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Resumos de pediatria STHEPHANIE ALMEIDA Anamnes� � Exam� físic� Consultas: - mensal até 6°mês - trimestral de 6 ao 12°mês - semestral de 12-24 meses Frequência cardíaca: - RN 90-180 - 6 meses 105-185 - 1 ano 106-170 - 2 anos 90-150 - 4 anos 72-135 - 6 anos 65-135 - 10 anos 65-130 Frequência respiratória´: taquidispneia - < 2 meses: > 60 - 2 meses - 1 ano: > 50 - 1-5 anos: > 40 - >5 anos: >20 Cresciment� d� crianç� Peso ao nascer a média é 3,4 kg e a perda fisiológica até 10% ao 7°dia com recuperação até o 14° dia P= idade x 2 + 9 1° trimestre: 700 g/mês 2° trimestre: 600 g/mês 3° trimestre: 500 g/mês 4° trimestre: 400 g/mês pré-escolar: 2 kg/ano escolar: 3-3,5 kg/ ano Estatura o comprimento médio ao nascer é de 50 cm A= (idade-3) x 6 + 65 1° trimestre: 8-9 cm 2° trimestre: 6-7 3° trimestre: 5 cm 4° trimestre: 5cm 2°ano: 12 cm/ ano Perímetro cefálico ao nascer a média é 35 cm 1° trimestre: 2 cm/mês 2° trimestre: 1 cm/mês 3° trimestre: 0,5 cm/mês 4° trimestre: 0,5 cm/mês 1 ano: 12 cm/ ano 2 anos: 2 cm/ano Crescimento: sempre considerar a velocidade de crescimento e não só a altura - fase de crescimento rápido e velocidade menos: vao dos 2.5 - 3 anos - fase de crescimento mais estável e desaceleração lenta: até o início da puberdade - fase de estirão de crescimento rápido: puberal Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte - Distúrbios do crescimento: sempre perguntar a estatura dos pais e fazer a média ( altura mãe + altura pai/ 2) para estimar altura da vida adulta pois temos que saber o alvo genético. - Desse valor se for menino + 6,5 - Desse valor se for menina - 6,5 Atraso constitucional no desenvolvimento: criança com evolução abaixo do esperado do ponto de vista genético. Normalmente a história dos pais é de maturação tardia onde eles cresceram no limite superior do possível para a normalidade, e isso vai refletir na criança. A velocidade de crescimento está normal só que o alvo genético está alterado. - peso e estatura diminuem perto do fim da infância e ficam paralelos ao normal na idade escolar, acelerando no fim da adolescência, sendo a estatura final normal. - abaixo de 2 desvio padrão ( percentil 3) sempre pensar em síndrome de turner em meninas ou síndrome de Noonan em meninos - Síndrome de turner: é uma síndrome genética onde a menina terá baixa estatura enquanto os pais têm estaturas maiores; têm nevos pigmentados. alterações cardíacas como coarctação da aorta e renais e não há maturação sexual sem pelos pubianos e desenvolvimento da mama - tanner m1p1. Quando RN podem apresentar linfedema no dorso das mãos e pés. Na investigação percebe-se que seu cariótipo é 45 X0 - Síndrome de Noonan: comum no menino tendo dismorfismo facial, hipertelorismo, pescoço alado, baixa estatura, cardiopatia congênita ( estenose pulmonar) Atraso da idade óssea: índice de crescimento avaliado pela maturação óssea por meio da radiografia de mão e punho esquerdo. Aceita-se que a idade óssea em relação com a idade cronológica varia em até +/- 2 anos. - deficiência hormonal: velocidade de crescimento diminuída além dos sinais específicos - desnutrição - atraso constitucional do crescimento ( maturação lenta, idade óssea atrasada) Desenvolviment� Neuro�sicomoto� Dividido em 4 partes: - motor grosseiro - motor fino, adaptativo ( visual e manual) - linguagem - social e pessoal Instrumento utilizado: denver II O desenvolvimento é craniocaudal, do centro para a periferia idade motor grosseiro motor fino comunicação 01 mês acompanha o objeto até a linha média sorriso social 02 meses cabeça firme quando sentado ri, sorriso social 03 meses puxa para sentar e a cabeça não fica para trás acompanha objeto a mais de 180°, movimento de olhos e cabeça coordenado, segura chocalho mas não solta, deixa a mão na linha média ri espontaneamen te Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte 04 meses reflexo tônico cervical assimétrico desaparece pressão palmar desaparece ( consegue soltar objetos voluntariamente) observa mão 05 meses vocaliza vogais 06 meses senta sem apoio transfere objeto de uma mão para outra combinação de sílabas como dadada, bebebe 07 meses inibido pelo NÃO, segue comando gestual de ação de uma etapa 08 meses bate um cubo no outro fala mama e papa permanência do objeto ( a criança não tá vendo o objeto mas sabe que ele existe) 09 meses engatinha pinça polegar indicador (grande marco) chama pelo nome bate mão dá tchau imita reclama da falta dos pais, estranha desconhecido, 10 meses segue comando falado de ação de uma etapa 11 meses 12 meses anda sozinho fala as primeiras palavras com sentido (1-3) 13 meses rabisca 12-15 meses faz torre com 2 cubos ( combina objetos) aponta várias partes do corpo 18 meses faz torre de 4 cubos fala de 10 a 15 vocábulos 24 meses fala cerca de 50- 100 palavras Marcos no desenvolvimento: - 01 mês: segue com os olhos Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte - 02 mês:sorriso social - 03 mês:sustenta cabeça - 04 mês:segura objetos - 05 mês:gira sob abdome - 06 mês:senta com apoio - 07 mês:pressão palmar - 08 mês:pinça digital - 09 mês:fica sentado sem apoio - 10 mês:engatinha - 11 meses:fica de pé e anda com apoio - 12 meses:anda sem apoio Vacina� período vacina obs. particular ao nascer bcg hepatite B contraindicado para rn filho de mãe que usou imunodepressor dose em até 12 hrs pós-parto. Se mãe tem hepatite B tem que dá imunoglobulina bcg hepatite b 2 meses pentavalente vip pneumo 10 rotavírus monovalente difteria, tétano,coqueluxe, hepatite B, haemofilus,influenza B 1° dose dá até 3 meses. 