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AD2 – Filosoia e Ética Nome: Débora Cajueiro de Mello Machado Matrícula: 17213110246 Curso: Administração Pública Polo: Campo Grande 1. Explique a ideia essencial de John Rawls em sua filosofia política. John Rawls, filósofo liberal do século XX, defendeu em sua obra A Teoria da Justiça, que a liberdade e a igualdade deveriam ser aplicadas à estrutura básica de uma sociedade bem ordenada. Para ele, o princípio da liberdade anterior supera o princípio da igualdade, onde este também supera o princípio da diferença. Ainda segundo Rawls, os princípios de justiça são utilizados para orientar a conduta das partes ou indivíduos que compõem a sociedade, e fundamentar uma sociedade livre e justa, distribuindo bens e direitos. 2. O que Rawls propõe quanto aos critérios de distribuição de bens, na sociedade, e quanto à tolerância religiosa? Em sua teoria da justiça, o filósofo versa sobre a equidade, e apresenta dois princípios de justiça fundamentais, que são a liberdade e a igualdade, que necessariamente precisam estar na constituição do Estado. Sua grande preocupação estava na estrutura básica da sociedade, e sua teoria sugeria resolver os problemas morais nas questões de direitos e deveres dos cidadãos, em assuntos políticos fundamentais. Fazia-se necessário garantir que todos os indivíduos seriam livres em suas escolhas e teriam um conjunto mínimo de direitos fundamentais positivados constitucionalmente, como direito de ir e vir, voto, liberdade de expressão, dentre outros. No que tange à igualdade, no Princípio da Diferença ou Maximin, os indivíduos em desvantagem deveriam receber ajuda para que eles tivessem condições iguais aos demais, e todos os indivíduos deveriam ter as mesmas condições, ferramentas e oportunidades na sociedade. Ou seja, todos deveriam partir do mesmo ponto e com as mesmas oportunidades. Isso se dá através de dois problemas fundamentais: a questão de justiça distributiva; a questão de tolerância decorrente da diversidade cultural e planos dos indivíduos. A questão de justiça distributiva consiste no modo em como as instituições distribuem funções e benefícios decorrentes da cooperação social. A questão de tolerância decorrente das diversidades culturais e planos dos indivíduos consistem além daquelas questões de justiça distributivas, elas vão para o campo religioso, cultural, ao qual o indivíduo tem uma base de como viver a própria vida, baseado em doutrinas diferentes. Para a resolução dessa problemática, Rawls recorre à ideia central da moralidade política liberal: “a prioridade da justiça em face do bem”. Portanto, para Rawls, o Estado deve preocupar-se, além dos direitos e garantias fundamentais, com outros aspectos mais amplos e individuais da sociedade, como a pobreza, a saúde, educação, etc. 3. Explique a crítica dos comunitaristas às teorias de Rawls. Como Rawls responde a essas críticas Os comunitaristas criticavam a equidade, posta na teoria da justiça. Para eles, os liberais estariam procurando maneiras de estabelecer princípios de justiça com a finalidade de determinar a submissão voluntária de todos os indivíduos racionais, mesmo aqueles com perspectivas diferentes sobre a vida. Para eles, Rawls tinha uma visão abstrata de de como a liberdade e igualdade regulariam as práticas ideais. Consideravam que, a prática era superior à teoria, e não seria válido que pessoas que vivem em sociedades reais identifiquem princípios abstratos para sua existência. Além disso, a crítica aponta que essas ações liberais, são vistas como imorais, onde as bases da moral são encontradas na política, e não na filosofia. E também, existe a crítica ao esquema contratualista da teoria da justiça, que procura entender as estruturas da sociedade de uma forma idealizada. Para Rawls, a concepção de justiça como equidade e não apenas como uma teoria moral de justiça, ao qual se situa no berço do liberalismo político. Ele insiste na defesa das principais ideias da moralidade política liberal. Além disso, identifica a preferência da justiça do bem comum e o valor da neutralidade do Estado. Essa é para ele a única forma de organizar a justa convivência política de sociedades divididas entre doutrinas morais, religiosas e filosóficas.
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