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DESENHO A MÃO LIVRE

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DESENHO A MÃO LIVRE: DEFINIÇÃO E TÉCNICAS DE TRAÇADOS
1 INTRODUÇÃO
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No desenvolvimento de todo projeto, o desenho à mão livre é um recurso de grande importância, tanto para contribuir ao processo criativo, quanto para comunicar ideias. Na elaboração dos desenhos, o projetista pode esboçar suas ideias de forma rápida, testando diferentes soluções para o projeto, até alcançar aquela considerada ideal. 
Para realizá-los desta forma, o esboço pode ser utilizado, como uma técnica que não exige a precisão do traço, nem a utilização de instrumentos de desenho, e permitirá a liberdade na formulação do projeto.
2 TÉCNICAS PARA O DESENHO A MÃO LIVRE
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De acordo com Gislon (2016), o desenho a mão livre caracteriza-se por ser leve, rápido e pouco elaborado. É uma etapa inicial, para o desenho final. Ele deve ter qualidade, ser proporcional, e com traço uniforme. Os princípios compositivos que contribuem para a execução de um bom desenho são: 
QUADRO 3 –  TÉCNICAS PARA O DESENHO À MÃO LIVRE
	PRINCÍPIOS
	CARACTERÍSTICAS
	Proporção
	As formas desenhadas não devem ser grandes demais ou pequenas demais em relação ao modelo e em relação umas às outras. Para se obter a noção do tamanho da figura, é preciso comparar sua altura com a sua largura.
	Enquadramento
	A centralização do desenho no papel é muito importante. Recomenda-se que o desenho de objetos com formas predominantemente horizontais seja representado em papel com posição horizontal, e objetos com formas predominantemente verticais sejam representados em papel com posição vertical.
	Eixos centrais
	O uso de eixos é muito útil na construção do desenho, contribuindo para minimizar as distorções na proporção.
	Verticalidade e paralelismo
	Para conseguir manter a verticalidade em desenhos a mão livre, você pode usar a margem do papel como referência.
	Profundidade
	Lembre-se de que os objetos tendem a diminuir de tamanho à medida que se afastam do observador.
	Luz e sombra
	A sombra tem um papel muito importante no desenho e quando executada de forma correta é responsável por dar volume a ele, tornando-o ainda mais expressivo.
	Textura
	A impressão de textura é introduzida no desenho para reforçar o efeito realista de seus elementos.
FONTE: Adaptado de Gislon (2016)
Gislon (2016) ainda apresenta algumas observações para garantir um bom traçado no desenho a mão livre. São elas:
· O lápis (ou lapiseira) deve ser segurado mais solto e não muito próximo da ponta.
· Somente o dedo mínimo deve se apoiar no papel, e a curvatura do movimento deve ser compensada pela contração dos dedos que seguram o lápis.
· Comece com linhas suaves, que depois poderão ser corrigidas ao apertar mais o lápis contra o papel.
· Para garantir a precisão do traço, aconselha-se que sejam traçadas linhas retas unindo dois pontos: colocar o lápis em um dos pontos e manter o olhar sobre o outro ponto (para onde se dirige o traço), traçando a linha num único movimento.
· Retas horizontais devem ser desenhadas da esquerda para a direita, com um movimento giratório do antebraço em torno do cotovelo.
· Retas verticais são desenhadas de cima para baixo, movimentando todo o braço.
· Linhas paralelas devem ser traçadas a partir de vários pontos equidistantes que servirão de referência.
· Para o traçado de linhas mais longas, uma alternativa para obter um traço contínuo é fazer amplos movimentos de todo o braço.
3 ESBOÇO DE VISTAS ORTOGRÁFICAS PRINCIPAIS
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Para executar o esboço de vistas ortográficas principais, você deve considerar os seguintes passos:
1. Analise as dimensões totais de cada vista, demarcando seu espaço através de linhas finas que possam ser eliminadas ao final do trabalho, observando para que o esboço fique todo proporcional.
2. Desenhe o contorno das vistas e seus detalhes principais.
3. Agora, algumas linhas auxiliares poderão ser apagadas e os detalhes do desenho deverão ser verificados. Se estiverem corretos, as linhas principais do desenho já podem ser reforçadas e as de construção apagadas.
4. Caso o desenho seja cotado, este deverá obedecer às regras de cotagem apresentadas na Unidade 1 deste livro de estudos (GISLON, 2016):
4 ESBOÇO DE PERSPECTIVA ISOMÉTRICA
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Para executar o esboço de perspectivas isométricas, você deve considerar os seguintes passos (baseado em GISLON, 2016):
1. No traçado das linhas, é muito importante manter a verticalidade e o paralelismo. Para isso, use como referência as margens da folha.
2. A partir das três vistas ortográficas principais, trace uma reta horizontal e uma perpendicular, que corresponderá ao eixo da altura.
3. Divida cada um dos ângulos retos, em três partes iguais (ângulos de 30°).
4. Marque os eixos isométricos referentes à altura, largura e comprimento.
5. Construa um paralelepípedo com linhas suaves. Este servirá de construção para os demais detalhes.
6. Inicie agora o desenho dos detalhes que fazem parte do objeto, sempre cuidando para manter o paralelismo e a verticalidade.