2°dose dá até 7 meses. não pode atrasar hexavalente pneumocócica 13 valente rotavírus pentavalente 3 meses meningo C meningo acwy e b 4 meses pentavalente vip pneumo 10 rotavírus hexavalente pneumocócica 13 valente rotavírus Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte pentavalente 5 meses meningo C meningo acwy e b 6 meses influenza pentavalente vip influenza quadrivalente rotavírus pentavalente pneumocócica 13 valente hexavalente 9 meses febre amarela febre amarela 12 meses pneumo 10 meningo c tríplice viral sarampo, caxumba, rubéola meningo acwy e b pneumocócica 13 valente tetraviral hepatite A 15 meses DTP reforço vop hepatite A tetra viral contraindicada p/ imunossuprimido sarampo, caxumba, rubéola, varicela pentavalente tetraviral 4 anos DTP reforço vop reforço varicela difteria,tétano, pertussis dtpa vop/vip febre amarela 5 anos: acwy pré- adolesce nte hpv ( 2 doses) menina: 9-14 anos menino: 11- 14 anos > 15 anos: 3 doses ( 0,1,2) 9 anos: hpv e dengue 11 anos: acwy 14 anos: dtpa Alimentaçã� - exclusiva: até 6 meses apenas aleitamento materno - predominante: aleitamento + chás + sucos + água - Complementado: leite materno + alimentação com componente sólido (papas). De 6m até 2 anos Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte - Misto/parcial: leite materno+outra fonte de leite. Vantagem para criança: - proteção contra enteropatógenos ( diminui diarreia) - diminui otite média aguda - possui fatores imunológicos como iga e lactoferrina, lizoenzima - diminui alergias ( já com 3 meses de amamentação) Vantagem para mãe: - produção de ocitocina que ajuda na involução uterina - gasto calórico ( 500 kcal/dia) - efeito contraceptivo Contraindicações absolutas ao aleitamento materno: 1. Mães infectadas pelo HIV, HTLV1 e HTLV2 ; 2. Uso materno de medicamentos: antineoplásicos e radiofármacos; 3. RN com galactosemia. Contraindicações temporárias: 1. Infecção herpética nas mamas; 2. Varicela materna de 5 dias antes do parto até 2 dias após; 3. Doença de Chagas aguda ou se sangramento; 4. Abscesso mamário; 5. Uso de drogas de abuso Características: colostro leite de transição leite maduro produção primeiros 3 dias após 1 semana após 2-4 semanas coloração amarelada composição Iga, proteína do soro (lactoalbumina), Cálcio obs: Leite anterior (água, proteínas) x leite posterior (gorduras). o leite humano tem mais lactose que o leite de vaca Fisiologiado leite: - hipófise anterior atua produzindo prolactina que é responsável pela produção de leite ( metoclopramida aumenta prolactina e produção de leite) - hipófise posterior atua produzindo ocitocina que é responsável pelo reflexo de ejeção do leite e involução uterina - Reflexos que ajudam: de busca, de sucção e deglutição Técnica de amamentação: - Sucção é um ato reflexo; - Essencial para que a mamada seja eficiente e não machuque os mamilos; - Posição adequada: confortável, apoiada, corpo do bebê voltado para mãe(“barrigabarriga”);corpo e cabeça do bebê alinhados e apoiados. - Pega adequada: lábio inferior evertido, queixo tocando a aréola; ( não dá pra ver a areola) Recomendações: - É recomendado o aleitamento até os dois anos de idade, devendo esse ser exclusivo nos seis primeiros meses. - Deve ser feito sob regime de livre demanda, sem horários fixos, e iniciado logo após o parto, 8-12 vezes ao dia; - Nos primeiros dias a mãe produz o colostro, líquido rico em proteínas, minerais, Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte fatores de crescimento e imunológicos. Durante as duas primeiras semanas, o colostro dá lugar ao leite de transição e posteriormente ao leite maduro; Não existe “leite fraco”; Esvaziar a mama; - Não ofertar água ou chá; - Não utilizar mamadeira/chupeta. Mãe que trabalha fora: - dar o seio em livre demanda - ordenhar e estocar leite a cada 2-3 horas - oferecer o leite em copinho - armazenar o leite na geladeira por até 12 horas ou no freezer por até 2 semanas 1. Dar somente leite materno até os 6 meses; 2. A partir dos 6 meses introduzir outros alimentos de forma gradual; 3. Alimentos complementares após 6 meses: 3x/dia se em aleitamento; ovo cozido: a partir 6 meses. 5x/dia se desmamada. 4. Alimentação sem rigidez de horários- a cada 2-3h; 5. Alimentação complementar espessa desde o início; 6. Oferecer alimentos diferentes todos os dias; 7. Estimular consumo diário de frutas, verduras e legumes; 8. Evitar: açúcar (depois dos 2 anos), café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos; 9. Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; 10. Estimular a criança doente a se alimentar. Papa principal: deve ser oferecida após os 6 meses de vida nos horários correspondentes ao almoço ou jantar. Deve conter alimentos de todos os grupos: cerais ou tubérculos, leguminosas, carnes e hortaliças. O óleo vegetal deve ser usado em pequena quantidade e o sal não deve ser adicionado. No início, os alimentos devem ser amassados e depois adquirirem consistência mais sólida. Em média são necessárias cerca de 8 a 10 exposições para uma plena aceitação do alimento. Papa de frutas: As frutas devem ser oferecidas após os 6 meses de idade, amassadas ou raspadas, sempre às colheradas e posteriormente em pedaços pequenos ou mesmo inteira. 6 meses 7 meses 12 meses amamentação sob livre demanda amamentação sob livre demanda leite materno, fruta, tubérculo papa fruta papa fruta fruta papa salgada papa salgada, ovo refeição da família papa de fruta papa de fruta fruta, pão, tubérculo leite materno para salgada refeição da família obs: Deve-se evitar o consumo de mel até o primeiro ano de vida(risco de botulismo). Também deve-se evitar o consumo de açúcares (a partir dos 2 anos) e alimentos industrializados. Introduzir aos intervalos a água Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte Suplementaçã� vitamínic� Ferro (usar até 2 ano) solução de sulfato ferroso, que possui 25 mg/mL de ferro elementar e que cada mL é compatível com 20 gotas Pré- termo: iniciar com 1 mês Termo: - > 2500g: 3 meses - < 2500g: 1 mês 2500-1000g: 2mg de ferro elementar/kg/dia 1500-1000g: 3mg de ferro elementar/kg/dia <1000g: 4mg de ferro elementar/kg/dia > 2500 g: 1mg de ferro elementar/kg/dia < 2500 g: 2mg de ferro elementar/kg/dia 1mg de ferro elementar/kg/dia de 1 ano até os 2 anos e avaliar anualmente ferritina,reticulócitos e hemograma Vitamina D iniciar na primeira semana de vida até 2 anos. Associar com exposição solar antes das 11 horas ou após 15 horas até 1 ano: 400 UI/dia (2 gotas) de 1-2 anos: 600 UI/dia (3 gotas) Intolerânci� � lact�s� Definição: Intolerância à lactose resulta da má digestão e/ou má absorção da lactose, não havendo nenhum mecanismo imunológico envolvido na sua fisiopatologia.É uma síndrome clínica na qual o indivíduo, após ingestão de lactose ou alimentos que contêm lactose, apresenta um ou mais dos seguintes sintomas clínicos: dor abdominal, diarreia, náusea, flatulência e/ou distensão abdominal. Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte Fisiopatologia: a lactase é uma enzima presente nas vilosidades intestino delgado que vai hidrolisar a lactose (em galactose + glicose) e a florizina ( forma esfingomielina que é importante no metabolismo cerebral). Na intolerância, há menor quantidade de lactase e por isso a lactose consumida não é absorvida, tendo um efeito osmótico na luz intestinal que aumenta a quantidade de água e eletrólitos, aumentando peristaltismo, diarreia, dor abdominal. Além disso, parte da lactose sofre ação da flora intestinal formando glicose, galactose, lactato, ácidos graxos, gases ( causando flatulência). Causas: 1. deficiência primária: - alactasia congênita: doença rara caracterizada por diarreia intensa logo que inicia a alimentação do RN e regride apenas com retirada da lactose da dieta. - hipolactasia do adulto: redução da lactase após período de lactancia, sendo comum em > 5 anos, podendo ocorrer também em > 1 ano ou idosos. Os sintomas são náuseas, cefaléia, tontura, artralgia, mialgia. 