.
● Contextualizar a economia americana antes do período da grande recessão.
● Listar as causas do grande desenvolvimento americano no início do século XX.
● Descrever os fatores que já mostravam a insustentabilidade econômica desse desenvolvimento.
● Descrever as causas da posterior recessão.
● Descrever o que podemos concluir desse período de crescimento e posterior depressão econômica (utilize alguma teoria econômica estudada nos capítulos 1 ou 2, como o liberalismo, o keynesianismo ou o marxismo, para sustentar sua resposta).
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Economia americana antes do período da grande recessão
Antes do período da grande recessão, a economia americana estava passando por um período de crescimento acelerado e prosperidade. Os Estados Unidos experimentaram um boom econômico nos "Loucos Anos 20" ou "Era do Jazz". Esse crescimento foi impulsionado por uma série de fatores, incluindo avanços tecnológicos, políticas governamentais favoráveis aos negócios e mudanças na dinâmica do trabalho. Logo no final do século XIX, a Revolução Industrial havia transformado a sociedade americana, introduzindo a mecanização e a produção em massa. As máquinas substituíram muitos trabalhadores em várias indústrias, resultando em maior eficiência e produtividade. Essas mudanças permitiram a expansão de setores industriais e impulsionaram o crescimento econômico.
No geral, antes do período da grande recessão, a economia americana estava em um estado de expansão acelerada. O crescimento econômico foi impulsionado por avanços tecnológicos, políticas governamentais favoráveis aos negócios e um ambiente propício ao consumo.
2.2 Causas do grande desenvolvimento econômico americano no início do século XX
No início do século XX, a inovação tecnológica continuou a impulsionar o desenvolvimento econômico nos Estados Unidos. Avanços na eletrificação, telecomunicações e transporte facilitaram o surgimento de novas indústrias e a expansão das existentes. A eletricidade, por exemplo, permitiu a modernização de processos de produção, o que aumentou a eficiência e reduziu os custos.
 Além disso, as políticas governamentais adotadas nesse período foram favoráveis aos negócios e estimularam o crescimento econômico. A redução de impostos sobre os mais ricos e a desregulamentação de setores-chave incentivaram o investimento e a atividade empresarial. Essas políticas também promoveram a formação de grandes empresas e conglomerados, que dominaram setores da economia. Logo o consumo também desempenhou um papel significativo no crescimento econômico dos Estados Unidos nesse período. O aumento da renda disponível e a disponibilidade de crédito facilitaram o acesso a bens duráveis, como automóveis, eletrodomésticos e rádios. A publicidade em massa e os novos meios de comunicação, como o rádio, influenciaram as preferências do consumidor e estimularam a demanda por produtos.
	Em conclusão, o grande desenvolvimento da economia americana no início do século XX resultou de uma combinação de fatores, como a Revolução Industrial, a inovação tecnológica, as políticas governamentais favoráveis aos negócios e o crescimento do mercado consumidor. No entanto, a insustentabilidade desse desenvolvimento foi evidenciada pela desigualdade de renda e pela especulação financeira, que acabaram por desencadear uma das piores crises econômicas da história.
2.3 Fatores que já demonstravam a insustentabilidade econômica desse desenvolvimento
Além do crescimento acelerado e da prosperidade experimentados pela economia americana no início do século XX, alguns fatores já demonstravam a insustentabilidade desse desenvolvimento econômico. Esses indicadores apontavam para potenciais problemas que poderiam comprometer a estabilidade financeira e econômica do país.
Um dos principais fatores era a desigualdade de renda. Enquanto uma parcela da população desfrutava de ganhos significativos e acumulava riqueza, uma grande parte da sociedade vivia em condições precárias, com salários baixos e dificuldades para atender às suas necessidades básicas. Essa disparidade na distribuição de renda levantava questões sobre a sustentabilidade de um modelo econômico baseado em uma concentração desproporcional de riqueza. Outro fator preocupante era a especulação financeira e a falta de regulamentação adequada no setor bancário. Durante a era do boom econômico, houve um aumento significativo das atividades especulativas nos mercados financeiros, alimentado por empréstimos fáceis e excesso de confiança. A falta de controle e supervisão adequados permitiu práticas arriscadas, como o uso de margem excessiva e a criação de bolhas especulativas. Essas condições favoráveis à especulação aumentaram a vulnerabilidade do sistema financeiro, criando um ambiente propenso a colapsos. Além disso, o consumo excessivo e o endividamento também eram fatores de preocupação. A expansão do crédito e o acesso facilitado ao consumo levaram muitas pessoas a assumirem dívidas além de suas capacidades de pagamento. O aumento do consumo baseado em crédito não sustentável levantava a questão da capacidade de manter esse padrão de consumo no longo prazo. 
Em suma, embora o desenvolvimento econômico dos Estados Unidos no início do século XX tenha sido marcado por crescimento e prosperidade, os sinais de insustentabilidade, como a desigualdade de renda, a especulação financeira descontrolada e o consumo baseado em crédito, alertavam para os riscos subjacentes àquele modelo econômico. A crise subsequente revelou a fragilidade desse desenvolvimento e a necessidade de repensar as bases do sistema econômico para promover uma maior estabilidade e equidade.
