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1www. grancursosonline. com. br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline. com. br A N O TA ÇÕ E S Resolução n. 225 de 31/05/2016 do CNJ – Artigos 1º, 2º, 4º, 7º e 8º DIREITO PROCESSUAL CIVIL RESOLUÇÃO N. 225 DE 31/05/2016 DO CNJ – ARTIGOS 1º, 2º, 4º, 7º E 8º Dispõe sobre a Política Nacional de Justiça Restaurativa no âmbito do Poder Judiciário e dá outras providências. Obs.: � a Resolução n. 225 do CNJ é uma Resolução extensa, porém no edital do MPSP foram restringidos os artigos e colocados de forma direcionada: artigos 1º, 2º, 4º, 7º e 8º. A Resolução n. 118/2014 do Conselho Nacional do Ministério Público trata da Política de Autocomposição no âmbito do MP, ao passo que a Resolução n. 225/2016 trata da Justiça Restaurativa no âmbito do Poder Judiciário como um todo. DA JUSTIÇA RESTAURATIVA Art. 1º A Justiça Restaurativa constitui-se como um conjunto ordenado e sistêmico de princípios, métodos, técnicas e atividades próprias, que visa à conscientização sobre os fato- res relacionais, institucionais e sociais motivadores de conflitos e violência, e por meio do qual os conflitos que geram dano, concreto ou abstrato, são solucionados de modo estrutu- rado na seguinte forma: Obs.: � a Resolução n. 118/2014 traz alguns aspectos da Justiça Restaurativa de forma geral, por exemplo, das práticas restaurativas. I – é necessária a participação do ofensor, e, quando houver, da vítima, bem como, das suas famílias e dos demais envolvidos no fato danoso, com a presença dos representan- tes da comunidade direta ou indiretamente atingida pelo fato e de um ou mais facilitadores restaurativos; II – as práticas restaurativas serão coordenadas por facilitadores restaurativos capaci- tados em técnicas autocompositivas e consensuais de solução de conflitos próprias da Jus- tiça Restaurativa, podendo ser servidor do tribunal, agente público, voluntário ou indicado por entidades parceiras; Obs.: � o facilitador restaurativo não precisa ser necessariamente um servidor público. www.grancursosonline.com.br 2www. grancursosonline. com. br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline. com. br A N O TA ÇÕ E S Resolução n. 225 de 31/05/2016 do CNJ – Artigos 1º, 2º, 4º, 7º e 8º DIREITO PROCESSUAL CIVIL III – as práticas restaurativas terão como foco a satisfação das necessidades de todos os envolvidos, a responsabilização ativa daqueles que contribuíram direta ou indiretamente para a ocorrência do fato danoso e o empoderamento da comunidade, destacando a necessidade da reparação do dano e da recomposição do tecido social rompido pelo conflito e as suas implicações para o futuro. Obs.: � o objetivo da Justiça Restaurativa é restaurar a paz social por meio da repara- ção do dano. Conceitos – Art. 1º, § 1º I – Prática Restaurativa: forma diferenciada de tratar os conflitos que geram concreto ou abstrato II – Procedimento Restaurativo: conjunto de atividades e etapas a serem promovidas objetivando a composição das situações objeto da prática restaurativa III – Caso: quaisquer das situações apresentadas para solução por intermédio de práti- cas restaurativas; IV – Sessão Restaurativa: todo e qualquer encontro, inclusive os preparatórios ou de acompanhamento, entre as pessoas diretamente envolvidas nos fatos. Obs.: � prática restaurativa → forma de tratar o conflito/caso → situação apresentada/ a partir disso, instaura-se um procedimento restaurativo → dentro do procedimento há a sessão restaurativa (encontro entre as partes). V – Enfoque Restaurativo: abordagem diferenciada das situações ou dos contextos a elas relacionados, compreendendo os seguintes elementos: a) participação dos envolvidos, das famílias e das comunidades; b) atenção às necessidades legítimas da vítima e do ofensor; c) reparação dos danos sofridos; d) compartilhamento de responsabilidades e obrigações entre ofensor, vítima, famílias e comunidade para superação das causas e consequências do ocorrido. Aplicação do procedimento restaurativo – art. 1º, § 1º • Pode ocorrer de forma alternativa ou concorrente com o processo convencional; 5m 10m www.grancursosonline.com.br 3www. grancursosonline. com. br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline. com. br A N O TA ÇÕ E S Resolução n. 225 de 31/05/2016 do CNJ – Artigos 1º, 2º, 4º, 7º e 8º DIREITO PROCESSUAL CIVIL • Suas implicações devem ser consideradas, caso a caso, à luz do