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Afecções do Sistema Nervoso I C lín ica M éd ica d e G ran d es A n im ais M .V. Esp . Pro f.ª Ju lian a Zam b elli https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjbrcr9zNbcAhVIEpAKHZWEDv0QjRx6BAgBEAU&url=http://www.creditcash.com.br/negociacoes&psig=AOvVaw1G2_EvKWqKtOeEEHkbEe9I&ust=1533582172600659 Encefalomielite Equina 2 Introdução Encefalomielite Equina • Doença zoonótica viral que acomete cavalos acidentalmente (fonte de infecção – animais silvestres) • Enfermidade grave 3 Etiologia Encefalomielite Equina • Alphavirus (RNA vírus) • Atinge várias espécies animais como equinos e humanos (quadro neurológico) • Três formas distintas • Leste (EEE) • Oeste (WEE) • Venezuelana (VEE) – rara no Brasil 4 Transmissão Encefalomielite Equina • Mosquitos • Aedes spp. • Culex spp. • PE: pele do animal quando picado pelo vetor contaminado • PI: 2 a 7 dias 5 Etiopatogenia Encefalomielite Equina • Quando não tratada rapidamente pode levar o animal a óbito • Tipo EEE costuma ser fatal • Demais formas: se controladas com tratamento, baixa letalidade 6 Sinais clínicos Encefalomielite Equina • Perda de equilíbrio • Andar cambaleante/em círculos • Cabeça voltada para o solo • Cegueira • Membros entreabertos/rigidez dos músculos • Sonolência • Febre • Excitação • Dificuldade de mover MPs • Suam ao menor esforço • Animal não consegue deglutir/saliva muito • Meningite cérebro espinhal 7 8 Diagnóstico Encefalomielite Equina • Laboratorial • Isolamento viral: sangue ou líquor • Neutralização por redução de placas – aumento de 4 vezes no título • ELISA – de captura (IgM) • Fixação de complemento (Ac) • Imunofluorescência direta e indireta • PCR 9 Diagnóstico diferencial Encefalomielite Equina • Raiva • Botulismo • Leucoencefalomalácia • Intoxicação por plantas tóxicas • Outras encefalites virais 10 11 Tratamento??? Não há tratamento específico Tratamento sintomático Controle e prevenção Encefalomielite Equina • Isolamento do animal infectado • Vacinações (início aos 2 meses de idade do animal) • Quarentena • Controle de vetores 12 Leucoencefalomalácia Equinos 13 Introdução Leucoencefalomalácia • A Leucoencefalomalácia equina (LEME) é uma doença não infecciosa e altamente fatal • Afeta o SNC de cavalos e outros equídeos • Tem distribuição mundial • É considerada uma doença de regiões de clima temperado e tropical 14 Etiopatogenia Leucoencefalomalácia • Na LEME ocorrem alterações metabólicas • Amolecimento da substância branca do encéfalo e também a liquefação do mesmo • Ocorre em virtude de uma micotoxina presente no milho, na ração ou nos fenos (principalmente os de bola) 15 Etiopatogenia Leucoencefalomalácia • O animal adquire a doença pela ingestão de milho contaminado • Por rações comerciais contaminadas por toxinas • Produzidas pelo fungo Fusarium moniliforme ou Fusarium proliferatum • Possuem ação sobre o SNC, desenvolvendo sinais neurológicos súbitos - devido à necrose de liquefação da substância branca • Apresenta morte após evolução clínica em até 72 horas 16 Etiopatogenia Leucoencefalomalácia • O desenvolvimento do fungo e suas toxinas estão intimamente relacionados à umidade e também as quedas de temperatura • A baixa temperatura causa um choque térmico, provavelmente favorecendo o desenvolvimento da micotoxina • O curso clínico está diretamente relacionado à quantidade de toxina ingerida, porém, é influenciado pela tolerância individual de cada animal 17 Sinais clínicos Leucoencefalomalácia • Sinais clínicos iniciais • Anorexia • Hiperexcitação • Dificuldade de apreensão do alimento e na mastigação • Hipoanalgesia da face • Distúrbios nervosos como incoordenação motora como membros entreabertos ou às vezes cruzados • Os animais caminham para trás ou em círculos • Apresentam comportamento de pressionar a cabeça contra objetos ou contra a parede das baias • Além de apresentar cegueira e depressão 18 Sinais clínicos