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E-book RUMO A APROVAÇÃO @ADVBEATRIZSALES E-BOOK RUMO A APROVAÇÃO E-BOOK RUMO A APROVAÇÃO Sejam muito bem vindos ao E-book RUMO A APROVAÇÃO, para você que escolheu a 2° fase da OAB em Direito do Trabalho. A primeira informação é que no meu canal no youtube – Dica Jurídica com Beatriz Sales – você encontrará mais dicas para a 2° fase. Quem é a professora Beatriz Sales? Advogada, professora e pós graduanda, especialista em Direito do Trabalho e Direito Previdenciário. Fundadora do Até a Aprovação 1.0 e 2.0, cursos preparatórios para 1° e 2° fase da OAB, atualmente com mais de 250 alunos. Criadora do canal Dica Jurídica com Beatriz Sales, atualmente com mais de 5 mil inscritos. E-book RUMO A APROVAÇÃO @ADVBEATRIZSALES E-BOOK RUMO A APROVAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Você deve se atentar para a seguinte situação: a banca irá narrar uma situação que ocorreu no dia a dia do trabalho, sem menção alguma a processo trabalhista já iniciado. Serão narrados fatos como jornada de trabalho, salário, função desempenhada, forma como o empregado era tratado pelo empregador, descontos que foram realizados, etc. Essas informações são importantes porque você terá noção de que uma ação trabalhista deve ser ajuizada, ou seja, a peça processual da prova da OAB é uma petição inicial de uma reclamação trabalhista. CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO Na ação de consignação em pagamento, a banca narrará uma providência que deve ser tomada pelo empregador. As situações clássicas de ajuizamento da ação e que já foram cobradas no Exame da OAB são: necessidade de pagamento de valores ao ex-empregado e devolução de algum bem do ex-empregado que está em poder da empresa, como um celular, computador, roupas, mochila, etc. Nas situações em que a banca cobrou tal ação, a narrativa sempre foi a mesma: o empregador foi chamado para receber as verbas rescisórias e não compareceu, devendo a quantia e os bens serem depositados em juízo, através da ação de consignação em pagamento. A ação também seria utilizada caso o empregado fosse demitido por justa causa devido a abandono de emprego, situação em que não se sabe o seu paradeiro. Em síntese: se houver necessidade de pagamento ou devolução de coisas, a peça processual a ser redigida será uma petição inicial de ação de consignação em pagamento. INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE A identificação do inquérito para apuração de falta grave é extremamente simples. Talvez uma das mais simples, já que a banca utilizará tão somente uma hipótese consagrada na jurisprudência consolidada do TST: a demissão por justa causa do Dirigente Sindical, conforme sumula 379 do TST. A banca narrará a seguinte situação: a empresa quer demitir por justa causa um Dirigente Sindical e busca em você, Advogado(a) contratado(a), o procedimento previsto em lei para tanto. A demissão por justa causa do Dirigente Sindical, qualquer que seja a hipótese E-book RUMO A APROVAÇÃO @ADVBEATRIZSALES E-BOOK RUMO A APROVAÇÃO prevista no art. 482 da CLT, deve ser precedida de inquérito, ou seja, é necessário o ajuizamento prévio do inquérito para que o Juiz do Trabalho declare o vínculo rescindido por sentença. Se a narrativa for está, não tenha dúvidas: você deve redigir uma petição inicial de inquérito para apuração de falta grave. AÇÃO RESCISÓRIA A narrativa que levaria ao ajuizamento de uma ação rescisória envolve as seguintes informações: o ajuizamento de uma ação anterior, que já teve decisão com trânsito em julgado com algum dos vícios previstos no art. 966 do CPC, que podem ser os seguintes: corrupção do Juiz, impedimento do Juiz, incompetência absoluta do juízo, prova falsa, dolo ou coação de uma parte em detrimento da outra, documento novo capaz de demonstrar que a decisão está errada, dentre outros. Se já houve o trânsito em julgado da decisão proferida no processo “A”, não cabe qualquer recurso. A única via capaz de modificar aquela decisão viciada é a ação rescisória, que deve ser ajuizada em até dois anos a contar do trânsito em julgado da última decisão do processo. Percebeu então que já houve o trânsito em julgado e que há um vício grave? Não tenha dúvidas de que é uma petição inicial de ação rescisória. MANDADO