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Leishmaniose- RESUMO MILENE

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Leishmaniose - Resumo Completo:
Introdução geral sobre Leishmaniose
Reino protista – Protozoários;
Organismos heterótrofos, possuem cílios ou flagelos ou movimentam-se com uso de pseudópodos;
Esporozoários: Obrigatoriamente parasitas;
Transmitida pelo mosquito palha; 
Alvo desse parasita: MACRÓFAGOS.
· Leishmaniose Tegumentar Americana;
· Leishmaniose Tegumentar Velho mundo;
· Leishmaniose Visceral Americana;
A Leishmaniose é uma infecção causada por um protozoário e possui tendência a ser endêmica em regiões onde existam vetores e os mamíferos atuam como hospedeiros e reservatórios desse parasita.
O protozoário apresenta duas formas morfológicas, a amastigota e a promastigota e, completa o seu ciclo biológico em dois hospedeiros. A forma amastigota do parasita ocorre no hospedeiro vertebrado, e a forma promastigota ocorre no hospedeiro invertebrado, que serve como vetor.
Os cães são um importante reservatório da doença e não há cálculos exatos de quantos animais são infectados já que grande parte se mantém assintomática e a doença permanece de forma incubada podendo se manter assim por anos.
A infecção é comum em áreas rurais ou zonas distantes da cidade, porém devemos considerar que o número de casos na área urbana tem sido cada vez mais reportado o que coloca em risco a segurança de muitos cães e dos seres humanos.
A proximidade entre as habitações, a alta densidade populacional e a grande suscetibilidade da população á infecção contribuíram para a rápida expansão da LV no ambiente urbano.
O mosquito flebotomíneos da sub-família Phlebotomus- Lutzomyia são vetores primários. Os flebotomínes-fêmea alimentam-se no hospedeiro vertebrado e ingere as amastigotas que em seguida se transforma na forma promastigota flagelada no inseto. Estas formas são injetadas na pele do hospedeiro vertebrado durante a alimentação do inseto.
Os promastigotas são fagocitados por macrófagos e se disseminam por todo o corpo. Quando ocorre a ruptura dessas células, os parasitos livres invadem outras células, ou são fagocitados.
Apesar de ser uma doença de notificação compulsória, os dados disponíveis são baseados na detecção passiva de casos. O número de pessoas expostas à infecção ou infectadas sem sintomas é em algumas áreas muito maior do que o número de casos detectados.
O Processo de expansão geográfica e urbanização da LV conduzem à necessidade de se estabelecer medidas mais eficazes de controle, já que na maior parte dos estudos sobre epidemias urbanas tem sido relatado o encontro de cães infectados, e em algumas áreas foi possível observar que a LV canina precedeu o aparecimento da doença humana.
Ciclo de transmissão da Leishmaniose
A leishmaniose é uma enfermidade metaxênica, onde o agente passa por transformações no organismo do vetor, neste caso o flebotomíneo. O ciclo tem início com a inoculação de formas infectantes do parasito (promastigota metacíclico) no hospedeiro durante o repasto sanguíneo.
Ao atingirem a circulação sanguínea, as formas promastigotas de leishmania utilizam de mecanismos próprios para sobreviver à lise celular, que será ativada pelo sistema complemento. Devido a este mecanismo protetor, a leishmania sobrevive ao ataque do hospedeiro e ainda consegue invadir macrófagos através da manipulação de receptores celulares.
A invasão de macrófagos é uma estratégia essencial para a sobrevivência da Leishmania. Dentro deles, o parasito está protegido contra a resposta imune do hospedeiro e ao mesmo tempo, está exposto à ação do pH ácido e enzimas, além de outros fatores microbicidas que protegem o agente de um ataque bacteriano e possibilita sua multiplicação. Uma vez infectado, o hospedeiro torna-se reservatório do agente. O cão é o principal reservatório doméstico. 
A transmissão por transfusão sanguínea é pouco efetiva (pois parasita tem que sobreviver á estocagem de sangue) – Pode ocorrer em cães.
DIAGNÓSTICO DA LEISHMANIOSE
Estão disponíveis para o diagnóstico, testes diretos e indiretos como: cultura, sorologia, citologia e testes moleculares. 
O uso de sorologia no diagnóstico rotineiro da enfermidade é praticado por sua facilidade de execução e boa sensibilidade. Entre os métodos sorológicos existentes para se fazer o diagnóstico da leishmaniose visceral, podemos citar: Ensaio Imunoenzimático (ELISA), Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), teste de aglutinação direta (DAT) e Western blot.
Animais suspeitos que forem reativos para leishmaniose nos testes sorológicos, recomendam-se confirmar parasitologicamente e realizar a caracterização do parasito para fins epidemiológicos.