Leucoencefalomalácia • Nas fases finais • O animal apresenta-se em decúbito lateral com movimentos de pedalagem • Coma seguido de morte em aproximadamente 72 horas após a evolução clínica • Geralmente é aguda e os sinais são observados em algumas horas após a ingestão ou em até vários dias 19 Diagnóstico Leucoencefalomalácia • Anamnese do animal • Se verifica o manejo nutricional do mesmo • Exame clínico geral • Avalia a sintomatologia clínica apresentada pelo animal • Hemograma e bioquímico 20 Diagnóstico Leucoencefalomalácia • Análise da ração • Se verifica a micologia • Alta contaminação fúngica com predominância de F. moniliforme • Análise cromatográfica de micotoxinas • Detecta a presença de fumonisina B1 na ração • Em última instância é feito um diagnóstico anatomopatológico quando ocorre o óbito do animal, verificando as alterações macroscópicas e microscópicas do sistema nervoso central 21 Diagnóstico diferencial Leucoencefalomalácia • Não existe um diagnóstico específico para a LEME • Os sinais clínicos são semelhantes a outras enfermidades como Raiva, Mieloencefalite herpética, encefalites americanas, além de tétano, listeriose, nematóides cerebrais entre outras, por isso é necessário um diagnóstico diferencial 22 23 Tratamento??? Raramente recuperação espontânea Nem recuperação espontânea após o tratamento Mieloencefalite por Herpesvirus Equinos 24 Introdução Mieloencefalite por Herpesvirus Equino • As infecções virais são responsáveis por enfermidades equinas importantes • Aspecto clínico, debilitando e prejudicando o desempenho de animais susceptíveis • Quanto ao prejuízo econômico, causado por perdas significativas na equideocultura 27 Etiopatogenia Mieloencefalite por Herpesvirus Equino • Os equinos (Equus caballus) são hospedeiros naturais dos tipos EHV-1, EHV-2, EHV- 3, EHV-4 e EHV-5 • EHV-1 • Patógeno capaz de causar vários sinais clínicos: desde enfermidades respiratórias, reprodutivas à danos neurológicos severos • EHV-4 • Além de sinais respiratórios, esporadicamente, causa abortos e quadros neurológicos 28 Etiopatogenia Estima-se que grande parte dos animais adultos estejam infectados, já que a infecção acontece no início da vida na maioria dos cavalos e devido a sua baixa morbidade, cerca de 70% dos animais permanecem infectados por toda sua vida, servindo como portadores do vírus latente até que o estresse ou imunossupressão os reative, isso garante a sobrevivência do vírus (Figura 1) (Sprayberry & Robinson, 2014) 29 Transmissão Mieloencefalite por Herpesvirus Equino • Inalação de aerossóis • Contato direto com secreções nasais • Fetos abortados • Fluídos placentários • Fômites contaminadas • O vírus, então, se replica rapidamente no epitélio respiratório, é liberado nas secreções nasais 30 Transmissão Mieloencefalite por Herpesvirus Equino 31 Sinais clínicos Mieloencefalite por Herpesvirus Equino • Animais adultos • Sinais brandos ou animais assintomáticos • Animais jovens • Febre, depressão, anorexia, tosse, secreção nasal e ocular de serosa a mucopurulenta 32 Sinais clínicos Mieloencefalite por Herpesvirus Equino • O tipo EHV-1 causa abortos ainda no terceiro trimestre de gestação • Podem ser encontrados durante o parto, fetos ainda na placenta, asfixiados ou mortos logo após o nascimento • Estas mesmas éguas podem se recuperar e apresentarem-se saudáveis na próxima gestação 33 Sinais clínicos Mieloencefalite por Herpesvirus Equino • Os sinais clínicos neurológicos aparecem 6 a 10 dias após a infecção • Início rápido e variam conforme o local afetado e gravidade das lesões • Envolvem os membros pélvicos, normalmente são simétricos ou levemente assimétricos, cursam com ataxia, paresia, incoordenação, andar arrastando as pinças, entre outras complicações Quadros leves, os animais seestabilizam à medida que o quadro inflamatório se resolve Todavia, quadros mais graves podem levar o equino ao coma ou convulsão, e devido a outras complicações secundárias