2.4 Causas da posterior recessão
A quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929 e a subsequente recessão econômica foram resultado de uma série de fatores interligados. A especulação desenfreada no mercado de ações foi um dos principais elementos que levaram ao colapso. Durante a década de 1920, houve um crescimento excessivo e não sustentável dos preços das ações, criando uma "bolha" especulativa. Os investidores continuaram comprando ações na esperança de obter lucros rápidos, até que alguns perceberam que os preços estavam inflacionados em relação aos fundamentos das empresas, levando-os a vender suas ações. Essa percepção se espalhou e resultou em uma corrida para vender ações, levando a uma queda rápida dos preços e ao colapso da bolha. Outro fator que contribuiu para a recessão foi a política restritiva do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. A medida adotada para conter a especulação foi aumentar as taxas de redesconto e restringir a circulação monetária, o que teve um efeito contracionista sobre a economia e agravou a crise.
Além disso, o contexto internacional também desempenhou um papel importante na recessão. Os Estados Unidos, como principal país industrializado e credor mundial, forneciam créditoaos países europeus a baixas taxas de juros, estimulando a reconstrução da Europa e a demanda por produtos norte-americanos. No entanto, esse fluxo de recursos começou a diminuir no final da década de 1920, o que afetou negativamente a economia mundial. A contração de crédito e o declínio nos preços dos produtos agrícolas geraram uma redução na demanda por exportações dos Estados Unidos, levando a uma diminuição no comércio internacional e a uma deflação global.
A Grande Depressão resultante da recessão teve efeitos devastadores, incluindo falências de bancos e empresas, altos índices de desemprego, crise na agricultura e uma redução geral na demanda por bens duráveis e habitações. A busca por liquidez por parte das famílias e empresas levou a cortes de gastos, redução de estoques e restrição de crédito, resultando em uma queda nos preços e aprofundando a crise.
Enfim, a recessão que se seguiu à quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929 foi causada pela especulação desenfreada no mercado de ações, pela política restritiva do Federal Reserve e pelo contexto internacional de contração de crédito e redução da demanda global. Esses fatores interconectados levaram a uma queda acentuada na atividade econômica, desencadeando a Grande Depressão e seus impactos negativos em escala global.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Grande Depressão lançou luz sobre o debate em torno do papel do Estado na economia: deveria ser mais liberal ou intervencionista? A crise em si é parte do ciclo do capitalismo e, portanto, inevitável, com a recuperação econômica ocorrendo naturalmente pela "mão invisível do mercado", conforme defendido por Adam Smith, o pai do liberalismo? Ou o governo poderia ter tomado decisões de política econômica que evitariam a crise ou, posteriormente, atenuariam seus efeitos?
O cenário econômico pós-guerra demonstrou que a crença no liberalismo estava em declínio, especialmente na Europa, onde políticas intervencionistas foram adotadas durante a chamada "Era de Ouro". Surgiu o conceito de Estado de Bem-Estar, que mudou a abordagem em relação à pobreza, deixando de vê-la como um problema individual e passando a considerá-la uma "contingência social". A crise fortaleceu os conceitos econômicos defendidos por John Keynes, o fundador da escola Keynesiana, que considera o Estado como um agente indispensável no controle da economia, com o objetivo de alcançar pleno emprego. Essas teorias tiveram uma grande influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação das políticas de livre mercado.
O keynesianismo fundamenta-se no princípio de que o ciclo econômico não é autorregulado, ao contrário do que defendem os neoclássicos, e, portanto, defende a intervenção do Estado na economia. Outra teoria que contesta o capitalismo é a de Karl Marx. Para ele, o próprio capitalismo é o gerador da crise econômica. Marx desenvolveu a Teoria da Mais-Valia, que afirma que os lucros obtidos pelos empresários no modo de produção capitalista resultam da exploração da classe trabalhadora. Os proprietários dos meios de produção compram mão de obra assalariada por um valor menor do que o valor dos produtos por ela produzidos. Essa diferença, chamada mais-valia, representa a exploração do trabalhador, que é totalmente apropriada pelo capitalista. Por sua vez, o capitalista não converte todo esse lucro em consumo, mas investe parte dele para acumular ainda mais capital, aumentando seu poder de compra de mão de obra. Esse ciclo sem fim gera uma desigualdade social e econômica que cresce exponencialmente. Além disso, essa organização cria um problema insolúvel de demanda: a classe trabalhadora não se beneficia financeiramente do aumento da produção, pois todo o lucro é retido pelo capitalista, que o reinveste para aumentar sua acumulação de capital. A oferta aumenta constantemente, mas a demanda não acompanha o mesmo ritmo. Como resultado, as crises são sistêmicas.
A história mostrou que o liberalismo, na prática, não funciona. A "mão invisível do mercado" não existe, e o resultado dessa política será sempre a geração de crises. A intervenção do Estado atenua os efeitos e reduz os riscos. No entanto, a desigualdade de renda resulta sempre em uma demanda insuficiente para absorver toda a produção ofertada. As economias são complexas, envolvendo diversos agentes, países, políticas e culturas. No entanto, pode-se observar que todos os países com maior estabilidade econômica possuem políticas de amparo social. Uma população marginalizada, desempregada, sem acesso à saúde e passando fome não consome, deixando os grandes produtores sem um mercado consumidor. Assim, o equilíbrio nunca é alcançado.
REFERÊNCIAS
1. A história do pensamento Econômico – Robert Heilbroner
2. https://brasilescola.uol.com.br/historiag/crise29.htm

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