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A análise crítica ABANDONO DO IDOSO

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 CURSO SERVIÇO SOCIAL
Maria Madalena da Mata Sousa Luiz
RA: 0517623
Análise crítica: O abandono do idoso pela família no âmbito hospitalar.
	
 Supervisora Acadêmica
Assinatura e Carimbo
	
	
 Supervisora de Campo
 Assinatura e Carimbo
 
São Felix do Araguaia – MT
5
Novembro de 2022
Pensar no envelhecimento implica, sem dúvida, em refletir sobre o tempo e sua complexidade, afinal, este é um processo multidimensional, resultante de fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais. Definir uma pessoa como idosa é complexo quando se utiliza como único critério a idade. Em cada cultura, certamente, a velhice é percebida de forma diferente, com expectativas de vida totalmente opostas, entretanto, um ponto de corte de 60 anos foi sistematicamente empregado em países de Terceiro Mundo para idosos, este também foi recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que define 60 anos como o início do período da terceira idade.
A atenção à saúde dos idosos é primordial para preservar a sua autonomia e sua qualidade de vida, pois o envelhecimento do organismo diminui a capacidade funcional do ser humano. Contudo, a sociedade valoriza as perdas desse indivíduo, reforçando atitudes e comportamentos que levam a perceber a velhice como incapacidade, desprezo e abandono, sendo o foco deste artigo a última categoria citada.
Durante o período de estágio observou-se a falta de familiares no acompanhamento ao idoso nas internações hospitalares, deixando os profissionais técnicos de enfermagem sobrecarregados. O Estatuto do idoso, Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003, estabelece que os idosos gozam dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo obrigação da família, comunidade e do Poder Público, assegurar-lhes, com prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Exigir o cumprimento dessa regra, traz benefícios não somente ao idoso, mas ao todo o sistema de saúde em si pois, como dito, a simples presença de um familiar ou conhecido, acelera o processo de recuperação do paciente em muitos casos, bem como alivia o trabalho dos técnicos e profissionais, que lidam com inúmeros pacientes ao mesmo tempo.
A família seria o primeiro e principal grupo social culturalmente e historicamente condicionado à sociedade, estando envolvida na promoção da saúde e no bem-estar do familiar que se encontra na condição de paciente, de modo a contribuir diretamente com os idosos, oferecendo a estes o suporte necessário para que permaneçam ou sejam reinseridos em ambiente familiar após a alta hospitalar, participando diariamente da vida social e comunitária.
Porém, observa-se a transferência de responsabilidade do Estado para a família e, quase exclusivamente, para as instituições privadas e filantrópicas. Nesse sentido, pode-se destacar que o Serviço Social tem na questão social o alicerce de sua fundação como especialização do trabalho. A questão social é percebida como o conjunto de expressões das desigualdades da sociedade, dentre elas: desemprego, violência, violação dos direitos humanos, discriminação, criminalidade, diferenças étnico-raciais, religiosas e de gênero, população em situação de rua, usuários de substâncias psicoativas etc. Nesta pesquisa, diante dos vários objetos de trabalho do Serviço Social encontrados no Hospital Regional de Água Boa, será focalizado o abandono familiar de pacientes idosos.
Para o enfrentamento dessa demanda são usados instrumentais técnicos característicos do Serviço Social necessários para a intervenção profissional. É de suma importância compreender a realidade social, política e econômica a que o idoso e sua família estão submetidos, a qual pode não se tratar de uma demanda isolada, mas sim de fatos que se entrelaçam, pois se tratam de famílias, em sua grande maioria, em situação de vulnerabilidade e risco social. Faz-se necessária a capacidade crítica intelectiva para articular meios e mediar situações para que haja a efetividade dos direitos sociais do paciente, agilizando consequentemente sua alta social, demanda historicamente dirigida aos/às assistentes sociais nas unidades de saúde. Os processos de alta hospitalar de pacientes, principalmente com acompanhamento social, deveriam ser preparados conjuntamente com a equipe médica, podendo, assim, o profissional trabalhar o caso sem causar maiores impactos ao idoso e à instituição.