O diagnóstico molecular com o uso da técnica de Reação em Cadeia Polimerase (PCR) tem demonstrado bons resultados em estudos com cães, flebotomíneos e humanos. Contudo a PCR em tempo real proporciona valores próximos à 98,7% e 83,3% respectivamente para sensibilidade e especificidade, sendo capaz de detectar a enfermidade em 99% dos animais assintomáticos. Além disso, a PCR em tempo real, tem a vantagem de produzir resultados rapidamente, reduzindo as chances de contaminação laboratorial e obtenção de resultados falso-positivos.
Sinais clínicos:
As lesões leishmaniosas ocorrem na pele e em órgãos viscerais. Os cães geralmente desenvolvem leishmaniose visceral. Perda de peso diante de apetite normal aumentado, poliúria, polidipsia, debilidade muscular, depressão, vômito, diarréia, tosse, epistaxe, espirro, melena são as queixas mais comuns à apresentação. A hiperqueratose é o achado mais importante, onde há excessiva descamação da epiderme com adelgaçamento da mesma, despigmentação e ressecamento dos focinhos e coxins. Os sinais mais comuns associados ao envolvimento visceral são a perda de peso e redução da atividade. Geralmente, a perda de peso mais profundo ocorre secundariamente à insuficiência renal induzida por complexo imune, que é também a principal causa de morte.
A esplenomegalia é nítida em muitos casos. Os sinais mais chamativos são os cutâneos. O pêlo perde o brilho, fica áspero e se desprende por zonas mal delimitadas. As unhas ficam quebradiças e compridas. Pode haver prurido ou não.
Os gânglios regionais ficam hipertrofiados. O envolvimento ocular pode ser evidenciado na forma de conjuntivite e, menos comumente, ceratite, uveíte anterior, e panoftalmite. Diferenças na virulência do parasito podem explicar esta diversidade de sinais clínicos. Mas, as intensidades dos sinais não dependem unicamente de fatores relacionados ao parasito. Consequentemente foram relacionados que a idade, a genética e o estado nutricional são fatores determinantes na expressão da enfermidade no organismo animal, a desnutrição é outro fator de risco para o desenvolvimento da doença.
Os vetores da leishmaniose visceral são insetos, dípteros, psychodideos, que pertencem ao gênero Phlebotomus no Velho Mundo e Lutzomyia no Novo Mundo e são capazes de transmitir o agente infeccioso. De acordo com Killick-Kendrick & Ward, para se incriminar uma espécie de flebotomíneo como vetor de leishmaniose, estes insetos precisam estar de acordo com alguns critérios: demonstrar antropofilia, contato vetor-humano e caracterização de infecções naturais com a mesma espécie de leishmania no humano e no inseto.
Medidas de prevenção e controle da Leishmaniose:
Medidas de Controle e prevenção, temos quatro métodos estão disponíveis para prevenir a disseminação da leishmaniose na população canina. Vacinação, o mais recente método, o fornecimento de proteção para os cães contra as picadas dos flebotomíneos através de colares ou repelente de uso tópico, é o segundo método. O terceiro é a 24 realização de vigilância sorológica seguindo da eliminação dos animais soropositivos, e o último método é o tratamento dos animais soropositivos.
Os programas de controle visam interromper o ciclo de transmissão do agente e reduzir a incidência de infecção em cães e em humanos. Dentre as medidas de controle da leishmaniose no Brasil, a eutanásia de cães infectados é uma medida oficial.
Contudo, não é universalmente aceita, pois mesmo com sua aplicação aindanão obtiveram uma redução significativa de incidência da doença em humanos e cães. Alguns fatores podem ser determinantes por esta falta de efetividade, como a rápida reposição de animais (introduzindo filhotes susceptíveis) a limitada sensibilidade e especificidade dos testes sorológicos de triagem e falta de apoio dos proprietários para permitir a eutanásia dos cães
A interrupção da transmissão da doença através da adoção de medidas de controle do vetor pode ser a alternativa menos onerosa e mais prática. Além disso, ainda pode ser utilizada como medidas preventivas em diferentes áreas onde a doença ocorre. Contudo, a grande dificuldade de controle da leishmaniose está associada ao vetor, pois possui complexa biologia e ecologia.
O controle das formas intermediárias dos flebotomíneos não pode ser aplicado como ocorre nos mosquitos (que tem fase de desenvolvimento em água), tanto o ovo, como as larvas e a pupa desenvolvem em uma grande diversidade de sítios reprodutivos no solo. O que faz do controle destes estágios impraticável.
Por isso, o estabelecimento de medidas de controle de animais originados das áreas de risco e o estimulo da proteção parcial às picadas dos insetos (obtida pelo uso de repelentes em coleiras ou aplicações tópicas) podem ser medidas preventivas para a interrupção da transmissão do agente.