DE SEGURANÇA O mandado de segurança pode ser utilizado em várias situações perante a Justiça do Trabalho, como em face de atos ilegais da fiscalização do trabalho ou em face de decisões interlocutórias, como seria a principal hipótese que será explanada a partir de agora. Sabe-se que as decisões interlocutórias são irrecorríveis no processo do trabalho, mas podem ser objeto de mandado de segurança, nos termos da Súmula 414 do TST. Assim, a banca pode afirmar que foi proferida uma liminar contrária aos seus interesses, negando uma tutela de urgência, o que geraria a possibilidade de impetração de um mandado de segurança com pedido liminar, para que o Desembargador Relator no TRT já defira a tutela de urgência negada em primeiro grau. Seria, por exemplo, a hipótese de um pedido de reintegração liminar negado pelo Juiz da Vara do Trabalho, que seria objeto de um mandado de segurança perante o Tribunal Regional do Trabalho. Se essa for a hipótese narrada na sua prova, afirmando que a medida deve buscar a imediata reversão da decisão, pode ter certeza que se trata da petição inicial de um mandado de segurança com pedido liminar. CONTESTAÇÃO SIMPLES E-book RUMO A APROVAÇÃO @ADVBEATRIZSALES E-BOOK RUMO A APROVAÇÃO O adjetivo “simples” aqui é utilizado para demonstrar que se trata de uma contestação apenas com defesa de mérito, sem qualquer matéria processual a ser alegada. A hipótese, que é a mais utilizada no Exame da OAB, pode ser assim resumida: a banca narra que foi ajuizada uma ação trabalhista com diversos pedidos e pede para que você, na qualidade de Advogado da empresa apresente a medida processual cabível para defesa dos interesses do seu cliente. Vejam que a narrativa trata apenas do ajuizamento da ação. Só isso. Não se fala em decisão judicial – interlocutória ou sentença – ou qualquer outra situação processual que geraria a necessidade de defesa dos interesses do cliente. Se a banca apenas falou que houve o ajuizamento de ação, com inúmeros pedidos, é caso de apresentação de contestação. O próprio texto vai demonstrar quais são os equívocos na petição inicial para que você os conteste. Haverá por exemplo a informação de que há banco de horas na empresa e que o reclamante pleiteia horas extraordinárias. O que falar na hipótese? Que se há sistema de compensação de jornada – banco de horas – e as horas foram efetivamente compensadas, não há que serem pagas. O reclamante pedirá a condenação ao pagamento da multa do art. 477, §8° da CLT haja vista que a homologação não foi realizada no prazo de 10 dias. O que falar? Que não cabe tal multa porque a homologação não é obrigatória e o pagamento ocorreu dentro do prazo legal de 10 dias, previsto no art. 477, §6° da CLT. Assim será feito em todas as teses lançadas no problema. COM PRELIMINAR DE MÉRITO Em algumas situações, a prova de prática trabalhista do Exame de Ordem exigiu a redação de contestação com preliminar de mérito de inépcia da petição inicial em relação a algum pedido ou de incompetência absoluta também de algum pedido. Ao ler a questão e identificar que se trata de uma contestação a ser redigida, verifique se há algum vício processual previsto no art. 337 do CPC, que alude a: inexistência ou nulidade de citação, incompetência absoluta, inépcia, perempção, litispendência, coisa julgada, conexão, convenção de arbitragem, etc. COM RECONVENÇÃO A banca pode exigir a redação de uma contestação com pedido reconvencional, ouseja, com um pedido específico de condenação do reclamante. Tal situação não é usual, mas já foi exigida no Exame da OAB. Além das informações já trazidas anteriormente, que gerariam a redação de uma contestação, com defesa apenas de mérito ou também processual, pode a banca E-book RUMO A APROVAÇÃO @ADVBEATRIZSALES E-BOOK RUMO A APROVAÇÃO informar que a empresa reclamada tem interesse na condenação do reclamante por algum dano que o mesmo tenha realizado, por exemplo. RECURSO ORDINÁRIO O único recurso trabalhista até hoje cobrado nos Exames da OAB, no regime de prova unificada, o recurso ordinário é de fácil identificação. Apesar das três hipóteses de cabimento, que serão lembradas mais a frente, a banca até hoje somente cobrou naquela que é mais comum no cotidiano trabalhista, que é a interposição em face de sentença. Assim, a