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Dibe Neutropenia Febril Neutropenia febril: − Emergência oncológica mais comum decorrente do efeito mielossupressivo da QT ou RDT − Febre: 38.3 graus; 38 em 2 medidas com intervalo de 1 hora; − Neutropenia: Neutrófilos <500 cél; <1000 com tendencia a queda nas próximas 48 horas; o Neutrófilos: são todos os elementos acima do segmentados (somar metamielócitos, bastonetes e segmentados); ▪ NADIR: menor pico de neutrófilos do D7 ao D14 (dia pós quimioterapia); OBS: o nadir refere-se ao período da menor contágem de células após a 1ª aplicação do quimioterápico ou após o primeiro “ciclo” ▪ D1: 1º dia que infundiu o medicamento; − Epidemiologia: maior nas neoplasias hematológicas (80%), tumores sólidos (10-50% ao longo de todo tto); ambas após pelo menos 1 ciclo de QT; − Fatores de risco: intensidade da QT; presença e o grau de lesão da mucosa gastrointestinal (diarreia, afta, mucosite); presença de danos subjacente para as cél do paciente-tronco hematopoiéticas; QT+RDT juntas; estado geral do pct; comorbidades; estágio da doença − Sinais/Sintomas: pode não ter febre (avaliar clinicamente: PA, FC, FR), principalmente idosos e pcts que usam corticoide cronicamente; se apresentar sinal de deteriozação clinica (hipotensão princ.) é um pct grave; − Patogênese: depende da virulência do patógeno; imunidade do hospedeiro; tumor hematológico é fator de risco adc; ocorre tb redução da ação dos neutrófilos restantes; estarão afetas a imunidade celular e humoral; Origem da infecção: bactéria endógenas do TGI decorrente da QT que causas micosite propiciando a entrada das bactérias, outras; 25% são encontrados nas culturas; 80% são bact. endógenas gram positivas; o Gram -: E. Coli, Klebisella sp, Pseudomonas aeruginosa o Gram +: Coagulase negativa; S.aureus; Infecções fúngicas: maior risco se alta duração e evolução da neutropenia, antibióticos e pós QT; o Fungos: Cândida: infecção de cateter, mucosite; Aspergillus: infecção de pele, sinusite; − Avaliação do pct: o Anamnese completa; o Exame físico completo + sinais vitais; ▪ Ausculta cardíaca, pulmonar, linfonodos, pele, cavidade oral e peri retal, avaliar cateteres, exame de fundo de olho; evitar toque retal ▪ PA; Temperatura; FC; FR; − Laboratoriais: o Hemograma; o Função renal (eletrólitos, creatinina sérica, uréia sérica) o Função hepática (Bilirrubinas, transaminase) o Se presente confusão mental (pedir punção lombar e exame de imagem); o Hemocultura; mínimo duas ▪ Uma de cateter e uma periférica; ▪ Duas de sítios periféricos diferentes; − Imagens: o Raio-x de tórax;* o Tomografia de tórax (maior sensibilidade);* o TC de seios da face; o Comum não ter achados mesmo com pneumonia (não vai ter consolidação, pus, piúria) o Repetir se houver aumento dos sintomas ou persistência; − Critérios de risco em pacientes com neutropenia e febre: − MASC: mais usado e mais prático para decidir se vai internar ou não − Medidas gerais: lavagem de mãos, dieta adequada; Isolamento: obrigatório em casos de transplante de células hematopoéticas precursoras. − Antibioticoterapia empírica; Intervenção precoce e dose alta; Organismos mais virulentos primeiro (sepse) − Antibioticoterapia: anamnese, alergias uso de ATB recente, resultado de cultura e infecção nosocomial, foco de infecção suspeita, preferencialmente bactericida e IV, acompanha com clínica, hemograma e cultura; o Foco na infecção SUSPEITA; Dibe − TRATAMENTO: Paciente baixo risco: o Terapia VO ou IV; o Ciprofloxacina (pseudomonas) + Amoxicilina + Clavulanato (Clavulim) ▪ Posso trocar de IV para VO sem problemas se absorção adequada; o Paciente ambulatoriais com febre persistente ou se recorrer dentro de 48 horas-> tratar como pct de alto risco e readmissão hospitilar; Paciente alto risco: o Monoterapia com atb anti pseudomonas: Cefepime, Meropenem, Imipenem/ Pipetazo; ▪ Ver com o comitê hospitalar; o Se em 3 dias o pct não melhorar: faz a cultura de novo, troca o antibiótico e associa com algum desses: ▪ Associação: (Vanco/ Metronidazol/ Anti fúngico); o Além disso: se pct grave ou instáveis: associar algum da monoterapia + associação; o Modificação: hemocultura com bactéria resistente ou instabilidade clinica; persistência de febre; identificação do foco; − Duração do tratamento: o Melhora em 24-48 horas; se não melhorar troco! o Manter os antibióticos por 7 dias; suspende no 7º dia, se ainda tiver febre ou neutropenico não tirar o atb; o 48 horas afebril; neutrófilos > 500 (e com tendencia a aumentar); TIFLITE (enterocolite neutropênica): − Potente ameaça de vida no paciente neutropênico febril, principalmente naqueles sob intensiva terapia citotóxica e com leucemia − Quadro clinico: dor abdominal (QID), dor a descompressão súbita, diminuição dos sons intestinais, febre e diarréia − Diag: clinico + tc de abdome (espessamento de alças) − Risco: sepse, perfuração intestinal e hemorragia; − Tto: Metro + Cefepime// Metro +Meropenem// Imipenem + Metro// Para profilaxia de pacientes de alto risco de recorrência: Fator mieloide de crescimento (Filgrastim): − Fator hematopoiético específico para linhagem de granulócitos o Profilaxia primária: após a admda QT quando neutropenia é provável o Profilaxia secundária: durante retratamento após um ciclo anterior de QT que causou neutropenia febril − Antes de ter neutropenia febril, isto é, neutropenico afebril = para encurtar a duração da neutropenia induzida por QT severa em pacientes que tenham neutropenia sem febre − Paciente já neutropenico febril = Não recomendado – sem redução da mortalidade − Filgrastim profilático: injetar após 24-48 horas após QT; aumenta os neutrófilos no 7-10º dia; o Ampola de uso diário: o Pegfilgastim: não tem no SUS; equivale a 7 seringas; uso semanal; o Pegfilgastrim Neogastrim que é colado no braço e programa para auto injetar;