Dois estudos realizados na região sudeste do Brasil, apontaram que a vacinação em massa de cães pode corresponder a uma redução dos níveis de soroprevalência em cães e, também, na redução de incidência em humanos. Mas, a vacina disponível não demonstra eficácia ainda e pode interferir na discriminação diagnóstica, por isso é desaconselhado sua utilização até que novos estudos sejam feitos e avaliados por órgãos competentes. Portanto, ações que atingem caninos, e não abrangem humanos e reservatórios silvestres, serão ineficientes para o controle da enfermidade.
Leishmaniose Tegumentar Americana
-Zoonose;
-Contamina o homem e diferentes espécies de animais domésticos e Silvestres; 
-Enfermidade de pele e mucosas;
Lesões ulcerativas indolores , únicas ou múltiplas.
· Hospedeiro vertebrado (definitivo) : Roedores, edentados, marsupiais, canídeos, primatas e homem.
· Hospedeiro invertebrado (intermediário): Mosquito palha ou birigui (Lutzomya sp).
Morfologia: 
AMASTIGOTA (Ovóides ou esféricas, sem flagelo, encontadas nas células do hospedeiro definitivo).
PROMASTIGOTA (Alongado som flagelo anterior que predominam no sistema digestivo do vetor).
PARAMASTIGOTA (Ovóides os esféricas, aderidas ao trato digestivo do vetor pelo flagelo, são pouco encontradas).
Ciclo biológico do vetor:
Flebótomo pica o hospedeiro vertebrado e ingere macrófagos com parasitados com amastigota, no tubo digestivo, rompe o macrófago e adquire forma promastigota (intensa replicação).
Migram para o intestino e adquirem forma paramastigota, continuando replicação.
Migram para o esôfago e laringe e retorna a forma promastigota.
Processo dura 3 á 5 dias dependendo da espécie.
Patogenia:
Início das lesões varia de 2 semanas á 2 meses após picada do inseto. Lesões semelhantes independente da espécie de leishmania. Lesão ulceraiva da epiderme e membrana basal, com bordas elevadas em moldura.
Epidemiologia:
Mamíferos agem como reservatórios e zoonose ocorrem com a presença do homem.
Alguns mamíferos não apresentam sinais clínicos (boa relação parasita-hospedeiro por seleção natural)
Distribuição geográfica ampla no Brasil, (principalmente L. Brasiliensis)
Só deve principalmente pela destruição de florestas e introdução do flebótomo no meio peri-urbano.
Profilaxia:
Difícil, pois teria que ser feita a nível florestal. Repelentes e mosquiteiros de malha fina. Construção de casas com distância mínima de 500m da área florestal.
Existem estudos constantes para desenvolvimento de vacinas contra leishmaniose, mas a proteção obtida ainda é apenas de 50%. Á CONTROVÉRSIA PARA VACINA COMERCIAL PARA CÃES.
Diagnóstico:
CLÍNICO: Características da lesão, bordas elevadas e indolores, cordão linfático com nódulos ulcerados semelhantes á esporotricose.
EPIDEMIOLÓGICO: Animal de região endêmica ou esteve em região endêmica.
LABORATORIAL: Biópsia ou citologia da lesão, cultura da lesão e visualização de formas amastigotas.
SOROLOGIA: ELISA, exame negativo não descarta.
PARASITOLÓGICO: PCR (Pesquisa do DNA do parasito).
Tratamento:
Não há tratamento, animal permanece como reservatório, é uma doença de notificação compulsória, onde se deve tentar eliminar os cães infectados.
 
Leishmaniose Visceral
-Leishmaniose visceral ou calazar.
- HETEROXÊNICAS.
- Africa, Ásia, Europa e América (endêmica em 62 países), sendo 90% dos casos na ìndia, Bangladesh, Nepal, Sudão e Brasil.
-Doença crônica, grave e de alta letalidade.
Fatores de risco: 
Desnutrição, drogas imunossupressoras e HIV (homem).
Ciclo biológico:
Semelhante a Leihmaniose tegumentar (Amastigota, promastigota e paramastigota). Pode envolver rins, intestinos pulmões e pele.
Sinais clínicos:
60% dos cães podem ser assintomáticos, sinais após meses ou anos.
Hepato e esplenomegalia, atrofia de medula óssea, linfopenia, anemia, blefarite, conjuntivite, ceratite, na derme: eritema, prurido, alopecia, hiperqueratose. Onicogritose (aumento e curvatura de unhas). Linfonodos aumentados.
 Alteracões renais – Glomerulonefrite pela presença de imunocomplexos.
Diagnóstico:
Clínico associado a áreas endêmicas. 
Laboratorial: ELISA
Parasitológico: Punção de linfonodos e medula óssea, punção hepática (perigoso) e PCR.
-Pode ser confundida com Sarna Demodécica
-Evolução lenta
Tratamento:
Recomendação é eutanásia para cães positivos. (termo de responsabilidade caso tutor se recuse).

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