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direit� d� contrat� conceito: é um negócio jurídico bilateral ou plurilateral que visa a criação, modificação ou extinção de direitos e deveres com conteúdo patrimonial. - esse é o conceito mais clássico de contratos - tem que conter os requisitos do art 104 do cc. - podemos ter unidade ou pluralidade de sujeitos. - aqui no direitos dos contratos só temos contratos de cunho patrimonial, no direito das sucessões temos contratos sem cunho patrimonial (ex: gostaria de deixar o meu livro de memórias para fulano de tal caso ele aceite). - O CC entende que no direito das obrigações se tem o direito dos contratos, ele é uma espécie do gênero das obrigações. Evolução Histórica: ↠ O CC de 2002 sofreu influência da constitucionalização do Direito Civil - as relações civis elas tem base no cc mas antes elas tem base constitucional. - não basta o contrato conter requisitos do direito civil, ele tem que estar de acordo com o direito constitucional(princípio da solidariedade,ele tem que ser funcional…), por ter cunho/função social, ele não serve apenas para as duas polaridades, ele também atinge a sociedade. - legitimidade do contrato: ele estar dentro dos valores que a constituição federal protege. ↠ Herança histórica: - Paulo Lobo diz que o contrato nasce com o homem, a gente negocia o tempo todo. É da natureza do homem contratuar. - não temos um registro oficial do nascimento dos contratos Direito Romano ↠ O legislador romano Nos primeiros registros de CC, inseriu uma parte voltada para contratos, dentro do direito das obrigações. A regra é que os contratos eram revestido obrigatoriamente de formalidade, eram escritos e o legislador tentava diferenciar dois institutos os contratos e as convenções - Convenções: era qualquer negociação que já estava concluída - acordo feito mas concluído. Era revestido de formalidade. - Contrato: era o acordo de vontades,o contrato criava obrigações entre os sujeitos mas ele não transferia propriedade. Ele era considerado o meio enquanto a convenção era o fim herança: a formalização. tanto faz a terminologia para o direito brasileiro, aqui unificamos . Direito Francês: ↠ O direito francês instituídos naquelas ideais de igualdade, liberdade e fraternidade, estabeleceu que o contrato é um negócio jurídico formado por autonomia de vontades. Desde que eu atenda os elementos do CC, eu poderia contratar da forma que eu quisesse, sem formalidade. - Direito Alemão copiou isso do direito francês. ◌ a regra mundial é que não exista essa plena autonomia de vontades. tem-se restrição das normas nos contratos de adesão. - aqui pensamos nos direito privado, em contratos de pessoas físicas.nós buscamos autonomia de vontades e mantemos. Enunciado 22 da jornada de direito civil de 2002: A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, constitui cláusula geral que reforça o princípio de conservação do contrato, assegurando trocas úteis e justas. - o contrato também é instrumento do bem comum - temos um conceito de contrato, que se adequa ao código civil. O contrato tem uma estrutura mas só ela não é suficiente, precisamos dos valores constitucionais, que representa a função social do estado. Em termos de herança histórica a grande herança é a possibilidade de formalização de alguns contratos para gerar segurança jurídica e possibilidade de segurança jurídica. PRINCÍPIOS INERENTES AOS CONTRATOS: ↠ princípio da autonomia da vontade ou consensualismo: - tem por base a ampla liberdade contratual embasada no poder dos contratantes em disciplinar os seus interesses mediante acordo de vontades, suscitando efeitos tutelados pela ordem jurídica. ● é dizer que você pode aderir ou não o contrato, segundo os seus objetivos. ● tem base legal: art 421, CC. art. 421: A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato ● art. 425 - é uma consequência do princípio da autonomia da vontade Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código - contrato atípico: é o que resulta de um acordo de vontades não regulado no ordenamento jurídico mas gerado pelas necessidades e interesses das partes. ● ex: contrato de hospedagem, mediação, publicidade... ↠ princípio da força obrigatória do contrato: - também denominado classicamente de pacta sunt servanda, traduz e representa a força vinculante dos contratos, correspondendo a intangibilidade ou imutabilidade dos contratos. ● pacta sunt servanda - os pactos devem ser