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AAG Tomografi� Computador�ad� Siglas: TC; CT (inglês) As imagens são em cortes/fatias (slices) através de reconstrução gráfica. O princípio do exame é realizado a partir da radiação do tipo ionizante – raios X. Exame volumétrico: as imagens são obtidas em seu volume total – 3D. Estuda o órgão inteiro. Corte� anatômic� Tecnologi�: Evoluíram de 1ª a 5ª geração. É possível fazer o exame de um braço com gesso e retirá-lo digitalmente. Reconstruir e corar imagens. Destacar estruturas. 1ª Geração ● Princípio de translação e rotação (180º); ● Movimento duplo; ● Único detector; ● Feixe retilíneo único; ● Tempo de 4 a 6 minutos para aquisição de fatia; ● Tomografia apenas do crânio. 2ª Geração ● Princípio de translação e rotação; ● Pequeno feixe de raios X em formato de leque; ● Múltiplos detectores (30-50); ● Tempo de 20 a 30 segundos para aquisição de fatia. 3ª Geração ● Princípio de rotação; ● Rotação conjunta de tubo e detectores; ● Feixe de raios X em leque pulsado; ● Múltiplos detectores (260 – 520); ● Tempo de 5 a 10 segundos para aquisição de fatia. 4ª Geração ● Princípio de rotação; ● Rotação apenas do tubo; ● Múltiplos detectores fixos dispostos em anel; ● Largo feixe de raios X; ● Tempo de 2 a 10 segundos para aquisição de fatia. 5ª Geração (Espiral/Helicoidal) ● Rotação contínua; ● Movimento de translação da mesa; ● Tempo de sub-segundo na aquisição; ● Tubo com apenas um foco; ● Uma fileira de detectores; ● Reconstrução instantânea; ● Ilimitada capacidade calorífica do tubo; ● Aumento da cobertura anatômica; ● Exames com menos filmes. 6ª Geração (Multislice) ● Rotação contínua do tubo; ● Translação da mesa; ● Tubo com duplo foco; ● Dupla fileira de detectores; ● Redução do tempo de escaneamento. Equipament� Tomógrafo: é o nome do aparelho por completo. AAG Sua estrutura habitual é formada por: Gantry, tubos de raio X, detectores, mesa de exame, mesa de comando e bomba injetora. ● Gantry: é o corpo do aparelho de TC. No Gantry estão: o tubo de raio X e o conjunto de detectores. Através do Gantry é possível controlar a kV e mA, ou seja, a tensão e corrente elétrica da ampola de raio X. Além disso, através do Gantry, é possível ter a interação dos comandos do painel de controle com o sistema e botões controladores da mesa do tomógrafo. ● Tubos de raio X: tem o funcionamento similar ao que é utilizado nos aparelhos convencionais de raio X. Contudo, em aparelhos de TC, os tubos de raio X funcionam em movimento contínuo. ● Detectores (ou sensores): são responsáveis pela captação da radiação produzida pela ampola e que ultrapassa o paciente. Portanto, transformando essa informação em sinal elétrico que pode ser digitalizado e lido pelo computador. ● Mesa de exame: é o local onde o paciente fica posicionado. ● Mesa de comando: onde se encontram o monitor para planejamento dos exames e processamento das imagens, e o sistema de comunicação com o paciente. A mesa de comando também é responsável pelo envio de informações para o aparelho, além de ser utilizada para tratamento e documentação das imagens adquiridas. ● Bomba injetora (opcional): fica ao lado do paciente, controlada pelo aparelho de TC. É responsável por administrar o contraste no paciente de acordo com o protocolo de cada exame, variando o tempo e a velocidade. As imagens são obtidas no gantry. Há tubos de rX de alta potência no interior do aparelho que giram de forma circular em torno do paciente. Sistema helicoidal: São conhecidos como a 5ª geração de aparelhos de tomografia. Essa tecnologia implica na dupla captação de imagens, que ocorre de forma simultânea. Uma parte da captação