banca vai demonstrar claramente que foi proferida uma sentença e que você deve tomar as providências cabíveis para reverter a decisão. Em todas as vezes que a banca exigiu a redação de um recurso ordinário, o fez em face de uma sentença, ora afirmando expressamente que foi apresentada aquela decisão, ora implicitamente demonstrando que se tinha tal decisão, ao dizer que o pedido tinha sido julgado procedendo ou improcedente. Apesar de não serem as hipóteses mais comuns e não terem ainda sido cobradas na prova, devemos lembrar duas outras hipóteses de interposição do recurso, conforme art. 895, II da CLT, art. 799, §2o da CLT e Súmula 214, “c” do TST. • Acórdão proferido pelo TRT em ações de sua competência originária – Art. 895, II da CLT: existem ações que são ajuizadas diretamente perante o TRT, ou seja, não passam pela Vara do Trabalho, sendo por esse motivo denominadas de “ações de competência originária daquele tribunal”. São exemplos de tais ações o mandado de segurança, ação rescisória, dissídio coletivo, etc. Do acórdão proferido pelo TRT em tais ações, deverá a parte interpor o recurso ordinário, que será direcionado e julgado pelo TST. • Decisão interlocutória que reconhece a incompetência absoluta da Justiça do Trabalho – Art. 799, §2o da CLT: caso o Juiz entenda que a Justiça Trabalhista não possui competência para processar e julgar aquele pedido, deverá reconhecer a sua incompetência absoluta e remeter os autos do processo para a Justiça competente (Justiça Comum Estadual ou Federal, por exemplo). Da decisão caberá o recurso ordinário, a ser julgado pelo TRT. • Decisão interlocutória que julga a exceção de incompetência e determina a remessa dos autos para Vara do Trabalho vinculada a outro TRT – Súmula 214, “c” do TST: sendo a ação trabalhista ajuizada fora do local competência, poderá o reclamado apresentar a exceção de incompetência, que após o procedimento previsto no art. 800 da CLT será decidida. Caso a decisão seja no sentido de remeter os autos do processo para uma Vara do Trabalho vinculada a outra região, caberá o recurso E-book RUMO A APROVAÇÃO @ADVBEATRIZSALES E-BOOK RUMO A APROVAÇÃO ordinário. Sendo mantida no local do ajuizamento ou sendo remetida para Vara do Trabalho da mesma região, não caberá o recurso. OUTROS RECURSOS A banca nunca exigiu qualquer outro recurso que não seja o ordinário, na hipótese de sentença trabalhista. Contudo, qualquer outra espécie recurso pode ser cobrada, o que não é um problema em termos de redação da peça, já que o esqueleto/modelo que se aplica ao recurso ordinário também serve para os demais recursos. Mas deve-se atentar para a identificação adequada da espécie recursal, conforme breve análise a seguir: RECURSO DE REVISTA A hipótese que seria narrada pela banca para a redação de um recurso de revista, conforme art. 896 da CLT seria a seguinte: proferida uma sentença pela Vara do Trabalho, o sucumbente interpôs o recurso ordinário ao TRT e agora foi proferido um acórdão por uma turma do TRT, julgando aquele recurso ordinário. Você, na qualidade de Advogado da parte sucumbente, deverá interpor o recurso cabível, que o recurso de revista ao TST. O que pode ser alegado no recurso de revista? A depender do tipo de processo e do procedimento, temos: • Processo de conhecimento: o Rito ordinário: violação de lei federal, Constituição Federal, súmulas e OJs do TST, divergência jurisprudencial, etc – alíneas “a”, “b” e “c” do art. 896 da CLT. • Rito sumaríssimo: violação de norma da Constituição Federal, Súmula do TST e Súmula Vinculante do STF - §9o do art. 896 da CLT. • Processo de execução: violação de norma da Constituição Federal - §2º do art. 896 da CLT. Deve-se apenas atentar que a interposição do recurso de revista depende da existência de um acórdão do TRT que julgou o recurso ordinário. Muito cuidado com a espécie de julgamento do recurso ordinário, pois além de colegiado, pode ser monocrático. Se for colegiado, teremos um acórdão e a hipótese de interposição do recurso de revista. Sendo monocrático, isto é, unicamente pelo relator, não será hipótese de recurso de revista, mas de agravo interno, conforme art. 1.021 do CPC e Súmula 435 do TST. AGRAVO DE PETIÇÃO O cabimento do agravo de petição é bem simples, conforme art. 897 “a” da CLT. O