observados. - o contrato faz lei entre as partes - não é absoluto - porque é possível que eventualmente exista desvantagem entre as partes… é de interesse público que isso seja observado. ↠ princípio da supremacia da ordem pública - corresponde a limitação encontrada pela liberdade contratual frente a valores sociais que correspondem a ideia de ordem pública ● é uma consequência da constitucionalização do direito civil - eu passo a ter uma restrição na minha autonomia de contratar, é necessário que respeito a interesses de ordem pública ● dirigismo contratual: é o Estado dirigir o contrato. ↠ princípio da relatividade subjetiva dos efeitos do contrato - determina que os contratos só geram efeitos entre as próprias partes contratantes, razão pela qual pode-se afirmar que sua oponibilidade é relativa. ● quem o contrato alcança? as partes do contrato. Só gera efeitos inter partes, eles não geram efeitos erga omnes. ↠ principio da equivalencia material - busca realizar e preservar o equilíbrio real de direitos e deveres do contrato antes, durante e após a sua execução, para harmonização dos interesses. ● precisamos ter equivalência patrimonial entre as partes, para ter equilíbrio material. ● por isso não se admite trabalho infantil e escravo, pois atenta a equivalência material. ↠ princípio da revisão dos contratos ou da onerosidade excessiva - a teoria recebeu o nome rebus sic standibus, que consiste basicamente em presumir a existência implícita de uma cláusula pela qual há obrigatoriedade de seu cumprimento, pressupõe a inalterabilidade da situação de fato. ● rebus sic standibus: estando assim as coisas elas não se modificam cláusulas - teoria da imprevisão: consiste portanto na possibilidade de desfazimento ou revisão forçada do contrato, quando por eventos imprevisíveis e extraordinários, a prestação de uma das partes torna-se exageradamente onerosa. ↠ princípio da boa-fé e da probidade - é aquele que determina que as partes deverão se comportar de forma correta, não só durante as tratativas como também durante a formação e o cumprimento do contrato. - tem base legal no art.422 do CC. Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. ● agir com probidade é agir com lealdade ● boa-fé é você estar dentro de todos os valores sociais, é mais amplo que o princípio da probidade. - a doutrina diz que a boa-fé tem que ser anterior à realização efetiva do contrato, tem que ser desde o pré contrato. - é aquela ideia de que a pessoa vai ser honesta no contrato. O PRINCÍPIO DA BOA-FÉ NO CÓDIGO CIVIL DE 2002 boa fé subjetiva: estamos falando da intenção do sujeito. boa fé objetiva: aqueles valores ou condutas que são inseridas no senso comum. ↠ Funções da boa-fé objetiva: - segurança jurídica nas relações contratuais. - equilíbrio na relação jurídica. - Respaldo legal nos arts. 113 e 187. art 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. art 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. ex: Dona Maria precisa comprar um carro, quando foi olhar no anúncio gostou de um honda civic 2019, seu valor de mercado é 90 mil e o vendedor decidiu vendê-lo por 65 mil para Dona Maria e combinaram de ir nocartório na próxima segunda. Nesse meio tempo Dona Maria foi parada pela polícia e descobriu que o carro era objeto de furto, frente ao juiz ela mostra o contrato de venda do carro e se defende buscando anulabilidade do contrato. Pela diferença gritante do valor do carro era de se esperar uma desconfiança de Dona Maria, pelo senso comum geraria uma desconfiança essa diferença de valores - quebra o princípio da boa-fé objetiva. CONDIÇÕES DE VALIDADE DO CONTRATO requisitos de ordem geral: estamos nos referindo aos requisitos de validade do art 104, CC (subjetivos, objetivos- relacionados com o objeto, formais). requisitos especiais: exigidos de acordo com o contrato ou previstos no direito dos contratos ↠ Requisitos Subjetivos: a) Capacidade genérica: é a capacidade civil dos sujeitos, é a que nos possibilita expressar vontade no direito. b) Aptidão específica para contratar: você tem que ter legitimidade para contratar ou não pode ter proibição para contratar (ela te impede de realizar o negócio jurídico) ex: João tem um imóvel, João é capaz civilmente e pode vender o imóvel dele mas por ser casado e ter adquirido o imóvel durante o casamento, ele não tem legitimidade para vender o imóvel, só terá legitimidade se tiver consentimento da cônjuge. Caso não conte com o consentimento