correspondente sis- tema processual e objetivando sempre as melhores soluções para as partes envolvi- das e a comunidade. Obs.: � não há uma regra geral aplicável a todos, é preciso buscar a interiorização e que a solução encontrada seja apta para solucionar o conflito e restabelecer a paz social. São princípios que orientam a Justiça Restaurativa – Art. 2º Obs.: � os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência constam na Constituição Federal e são princípios expressos da Administração Públi- ca e não fazem parte dos 12 princípios que orientam a Justiça Restaurativa. • Corresponsabilidade • Reparação dos danos • Atendimento às necessidades de todos os envolvidos • Informalidade • Voluntariedade • Imparcialidade • Participação • Empoderamento • Consensualidade • Confidencialidade • Celeridade • Urbanidade Requisitos – Art. 2º, §§ 1º e 2º • Para que o conflito seja trabalhado no âmbito da Justiça Restaurativa, é necessário que as partes reconheçam, ainda que em ambiente confidencial incomunicável com a instrução penal, como verdadeiros os fatos essenciais, sem que isso impli- que admissão de culpa em eventual retorno do conflito ao processo judicial. 15m www.grancursosonline.com.br 4www. grancursosonline. com. br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline. com. br A N O TA ÇÕ E S Resolução n. 225 de 31/05/2016 do CNJ – Artigos 1º, 2º, 4º, 7º e 8º DIREITO PROCESSUAL CIVIL Obs.: � perceba que a parte deve reconhecer que causou danos à vítima, porém, não é uma confissão, pois em nenhuma hipótese esse reconhecimento poderá ser levado para o Poder Judiciário como uma prova. Existe, portanto, a confidencialidade e a incomu- nicabilidade com a instrução penal. • É condição fundamental para que ocorra a prática restaurativa, o prévio consenti- mento, livre e espontâneo, de todos os seus participantes, assegurada a retratação a qualquer tempo, até a homologação do procedimento restaurativo. • Os participantes devem ser informados sobre o procedimento e sobre as possíveis consequências de sua participação, bem como do seu direito de solicitar orientação jurídica em qualquer estágio do procedimento. • Todos os participantes deverão ser tratados de forma justa e digna, sendo assegu- rado o mútuo respeito entre as partes, as quais serão auxiliadas a construir, a partir da reflexão e da assunção de responsabilidades, uma solução cabível e eficaz visando sempre o futuro. • O acordo decorrente do procedimento restaurativo deve ser formulado a partir da livre atuação e expressão da vontade de todos os participantes, e os seus termos, aceitos voluntariamente, conterão obrigações razoáveis e proporcionais, que respeitem a dignidade de todos os envolvidos. Obs.: � os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade estão previstos de forma implícita. Programa de incentivo à Justiça Restaurativa Art. 4º O programa será implementado com a participação de rede constituída por todos os órgãos do Poder Judiciário e por entidades públicas e privadas parceiras, inclusive universidades e instituições de ensino, cabendo ao Conselho Nacional de Justiça: I – assegurar que a atuação de servidores, inclusive indicados por instituições parceiras, na Justiça Restaurativa seja não compulsória e devidamente reconhecida para fins de côm- puto da carga horária, e que o exercício das funções de facilitador voluntário seja con- siderado como tempo de experiência nos concursos para ingresso na Magistratura;20m 25m www.grancursosonline.com.br 5www. grancursosonline. com. br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline. com. br A N O TA ÇÕ E S Resolução n. 225 de 31/05/2016 do CNJ – Artigos 1º, 2º, 4º, 7º e 8º DIREITO PROCESSUAL CIVIL II – buscar a cooperação dos órgãos públicos competentes e das instituições públicas e privadas da área de ensino, para a criação de disciplinas que propiciem o surgimento da cultura de não-violência e para que nas Escolas Judiciais e da Magistratura, bem como nas capacitações de servidores e nos cursos de formação inicial e continuada, haja módulo vol- tado à Justiça Restaurativa; III – estabelecer interlocução com a Ordem dos Advogados do Brasil, as Defensorias Públicas, as Procuradorias, o Ministério Público e as demais instituições relacionadas, esti- mulando a participação na Justiça Restaurativa e valorizando a atuação na prevenção dos litígios. ��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Sérgio Gaúcho. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. www.grancursosonline.com.br 1www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Resolução n. 225 de 31/05/2016 do CNJ – Artigos 1º, 2º, 4º, 7º e 8º DIREITO PROCESSUAL CIVIL RESOLUÇÃO N. 225 DE 31/05/2016 DO CNJ – ARTIGOS 1º, 2º, 4º, 7º E 8º RESOLUÇÃO CNJ N. 225, DE 31 DE MAIO DE 2016 Encaminhamento de procedimentos e processos para fins atendimento restaura- tivo judicial Obs.: quando se verifica que há necessidade, ou seja, há uma possibilidade de fazer uma restauração, de se firmar um acordo que vai estabelecer a paz entre as partes. Art. 7º Para fins de atendimento restaurativo judicial, poderão ser encaminhados procedimentos e processos judiciais, em qualquer fase de sua tramitação, pelo juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, da Defensoria Pública, das partes, dos seus Advogados e dos Setores Téc- nicos de Psicologia e Serviço Social. Parágrafo único. A autoridade policial poderá sugerir, no Termo Circunstanciado ou no relató- rio do Inquérito Policial, o encaminhamento do conflito ao procedimento restaurativo Obs.: perceba que a autoridade policial não tem poderes para encaminhar o procedimento, mas apenas sugerir o seu encaminhamento. Procedimentos Restaurativos Art. 8º Os procedimentos restaurativos consistem em sessões coordenadas, realizadas com a participação dos envolvidos de forma voluntária, das famílias, juntamente com a Rede de Ga- rantia de Direito local e com a participação da comunidade para que, a partir da solução obtida, possa ser evitada a recidiva do fato danoso, vedada qualquer forma de coação ou a emissão de intimação judicial para as sessões. Obs.: lembre-se que o comparecimento das partes deve ser feito de forma voluntária, por- tanto, não haverá intimação das partes, que é um ato realizado pelo Poder Judiciário no processo judicial. Facilitador Restaurativo § 1º O facilitador restaurativo coordenará os trabalhos de escuta e diálogo entre os envolvidos, por meio da utilização de métodos consensuais na forma autocompositiva de resolução de confli- tos, próprias da Justiça Restaurativa, devendo ressaltar durante os procedimentos restaurativos: www.grancursosonline.com.br 2www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Resolução n. 225 de 31/05/2016 do CNJ – Artigos 1º, 2º, 4º, 7º e 8º DIREITO PROCESSUAL CIVIL I – o sigilo, a confidencialidade e a voluntariedade da sessão; II – o entendimento das causas que contribuíram para o conflito; III – as consequências que o conflito gerou e ainda poderá gerar; IV – o valor social da norma violada pelo conflito. § 2º O facilitador restaurativo é responsável por criar ambiente propício para que os envolvidos pro- movam a pactuação da reparação do dano e das medidas necessárias para que não haja recidiva do conflito, mediante atendimento das necessidades dos participantes das sessões restaurativas. Homologação do acordo § 3º Ao final da sessão restaurativa, caso não seja necessário designar outra sessão, poderá ser assinado acordo que, após ouvido o Ministério Público, será homologado pelo magistrado responsável, preenchidos os requisitos legais. Memória da sessão § 4º Deverá ser juntada aos autos do processo breve memória da sessão, que consistirá na anota- ção dos nomes das pessoas que estiveram presentes e do plano de ação com os acordos estabe- lecidos, preservados os princípios do sigilo e da confidencialidade, exceção feita apenas a alguma ressalva expressamente acordada entre as partes, exigida por lei, ou a situações que possam colocar em risco a segurança dos participantes. Acordo frustrado § 5º Não obtido êxito na composição, fica vedada a utilização de tal insucesso como causa para a majoração de eventual sanção penal ou, ainda, de qualquer informação obtida no âmbito da Justiça Restaurativa como prova. Plano de ação § 6º Independentemente do êxito na autocomposição, poderá ser proposto plano de ação com orientações, sugestões e encaminhamentos que visem à não recidiva do fato danoso, observa- dos o sigilo, a confidencialidade e a voluntariedade da adesão dos envolvidos no referido plano. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. Considerando o disposto na Resolução n. 225/2016, do CNJ, é incorreto afirmar que 5m 10m www.grancursosonline.com.br 3www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Resolução n. 225 de 31/05/2016 do CNJ – Artigos 1º, 2º, 4º, 7º e 8º DIREITO PROCESSUAL CIVIL a. A Justiça Restaurativa constitui-se como um conjunto ordenado e sistêmico de prin- cípios, métodos, técnicas e atividades próprias, que visa à conscientização sobre os fatores relacionais, institucionais e sociais motivadores de conflitos e violência, e por meio do qual os conflitos que geram dano, concreto ou abstrato. b. As práticas restaurativas serão coordenadas por facilitadores restaurativos capacita- dos em técnicas autocompositivas e consensuais de solução de conflitos próprias da Justiça Restaurativa, podendo ser servidor do tribunal, agente público, voluntário ou indicado por entidades parceiras. c. As práticas restaurativas terão como foco a satisfação das necessidades de todos os envolvidos, a responsabilização ativa daqueles que contribuíram direta ou indireta- mente para a ocorrência do fato danoso e o empoderamento da comunidade. d. A aplicação de procedimento restaurativo deve ocorrer de forma alternativa com o processo convencional. e. Os participantes devem ser informados sobre o procedimento restaurativo e sobre as possíveis consequências de sua participação, bem como do seu direito de solicitar orientação jurídica em qualquer estágio do procedimento. COMENTÁRIO A aplicação de procedimento restaurativo deve ocorrer de forma alternativa ou concorrente com o processo convencional. Conforme art. 1º, § 2º. 2. São princípios que orientam a Justiça Restaurativa expressamente previstos na Reso- lução n. 225/2016, do CNJ: Art. 2º a. legalidade b. impessoalidade c. empoderamento d. razoabilidade e. eficiência COMENTÁRIO Os princípios previstos na Constituição Federal, bem como no Direito Administrativo, não aparecem de forma expressa na Resolução n. 225/2016. www.grancursosonline.com.br 4www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Resolução n. 225 de 31/05/2016 do CNJ – Artigos 1º, 2º, 4º, 7º e 8º DIREITO PROCESSUAL CIVIL São princípios que orientam a Justiça Restaurativa: corresponsabilidade, reparação dos danos, atendimento às necessidadesde todos os envolvidos, informalidade, voluntarie- dade, imparcialidade, participação, empoderamento, consensualidade, confidencialidade, celeridade e urbanidade. 3. Para efeitos da Resolução n. 225/2016, do CNJ, considera-se sessão restaurativa: a. todo e qualquer encontro, inclusive os preparatórios ou de acompanhamento, entre as pessoas diretamente envolvidas nos fatos a serem solucionados. b. abordagem diferenciada das situações a serem solucionadas por meio da justiça restaurativa. c. conjunto de atividades e etapas a serem promovidas objetivando a composição das situações que geram dano concreto ou abstrato. d. qualquer situação apresentada para solução por intermédio de práticas restaurativas e. forma diferenciada de tratar as situações que geram dano, concreto ou abstrato. COMENTÁRIO Conforme o art. 1º, § 1º: todo e qualquer encontro, inclusive os preparatórios ou de acom- panhamento, entre as pessoas diretamente envolvidas nos fatos a serem solucionados. Analisando os itens: b. Refere-se ao enfoque restaurativo. c. Refere-se ao procedimento restaurativo. d. Refere-se ao caso. e. Refere-se à prática restaurativa. 4. De acordo com o disposto na Resolução n. 225/2016, do CNJ, é correto afirmar: a. Para que o conflito seja trabalhado no âmbito da Justiça Restaurativa, é necessário que as partes reconheçam publicamente como verdadeiros os fatos essenciais. b. É condição fundamental para que ocorra a prática restaurativa, o prévio consenti- mento, livre e espontâneo, de todos os seus participantes, assegurada a retratação a qualquer tempo, mesmo após a homologação do procedimento restaurativo. 15m www.grancursosonline.com.br 5www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Resolução n. 225 de 31/05/2016 do CNJ – Artigos 1º, 2º, 4º, 7º e 8º DIREITO PROCESSUAL CIVIL c. O acordo decorrente do procedimento restaurativo deve ser formulado a partir da livre atuação e expressão da vontade de todos os participantes, e os seus termos, acei- tos voluntariamente, conterão obrigações razoáveis e proporcionais, que respeitem a dignidade de todos os envolvidos. d. O programa de incentivo à Justiça Restaurativa será implementado com a participa- ção de rede constituída por todos os órgãos do Poder Judiciário e por entidades públi- cas e privadas parceiras, inclusive universidades, instituições de ensino e tribunais de justiça arbitral. e. Cabe ao Conselho Nacional de