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Atuação do Assistente Social no Âmbito Hospitalar Márcia Aparecida Donizete Campos Oliveira, Ana Maria Pereira Oliveira, Audrilara Arruda R. Campos Resumo O presente relato se refere a vivência realizada acerca da visita técnica construída através da disciplina Serviço Social e Organizações do 8º semestre do curso de Serviço Social da UNIPLAC, tendo como propósito conhecer a atuação do assistente social na instituição de terceiro setor. Verificar como se dá a atuação do Assistente Social no âmbito hospitalar no município de Lages/SC. Com a realização da referida visita técnica foi possível identificar como se dá a atuação do Assistente Social no âmbito hospitalar, tendo em vista que a atuação deste profissional está voltada diretamente ao atendimento aos usuários (pacientes) que se encontram internados e aos seus familiares, orientando- os quanto a sua fragilidade perante a doença. Para tanto, foi realizada entrevista com a Assistente Social da instituição, a qual foi identificado que a atuação do profissional está no atendimento direto aos usuários e familiares que se encontram em momento de fragilidade necessitado de atendimento humanizado. O usuário recorre ao Serviço Social para de alguma maneira relatar suas dificuldades, troca de informações e orientações, ou encaminhamentos para a rede socioassistencial. Cabe ao Assistente Social nestas condições ampará-los e propor ações para possíveis soluções, de forma que possam enfrentar os seus problemas. No âmbito hospitalar, o Assistente Social tem a sua atuação voltada para os setores onde mais se concentram as vulnerabilidades dos pacientes e familiares como UTI, Emergência e Psiquiatria, bem como a fiscalização de exames de alto custo. Quanto ao número de usuários atendidos pelo Serviço Social na Instituição, não tem como precisar, pois, depende de quantos pacientes estão internados. Dentre os instrumentos utilizados pelo Assistente Social no hospital são palestras, escuta, entrevista psicossocial, evolução dos prontuários dos pacientes, atas e protocolos. O Assistente Social é reconhecido como um profissional de saúde pela Resolução nº 218/97, além da Resolução do CFESS nº 383/99. Na área da saúde, principalmente em âmbito hospitalar é evidente a vulnerabilidade dos usuários, em decorrência da doença. Neste sentido, cabe ao Assistente Social atuar diretamente no atendimento dos pacientes que se encontram internados, bem como seus familiares, tendo como conduta básica de sua atuação, a capacidade de decifrar a realidade e propor estratégias diante as situações em que se encontram o ser humano. O Assistente Social deve atuar com o compromisso de ser mediador INTRODUÇÃO A história de saúde no Brasil se contextualiza por meio de um processo econômico, político e social marcado não só p ela evolução social como a integração de trabalhadores, êxodo rural e mínima participação do Estado em efetivar politicas públicas com o advento da Reforma Sanitária, o que proporcionou à população brasileira o direito ao atendimento dos serviços de saúde. O Serviço Social aconteceu no processo sócio-histó rico que se dar aos exercícios deste profissional, atribuindo valores mediante a postura ética da capacidade de operação e em relação a pratica profissional. No âmbito da saúde o assistente social apresenta -se como integrante essencial na equipe multiprofissional cabendo um papel fundante de analisar, investigar e perceber as mudanças estruturais do processo capitalista e as expressões da questão social e suas particularidades Este artigo se propõe apresentar através da revisão literatu ra e pesquisa de campo junto à assistente social do Hospital e Mate rnidade Mun icipal de São José de Ribamar para fins de conhecer a re a lidade concr eta da assistência social na área da saúde, fazendo uma reflexão sobre as condições nas quais o assistente social desenvolve sua prática profission al dentro dos proce dimentos preco nizados no código de ética. Assim sendo, foi problematizado a forma como de dar a atuação do assistente social em am biente hospitalar, esp ecificamente no Hospital e Mate rnidade Municipal de São José de Ribamar , a fim de identificar se as atividades desenvolvidas po r este profissional são de sua competência o u se há algum desvio de função. Bem como mensurar os resultados obtidos e reconhecer, possíveis, dificuldades encontradas. Para desenvolver esta pesquisa optou - se por um a abordagem qualitativa, e caráter exploratório, através do s procedimentos técnicos bibliográficos lançando mão de autores que abordavam o tema em analise, como: Barroco (2011), Cfess (2012), Guerra (2000), Si mões (2014), assim como produções cientificas (artigos, monografias, dissertações) disponibilizadas na int ernet e revistas especializadas. Quanto à coleta de dados escolheu-se a observação participativa e a entrevista semi-estruturada realizada com a assistente social da referidaunidade de saúde. Com relação à estrutura divide -se nas seguintes partes: 1 Introdução; 2 Histórico da po lítica de sa úde no Brasil; 3 Código de Ética P rofissional; 4 S erviço Social e o Trabalho na Saúde; 5 Apresentação do Hospital e Maternidade Municipal de São Jose de Ribamar; 6 Atuação do assistente social no Hospital e Maternidade Municipal a partir da legislação vigente. 3 O inchaço populacional n os grandes centros u rbanos ocasionado pela migração em busca de e mprego f alta de h igiene e segurança no trabalho causou o surgimento de doenças e epidemias em decorrência das m ás condições sanitárias, tornando-se necessário controlar e prevenir tais enfermidades que se tornaram uma preocupação para sociedade. Diante disso, a saúde da sociedade é co locada em pauta, f azendo -se indispensável a intervenção do Estado para solucionar a problematização das precárias condições sanitárias, que ocasionava epidemias quase incontroláveis. Por volta de 182 9, f oi criada a Junta de Higiene Pública, que se mostrou pouco eficaz e apesar de várias ref ormulações não alcançou seu objetivo de debelar as epidemias que acometiam a população. Segundo Lim a (2004), para tenta r solucionar as e pidemias, foram criadas duas instituições de pesquisas no país: a Instituição Soroterápica Fede ral que depois foi transformado para o Instituto Oswaldo Cru z (1908 ) e a Fundação Oswaldo Cruz (1970 ). Essas instituições possibilitaram consideráveis avanços na medicina, trazendo inovação à técnica do s profissionais de saúde, através de estudos científicos para melhor com preender as causas de doenças diagnosticad as na época, permitindo um procedimento mais eficaz para o tratamento. Assim, a saúde pú blica passa por transformação no modo organizacion al, assumindo o controle uma instancia médica com medidas preventivas e de vacinação, com intuito de reduzir os prob lemas da saúde. O exercício da medicina e a política sanitária englobam a inspeção de alimentos, farmácias, armazéns de mantimentos, restaurante s, açougues, h ospitais, todos os lugares dos quais poderiam prover danos à saúde pública (MACHADO, 1978). Segundo Pinheiro (1985), as ações em saúde, no que diz respeito à sensibilização da comunidade quan to às noçõ es de higiene, favoreceram o enfrentamento das epidemias e fortaleceram a atuação do assistente social: Um dos fatores que influ enciaram a implantação des d e setor foi a fundação da S ociedade Brasileira de Higiene, em 1923, que se preocupoucom aspectos educ ativos, individuais e c oletivos da saúde. Procura va - se, através da d ivulgação de hábitos hig iênicos e m edidas educati vas, s anear os problem as gerados pela urban ização (PINHEIRO, 1985, p.47).
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