recurso pode ser interposto em face de decisões proferidas no processo de E-book RUMO A APROVAÇÃO @ADVBEATRIZSALES E-BOOK RUMO A APROVAÇÃO execução. Trata-se da única hipótese de cabimento. Caso a banca narre uma situação e você verifique que se trata de decisão no processo de execução, pode estar certo que o recurso a ser utilizado é o agravo de petição. Mas que decisões poderiam ser incluídas na questão prática do Exame da OAB? As principais situações são: • Decisão que julga os embargos à execução; • Decisão sobre desconsideração da personalidade jurídica; AGRAVO DE INSTRUMENTO O cabimento do agravo de instrumento no processo do trabalho não traz dúvidas frequentes, mas há um detalhe que deve ser verificado para não se errar a peça processual no Exame da OAB. Pela leitura do art. 897 “b” da CLT, será interposto o recurso de agravo de instrumento quando for inadmitido outro recurso, ou seja, quando for negado seguimento a outro recurso, pela ausência de qualquer pressuposto de admissibilidade. Imagine que diante de uma condenação por sentença ao pagamento de R$10.000,00 (dez mil reais), a parte sucumbente tenha interposto o recurso ordinário. Caso esse recurso seja inadmitido pelo juízo a quo, ou seja, pela Vara do Trabalho, a parte poderá agora interpor um agravo de instrumento para destrancar o recurso ordinário. Como já dito, há uma situação “perigosa”, que é a inadmissão de um recurso por decisão monocrática, que não é desafiada por agravo de instrumento, mas por agravo interno, conforme será explicado a seguir detalhadamente: No processo há vários juízos de admissibilidade, no juízo a quo e ad quem, sendo que o recurso interposto pode ser inadmitido em qualquer um deles. Vejamos o exemplo mais simples, que é a interposição de um Recurso Ordinário perante a 3° Vara do Trabalho de São Paulo. O recurso passará pelos seguintes juízos de admissibilidade, ou seja, pela análise da presença ou ausência dos pressupostos de admissibilidade (tempestividade, preparo, cabimento, etc): • Vara do Trabalho: o primeiro juízo de admissibilidade será realizado pelo juízo a quo, ou seja, pela Vara do Trabalho. Sendo inadmitido aqui o RO, caberá o agravo de instrumento. • Desembargador Relator no TRT: o segundo juízo de admissibilidade será realizado pelo Relator do Recurso Ordinário, no TRT. • Sendo inadmitido aqui o RO, por meio de uma decisão monocrática, caberá o agravo interno. • Turma no TRT: o terceiro o último juízo de admissibilidade será feito pelo colegiado que julgou o RO no TRT. Sendo inadmitido aqui o RO, por meio de um acórdão, caberá o recurso de revista para o TST.E-book RUMO A APROVAÇÃO @ADVBEATRIZSALES E-BOOK RUMO A APROVAÇÃO O perigo consiste em confundir o cabimento do agravo de instrumento e do agravo interno. Mas veja essa dica que vale ouro: • Se a banca disser que foi proferida uma decisão monocrática inadmitindo, será cabível o agravo interno, por ser uma decisão do Relator. • Se a afirmação consistir apenas na inadmissão do recurso, caberá o agravo de instrumento. AGRAVO INTERNO Como já dito acima, as decisões monocráticas podem ser impugnadas por agravo interno, que é o recurso previsto no art. 1.021 do CPC, de aplicação subsidiária conforme Súmula 435 do TST. Independentemente do conteúdo da decisão monocrática, contra a mesma caberá o agravo interno. Isso é muito importante que se entenda. O Relator pode proferir decisões monocráticas com conteúdo de juízo de admissibilidade ou de mérito do recurso. Vejamos duas situações em que um RO é distribuído ao Desembargador Relator José da Silva, do TRT da 3° Região: • É proferida decisão monocrática inadmitindo o recurso ordinário, por entender o Relator que o recurso é deserto. • É proferida decisão monocrática negando provimento ao recurso ordinário, por entender que a sentença está correta, por mostrar-se em conformidade com o entendimento consolidado no TST. • É proferida decisão monocrática dando provimento ao recurso ordinário, por entender que a sentença está equivocada, uma vez que viola totalmente o entendimento consolidado no TST para a questão. Nas três situações temos decisões monocráticas e o perdedor tem a possibilidade de interpor o agravo interno em oito dias, mas na primeira é a decisão em juízo de admissibilidade e nas duas outras, juízo de mérito, tanto que a sentença foi mantida na primeira e reformada na segunda. Se a banca disser que foi proferida uma decisão monocrática, não hesite: redija um recurso de agravo interno. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Formalmente é o recurso mais simples que existe e um dos mais utilizados no cotidiano forense, mas ainda não cobrado na prova da OAB em Direito do Trabalho. Como saber que tenho que redigir um recurso de embargos de declaração? A resposta é simples: a banca deixará claro que há um dos seguintes vícios na decisão judicial proferida: omissão, obscuridade ou contradição. A decisão judicial deixou de analisar algum pedido ou fundamento invocado pela parte; o entendimento do Magistrado não está claro em relação a algum tema; o Juiz foi E-book RUMO A APROVAÇÃO @ADVBEATRIZSALES E-BOOK RUMO A APROVAÇÃO contraditório ao dizer, em um determinado momento, que não havia prova e em outra ao afirmar a existência da mesma. Estes são as três situações básicas que encontramos para redigir os embargos, previstos no art. 897-A da CLT. Também há o “equívoco manifesto na análise dos pressupostos de admissibilidade recursal”, que seria um erro grave e fácil de ser verificado e que levou à inadmissão do recurso. Trata-se de um “equívoco manifesto”, ou seja, uma análise simples já é capaz de concluir pelo erro do Magistrado. CONTRARRAZÕES DE RECURSO A identificação das contrarrazões é bem simples, pois a banca afirmará que foi interposto um recurso e que você é Advogado da parte contrária, devendo defender os interesses da mesma no processo, requerendo a manutenção da decisão. Em suma, foi interposto recurso. Se foi interposto recurso pela parte contrária e você deve apenas defender os interesses do seu cliente, requerendo a manutenção da decisão que lhe foi favorável, a única peça processual a ser apresentada é as contrarrazões. A peça pode ser apresentada em qualquer recurso, até mesmo nos embargos de declaração, na hipótese de existir efeito modificativo, conforme art. 897-A, §2° da CLT. RECURSO ADESIVO Na hipótese da banca afirmar que foi interposto recurso e que você é o Advogado da parte contrária, cuidado! Verifique se: • A decisão foi de total procedência para o seu cliente, hipótese em que você irá tão somente apresentar contrarrazões e pedir a manutenção da decisão; • A decisão foi de parcial procedência, isto é, se houve sucumbência recíproca, pois nesta hipótese a banca examinadora pode estar pedindo um recurso adesivo. • Caso a banca expressamente afirma que você, na qualidade de Advogado do recorrido, deve buscar a melhora da condição do seu cliente, é hipótese de interposição de recurso adesivo, que pode ser um Recurso Ordinário, Recurso de Revista, Agravo de Petição ou Embargos ao TST, conforme Súmula 283 do TST. O recurso adesivo somente terá cabimento na hipótese de sucumbência recíproca, ou seja, de parcial procedência, pois as duas partes podem buscar a melhora da sua condição, seja através de um recurso que foi interposto pela parte contrária ou por meio de um recurso adesivo, interposto pelo seu cliente. A hipótese nunca foi vista no Exame da OAB, mas pode ser cobrada. Se for, duassituações podem surgir: E-book RUMO A APROVAÇÃO @ADVBEATRIZSALES E-BOOK RUMO A APROVAÇÃO • A banca pode exigir a redação de contrarrazões e recurso adesivo, ou seja, duas peças processuais. A banca pode exigir apenas a redação do recurso adesivo, o que seria mais lógico! EMBARGOS À EXECUÇÃO A peça já foi cobrada uma vez na prova do Exame de Ordem, sendo de fácil identificação, pois praticamente seria a única peça a ser cobrada na fase de execução, por possuir forma pré-definida. Os embargos à execução estão previstos no art. 884 da CLT como uma defesa a ser apresentada pelo devedor após a garantia do juízo. Assim, a identificação da peça passa pela verificação dos seguintes pontos: • Estamos em um processo de execução; • Já houve a garantia do juízo através do depósito, nomeação de bens ou penhora de bens; • Há algum vício processual previsto no art. 884, §1o da CLT ou art. 525, §1º do CPC. Os vícios que podem ser alegados são, por exemplo: cumprimento da decisão ou do acordo, prescrição, nulidade de citação, penhora incorreta, avaliação errônea, excesso de execução, dentre outras.