7. Use como referência os eixos isométricos traçados anteriormente e o paralelepípedo envolvente.
8. Para finalizar, faça a verificação final do desenho, certificando-se de que este está correto em todos os seus detalhes.
9. Apague as linhas auxiliares e reforce a forma do objeto (GISLON, 2016).
FIGURA 9 – ESBOÇO DE PERSPECTIVA ISOMÉTRICA
FONTE: Estephanio (1994) apud Gislon (2016) 
Para garantir a qualidade do traçado de linhas, em um desenho a mão livre, observe as dicas a seguir. Lembre-se de que no desenho a mão livre é importante sempre desenhar com traços leves para que, posteriormente, se corrijam os eventuais erros.
· Evite o uso excessivo de borracha para apagar linhas de construção ou erros.
· Aprenda a controlar a intensidade do traço através da pressão do lápis ou lapiseira sobre o papel. O estudo inicial deverá ser realizado com traços tão leves que, ao reforçar os contornos definitivos, as linhas de construção percam a ênfase, não havendo a necessidade de apagá-las.
Para esboços a mão livre, indicam-se grafites com dureza B ou HB (GISLON, 2016).
LEITURA COMPLEMENTAR
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OS MODOS DE REPRESENTAR AS FIGURAS NO PLANO – A PERSPECTIVA
Tathieli Meneguzzi
Se podemos olhar as coisas do mundo de forma perspectivada, por quê, muitas vezes temos dificuldades em compreender uma figura geométrica em sala de aula, se esta é desenhada utilizando esta técnica? Muitas pesquisas na última década têm tentado responder a esta pergunta. Destas, algumas pesquisas colocam o olhar em posição de destaque. Segundo Flores (2007a, p. 79) ‘tem-se buscado cada vez mais variados procedimentos que possam ser colocados em prática em sala de aula, dando ênfase à ligação entre a aprendizagem da geometria e o saber ver as representações das figuras geométricas’. Desta forma a habilidade de visualização espacial nos alunos é colocada em pauta. É fundamental compreender a percepção das informações visuais, não somente para a formação matemática dos alunos, mas também para sua formação de maneira geral, principalmente em um mundo que se vale cada vez mais de símbolos para representar o real (MENEGUZZI, 2009, p. 18).
Por que o enfoque na perspectiva? Não existem diferentes formas de representar? A perspectiva é a técnica de representação mais utilizada na escola. Fora isto, esta técnica foi criada como um método capaz de reproduzir de modo real o que vemos. Além do mais, ela é “oriunda de problemas de representação do espaço tridimensional, inserida num campo de conhecimento específico, pautada por um novo modo de olhar (...)” (FLORES, 2007a, p. 77), o que reflete o modo como construímos os nossos conhecimentos, ensinamos e sabemos e o modo como olhamos tudo a nossa volta.
Além disso, Piaget e Inhelder (1973) afirmam que os conhecimentos se dividem entre o realismo e a representação do objeto, e que o uso da perspectiva se faz, afastando-se da observação, e aproximando-se da representação mais elaborada e tida como adequada, a partir de um determinado ponto de vista. Também afirmam que o conhecimento em duas ou três dimensões não é inato. Logo, não há como o sujeito apreendero espaço e compreendê-lo geometricamente sem um olhar específico, um olhar matemático. Também afirmam que a aprendizagem específica da perspectiva necessita de noções de representações gráficas do espaço projetivo. Rosa (1998) afirma que “somente com o uso da geometria é possível identificar o quanto será menor o objeto que está mais longe, ou em que proporção os intervalos se reduzem, ou para que ponto devem convergir as linhas”. Assim, geometria e perspectivas são ciências que devem ser trabalhadas em conjunto. Compreender figuras espaciais significa saber olhar, representar e compreender os processos pelos quais os saberes se organizam e dão possibilidade ao olhar de compreender uma representação.
FONTE: MENEGUZZI, T. Os perspectógrafos de Dürer na educação matemática: história, geometria e visualização. Universidade Federal de Santa Catarina (Programa de Pós-graduação em Educação Científica e Tecnológica), Dissertação de Mestrado, Florianópolis – Santa Catarina, 2009.
RESUMO DO TÓPICO
· O desenho a mão livre é uma etapa inicial para o desenho final. Ele deve ter qualidade, ser proporcional, e com traço uniforme.
· Para elaborar um desenho a mão livre, o profissional deve seguir determinados princípios (proporção, enquadramento, eixos centrais, verticalidade, paralelismo, profundidade, luz e sombra, textura).
· No traçado das linhas, é muito importante manter a verticalidade e o paralelismo.
· É importante evitar o uso excessivo de borracha para apagar linhas de construção ou erros.
· Aprenda a controlar a intensidade do traço através da pressão do lápis ou lapiseira sobre o papel.
· O estudo inicial deverá ser realizado com traços tão leves que, ao reforçar os contornos definitivos, as linhas de construção percam a ênfase, não havendo a necessidade de apagá-las.

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