é feita pelo giro de 360º do tubo de raio X em torno do paciente. A segunda parte, presente a partir dessa geração, é um movimento que ocorre com a abertura do gantry, de maneira contínua e percorrendo a área examinada de ponta a ponta. Devido a essa evolução, o paciente passou a receber menos radiação, pois o escaneamento se tornou mais ágil. – Realiza o ESTUDO VOLUMÉTRICO, pois consegue captar toda a estrutura de forma tridimensional. AAG Sistema de filtros e colimadores (cone beam): Conhecida também por tomografia computadorizada volumétrica de feixe cônico, é um exame que permite capturar imagens tridimensionais (3D) de regiões do corpo. O procedimento é usado principalmente na odontologia, pois permite visualizar as estruturas da região maxilo-mandibular com detalhes. As imagens são obtidas por meio de uma fonte emissora de raios X de feixe cônico e por um sensor plano, que capta a quantidade e a intensidade desse feixe. O aparelho dá um giro de 360º em torno da região que se deseja analisar. A informação captada pelo sensor, então, é enviada via cabos para um computador, sendo convertida em imagem por meio de um software. No computador, é possível obter imagens em qualquer plano de projeção, além de reconstruí-las de forma tridimensional. Assim, as estruturas podem ser analisadas de maneira mais detalhada, em comparação com os métodos tradicionais. Multidetectores: São capazes de fazer a varredura do órgão do paciente em uma única escaneada, rapidamente fornecendo cortes finos de alta resolução; detectam as estruturas. Multislices: Um feixe de raios-x, do calibre de um lápis, gira ao redor do corpo do paciente examinando uma “fatia”. São formados pequenos blocos de tecidos (voxels), cada um com um determinado valor de absorção conforme as características do tecido. Essas imagens são reconstruídas em um plano bidimensional (pixels) na tela do computador. Sleep ring: Movimento simultâneo entre a mesa e a ampola de rX em movimento helicoidal. Quando é realizado um exame, é seguido um protocolo. Se o intuito é analisar o crânio, a face será “deletada” das imagens; para pelve, o abdome é "deletado", analisando somente a estrutura solicitada. Formação da imagem na TC: a partir do protocolo escolhido: crânio, tórax, abdome, etc, o paciente será posicionado na mesa de exame. Quando inicia-se o exame a ampola de raio X presente no gantry do tomógrafo irá em movimentos de 360º, gira em torno do paciente, emitindo o feixe de raio X na forma de leque, simultaneamente o sistema de multidetectores captam a imagem formada a partir da interação entre o raio X e as estruturas estudadas. Densidade� A TC apresenta mais de 1000 tons de cinza. AAG A imagem compõe-se unitariamente pelo pixel, cada um dos quais apresenta um número que traduz a densidade tecidual ou o seu poder de atenuação da radiação. Tais números, conhecidos como escala Hounsfield, variam de –1000 (densidade do ar) a +1000 (densidade da cortical óssea), passando pelo zero (densidade da água). Na escala Hounsfield, considera-se que a água apresenta uma densidade neutra na imagem tomográfica. Deste modo, os tecidos de maior densidade são decodificados com um número positivo pelo tomógrafo e chamados hiperdensos, enquanto os tecidos com densidade inferior à água recebem um número negativo e são denominados hipodensos. Mas devemos lembrar que a imagem de TC ainda apresenta uma terceira dimensão, representada pela espessura do corte. Assim, uma outra palavra deve ser familiar aos profissionais que trabalham com imagens tridimensionais: o voxel. Denomina-se voxel a menor unidade da imagem na espessura do corte, podendo variar de 0,5 a 20mm, a depender da região do corpo a ser escaneada e da qualidade da imagem desejada. Deste modo, quando se deseja imagens muito precisas de pequenas regiões como a face, ajusta-se o aparelho para adquirir cortes de 1mm de espessura, por exemplo, e assim o voxel das imagens resultantes corresponderá a 1mm. Diferentemente, quando se escaneia regiões maiores do corpo como o abdômen, as fatias, e portanto o voxel, deve ser mais espesso, com inevitável perda da qualidade da imagem. 