ao quadro, serem eutanasiados 34 Diagnóstico Mieloencefalite por Herpesvirus Equino • Presuntivo • Apresentação clínica • Porém só testes laboratoriais, entre outros podem ser conclusivos • Isolamento viral ou PCR (Reação de Cadeia de Polimerase) • Swabs nasofaríngeos, do sangue, fetos e tecidos placentários são comumente utilizados • Resultados laboratoriais dependem do tipo, da quantidade de vírus presente na amostra, bem como a qualidade e o acondicionamento da amostra enviada A necropsia de animais que vieram à óbito ou foram eutanasiados também oferecem importantes dados para a confirmação da infecção por Herpesvírus 35 Tratamento Mieloencefalite por Herpesvirus Equino • O tratamento utilizando drogas antivirais são limitados • Durante as infecções latentes, o vírus não é afetado por nenhum medicamento convencional, já que o mesmo, não expressa a proteína (alvo dos medicamentos) 36 Tratamento Mieloencefalite por Herpesvirus Equino • Determinadas concentrações dos princípios ativos Ganciclovir e Aciclovir são eficazes • Aciclovir tende a ser mais utilizado pelo seu custo durante o tratamento • Sua eficácia no tratamento da afecção respiratória não foi confirmada, e possui baixa biodisponibilidade, mesmo quando administrado via intravenosa 37 Tratamento Mieloencefalite por Herpesvirus Equino • Uso de antimicrobianos de amplo espectro, pois devido a imunossupressão durante a manifestação clínica, o equino pode apresentar infecções secundárias por bactérias 38 Controle e profilaxia Mieloencefalite por Herpesvirus Equino • Vacinação 39 https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjmsdGE1tHeAhUKhpAKHaslA9UQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fwww.companhiadosertao.com.br%2Fitem%2FVacina-Herpeshorse-Vencofarma-com-10-doses.html&psig=AOvVaw1iXGUtUpaS1yYMwn1Rfw9H&ust=1542208902195610 Mieloencefalite Protozoária Equina (EPM) Equinos 38 Introdução EPM • Doença que compromete o SNC • Pode acarretar incoordenação motora decorrente da diminuição da propriocepção e fraqueza muscular • Pode estar presentes sinais de atrofia muscular neurogênica e de paralisia de nervos cranianos 39 Introdução EPM A principal suspeita clínica que leva os profissionais a pensarem na patologia é a incoordenação motora 40 Etiologia EPM • A Mieloencefalopatia protozoária equina (EPM) é uma doença neurológica provocada por um protozoário conhecido como Sarcocystis neurona • O Hospedeiro definitivo é o gambá • Se infecta pela ingestão de um tecido muscular que contém sarcocistos oriundos de um hospedeiro intermediário (presa) infectado 41 Etiologia EPM • Os equinos são considerados hospedeiros aberrantes • Infectam-se acidentalmente quando ingerem alimentos contaminados com fezes dos gambás, que possuem esporocistos infectantes • Uma vez ingeridos os esporocistos, eles migram do trato intestinal para a corrente sanguínea, ultrapassam a barreira hematoencefálica e atingem o SNC 42 O cavalo não transmite a doença para outros cavalos Sinais clínicos EPM • Quadros neurológicos distintos • Fraqueza, tropeços no solo ou em objetos, arrastando as pinças, tem-se a impressão de perda de equilíbrio ou “bambeira” • Os sinais de incoordenação são inespecíficos podendo ser observada atrofia muscular focais • Quadríceps e glúteos • Atrofia de masseter, músculos temporais e músculo da língua, com inclinação de cabeça, paralisia do nervo facial e, ocasionalmente, sinais de disfagia 43 Sinais clínicos EPM • O cavalo poderá, ainda, apresentar sudorese regional, quando estão acometidos tratos da substância branca simpática e insensibilidade de regiões de cabeça e do pescoço • Além disso, pode ocorrer febre, depressão acentuada, pressão da cabeça contra objetos, decúbito, opistótono bem como pedalagem e morte 44 45 Diagnóstico EPM • O diagnóstico clínico baseia-se • Sinais neurológicos • A suspeita ou diagnóstico clínico pode ser confirmado pelo exame de Western Blot (líquido cefalorraquidiano) desafiados