2. deficiência secundária: Se instala secundariamente a uma condição fisiopatológica responsável pelo fenômeno de má absorção da lactose. Tem como causas diarreia por gastroenterites, doença celíaca, giardíase, doença de Crohn, cirurgias abdominais. - intolerância por hipolactasia secundária: ocorre quando o lactente tem doenças que causam lesão da mucosa intestinal, cursando com diarreia fermentativa, vômitos esporádicos, desidratação e sintomas da doença base. Diagnóstico: feito por meio da sintomatologia e relação com ingestão de lactose. A conduta inicial para fechar o diagnóstico é retirada de todos os alimentos que contém a lactose e ver se há regressão do quadro durante 2-3 semanas. 1. Determinação do PH fetal e de substâncias redutoras nas fezes: teste de triagem que vamos observar redução do ph fetal ( <6) indicativo de excessiva produção de ácidos orgânicos e presença de açúcar não digerido indica má absorção 2. Teste de sobrecarga: deixar a criança em jejum por 6 horas e dosar glicemia para ver valor basal, depois administrar lactose via oral 2g/kg em 10-15 min e dosar glicemia em 30,60,90,120 minutos para observar se haverá aumento da glicemia. - > 25 normal - 20-25 duvidosa - <20 anormal obs: observar sintomas de intolerância no paciente durante 24 horas que se ausentes + exame anormal indica que o paciente é mal absorvedor e não intolerante e e surgir sintomas indica que é intolerante. 3. Teste de hidrogênio expirado: dosagem de quantidade de h2 expelido nos pulmões durante 3 horas em intervalos de 30 min após dosagem de 2g/kg de lactose. - valor > 20 ppm indica má absorção de carboidratos Tratamento: - Deficiência primária de lactase: os sintomas aliviam-se desde que evitem leite e derivados na dieta. Como quantidades variáveis de lactose podem eventualmente ser toleradas por haver apenas uma redução e não ausência total de lactase, a restrição absoluta de lactose não é necessária nem recomendável Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte - Deficiência secundária da lactase:a restrição dietética a lactose em geral é temporária, pois a tolerância geralmente é readquirida após o início do ganho ponderal. O tratamento consiste na suspensão do leite de quaisquer espécies animais que não a humana, uma vez que em geral os efeitos benéficos dos fatores de proteção superam os efeitos da presença da lactose. Reintroduzir após 4 semanas. - As atuais fórmulas infantis à basede leite de vaca isentas de lactose são a melhor escolha para para crianças intolerantes à lactose. As fórmulas infantis à base de proteína isolada de soja também são uma opção, uma vez que também são adequadas às necessidades do lactente e não contêm lactose na sua composição. - Nos raros casos de deficiência congênita de lactase, o tratamento baseia-se na exclusão da lactose do leite por toda a vida. Nos lactentes, além do leite materno, deve ser suspenso também leite de quaisquer outras espécies Alergi� a� leit� d� vac� Definição: reação adversa, imunologicamente mediada, à proteína alimentar. A intolerância é decorrente das propriedades inerentes dos alimentos (componentes farmacologicamente ativos) ou das características dos hospedeiros (distúrbios metabólicos, reações idiossincráticas ou psicológicas). A alergia alimentar é decorrente de mecanismos imunológicos (IgE, não IgE mediados e mistos). Sintomas: As manifestações são diversas e dependem dos mecanismos envolvidos (IgE ou não IgE mediados) e do órgão acometido. 1. Síndrome da enterocolite induzida pela proteína alimentar: - hipersensibilidade gastrointestinal mais grave das hipersensibilidades alimentares do TGI não mediadas por IgE. Sua gravidade, assim como a reação anafilática, deve ser considerada uma urgência entre as crianças com APLV. - É causada pela proteína do leite de vaca, mas pode ser causada pela soja, peixe, frango - sintomas: Caracteriza-se pela presença de náuseas, vômitos incoercíveis, hipotonia, palidez, apatia e diarreia com muco/sangue 1 a 3h após a ingestão da proteína, podendo haver desidratação, acidose metabólica e choque hipovolêmico - tratamento: Nas crises agudas, as crianças geralmente evoluem bem, com uso de hidratação venosa, esteroides e fórmulas extensamente hidrolisadas 2. Proctite e Proctocolite: - Acometem principalmente RN e lactentes nos primeiros 3 meses de vida, e se trata de alergia às proteínas ingeridas pela mãe que são passadas ao feto pelo leite e não alergia do leite materno em si - sintomas: Apresentam geralmente enterorragia, com estado geral satisfatório e ganho de peso adequado. O sangramento, na maioria dos casos, é de pequena monta. O lactente pode apresentar cólica, irritabilidade e choro excessivo. Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte - Tratamento: a criança amamentada, deve-se orientar a dieta de restrição do leite para a mãe. Em torno de 20% podem ser necessárias outras substituições, como soja, ovo etc. Nos pacientes em uso de fórmulas à base de leite de vaca ou de soja, indica-se a substituição por fórmulas extensamente hidrolisadas. Nos casos mais graves ou refratários, indica-se a substituição pela fórmula de aminoácidos 3. Enteropatia induzida por proteínas alimentares: - Ocorre com mais frequência nos primeiros meses de vida, após o desmame e o início das fórmulas com leite de vaca ou soja. Após a introdução, o paciente pode apresentar quadro temporário de ganho de peso adequado e boa evolução clínica, mas em dias ou semanas, as manifestações passam a ser evidentes (reação tardia, mediada por células). - sintomas: É um quadro de má absorção, insidioso, que pode apresentar-se com diarreia crônica, eritema perianal, distensão abdominal, vômitos, anemia, perda de peso e insuficiência do crescimento. Semelhante à doença celíaca, pode haver também esteatorreia, enteropatia perdedora de proteínas, edema e graus variáveis de desnutrição. Se houver associação com colite, o paciente pode apresentar fezes com muco/sangue. - diagnóstico: em sua maioria, é clínico, mas em casos selecionados a endoscopia com biópsia