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Nathália Machado – Tut 01 – MedFTC 22.1 ITU introdução A infecção do trato urinário na gestação é a infecção mais frequente no ciclo gravídico (15%). Pode ser classificada em: A gestação ocasiona modificações, alguma mediadas por hormônios que favorecem a ITU, como a estase urinária por redução do peristaltismo uretral, aumento da produção de urina, glicosúria e aminoacidúria, favorecendo o crescimento bacteriano e infecções. A progesterona é um dos hormônios que influenciam em modificações facilitadoras de ITU. Os principais microorganismos encontrados são: - E. Coli: 70% Outros: estreptococos, estafilococos, klebsiellas, proteus, pseudomonas, enterococos, entre outros. A infecção do trato urinário está relacionada a vários riscos: Rotura prematura de membranas; Aborto; TP prematuro; Corioamnionite: pode ocorrer devido à produção de prostaglandinas estimulada pela presença de bactérias e quadro infeccioso; Baixo peso ao nascer; Infecção neonatal; Septicemia na gravidez; Anemia: ocorre por disfunção medular devido ao acometimento sistêmico do quadro séptico, além da hemólise mediada pela liberação de endotoxinas; Falência renal aguda por abscessos, microabscessos e pielonefrite supurativa. Nathália Machado – Tut 01 – MedFTC 22.1 BACTERIURIA ASSINTOMÁTICA Definida como a condição clínica em que a gestante está assintomática com urocultura positiva > 100.000 colônias/ml. Se não tratada existe a possibilidade de progressão da infecção e estabelecimento de uma pielonefrite. Por isso o rastreio deve ser universal e realizado no 1ºT (primeira consulta) e 3ºT (26-28s). Se paciente com fatores de risco, como litíase e mal formação, o rastreio deve ser mensal. O tratamento será com uma das opções acima. A fosfomicina é mais cara e a cefalexina mais usada no SUS. Outras opções: amoxicilina com ou sem clavulanato/cefuroxima/ampicilina, se o patógeno for o S. agalactiae ou E. faecalis. CISTITE É uma infecção sintomática do trato urinário baixo. Na análise do sumário pode ter leucocitúria (>10/campo) e hematúria e na urocultura > 100 mil/campo. Não é para esperar o resultado para iniciar o tratamento, a urocultura serve para confirmação diagnóstica, direcionamento do ATB se necessário e controle de cura (1- 2 semanas pós término do tratamento). O tratamento poderá ser feito com: A nitrofurantoína e a amox+clavulanato não são indicados a partir da 36º semana devido ao risco do RN desenvolver anemia hemolítica e icterícia. Se disúria intensa pode utilizar um analgésico: - Fenazopiridina 200 mg VO 8/8h por 48h PIELONEFRITE Se trata de uma infecção urinária do trato alto com comprometimento do ureter, pelve e parênquima renal. A paciente cursa com febre, dor em flanco, náusea, vômitos, lombalgia e desconforto costovertebral. Os sintomas urinários semelhantes aos das infecções do trato baixo podem ou não estar presentes. O sinal de Giordano positivo fala a favor da pielonefrite. Pode cursar com sepse e trabalho de parto prematuro. Nathália Machado – Tut 01 – MedFTC 22.1 O tratamento sempre será hospitalar com monitorização dos sinais vitais, sinais de gravidade e diurese. O ATB será empírico: - Ceftriaxone 2g, EV a cada 24h por 10-14 dias. Desescalonar conforme antibiograma. Se resposta insatisfatória deve pensar em abscesso renal ou litíase. PROFILAXIA DE RECORRÊNCIAS
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