para a detecção de anticorpos antiproteína do S. neurona 46 Tratamento EPM • Antimicrobianos específicos que agem no parasita • Sulfadiazina • Pirimetamina • Diclazuril • Toltrazuril • Ponazuril • Nitazoxanide 47 Tratamento EPM • Sulfadiazina - 20Mg/Kg • Pirimetamina - 1mg/kg • Diclazuril - 21 a 28 dias • Toltrazuril - 28 a 90 dias 48 3 a 6 meses Tratamento EPM • Como medida terapêutica adicional • Flumixin meglumine, na dose de 1,1 mg/kg pela via intramuscular, 1 vez ao dia • DMSO, na dose de 1g/kg , diluído em solução a 10% e aplicado lentamente pela via endovenosa 49 Pode abrandar os fenômenos inflamatórios do sistema nervoso central Tratamento EPM • Ainda recomenda-se • Ácido fólico na dose de 20 a 40 mg/kg pela via oral ou 75 mg como dose total, pela via intramuscular, 1 vez ao dia, a cada 3 dias (72 horas) • Ainda no tratamento deve-se dar uma suplementação com vitamina E e selênio • Células-tronco* 50 Profilaxia EPM • Medidas de higiene em depósitos de rações, em cochos e bebedouros • Controle de vetores de hospedeiros intermediários, podem quebrar o ciclo epidemiológico da doença 51 Raiva Equinos 52 Sinais clínicos Raiva • Alterações do SNC • Encefalomielite progressiva • Células musculares • Tipo silenciosa • Período mais curto → forma progressiva 53 Problemas comportamentais Paralisia de parte dos membros Agressividade 54 Síndrome de Wobbler – Mielopatia Vertebral Cervical Estenótica Equinos 55 Introdução MVCE • Anormalidade neurológica que afeta a marcha de cavalos • Principal causa da Síndrome de Wobbler • Mielopatia Vertebral Cervical Estenótica – MVCE • Doença caracterizada por ataxia e fraqueza • Doença multifatorial 56 Influência do ambiente Predisposição genética Etiologia e fisiopatologia MVCE • Compressão da medula espinhal entre 2 vértebras cervicais adjacentes • Resulta em trauma crônico e/ou repetitivo • Bloqueio da condução nervosa e sinais neurológicos (perda axonal) 57 Etiologia e fisiopatologia MVCE • Desenvolvimento da doença está associado a alguns fatores • Nutrição • Predisposição genética • Forças biomecânicas • Mudanças hormonais • Trauma e exercícios 58 Etiologia e fisiopatologia MVCE • Desenvolvimento – 2 categorias • Equinos jovens (em fase de crescimento) • Adultos com osteoartrite no processo articular vertebral • Compressão da medula espinhal 59 Etiologia e fisiopatologia MVCE • Equinos jovens (fase de crescimento) • Dieta rica em carboidrato e proteína – visa crescimento rápido • Dietas com alto teor de zinco • Elevada relação entre cálcio e fósforo 60 Etiologia e fisiopatologia MVCE • 2 tipos de MVCE • Dinâmica • Estática 61 Dinâmica Animais jovens entre 8 a 18 meses Compressão medular observada na mielografia (pescoço flexionado) Acomete principalmente as vértebras cervicomediais Estática Equinos adultos entre 2 e 4 anos Afeta vértebras cervicocaudais (C5- C6-C7) Estreitamento do canal vertebral na mielografia (pescoço posição neutra) Sinais clínicos MVCE • Animais jovens: C3-C4 e C4-C5 • Animais idosos: osteopatia envolvida (doença degenerativa articular) • C5-C6 e C6-C7 62 Disfunção do neurônio motor superior (NMS) e dos tratos proprioceptivos localizados na medula espinhal Ataxia Hipermetria Paresia Espasticidade 63 64 Sinais clínicos MVCE • Manifestação clínica depende do grau de compressão da medula espinhal • Sinais são simétricos • MTs e MPs • Ataxia mais evidente nos MPs – tratos proprioceptivos são mais superficiais 65 Diagnóstico MVCE • Anamnese – quedas ou traumas • Exames neurológicos •Laboratoriais – LCR • Xantocromia branda, aumento da proteína (principalmente idosos) 66 Diagnóstico MVCE • Imagem • Radiografia • Subluxação das vértebras, projeção e dilatação da epífise caudal do corpo vertebral dorsal sobre a epífise cranial do corpo vertebral ventral, processos articulares com ossificação anormal, processos degenerativos na articulação • Mielografia • Contraste • RM • Tomografia 67 68 Diagnóstico