AD9_Filosofia

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Nome: Débora Cajueiro de Mello Machado 
Matrícula: 17213110246 
Curso: Administração Pública 
Polo: Campo Grande 
 
AD9 – Filosofia e Ética 
 
1. Quais as críticas de Weber e de Schumpeter às doutrinas clássicas da 
democracia? Explique-as. 
Weber e Schumpeter veem a realidade democrática longe dos moldes das 
doutrinas clássicas, onde a política moderna está associada a sociedades complexas 
e pluralistas. Para eles, a manutenção do sistema político, periodicamente, é 
justificada sob as condições de um mundo racionalizado, e buscam o princípio da 
liberdade de escolha. 
Além dos processos políticos estarem e desencontro com a soberania popular, 
Weber critica o sistema político que considera a “única fonte de direito à violência”. 
Para ele, a política está profissionalizada onde as pessoas que administram o Estado 
são políticos profissionais que trabalham para a centralização do poder, que 
consequentemente, distancia o conceito de democracia. 
Já Schumpeter, reforça o pensamento de Weber sobre as sociedades 
complexas e pluralistas. Ele enfatiza as duas grandes ficções da clássica doutrina 
democrática, a do “bem comum” e a vontade comum, onde está inserida também a 
vontade de “indivíduos racionais”. A primeira diz respeito ao conceito de democracia, 
que serviria na realização dos interesses e valores do povo. Já a segunda, está 
relacionada à questão da sociedade somente ter indivíduos capazes de conduzir e 
justificar suas ações de modo autônomo e racional. Para ele, as duas hipóteses da 
doutrina clássica não passam de ilusão, principalmente a segunda que comprova que 
o povo não é totalmente racional, uma vez que pode ser manipulado a pensar de 
acordo com os interesses daqueles que os controlam. 
Portanto, para ambos as doutrinas clássicas contradizem a realidade política 
contemporânea e há uma total distorção do conceito ideal de democracia. Uma vez 
que, a elite domina a administração do Estado, que trabalha a favor dos próprios 
interesses, e não para os interesses do povo. 
 
 
2. O que propõe Downs em “Uma Teoria econômica da democracia”? 
Downs vê o realismo político ainda distante da metodologia adotada pela elite, 
onde o ideal seria o eleitorado ser capaz de escolher, de forma racional, a melhor 
opção política. E na Teoria econômica da democracia, onde acredita que se pode 
justificar um sistema que regula a distribuição alternada do poder entre governo e 
oposição baseando-se no comportamento racional dos eleitores, acreditando que os 
eleitores adotariam uma posição esclarecida como cidadãos. 
 
3. O que propõem os defensores do pluralismo democrático? 
Os defensores do pluralismo democrático acreditam que as explicações 
realistas são incompletas e parciais, alegando deficiência nos dois casos em 
desconsiderar os grupos intermediários na descrição do jogo democrático e na 
justificação da legitimidade da democracia. 
O pluralismo democrático é atribuído à dinâmica de atos conjuntos na disputa 
pelo poder e também nos processos de tomada de decisões e regulamentações 
jurídicas. 
 
4. Em que consiste o modelo procedimental de democracia proposto por 
Habermas? 
Esta teoria está relacionada à concepção deliberativa da política, onde 
procedimentos democráticos constituem uma condição necessária de legitimidade de um 
sistema político. Para o modelo procedimental, a diferença está na compreensão que cada 
um tem sobre o papel do processo democrático, onde princípios e normas considerados 
democráticos são aqueles que poderiam ser abonados por todos os cidadãos.