pode ser indicada para avaliar a histologia da mucosa (infiltrado inflamatório constituído por linfócitos, plasmócitos, mastócitos e eosinófilos, achatamento das vilosidades e hiperplasia das criptas). - tratamento: A maioria dos lactentes com APLV reagem bem ao leite extensamente hidrolisado. Nos casos mais graves, pode ser feito o uso de fórmula de aminoácidos ou de nutrição parenteral. Diagnóstico: Ainda é um desafio, pois os testes possuem muitas limitações e a clínica é inespecífica. As dificuldades são ainda maiores nas reações não mediadas por IgE, por não serem imediatas e pela falta de exames com boa especificidade/sensibilidade. Assim, para o diagnóstico, o primeiro passo é a suspeição, e para a comprovação realiza-se o desafio oral. 1. Suspeição diagnóstica: A história clínica com recordatório alimentar é fundamental. Após a identificação do alimento suspeito, recomenda-se sua eliminação por 2 a 4 semanas. Como a resposta favorável pode ser apenas uma coincidência, é preciso investigar mais. 2. Testes diagnósticos: Deve ser levado em consideração o tipo de reação de hipersensibilidade e o órgão acometido. Ainda não há um teste laboratorial padrão-ouro para APLV. A pesquisa de anticorpos IgE específicos para o leite de vaca pode ser realizada por meio de testes cutâneos (in vivo) e no sangue (in vitro).Dessa forma, os testes laboratoriais podem ser feitos para fins diagnósticos da alergia alimentar, indicar o momento do teste de provocação oral ou para predição do prognóstico. Existem poucos testes para a reação não mediada por IgE, como o teste de contato, que representa apenas um guia 3. Dietas de eliminação e teste de provocação oral (TPO): Devido aos vários fatores limitantes dos exames diagnósticos, o teste de provocação oral é o padrão-ouro para o diagnóstico de alergia alimentar. A eliminação do alimento fornece informações diagnósticas e ao mesmo tempo alivia os sintomas. Se não houver melhora, ou não foram eliminados todos os antígenos ou não se trata de APLV. Caso haja sucesso, o TPO está indicado, porém deve haver cuidado para não desencadear uma reação anafilática (contraindicação em pacientes com histórico de Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte anafilaxia ou ser feito em ambiente com recursos). O teste deve ser feito de forma a oferecer doses crescentes e em intervalos regulares dos alimentos alérgenos. Podem ser testes: abertos (todos sabem a substância ingerida ou se foi administrado o placebo); simples cego (apenas o médico conhece) ou duplo-cego (nenhuma das partes sabe o que foi administrado, apenas uma terceira pessoa que é responsável pela randomização). Os pcts portadores de APLV devem ser submetidos ao teste de desencadeamento oral em intervalos de 6 a 12 meses, para determinar se desenvolveram tolerância. Tratamento: Trata-se da exclusão da proteína do leite de vaca. O tempo de restrição alimentar deve ser por até 12 a 18 meses. Antes do DPO, deve ser dosado o IgE específico e se o mesmo estiver alto, o desafio não deve ser feito. Nos casos de enteropatia ou proctocolite, se o diagnóstico da APLV for confirmado em crianças de até 12 meses, o lactente deve ser mantido com a dieta de eliminação por pelo menos 6 meses ou até 9 a 12 meses de vida. Para a liberação da proteína do leite de vaca na dieta, o desafio oral deve ser realizado a) Fórmulas poliméricas à base da proteína de soja: É eficaz em 85 a 90% das crianças com APLV. Seu uso antes do seis meses não é indicado, mas vem sendo questionado. As alergias à proteína do leite de vaca e de soja podem estar presentes, sendo mais comum em pacientes IgE mediados (25 a 60%) e nos lactentes com alergias múltiplas. b) Fórmulas extensamente hidrolisadas (FeH): São compostas por oligopeptídeos e aminoácidos, indicadas para o tratamento da APLV. c) Fórmula de Aminoácidos (FAA): Não contém peptídeos, mas uma mistura de AA essenciais e não essenciais, sendo consideradas não alergênicas. Devem ser indicadas para o tratamento da APLV nas seguintes situações: (1) nos casos graves de anafilaxia que ameaçam a vida ou enteropatia com importante lesão de vilosidades e prejuízo nutricional; (2) naqueles casos que não tiveram boa resposta com as FeH. Síndrom� Nefrótic� definição: Alteração da membrana de filtração renal com perda da capacidade de filtração renal que faz com que os podócitos fiquem fundidos e consequentemente o rim não consegue filtrar beme há passagem de muito soluto ( albumina, apoB, antitrombina 3, IgG). Assim, é caracterizado por: - presença de proteinúria maciça(valores ≥ 50 mg/kg/dia ou ≥ 40 mg/m2/hora na urina de 24 horas ou > 3,5g/1,73m²/24hrs) de caráter nefrótico. A urina fica com espuma - hipoalbuminemia (≤ 2,5 g/dL), ( ocorre porque está perdendo muita proteína na urina e fica baixo a proteína no sangue). Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte - edema gravitacional ( como há baixa proteína no sangue há diminuição da pressão oncótica no vaso fazendo com que o líquido saia do vaso). - hiperlipidemia (como perde ApoB na urina o fígado começa a produzir muita proteína para compensar mas também começa a produzir gordura) e lipidúria. causas: - 80 a 90% dos casos correspondem a SN primária ou idiopática (SNI) - O restante são causas secundárias, como associação com doenças sistêmicas, metabólicas, infecciosas, doenças autoimunes, drogas, entre outras Epidemiologia: mais comum em menores de 6 anos com pico de 3 anos com predominância do sexo masculino sintomas: - edema: principal manifestação clínica da SN, embora sua presença não seja essencial para o diagnóstico. Geralmente é intenso, mole, flácido, frio, depressível, sujeito à ação da gravidade (ao acordar o edema está nos olhos e depois vai para os pés) em geral insidioso, podendo evoluir para anasarca. - A criança não tratada ou que não responde bem à terapia apresenta-se adinâmica, evoluindo com ascite e hepatomegalia. Pode decorrer taquipneia pela compressão torácica. Há derrame pleural e aumento de volume dos genitais, principalmente no sexo masculino. - Os cabelos são escassos, finos e quebradiços por causa da desnutrição. - A pele é seca e friável com tendência de formação de estrias. - A pressão arterial na LHM geralmente é normal,mas, em alguns casos, ocorre hipertensão transitória. No caso de outras glomerulopatias, como a GESF, a hipertensão arterial pode estar presente, sendo necessário o uso de anti-hipertensivos. - distúrbios eletrolíticos: (hipocalcemia, hipopotassemia, hiponatremia, etc.) pode se manifestar por alterações