diferencial MVCE • EPM • Mieloencefalite por Herpesvírus Equino • Mieloencefalopatia degenerativa equina • Traumas 69 Tratamento MVCE • Repouso – diminuir edema na região de compressão • AIEs – Dexametasona (0,01 mg/kg, IV) • Casos graves e agudos • AINEs • Fenilbutazona – 2,2 mg/kg, VO ou IV • DMSO – 1g/kg, diluído a 20%, IV lenta • Infiltração articular – corticoide e ácido hialurônico • Intervenção cirúrgica 70 Prognóstico MVCE • Grau dos sinais neurológicos • Tempo de evolução • Aptidão do equino • Realização da cirurgia 71 → Grau leve de ataxia: satisfatório após tto cirúrgico → Retorno a atividade atlética: reservado Tétano Equinos 72 Introdução Tétano • O tétano é uma doença tóxica infecciosa que acomete os animais domésticos e o homem • Ação das toxinas produzidas pelo Clostridium tetani • Microrganismo de distribuição mundial, gram-positivo • Encontrado sob a forma vegetativa ou esporulada em função das condições de tensão de oxigênio no ambiente 73 Etiopatogenia Tétano • Os casos naturais surgem principalmente • Infecções profundas e perfurantes, que favorecem a anaerobiose • Feridas purulentas, pois os germes piogênicos consomem o oxigênio, criando um ambiente favorável à proliferação 74 Etiopatogenia Tétano • O organismo também pode penetrar através do sistema digestivo e, com menor frequência, a doença pode estar associada a infecções pós- operatórias, uterinas ou umbilicais 75 Etiopatogenia Tétano • O clostrídio, em anaerobiose, produz três exotoxinas conhecidas • Toxina não espasmogênica • Tetanolisina - que promove necrose tissular • Tetanoespasmina - que produz os sinais clínicos do tétano 76 A tetanoespasmina liga-se às terminações nervosas e segue em fluxo retrógrado do SNP (local do ferimento) ao SNC Sinais clínicos Tétano • Espasticidade muscular - resultando em movimentos rígidos dos membros ao caminhar, dispneia e dificuldade de apreensão dos alimentos, mastigação e deglutição • As orelhas permanecem eretas e imóveis, a cabeça distendida e a cauda elevada • Hiperestesia e o prolapso da terceira pálpebra • Em casos mais graves • Postura de cavalete, apresentam dispneia grave, impossibilidade de ingerir alimentos, rigidez do pescoço, sudorese e decúbito. A morte geralmente ocorre por asfixia após a paralisia dos músculos respiratórios 77 78 Diagnóstico Tétano • O diagnóstico é extremamente simples • Apresentação clínica da doença • Geralmente a doença se apresenta após algum evento traumático ou cirúrgico, fato que deve ser questionado durante a anamnese do animal • Esfregaço direto corado pelo Gram ou cultura anaeróbia de material da ferida e baço • PCR para a detecção da toxina tetânica em feridas têm sido utilizados, no entanto, o seu valor como ferramenta de diagnóstico não foi estabelecido 79 Tratamento Tétano • Antibióticos (Penicilina + Estreptomicina, IM) • Administração de relaxantes musculares (Acepromazina, IM) • Manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e nutricional • Tratamento do foco da infecção e anulação da toxina residual Neutralização das toxinas ainda é um assunto controverso, especialmente com relação à dosagem e a via de administração da antitoxina tetânica 80 Tratamento Tétano • Soro antitetânico • 5.000 UI e 50.000 UI, IV, IM ou SC • Não atravessa a barreira hematoencefálica • Tem efeito somente sobre as toxinas circulantes que ainda não estão ligadas aos receptores 81 Tratamento Tétano • Acomodar o animal em uma baia com cama alta • Proteger da luz (fotossensibilidade) • Evitar ruídos (“tapar” as orelhas) 82 Prognóstico Tétano • Estado imunológico do animal • Vacinação prévia • Dose de inoculação da toxina • Duração e disponibilidade de tratamento 83 Profilaxia Tétano • VACINAÇÃO • USO DE SORO ANTITETÂNICO LIOFILIZADO ANTES DE QUALQUER PROCEDIMENTO E QUANDO O ANIMAL TEM LESÕES PERFUROCORTANTES 84 MESMO QUANDO O ANIMAL TEM HISTÓRICO DE VACINAÇÃO Sobrevivemos!!!
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