1. Pixel: menor unidade da imagem, quanto mais pixels, maior será a resolução da imagem. 2. Voxel: unidade de volume, refere-se a dimensão do corte. 3. Matriz: é a associação entre os pixels e o voxel. 4. FOV, sigla para Field of View, é o campo de visão naimagem. Em outras palavras, o FOV diz respeito ao tamanho máximo que um objeto pode ocupar dentro de uma matriz. Região a ser estudada. Quanto maior a matriz melhor a resolução da imagem. 1. Resolução da imagem; 2. Espessura de cada corte; 3. 1 + 2 = associação de ambos; 4. Campo de visão – região de estudo. ETAPAS DO EXAME 1) Pedido médico; 2) Indicação do exame; 3) Anamnese; 4) Preparo do paciente; 5) Posicionamento; 6) Escolha do protocolo; 7) Topografia do exame; 8) Marcação do exame; 9) Fase sem contraste; 10) Fase com contraste; 11) Aquisição das imagens; 12) Reconstrução das imagens; 13) Envio para o sistema; 14)Documentação. AAG Protocolos de TC de Abdome e Pelve Modalidades de TC 1. Abdome total 2. Abdome superior (sem pelve) 3. Abdome inferior/pelve (pelve) INDICAÇÃO: dor abdominal a esclarecer; hemorragia; ascite; hérnias; hepatomegalia; cirrose; esteatose; litíase renal e biliar; ITU; pielonefrite; cistos renais; aneurismas; processos inflamatórios. Principais pontos anatômicos observados ● Fígado ● Estômago ● Pâncreas ● Rins ● Baço ● Vasos sanguíneos ● Coluna vertebral ● Medula espinal As artérias cheias de contraste ficam “redondinhas” e brilhantes. O contraste chega primeiro nas artérias e depois nas veias. Orientação ao paciente ● Jejum de 6-8 horas, exceto crianças. Necessário visualizar vesícula biliar; e necessário jejum para administração do contraste - senão, passa mal e vomita. ● Abd total e inferior necessário bexiga cheia. Contraindicações: ● Mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez; ● Asma (?); ● Alergia a contraste iodado (no caso de exame com contraste); ● Insuficiência renal (no caso de exame contrastado). Procedimentos para TC de abdome e pelve ● Objetos metálicos devem ser retirados - artefato; ● Paciente deve ser colocado em decúbito dorsal e com os braços levantados; ● Durante a realização solicitar apneia. Scout View ou Escanograma: planejamento do exame, onde seleciona o primeiro e o último corte. AAG Abdome total: Primeiro corte: 2 cortes acima da supra-renal na altura do diafragma; Último corte: 2 cortes abaixo da sínfise púbica ou trocanter menor do fêmur. Abdome superior: Primeiro corte: 2 cortes acima da supra-renal na altura do diafragma; Último corte: 2 cortes abaixo da crista ilíaca. Abdome inferior (pelve): Primeiro corte: 2 cortes acima crista ilíaca; Último corte: 2 cortes abaixo da sínfise púbica. Fases dos Meios de Contraste na TC Antes de realizar a fase com contraste, realizar uma SEM CONTRASTE antes para comparar as imagens. 1. Pré-contraste: sem contraste 2. Arterial: estudo das artérias → hepática → aorta abdominal → aorta descendente → aorta ascendente. Delay de 30 segundos. 3. Venosa: estudo das veias → fase portal (veia porta hepática). Delay de 60 segundos. 4. Excretora: avaliação da fase urinária. Delay de 2 a 3 minutos. 