clínicas como cãibras, parestesias, síndrome convulsiva,etc. - Dor abdominal: também se manifesta nas grandes descompensações e em situações de hipovolemia ou associadas à peritonite primária ou celulites de parede abdominal, algumas vezes podendo confundir-se com apendicite aguda. - Os pacientes nefróticos apresentam risco elevado de deficiência de vitamina D, infecções e eventos tromboembólicos Diagnóstico: - edema + proteinúria nefrótica + hipoalbuminemia - hiperlipidemia + hipoalbuminemia + hipogamaglobulina Exames laboratoriais: - proteinúria (acima de 50 mg/kg/dia ou 40 mg/m2/hora) - hematúria microscópica ( às vezes). - Observa-se cilindrúria relacionada às perdas proteicas e lipidúria. - Hipoalbuminemia e aumento da fração alfa-2. ( IgG-1 e IgG-2, apresenta-se muito baixa e a IgA e a IgM, elevadas). A IgE também pode estar aumentada e observa-se hipogamaglobulinemia na SNI. - A presença de hipergamaglobulinemia pode ser indicativa de patologia secundária subjacente. - Aumento do colesterol total, triglicérides e lipoproteínas por consequência do aumento da síntese hepática de colesterol, triglicérides e lipoproteínas; da redução Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte no catabolismo das lipoproteínas decorrente do aumento da atividade das lipases lipoproteicas; da perda urinária de HDL; e da redução da atividade do receptor de LDL.5 - Complemento normal mas se hipocomplementemia é indicação formal para biópsia renal - Ureia e creatinina podem estar elevadas na instalação do edema ou em situações de hipovolemia. Biópsias: não é necessário ser feito em todos os casos as crianças entre 1 e 10 anos com sintomatologia exuberante e complemento sérico normal devem ser consideradas e tratadas como portadoras de LHM. Nesse grupo, classicamente, aquelas que não obtiverem remissão clínica e laboratorial após 8 semanas de corticoterapia seguidas ou não de 3 doses de pulsoterapia com metilprednisolona, desde que não estejam infectadas, devem ser biopsiadas, - Crianças com idade < 1 ano ou > 10 anos (alguns autores recomendam > 16 anos) - Hematúria macroscópica ou hematúria microscópica persistente - Hipertensão grave - Disfunção renal - Hipocomplementenemia - Sintomas extrarrenais (p.ex., exantema, púrpura) - Síndrome nefrótica corticorresistente - Planejamento de introdução de inibidores de calcineurina (ciclosporina, tacrolimo) e para avaliação periódica de potencial nefrotoxicidade (p.ex., a cada 2 anos) Tratamento: - Edema e hipertensão: recomendado dieta hipossódica ou assódica. Na ausência de hipervolemia, a ingestão hídrica é livre. - O repouso não deve ser imposto e não há evidência de que traga benefícios para o paciente. As atividades escolares e esportivas podem ser retomadas após os períodos de descompensação. - Hipovolemia: Se taquicardia, pulsos fracos, extremidades frias, hipotensão e outros fatores adicionais, como hemoconcentração, elevação desproporcional da ureia e baixa fração de excreção de sódio (< 0,5%) deve ser feito infusão de solução salina 15 a 20 mL/kg por 20 a 30 minutos e repetir conforme necessário. - Os diuréticos devem ser evitados, de forma geral, pelo risco de precipitação de piora da função renal. Mas quando necessário, nos quadros de anasarca e sem evidências de hipovolemia, introduzir diuréticos tiazídicos como a hidroclorotiazida (2 a 5 mg/kg/dia em 2 tomadas). Evita-se a depleção de potássio usando reposição com cloreto de potássio (2 a 4 mEq/kg/dia) ou espironolactona (1 a 5 mg/kg/dia). Naqueles casos resistentes a essa terapia ou com anasarca e hipervolêmicos, podem ser associados diuréticos de alça,como a furosemida (1 a 5 mg/kg/dia). - Nos edemas volumosos e persistentes, utiliza-se infusão endovenosa de albumina a 20% (0,5 a 1 g/kg/dia) associada à furosemida (infusão lenta parenteral para redução do potencial de ototoxicidade), - Em edemas refratários, associa-se albumina e furosemida parenteral em infusão contínua (0,1 a 0,2 mg/kg/hora ou 1 a 5 mg/ kg/dia). A coadministração de amilorida (associada a hidroclorotiazida ou clortalidona) pode ser estabelecida. Devem ser monitorados os efeitos colaterais potenciais e graves dos diuréticos. - OBS: os pacientes são muito susceptíveis a infecções que devem ser tratados rapidamente com antimicrobiano levando em consideração o foco infeccioso, o estado clínico do paciente e o agente bacteriano. Deve-se atentar à possibilidade de nefrotoxicidade das medicações utilizadas. Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte Tratamento específico: - Classicamente, para induzir remissão, utiliza-se prednisona diária (60 mg/m2 ou 2 mg/kg/dia; máximo de 60 mg/dia, 3 vezes/dia ou dose única) durante 4 a 6 semanas (o KDIGO sugere dose única). - Caso tenha ocorrido remissão, introduz-se 40 mg/m2 ou 1,5 mg/kg em dias alternados em dose única pela manhã (máximo de 40 mg/dia) por 4 a 6 semanas.3,8,29,30 - Esse esquema é mantido por 6 meses, com diminuição lenta e progressiva da dose, caso a remissão se mantenha. Em casos com recidivas dentro dos 6 meses iniciais, volta-se para o esquema diário, mantido até 3 dias consecutivos após a remissão e, a seguir, reintroduz-se o corticosteroide em dias alternados. - Se houver resistência ao tratamento inicial, pode-se utilizar pulsoterapia adicional com metilprednisolona (MP) 30 mg/kg/dose (máximo de 1 g) em dias alternados, 3 a 6 doses. - Caso ocorra remissão completa, prosseguir a corticoterapia em esquema alternado por 1 ano, diminuindo a dose progressiva e lentamente. - Infecções: durante os processos infecciosos, deve ser utilizado corticosteroide diário na mesma dose de manutenção por 5 a 7 dias para reduzir o risco de recaídas em crianças com recidivas frequentes ou corticodependentes. - Em caso de pacientes corticossensíveis, recidivantes frequentes, uma opção válida é a ciclofosfamida (CYC) na dose de 2 mg/kg/dia (máximo de 100 mg/dose e 168 mg/kg dedose cumulativa) em tomada única pela manhã por 60 a 90 dias,associada à corticoterapia em esquema alternado, com doses decrescentes de prednisona. Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte Síndrom� Nefrític� definição: é uma glomerulonefrite pós- estreptocócica sendo constituída por hematúria glomerular, hipertensão arterial sistêmica, edema endurecido e não tão evidente, há queda de complemento C3 e se fizer biópsia renal veremos o depósito de imunocomplexos. Epidemiologia: A principal causa é glomerulonefrite pós estreptocócica então é mais comum em crianças que tem muita infecções estreptocócicas ( tendo pico com 6-7 anos) Fisiopatologia: Aderência de imunocomplexos na membrana basal renal faz com que ocorra ataque imunológico a essa região, consumo de complementos ( principalmente c3) e inflamação do néfron ( a qual permite passagem de hemácias gerando hematúria e causa hipertensão arterial sistêmica pois não consegue jogar todo o líquido para fora gerando hipervolemia e também edema por conta da pressão hidrostática causada também pela hipervolemia ) Sintomas: - tríade: HAS,hematúria glomerular e edema - início abrupto de sintomas inespecíficos como inapetência, oligo anúria, edema não gravitacional - hematúria glomerular macroscópica: dismorfismo eritrocitário - Cilindros hemáticos: proteína de tamm horsfall com aderência de hemácias - precedido por infecção estreptocócica que conseguimos identificar pela história ( amigdalite, escarlatina, impetigo) Diagnóstico: - confirmar infecção estreptocócica que pode ser feito com o Strep test, cultura da orofaringe ou pele; confirmação sorológica para detectar ASLO, anti- DNAse B, anti-hialuronidase - descartar outras causas como LES ( pedir FAN), coleta de sorologias - exames gerais: hemograma, ureia, creatinina. eletrólitos Biópsia renal: Observa inflamação difusa renal com inflamação de todos os néfrons por neutrófilos ( sendo aguda) .Não é feito sempre, tendo indicações específicas - oligoanúria por mais de 3 dias - mais de 4 semanas de azotemia ( aumento da ureia) ou HAS ou hematúria macroscópica ou proteinúria nefrótica - mais de 8 semanas de queda do complemento de C3 Tratamento: Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte - suporte e sintomáticos - repouso - restrição hídrica e de sódio - Furosemida em alguma situações para tratar hipervolemia - erradicação de estreptocócico com antibiótico ( penicilina g benzatina) Pneumoni� Comunitári� Fatores de risco: - desnutrição, - baixa idade, - comorbidades e gravidade da doença - baixo peso ao nascer - permanência em creche - episódios prévios de sibilos e pneumonia, - ausência de aleitamento materno, - vacinação incompleta, - variáveis socioeconômicas e variáveis ambientais, Etiologia: Os vírus são os principais agentes de PAC em crianças até 5 anos sendo o vírus sincicial respiratório (VSR) é o mais frequentemente encontrado, seguido dos vírus influenza, parainfluenza, adenovírus e rinovírus. Os agentes bacterianos, por outro lado, são os principais responsáveis pela maior gravidade e mortalidade por PAC na infância. O Streptococcus pneumoniae ou pneumococo é o principal agente bacteriano de PAC. Sintomas: Na ausência de sibilância, as crianças com tosse e FR elevada (taquipneia) devem ser classificadas como tendo PAC. Os seguintes pontos de corte para taquipneia são utilizados: • < 2 meses: FR ≥ 60 irpm; • 2 a 11 meses: FR ≥ 50 irpm; • 1 a 4 anos: FR ≥ 40 irpm. - febre, - tosse, - frequência respiratória elevada (taquipneia) Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte - dispneia, de intensidades variáveis. - Sintomas gripais são comuns, bem como otite média. - Algumas crianças apresentam dor abdominal, principalmente quando há envolvimento dos lobos pulmonares inferiores. Sinais de gravidade: Esses sinais em crianças menores de 2 meses são: - FR ≥60 irpm, tiragem subcostal, - febre alta, - recusa do seio materno por mais de 3 mamadas, - sibilância,estridor em repouso, - sensório alterado com letargia, - sonolência anormal ou irritabilidade excessiva. Entre as maiores de 2 meses de vida, os sinais são: - tiragem subcostal, - estridor em repouso, - recusa de líquidos, - convulsão, - alteração do sensório e vômito de tudo que lhe é oferecido. portadoras de pneumonia grave: crianças com PAC e tiragem subcostal portadoras de pneumonia muito grave: criança com outros sinais de gravidade (recusa de líquidos, convulsões, sonolência excessiva, estridor em repouso, desnutrição grave, batimento de asa do nariz e cianose) Em menores de 2 meses, são considerados sinais de doença muito grave: recusa alimentar, convulsões, sonolência excessiva, estridor em repouso, febre ou hipotermia, além da tiragem subcostal grave. Diagnóstico: O diagnóstico de PAC é eminentemente clínico, dispensando a realização de radiografia de tórax, que só é recomendada nos casos graves que demandam internação. - consolidação alveolar, pneumatoceles, derrames pleurais e abscessos sugerem etiologia bacteriana. - O padrão intersticial está mais frequentemente associado a vírus e Mycoplasma pneumoniae ou Chlamydia pneumoniae. Esses são agentes causadores de pneumonias atípicas. - A PAC bacteriana poderia ser suspeitada quando a proteína C reativa (PCR) for ≥ 40 a 100 mg ou quando houver níveis ≥ 0,75 a 2 ng/mL de procalcitonina. - O diagnóstico microbiológico (hemocultura) só é indicado nos casos de PAC grave, em crianças internadas ou quando a evolução do paciente é desfavorável. Tratamento: O tratamento da PAC é geralmente empírico, pois é raro identificar sua etiologia antes da introdução da antibioticoterapia. Indicação de internação: • menores de 2 meses; • presença de tiragem subcostal; • convulsões; • sonolência excessiva; • estridor em repouso; • desnutrição grave; • ausência de ingestão de líquidos; • sinais de hipoxemia; • presença de comorbidades (anemia, cardiopatias, pneumo‐ patias); • problemas sociais; Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte • falha na terapêutica ambulatorial; • complicações radiológicas (derrame pleural, pneumatocele, abscesso pulmonar). •paciente com insuficiência respiratória aguda, •suspeita de pneumonia estafilocócica ou por germe Gram-negativo, •sarampo, varicela ou coqueluche precedendo a PAC, •imunodepressão e pneumonia hospitalar. - Nessa faixa de idade (de 2 meses a 5 anos), a maioria dos pacientes com PAC pode ser tratada no nível ambulatorial. O antimicrobiano de escolha é amoxicilina, e recomenda-se reavaliação do paciente após 48 a 72 horas. Entretanto, recomenda-se que crianças nessa faixa de idade com PAC e tiragem subcostal,com ou sem outros sinais de gravidade, sejam hospitalizadas e recebam penicilina cristalina ou ampicilina - Nas crianças com 6 meses de idade ou menos, com PAC de curso insidioso, tosse irritativa, com estado geral preservado, pode-se considerar o uso de macrolídeos, pensando em C. trachomatis. Do mesmo modo, essa classe de antibióticos pode ser considerada em crianças maiores, se houver suspeita clínica de M. pneumoniae ou C. pneumoniae. Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte Prevenção: vacinas pneumocócicas 13-valente e 10-valente (SUS) Parasit�s� Quadro geral: diarréia, vômitos, dor abdominal, distensão, má absorção e desnutrição 1. Suboclusão ou obstrução intestinal: ascaridíase 2. Prolapso renal: tricuríase 3. Prurido anal: oxiuríase 4. Anemia por espoliação: ancilostomíase ou necatoríase 5. Disseminação séptica em imunossuprimido: estrongiloidíase 6. Convulsão: taenia solium 7. Tenesmos:teníase 8. Hepatoesplenomegalia: esquistossomose 9. Síndrome de loeffler: migração por via respiratória (NASA- necator, ancilostoma, strongyloide, ascaris) 10. Síndrome disabsortiva: giardíase 11. disenteria e abcessos hepáticos: amebíase 12. diarreia do imunodeprimido: criptosporidiose e cistoisp Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte Diagnóstico: clínico e laboratorial. Sempre solicitar exame parasitológico com pesquisa dirigida do parasita que suspeitamos.- ideal: fazer coleta de fezes a cada 7 dias durante 3 semanas. Na prática faz em menores de 1 ano - métodos: o mais usado o lutz, hoffman- dons janer ( 3 amostras em dias alternados) e kato katz para esquistossomose ( 5-6 amostras em dias alternados) - eosinofilia: helminto - radiografia: para síndrome de loeffler e oclusão por ascaris - ecografia: migração de ascaris para colédoco Tratamento: doença medicação posologia esquistossomose praziquantel oxamniquina 50 mg/kg dose única 20 a 25 mg/kg dose única protozoário metronidazol secnidazol 20-35 mg/kg por 7-10 dias 30 mg/kg/dia giardíase albendazol 400 mg/dia por 5 dias oxiúros pamoato de pirvínio 10 mg/kg dose única. Repetir após 14 dias strongyloidea tiabendazol 25-50 mg/kg/dia por 3 dias e repetir em 1 semana Helmintos albendazol ou mebendazol para > 2 anos criptosporidiose espiramicina e azitromicina ciclo isosporíase sulfametoxazol e trimetropim tomar durante 21 dias Infecçã� Urinári� Epidemiologia: - > 3 anos: meninas - < 3 anos: meninos Etiologia: - E coli ( possui fibras que facilitam a entrada) - Proteus ( comum em meninos devido colonização do prepúcio. Pensar em cálculo) - Stafilo ( meninas adolescentes) - Pseudomonas (imunodeficiência ou manipulação do TGI) Fator de risco: - sexo feminino - menino não circuncidado - refluxo vesicoureteral e má formações que obstruem - falta de treinamento para o uso do toalete ( a criança começa a reter ) - infecção por oxiúros - constipação - bexiga neurogênica Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte - atividade sexual Fator de risco para lesão renal: está relacionado com o desenvolvimento de hematúria, proteinúria e HAS que são fatores de risco para DRC - refluxo vesicoureteral alto grau - lactente febril < 1 ano - atraso no tratamento - número de recorrências - disfunção miccional Sintomas: - Bacteriúria assintomática: não causa lesão renal, diagnosticada por exames sendo que sua confirmação exige 3 exames que contém a mesma bactéria - Cistite: sintomas brandos, sem vômitos, febre baixa, aceita água e comida - Pielonefrite: sintomas mais graves, vômitos, diarreia,febre persistente recém nascido ganho de peso insuficiente,anorexia, vômitos, dificuldade de sucção, irritabilidade,hipoatividade, convulsões, pele acinzentada,hipotermia lactente febre, manifestações inespecíficas,normalmente sem sintomas urinários pré escolar e escolar cistite: enurese, urgência, polaciúria, disúria, incontinência ou retenção, urina fétida, febre pielonefrite: adinamia, calafrios,dor abdominal,dor nos flancos, febre adolescente disúria, polaciúria, dor à micção, urgência Diagnóstico: - padrão ouro: urocultura - coletar por método confiável 1. sondagem vesical no jato médio: itu se > 1000 ufc/ml 2. punção suprapúbica: qualquer crescimento é ITU 3. saco coletor: fator preditivo negativo então não dá diagnóstico e sim exclui. Se alterado fazer sondagem vesical ou punção suprapúbica - EAS: amostra colhida fresca em < 1h 1. nitrito 2. leucócitos 3. piócitos: > 5 por campo 4. jato médio > ou = 100.000 UFC/ml OU 50.000 com piúria 5. sonda vesical: > ou = 1000 6. punção suprapúbica: qualquer valor Tratamento: internação se - < 3 meses - paciente que não tolera medicação via oral - resposta precária ao ATB - estado geral grave - indicação social - insuficiência renal - imunodeprimidos Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte parenteral usado em lactente, acometimento do estado geral, vômitos ceftriaxona gentamicina (nefrotóxico) 75 mg/kg/dia 7,5 mg/kg/dia oral amoxicilina e clavulanato trimetoprim e sulfametoxazol cefalexina 20-40 mg/kg/dia de 8 em 8 horas 30-60 mg/kg/dia de 12 em 12 horas 50-100 mg/kg/dia de 6 em 6 horas Quando parenteral iniciar o tratamento com Ceftriaxone IV 50mg/kg/dia de 12 em 12 horas reavaliando o paciente de 48 a 72 horas e após melhora completar o tratamento por via oral através de cefalexina 50mg/kg/dia de 6 em 6 horas durante 10 dias. Profilaxia: toda criança < 2 anos deve iniciar profilaxia ( Usar cefalexina de 0 - 2 meses ou trimetoprim e sulfametoxazol ou nitrofurantoína) e investigação após ITU, devemos considerar - uropatia sugestiva ao US obstétrico - < 3 anos até investigação do trato urinário ser concluída - dilatação grave do trato urinário - disfunção miccional com ITU - ITU de repetição - uropatia obstrutiva profilaxia de 3-6 meses: - itu de repetição - disfunção miccional - refluxo vesicoureteral > 3° grau - cicatriz renal - processos Exame de imagem: avaliar cicatriz renal. - Us: todas as crianças devem fazer - Cintilografia estática: feito de 3-6 meses após ITU febril, mesmo se US normal - Uretrocistografia miccional: feito se US alterado, itu de repetição ou de DMSA positivo após ITU Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte Infecçã� d� Vi� Aére� Inferio� doença sinais e sintomas agente diagnóstico tratamento Rinofaringite aguda afebril ou febre sem acometimento do estado geral, rinorreia serosa, dor de garganta, obstrução nasal, espirros e tosse cefaleia,mal-estar inapetência. rinorreia mucopurulenta > 10-14 dias sugere infecção bacteriana secundária, rinite bacteriana ou rinossinusite aguda, sendo indicada a antibioticoterapia nesses casos. rinovírus coronavírus, vírus sincicial respiratório, parainfluenza, adenovírus, enterovírus e metapneumovíru s. É clínico, não sendo necessário exames complementares. Em relação ao diagnóstico diferencial, cabe distinguir o resfriado da gripe, que é causada pelo Influenza e caracterizada por início súbito de sintomas sistêmicos como febre alta, fadiga e mialgia O tratamento é sintomático, uma vez que o quadro é autolimitado e de curta duração. Para o controle da febre podem ser prescritos antitérmicos (dipirona, paracetamol) Lavagem nasal com SF 0,9% está indicado para a obstrução nasal, já os vasoconstritores devem ser usados apenas em maiores de 2 anos e por no máximo 5 dias. O único medicamento eficaz para alívio da tosse é a acetilcisteína. Otite média aguda otalgia abrupta febre,otorreia coriza,obstrução Bebes: irritabilidade recusa alimentar choro pegar na orelha otoscopia: líquido ou efusão da orelha média hipervascularizaçã o, abaulamento da MT otorreia viral: o VRS, o Influenza, o adenovírus, o coronavírus, os enterovírus e o parainfluenza. bacteriano: streptococus pneumoniae, haemofilos influenza ( se conjuntivite moraxela catarralis - abaulamento MT leve + dor de início recente -abaulamento MT mod-grave -otorreia de início recente -hiperemia MT excluir efusão da orelha média analgesia ( ibuprofeno, dipirona) antibiótico: - sinais de gravidade ( t 39°, otalgia mod-grave, otalgia > 48 horas, - < 6meses - 6 meses - 2 anos em otalgia bilateral - quando não puder retornar - imunodeprimido ou em uso de implante coclear pneumococo: amoxicilina 40-50 mg/kg de 12 em 12 horas por 10 dias hemófilos ( se conjuntivite/uso de ATB nos últimos 30 dias/ falha no tratamento inicial): Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte amoxicilina 90 mg e clavulanato 6,4 mg/kg/dia de 12 em 12 horas Rinossinusit e aguda 2 ou mais sintomas: obstrução nasal congestão nasal rinorreia dor ou pressão facial distúrbio do olfato tosse na criança disfonia plenitude auricular febre astenia, mal estar viral: até 10 dias 9 rinovirus) pós viral: piora do quadro após 5 dias ou sintomas > 10 dias bacteriano: > 10 dias e secreção purulenta, dor local intensa, febre, VHS/PCR aumentado, dupla piora ( moraxela ou pneumococo) punção maxilar é padrão ouro mas o diagnóstico é clinico -lavagem nasal com SF -analgésico e antitérmico -corticóide intranasal tópico: (usar 48 horas antes de ATB) sendo indicado para casos pós-viral ou não complicada leve-mod ( sem febre ou dor facial) e > 12 anos -Antibiótico: para caso mod-grave, sintomas intensos como febre e dor ou casos leves que não melhoram com corticóide amoxicilina 40 mg Reavaliar após 48-72 horas e se falha dobra a dose ou adiciona clavulanato Se for leve você inicia com corticoide tópico e observa por15 dias e se não melhorar usa atb faringoamigd alite viral: febre,rinorreia serosa, tosse, rouquidão,hiperemi a difusa da orofaringe com ou sem exsudato, conjuntivite, vômitos e diarreia. bacteriana: início agudo de dor de garganta,odinofagi a, febre alta,cefaleia, náuseas e vômitos, dor abdominal, mal-estar, eritema e exsudato amigdaliano < 3 anos: viral (enterovírus, Influenza, parainfluenza, adenovírus, rinovírus) > 3anos: Estreptococo B-hemolítico do grupo A clínico A cultura das tonsilas é o teste padrão-ouro. Podem também ser feitos testes de detecção rápida. O tratamento previne a febre reumática, porém não previne a glomerulonefrite. viral: - analgésico e antitérmico - hidratação - reavaliar após 48-72 horas bacteriana: a penicilina por um período de 10 dias. <27kg: 600000UI; >27kg: 1.200.000 UI. faringotonsilites de repetição : > 7 episódios no último ano; > 5 episódios/ano nos últimos dois anos; > 3 episódios/ano nos últimos três anos) podem ser candidatas à tonsilectomia/adenoidectomia. laringite sintomas inespecíficos 12-48 hrs antes do quadro agudo eritema e edema nas paredes laterais da traqueia início abrupto de tosse estridulosa rouquidão, estridor a maioria é viral sendo o parainfluenza 1 e 3, influenza A e B, adenovírus, VRS, e em maiores de 5 anos pode ser por micoplasma pneumoniae história clínica exame físico: sinal da ponta do lápis pelo estreitamento da região subglótica antitérmico, hidratar, descanso da voz moderado: corticóide (dexametasona oral IM ou inalação) grave ou moderado que não responde após 4 horas: epinefrina nebulizada Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte esforço respiratório rinorreia, febre obstrução nasal laringite espasmódica quadro clínico súbito. A criança acorda na madrugada com tosse metálica, rouquidão, estridor e dificuldade para respirar. O estado geral é preservado edema não inflamatório na região subglótica que acomete crianças de 3 meses a 3 anos acalmar vaporizar se não melhorar trata igual laringite epiglotite ou supraglotite toxemia febre alta palidez dor de garganta agitação desconforto respiratório intubação orotraqueal antibioticoterapia teste do pezinho: é a pesquisa de hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, fibrose cística e hemoglobinopatias. - realizar do 3°ao 7° dia de vida e nunca coletar exame antes das 48 horas pois o parto promove aumento transitório de TSH, atrapalhando os resultados. - TSH> 10: normal - TSH entre 10-20: solicitar segunda amostra - TSH > 20: coletar imediatamente sangue venoso para dosar tsh e t4 livre e iniciar levotiroxina 10-15 ug/ kg/dia e investigar por volta dos 3 anos de idade se é um hipotireoidismo permanente através da cintilografia tireoidiana, USG, teste do perclorato. 1. Qual o parasita intestinal… O parasita em questão é o Trichuris trichiura, causador da Tricuríase. 2. Qual o nome da lesão e como você a descreveria São denominadas Pérolas de Epstein. São cistos benignos e indolores, de consistência rígida amarelo esbranquiçados presentes na mucosa do palato de recém nascidos, sendo que desaparecem na maioria das vezes de forma espontânea após uma ou duas semanas. São resultado do bloqueio das glândulas mucosas, ainda imaturas. 3. Criança de 3 anos de idade, hígida... Diante desse caso, em que a criança apresenta carteira vacinal completa, ou seja, já foi feita a vacinação para BCG, a pediatra deve esclarecer que não há relação entre a ausência de cicatriz e falta de proteção além de que não há benefícios na revacinação. 4. Lorena de 10 meses apresenta febre... Deve-se internar o paciente devido quadro de ITU, iniciar o tratamento com antibioticoterapia parenteral com Ceftriaxone IV 50mg/kg/dia de 12 em 12 horas reavaliando o paciente de 48 a 72 horas e após melhora completar o tratamento por via oral através de Ceftriaxone 50mg/kg de 6 em 6 horas durante 10 dias. Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte 5. RN com 15 dias de vida procura UBS... Diante do resultado, o TSH do RN está elevado, o que sugere hipotireoidismo congênito. Deve-se então realizar imediatamente exame de sangue para TSH e T4 livre e iniciar o tratamento com levotiroxina sódica. Sthephanie Almeida - Turma 24 - Medicina Funorte
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