da cônjuge a venda será anulada. c) Consentimento: declaração de vontade - tácito: quando o sujeito pratica ato compativel com o consentimento. ● ex: doação VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM ↠ Corresponde a uma função limitadora do princípio da boa fé. Visa proteger uma parte contra aquela que pretende exercer uma posição jurídica em contradição com o comportamento assumido anteriormente. - vir contra seus próprios atos - você tem que ter lealdade com aquilo que você pactuou. Rebus sic stantibus – as coisas permanecem como são, só podem ser modificadas pela teoria da imprevisão (fato imprevisível e inevitável). No venire contra factum proprium, é impossível voltar ao status a quo. - é uma teoria que tenta manter o pacto sunt servanda - é ENUNCIADO 362 da 4 ° jornada de direito civil: vedação do comportamento contraditório (venire contra factum proprium) funda-se na proteção da confiança, tal como se extrai dos arts. 187 e 422 do Código Civil. SUPRESSIO, SURRECTIO E TU QUOQUE ↠ Supressio: - determina que um direito não exercido durante determinado lapso de tempo não poderá mais ser admitido por contrariar a boa-fé. ● ele não tem uma tradução literal mas ele indica que está suprimindo ● nos referimos a uma conduta que você poderia praticar.. (8min) ● é o decurso do lapso temporal - indicaria ofensa ao princípio da boa fé ex: um condomínio colocou uns móveis em determinada área comum do condomínio, O condomínio nunca se manifestou contra isso, após 1 ano o condomínio se manifesta cobrando aluguel. - após 1 ano na inércia o condomínio perdeu o direito de cobrar aluguel pelo decurso do lapso temporal. ↠ Surrectio: - é o contrário da supressio, consistindo no nascimento de um direito decorrente da continuada prática de certos atos. ● a tradução literal significa aumentar. ● você cria/aumenta o direito. Em razão de uma conduta reiterada nasceu o direito ex: Anna é proprietária de um apartamento onde João mora, durante 5 meses ela foi buscar o valor do aluguel com João, mesmo não tendo sido compactuado isso - essa conduta reiterada gera no devedor a presunção de que foi renunciado o que está no contrato. Art 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato ↠ Tu quoque: - indica que aquele que descumpriu norma legal ou contratual, atingindo com isso determinada posição jurídica, não pode exigir do outro o cumprimento do preceito que ele próprio já descumprira. ● tradução em sentido literal: você também - ele também está ligado ao princípio da boa-fé objetiva. Quer dizer que se eu descumprir a norma legal eu não posso exigir de você que você não descumpra. ex: Anna, condômino de um determinado condomínio, usou uma área comum do condomínio para guardar uns móveis. Quando o condomínio pediu para retirar Anna foi e retirou. Algum tempo depois Hugo fez a mesma coisa, Anna não pode virar para Hugo e falar que ele não pode fazer Se Anna é incapaz e fez uso da sua incapacidade, omitindo sua incapacidade. Como consequência ela não pode se eximir desse contrato, e se a outra parte fizer o mesmo ela não terá o direito de reclamar. obs: Nesse caso ocorre a aplicação do mesmo princípio inspirador exceptio non adimpleti contractus. O que isso quer dizer? Quem não cumprir o contrato ou a lei não pode exigir o cumprimento de um de outro. - não posso pedir a exceção, eu não posso exigir do outro que ele não faça algo que eu fiz. ↠ Exceptio doli: - a exceção dolosa consiste em um desdobramento da boa-fé objetiva, que visa sancionar condutas, em que o exercício do direito tenha sido realizado com o intuito não de preservar legítimos interesses mas sim de prejudicar a parte contrária. ● também está relacionado ao princípio da boa-fé objetiva. ● tem por finalidade punir/impedir quem tenha praticado um ato que resulta em prejuízo para a parte contrária. A lei considera isso como uma intenção(em prejudicar) ex: Cobrança indevida - é uma cobrança de má-fé. ↠ Inalegabilidade das nulidades formais: - corresponde a aplicação da regra de que ninguém se deve valer da própria torpeza como desdobramento do princípio da boa fé objetiva. ● é uma regra geral. ● quer dizer que eu não posso alegar uma nulidade formal, se essa nulidade resultou de um ato decorrente da minha própria torpeza. ex: Se eu sou incapaz civilmente, fui realizar um negócio jurídico sem estar assistida mas eu fiz de má fé, omiti informação, fiz uso da minha torpeza. ↠ Questão: - Se o contrato é um negócio bilateral ou plurilateral, como se verifica a possibilidade inserida no próprio Código Civil (art.117), que trata do contrato consigo mesmo? Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo. Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio realizado por aquele em quem os poderes houverem sido substabelecidos. * Como fica a questão do contrato consigo mesmo? Interpretaçã� d� contrat� ↠ Noções gerais - nem sempre o contrato externa a real intenção dos sujeitos, a interpretação dos contratos busca a real intenção dos sujeitos. Conceito: corresponde a precisar o sentido e o alcance do conteúdo da declaração de vontade. - A finalidade de se interpretar os contratos é encontrar a real intenção dos sujeitos, apurar uma vontade objetiva - conteudo, normas - que fazem nascer essa declaração de vontade. - caso típico: reserva mental - externa uma vontade diferente da real, tem que buscar identificar a vontade real, objetiva. ↠ Características: a) Declaratória: ocorre quando tem como único objetivo a descoberta da intenção comum dos contratantes no momento da celebração do contrato. - interpretar esse contrato é interpretar qual é a real intenção dos sujeitos com esse contrato. - ex: João emprestou seu apartamento a Maria, para que ela permaneça lá por 6 meses, o que significa que Maria vai ter posse desse imovel. O empréstimo de uma coisa pode se dar mediante ou não pagamento pelo empréstimo, se o empréstimo for gratuito é comodato se for oneroso é locação, João diz que foi locação e Maria diz que foi comodato, como vamos saber qual é a real intenção dos sujeitos com esse contrato? Temos que analisar as demais características(condições) deste contrato, as características são distintas entre esses contratos. b) Construtiva ou Integrativa: ocorre quando objetiva o aproveitamento do contrato mediante suprimento das lacunas e pontos omissos deixados pelas partes. - ela não só declara como constrói e integra, ela busca aproveitar o máximo possível do contrato.Evita nulidade e busca salvar o contrato ex: Seu João comprou um imóvel na planta, quando ele foi observar o contrato viu que estava escrito lá que ele iria receber uma unidade virada para o fundo, enquanto ele tinha acordado que seria uma unidade virada para a rua. Seu João tinha a comprovação que a negociação se deu pela unidade residencial virada pela pista, ele poderia ir na justiça em busca da invalidade. O CC aqui busca solucionar a lacuna, ao invés de anular o contrato, a construtora troca a unidade, suprimindo a lacuna existente. ↠ Integração contratual: - preenche pois as lacunas encontradas nos contratos, complementando-os por meio de normas supletivas especialmente as que dizem respeito a sua função social ao princípio da boa-fé, aos usos e costumes do local, bem como buscando encontrar a verdadeira intenção das partes, muitas vezes revelada nas entrelinhas. ● ela existe por que os contratos tem a característica construtiva ou integrativa. ● ex: Ana inseriu em um contrato de doação, que ela quis fazer a doação de um terreno dela localizado no lugar X. Quando foi observar, observou que existia um terreno no lugar Y e um casa no lugar X. Existiu um erro neste contrato, o legislador aqui fala para integrarmos o contrato, preenchendo das lacunas. Aqui nesse caso é trocar a localização do terreno da Ana. - a integração evita a nulidade do contrato ↠ Espécies: a) Interpretação objetiva: corresponde à análise do texto nos contratos e demais negócios escritos. - Estamos analisando objetivamente a redação daquele contrato e a concordância dele com as normas. Estou interpretando pelo que está escrito - ex: No exemplo anterior, dá para ver que Ana se confundiu com suas propriedades. b) Interpretação subjetiva: ocorre quando parte-se da declaração escrita para se chegar a vontade dos contratantes. - O objetivo aqui é interpretar o que seria a real intenção dos sujeitos, aquilo que eu não consigo analisar pelo que está escrito. - ex: João fez um testamento por instrumento publico, apos a morte de João esse testamento foi lido pelo Juiz nos autos de inventário, que dizia que joão queria contemplar maria(sobrinha) e em outra cláusula ele dizia que o terreno destinado a Mariana. Qual é a real intenção dele? Maria é a sobrinha de João e Mariana ninguém conhece, aqui está nítido que houve um erro neste contrato e que a real intenção dele é contemplar sua sobrinha. ↠ Princípios inerentes: a) Princípio da boa-fé: corresponde ao dever do intérprete presumir que os contratantes procedem com lealdade, que tanto a proposta como a aceitação foram formuladas dentro do que podiam e deviam eles entender como razoável. - está inserido na interpretação - Interprete tudo o que você vê no contrato você vai presumir que é de boa-fé, é reforçar o princípio da boa-fé objetiva. Todas as cláusulas do contrato provém de boa-fé. - tem base legal: art. 422 e 113. Art 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. b) Princípio da conservação ou aproveitamento do contrato: determina que se uma cláusula contratual permitir duas interpretações diferentes, prevalecerá a que possa produzir algum efeito, pois não se deve supor que os contratantes tenham celebrado o contrato carecedor de qualquer utilidade. - o contrato tem função social, ele não alcança apenas as partes. Dessa forma, deve ser conservado ao máximo. - A finalidade é evitar que o contrato seja alvo de nulidades, de forma que ele seja aproveitado ao máximo. - tem base legal no art.144. Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante. ENUNCIADO 176 DA 3° JORNADA DE DIREITO CIVIL: Em atenção ao princípio da conservação dos negócios jurídicos, o art. 478 do Código Civil de 2002 deverá conduzir, sempre que possível, à revisão judicial dos contratos e não à resolução contratual. ENUNCIADO 367 DA 4° JORNADA DE DIREITO CIVIL: Em observância ao princípio da conservação do contrato, nas ações que tenham por objeto a resolução do pacto por excessiva onerosidade, pode o juiz modificá-lo eqüitativamente, desde que ouvida a parte autora, respeitada sua vontade e observado o contraditório. ↠ Contratos de adesão e sua interpretação: - São aqueles que você só adere, às cláusulas já estão preparadas. Art 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente. ↠ Normas gerais: Art 1899. Quando a cláusula testamentária for suscetível de interpretações diferentes, prevalecerá a que melhor assegure a observância da vontade do testador. ↠ Pactos sucessórios: - Acordos referentes a herança Art 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva formaçã� d� contrat� - o contrato passa por fases para ser formado, não existe um momento único para formação do contrato. fase de puntuação: corresponde a uma fase antecedente de negociações preliminares, caracterizada por sondagens, conversações, estudos e debates. - não é sempre que ela acontece mas é bem comum. - ela não gera vinculação entre os sujeitos ↠ Fase preliminar: a doutrina chama de pré contrato, aqui caso ela seja concluída há vinculação entre os sujeitos. É uma fase inicial no contrato, a gente passa por dois momentos distintos nesse início: a) proposta ou oferta, policitação. b) aceitação. - aquilo que está na fase preliminar pode ser modificado com a efetivação do contrato, modificado ou não, fase preliminar vincula os sujeitos. ● Proposta ou oferta: - a proposta precisa conter todos os elementos que são inerentes aquele tipo de contrato. Art 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. Art 429. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos. Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada. ex: Anna está vendendo ummicro-ondas por 400,00, quer dizer que Anna está vinculada com a venda de micro-ondas por 400,00. Se 33 pessoas fossem lá e comprassem o micro-ondas e umas 34° pessoa chega lá e acabou o estoque, quando termina o estoque acaba a vinculação com a proposta feita. ↠ A vinculação da proposta: - REGRA: você se vincula ao que você propõe, você pode revogar a sua proposta. ex: Eu quero vender meu imovel, depois de um tempo eu não quero mais vender. Eu posso revogar a venda, desde que pelo mesmo meio. Art 428. Deixa de ser obrigatória a proposta: I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante; - se o policitante não estabelecer nenhum prazo, esta deverá ser manifestada imediatamente sob pena de perder a força vinculante. II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente; - se no entanto foi estipulado prazo, a aceitação deverá operar-se dentro dele, sob pena de desvincular-se o proponente. III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; - IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente. ↠ Aceitação: Conceito: aceitação ou oblação, é a concordância com os termos da proposta. É manifestação de vontade, imprescindível para que se repute concluído o contrato, pois somente quando o oblato se converte em aceitante e faz