5. Tardia (opcional): esperar de 5 a 7 minutos depois da administração dos MC. Em substituição ou após a fase de equilíbrio para melhor visualização da bexiga urinária. AAG MC intravenoso não-iônico Avaliação do fígado, pâncreas e sistema urinário. Vasos Diferenciação entre vasos e massas e na análise de patologia vascular e da sua integridade. MC intravenoso ● Acesso: suficiente para permitir a infusão do contraste em tempo relativamente curto. ● Realiza-se fases do contraste a depender do protocolo (pré, venosa, arterial, tardia). ● A velocidade média da injeção é de 2 a 3 mL por segundo. ● Volume médio de 1,5 a 2 mL por kg de peso. ● Desconforto: calor e náuseas, vômitos, no entanto, na maior parte dos casos, a injeção rápida será imprescindível para elucidar o diagnóstico. A TC é o "Método Ouro" para avaliação de litíase (pedra) no sistema urinário não sendo necessário, na maioria das vezes, o uso de contraste iodado. AAG Protocolos de TC de TÓRAX No estudo tomográfico do tórax será avaliado: Mediastino: coração, veias, artérias. SEMPRE COM CONTRASTE. Pulmões: parênquima pulmonar (tecido). Caixa torácica: tecido ósseo. 1. Corpo do osso esterno; 2. Átrio direito; 3. Veia cava superior. Desembocando na região posterior do átrio direito; 4. Cone arterial. Início do tronco pulmonar, localizado na região de saída do ventrículo direito, superiormente a crista supraventricular; 5. Parte ascendente da aorta.; 6. Átrio esquerdo; 7. Ventrículo esquerdo; 8. Veia pulmonar direita; 9. Veia pulmonar esquerda; 10. Parte descendente torácica da aorta; 11. Parte torácica do esôfago. INDICAÇÕES: Traumas; Hemorragia; Infecção; Tumores; Estadiamento de tumores; Abscessos; Pneumotórax; Hemotórax; Derrame pleural; Aspiração de corpo estranho; Lesões vasculares; Metástases. Procedimentos para TC de tórax ● Objetos metálicos devem ser retirados - artefato; ● Paciente deve ser colocado em decúbito dorsal e com os braços levantados; ● Suporte para as pernas para haver alinhamento das curvaturas de coluna, se necessário. O exame tem início com uma visão geral – escanograma ou scout view. = planejamento do exame, onde seleciona o primeiro e o último corte. Primeiro corte: acima do ápice pulmonar. Último corte: diafragma AQUISIÇÃO DE IMAGENS: Os dados obtidos são processados e as imagens geradas são produzidas no eixo axial. AAG A TC utiliza Raios-X (radiação ionizante), por convenção as imagens sintetizadas são: Pulmões normais: pretos (o pulmão é radioluscente/radiotransparente). Ossos: brancos (absorve mais radiação é radiodenso/radiopaco) Músculos/água/gorduras: progressivamente tons mais escuros de cinza (absorvem progressivamente menos radiação / absorvem melhor o contraste para distinguir músculo, líquido e gordura). A documentação deve ser realizada em duas janelas. ● Janelas de pulmão; ● Janela de mediastino (detalhes de partes moles); ● Janela óssea (lesões suspeitas). A “janela” é o estudo específico diferenciado para cada estrutura, através do contraste das mesmas. → Avaliação do parênquima pulmonar utiliza-se a janela de pulmão. → Avaliação do mediastino utiliza-se a janela de mediastino. → Avaliação das estruturas ósseas utiliza-se a janela óssea. AAG Em algumas situações, a avaliação das estruturas mediastinais podem ser melhor caracterizadas com a utilização do meio de contraste endovenoso. Para cada janela há um filtro. O filtro é uma ferramenta utilizada para corrigir as imperfeições nas imagens. ANGIOTOMOGRAFIA Estudo dos vasos. Pode diagnosticar problemas em todo o sistema circulatório, como aneurismas e obstruções dos vasos sanguíneos. → Angiotomografia arterial/venosa ● Suspeita de tromboembolismo pulmonar; ● Suspeita de dissecção de aorta; ● Síndrome da veia cava superior.