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LIS MARTINS - 5º PERÍODO - MEDICINA MIOPATIAS História clínica Queixas relacionadas a motricidade Exame neurológico Fraqueza muscular Hipotonia Hiporreflexia Ausência de fasciculação Sensibilidade geral normal Suspeitar quando: ● Fraqueza muscular não progressiva ● Fraqueza muscular progressiva. ● Fenômenos episódicos (paralisia periódica/miotonia) ● Fadiga precoce, mialgias, cãibras, mioglobinúria e rabdomiólise DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE ● Ocorre uma substituição progressiva da musculatura por gordura e fibrose após necrose e atrofia ● Etiologia hereditária ligada ao X: Acomete majoritariamente o sexo masculino ● Idade de início do quadro: 3 aos 5 anos com óbito por volta dos 20 anos OBS.: Distrofia Muscular de Becker possui os mesmos sintomas da Duchenne, porém com uma formação parcial da distrofina, motivo esse que faz com que o início se dê por volta dos 10 anos, progressão lenta e maior taxa de sobrevida Sinais de Duchenne ● Quedas frequentes ● Dificuldade para correr e para subir escadas ● Pseudo-hipertrofia das pantirrilhas (Substituição por gordura) ● Alterações da coluna vertebral ● Marcha sobre hálux ● Sinal de Gowers (Criança se levanta do chão se apoiando no próprio corpo) Outras coisas que podem ocorrer: ● Leve deterioração intelectual ● Contraturas articulares graves ● Miopatia cardíaca ● Complicações respiratórias Tratamento - Visa melhorar a qualidade de vida ● Suporte Evitar sobrecarga muscular Prevenção de deformidades Tratamento respiratório Adaptação para atividades Suporte cardiológico Prevenção da osteoporose ● Medicamentoso Corticoides - Prednisona em uso precoce para proteção cardiovascular Diagnóstico ● Avaliação genética ● Dosagem de CPK DISTROFIA FASCIOESCAPULOUMERAL ● Afeta a face, musculatura proximal de membros superiores e distal de membros inferiores ● Poupa músculo deltóide ● Mialgia ● Fraqueza pode ser assimétrica ● Surdez ● Poucas complicações cardíacas e respiratórias ● Fenômeno de antecipação (Cada geração afetada a doença vem mais cedo) MIOPATIAS INFLAMATÓRIAS Poliomiosite ● Fraqueza proximal, simétrica, mialgia ● Mais comum em mulheres a partir da segunda década de vida ● Associação com doença intersticial pulmonar Dermatomiosite Síndrome deficitária motora simétrica proximal aguda/subaguda ● Fraqueza muscular semelhante a polimiosite ● Alterações cutâneas (Sinal de Gottron, heliotropo, eritema em áreas expostas ao sol) ● Ocorre tanto em adultos quanto em crianças ● Comum em mulheres ● Associação com malignidades e doença intersticial pulmonar Diagnóstico para miopatias inflamatórias ● Quadro clínico sugestivo ● Biópsia muscular: Inflamação ● CPK elevada ● Eletroneuromiografia alterada Tratamento ● Corticóide ● Interna o paciente e faz o próximo passo ● Pulsoterapia com corticoide ou imunoglobulina na fase aguda ● Methotrexate ● Azatiopina ● Tacrolimus, ciclofosfamida, ciclosporina, micofenolato Ex. de coduta: Internar pacciente e realizar pulsoterapia com corticóide 1g EV por 5 dias, após isso, encaminhas a reumatologia OBS.: Lembrar que existe miopatia metabólica e induzida por drogas Ex.: Corticoide acima de 40mg/dia cronicamente afeta musculatura proximal, geralmente sem aumento de CPK. DOENÇA DE PLACA MIONEURAL ● Miastenia Gravis ● Eaton-Lambert ● Botulismo Miastenia Gravis - Pré-sináptica Quadro clínico: Fraqueza flutuante e simétrica dos membros, afeta prinicpalmente músculos oculares e fasciais, é notada também fraqueza da musculatura orofaríngea e em casos mais graves ocorre insuficiência respiratória ● O repouso é um fator de melhora e atividade física é um fator de piora 1. Fenda sináptica mais larga dificulta a ligação da acetilcolina e facilita a sua captura pela acetilcolinesterase 2. Destruição dos receptores de accetilcolina 3. Competição de anticorpos nos receptores Diagnóstico ● Dosagem de anticorpos anti r-Ach e Anti-Musk. Duchenne: Ausência da proteína Distrofina na membrana que reveste a superfície dos sarcômeros Fisiopatologia: A miastenia gravis é uma doença auto-imune na qual o organismo cria anticorpos que competem e se ligam aos receptores de acetilcolina na junção neuromuscular (mioneural) causando a sua degradação, além disso vale ressaltar que a fenda sináptica é mais alargada, dificultando a ligação da acetilcolina e facilitando sua captura pela acetilcolinesterase. LIS MARTINS - 5º PERÍODO - MEDICINA ● Teste de estimulação repetitiva na eletroneuromiografia (vai apresentar padrão decremental - as ondas vão dimminuindo) ● Eletromiografia de fibra única: É o mais específico, mas é bem mais complicado de se realizar, é feito caso o diagnóstico não possa ser concluído com os dois outros OBS.: Sempre solicitar TC de tórax (Buscar timoma) Tratamento ● Piridostigmina (Inibidor da acetilcolinesterase, ajuda no ganho de força por aumentar a biodisponibilidade de acetilcolina) ● Costicosteróides ● Imunosupressores ● Timectomia Crise miastênica É uma complicação grave e aguda em um paciente com Mistenia Gravis que pode ser causada por uma infecção ou pelo uso de medicamentos que podem desencadear a crise. É muito comum o paciente entrar em insuficiência respiratória OBS.: Na prova ja foi utilizado um caso de crise miastênica em paciente que teve malária e tratou com cloroquina. Tratamento: Internar o paciente e administrar plasmaférese ou imunoglobulina, além disso, é necessário investigar a causa, perguntar do uso de medicamentos e realizar triagem infecciosa com hemograma, PCR, RX de tórax, EAS, avaliação geral do paciente. Doença de Eaton-Lambert - Pós-sináptica ● É uma doença autoimune que forma anticorpos anti canais de cálcio que vai impedir que a acetilcolina seja liberada na fenda sináptica ao se ligarem nas vesículas sinápticas OBS.: Pode ser uma síndrome paraneoplásica, geralmente relacionada ao câncer pulmonar de pequenas células. Ou seja, investigar. Quadro clínico: ● Fraqueza em cintura pélvica e escapular ● Reflexos abolidos ou ausentes ● Força muscular melhora após exercício ● Musculatura ocular tende a ser poupada → Atividade física é um fator de melhora do quadro clínico por forçar a liberação da acetilcolina para a fenda sináptica Diagnóstico ● Teste de estimulção repetitiva na eletroneuromiografia Diferente da miastenia gravis, aqui vamos ter um padrão incremental (As ondinhas vão subindo)
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