Justiça, no âmbito do Programa de incentivo à Justiça Restaurativa assegurar que a atuação de servidores, exceto indicados por instituições parceiras, na Justiça Restaurativa seja não compulsória e devidamente reconhecida para fins de cômputo da carga horária, e que o exercício das funções de facilitador voluntário seja considerado como tempo de experiência nos concursos para ingresso na Magistratura. COMENTÁRIO a. Não é necessário que as partes reconheçam publicamente os fatos, pois o processo é confidencial e incomunicável com a instrução processual. b. É condição fundamental para que ocorra a prática restaurativa, o prévio consentimento, livre e espontâneo, de todos os seus participantes, assegurada a retratação a qualquer tempo, até a homologação do procedimento restaurativo. c. O acordo deve ser livre, voluntário e respeitar a dignidade de todos os envolvidos. d. O programa de incentivo à Justiça Restaurativa será implementado com a participação de rede constituída por todos os órgãos do Poder Judiciário e por entidades públicas e privadas parceiras, inclusive universidades e instituições de ensino. e. Cabe ao Conselho Nacional de Justiça, no âmbito do Programa de incentivo à Justiça Restaurativa, assegurar que a atuação de servidores, inclusive indicados por instituições parceiras, na Justiça Restaurativa, seja não compulsória e devidamente reconhecida para fins de cômputo da carga horária, e que o exercício das funções de facilitador voluntário seja considerado como tempo de experiência nos concursos para ingresso na Magistratura. www.grancursosonline.com.br 6www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Resolução n. 225 de 31/05/2016 do CNJ – Artigos 1º, 2º, 4º, 7º e 8º DIREITO PROCESSUAL CIVIL 5. De acordo com o disposto na Resolução n. 225/2016, do CNJ, é correto afirmar: a. A autoridade policial, sempre que verificar condições favoráveis à solução de con- flito por meio da Justiça Restaurativa deverá encaminhar o Termo Circunstanciado ou o relatório do Inquérito Policial aos órgãos responsáveis pelo procedimento res- taurativo. b. Os procedimentos restaurativos consistem em sessões coordenadas, realizadas com a participação dos envolvidos de forma voluntária, das famílias, juntamente com a Rede de Garantia de Direito local e com a participação da comunidade para que, a partir da solução obtida, possa ser evitada a recidiva do fato danoso, devendo ser emitida prévia intimação judicial para as sessões. c. Ao final da sessão restaurativa, caso não seja necessário designar outra sessão, poderá ser assinado acordo que, independentemente da oitiva do Ministério Público, será homologado pelo magistrado responsável, preenchidos os requisitos legais. d. Não obtido êxito na composição durante sessão restaurativa, as informações obtidas no âmbito da Justiça Restaurativa serão comunicadas ao juiz condutor do processo penal para que possam ser utilizadas como prova. e. Para fins de atendimento restaurativo judicial, poderão ser encaminhados procedi- mentos e processos judiciais, em qualquer fase de sua tramitação, pelo juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, da Defensoria Pública, das partes, dos seus Advogados e dos Setores Técnicos de Psicologia e Serviço Social. COMENTÁRIO a. A autoridade policial poderá sugerir, no Termo Circunstanciado ou no relatório do inqué- rito policial, o encaminhamento do conflito ao procedimento restaurativo. b. O comparecimento das partes deve ser feito de forma voluntária, portanto, não haverá intimação das partes, que é um ato realizado pelo Poder Judiciário no processo judicial. c. Ao final da sessão restaurativa, caso não seja necessário designar outra sessão, poderá ser assinado acordo que, após oitiva do Ministério Público, será homologado pelo magis- trado responsável, preenchidos os requisitos legais. d. É proibido comunicar ou utilizar como prova as informações obtidas. e. O juiz pode fazer de ofício ou mediante requerimento, conforme art. 7º. 20m www.grancursosonline.com.br 7www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Resolução n. 225 de 31/05/2016 do CNJ – Artigos 1º, 2º, 4º, 7º e 8º DIREITO PROCESSUAL CIVIL GABARITO 1. d 2. c 3. a 4. c 5. e ���Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Sérgio Gaúcho. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conte- údo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva deste material. www.grancursosonline.com.br