Desse modo, surgiu de inquietações sobre o populacional idoso dentro do hospital e os desafios para a saúde pública devido à falta de acompanhamento famílias, haja vista que o abandono familiar de pacientes idosos torna-se cada vez mais comum na sociedade e aparece como condições conflitantes no cotidiano de unidades hospitalares, apontando para a necessidade de se buscar o entendimento sobre tal situação e sobre a práxis profissional dos/as assistentes sociais inseridos nas equipes multiprofissionais das unidades de saúde diante da população que vem envelhecendo em ritmo acentuado.
A identificação destes pacientes com o devido acompanhamento e assistência trará um olhar crítico para essa situação com ações que busquem a redução do abandono familiar de idosos em leitos hospitalares, alternativas de proteção social, responsabilização e participação da família, da sociedade e do Estado, o que contribuirá não só para as condições da alta médica, mas também para a alta social do paciente, tendo em vista a garantia de seus direitos e seu bem estar.
É de suma importância que o assistente social, busque ações de intervenção que visem o fortalecimento de vínculo familiar, os conscientizando do seu papel perante o idoso, tendo em vista que a família é um alicerce de suma importância para um envelhecimento saudável.
 Para que situações de conflitos sejam modificadas, não é suficiente pensar sobre elas, pois isso não altera as emoções. Somente quando se entra em contato com o que há de mais singular da vida social e coletiva (os afetos) é que se promove uma transformação social. Estudar a afetividade se justifica porque ela revela como o sujeito é afetado nas relações sociais e se isso aumenta ou diminui sua potência de agir (VIGNOLI, 2011, p. 3)
O Assistente Social necessita trabalhar com ações de média complexidade evitando a necessidade da alta complexidade, respeitando o vínculo afetivo que o idoso tem pelo seu local e pela sua cultura. Dentro da tipificação em ação interdisciplinar, cabe realizar trabalhos de grupo, onde busca-se as intervenções com o indivíduo e a família, realizando visitas domiciliares, atendimento psicossocial, encaminhamentos à rede de apoio, reuniões intersetoriais, atendimentos com grupos familiares e encaminhamento ao MP quando se fizer necessário.
Com o intuito de sanar o abandono de idosos, o profissional Assistente Social deve buscar levar ao usuário o saber de seus direitos e deveres como bem explana Mioto:
Nessa lógica, desenvolve-se, por meio das relações que se estabelecem entre assistentes sociais e usuários, um processo educativo que possibilita aos usuários, a partir de suas individualidades, apreender a realidade da maneira crítica e consciente, construir caminhos para o acesso e usufruto de seus direitos (civis, políticos e sociais) e interferir no rumo da história de sua sociedade. (MIOTO, 2009,p.501
A preocupação com a pessoa idosa no Brasil, foi crescendo paulatinamente tendo, por meio da Constituição Federal de 1988, o primeiro passo visando os direitos deste público alvo; a Política Nacional do Idoso em 1996 eainda fortaleceu- se através de um suporte maior com o Estatuto do Idoso em 2003, que só foi entrar em vigor, 3 meses depois da sua criação.
REFERÊNCIAS
BERZINS, M. A. V. S. Direitos humanos e políticas públicas. In: BORN, T. (Org.). Cuidar melhor e evitar a violência: Manual do Cuidador da Pessoa Idosa . Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2008.
COMO FAZER A ANÁLISE CRÍTICA DE UM ARTIGO. Estudo Prático. 2017. Disponível em: < https://www.estudopratico.com.br/como- fazer-uma-analise-critica-de-um-artigo/ >Acesso em 10 de Dezembro de 2020.
MENDES; GUSMÃO; FARO, LEITE. A situação social do idoso no Brasil: uma breve consideração. São Paulo, 2005. Disponível em: < http://www.s cielo.br/pdf/ape/v18n4/a11v18n4.pdf>. Acesso em 10/12/2020.
MIOTO, Regina Célia. (Org.). Orientação e Acompanhamento Social a Indivíduos, Grupos e Famílias. Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
SANTOS, J.S Questão Social: particularidades no Brasil. vol. 6. São Paulo: Cortez, 2012.
VIGNOLI, J.R. Vulnerabilidade sócio demográfica: antigos e novos riscos para a América Latina e o Caribe, 2002. Contextualizando os estudos sobre afetividade. São Paulo: NEPSAS,PUC-SP, 2011. Mimeo.

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