aderir a sua vontade, a do proponente, a oferta se transformaem contrato. - É a simples declaração de vontade, consentimento. - Pode ser: a) expressa: é a manifestação declarada, pode ser escrita ou verbal(nos casos que a lei admite) b) tácita: se deu em razão da prática em consonância com aceitação. Art 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa. - ex: Uma determinada empresa manda produtos para um determinado comerciante na área de roupas, esse comerciante sem conferir o pedido efetuou o pagamento, temos aqui uma aceitação tácita. Se ele efetuou o pagamento, ele está praticando uma conduta que é compativel com quem aceita. conclusã� d� contrat� - conclusão quanto a formação do contrato. ↠ Contratos entre presentes: - são os contratos em que negociamos presencialmente. ↠ Contratos entre ausentes: Art 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto: I - no caso do artigo antecedente; II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta; III - se ela não chegar no prazo convencionado. ● Teorias: teoria da informação ou cognição: é o da chegada da resposta ao conhecimento do policitante, que se inteira de o seu teor. - eu proponente tenho que ser informada que você ausente aceitou a proposta. teoria da declaração ou da agnição: essa teoria se subdivide em 3 outras teorias: - teoria da declaração propriamente dita: segundo essa teoria, o instante da conclusão coincide com o da redação da correspondência. ● essa é a menos aceita pela doutrina. ● o simples fato de responder diz que já foi aceita a proposta. - teoria da expedição: nesse caso não basta a redação da proposta, sendo necessário que tenha sido expedida ou seja, saído do controle do oblato. ● é considerada a mais razoável ● aqui só é aceita após a declaração de vontade. ● essa é a adotada pelo Código Civil (art.434), no que se refere a contrato com ausente. - teoria da recepção: essa teoria exige que além de escrita e expedida, a resposta tenha sido entregue ao destinatário. ↠ Lugar da celebração: - A relevância é saber quais as normas vigentes, saber qual fórum de eleição/ competente. Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. classificaçã� d� contrat� 1. Quanto às manifestações de vontade: a) unilaterais: são os que se aperfeiçoam com uma só manifestação de vontade - ele conta com a vontade de um só indivíduo. - ex: promessa de recompensa, pagamento indevido, gestão de negócios… Anna gerenciou o negócio de Maria sem o consentimento dela, porque se Anna gestora fizer benfeitorias no negócio com o seu dinheiro, ela tem direito ao ressarcimento. - Subdivisões: ● receptícios: são aqueles em que a declaração de vontade tem que se tornar conhecida do destinatário para produzir efeitos. Eu conto com o conhecimento do outro indivíduo ex: rescisão contratual. ● não receptícios: são aqueles em que o conhecimento por parte de outras pessoas é irrelevante. Ele não depende do conhecimento do outro sujeito ex: testamento. b) bilaterais: são os que se perfazem com dois pólos de manifestação de vontade coincidentes sobre o mesmo objeto. Essa coincidência chama-se consentimento mútuo ou acordo de vontades, que se verifica nos contratos em geral. - É a regra dos contratos - Não é falar de número de sujeitos, é falar de polos ex: contrato de mútuos - de um lado o João e o Pedro e do outro lado Maria e José. - Subdivisões: ● simples: são aqueles que somente uma das partes aufere vantagens enquanto a outra arca com o ônus. - Ele tem os dois pólos mas somente uma das partes é onerada. ex: doação, comodato ● sinalagmáticos: são aqueles em que há reciprocidade de direitos e obrigações, estando as partes em situação de igualdade. - é a regra, se tem o equilíbrio. É considerado fidelidade, os ônus e direitos são iguais - sinalagma: é a troca ex: compra e venda c) plurilaterais: são os contratos que envolvem mais de duas partes(pólos). - ex: contrato de sociedade, consórcios. Sadia, Seara e Perdigão se unem e fazem um produto novo em conjunto, o contrato para esse produto novo é plurilateral. 2. Quanto às vantagens patrimoniais: a) gratuitos: são aqueles em que só um das partes aufere vantagens ou beneficios. - há onerosidade apenas para um sujeito, só uma parte tem vantagem patrimonial(econômica) ex: doação, comodato b) onerosos: são aqueles em que ambos os contratantes auferem vantagens recíprocas. - É a regra dos contratos. - em maneira recíproca há ônus. ex: empreitada, compra e venda, locação... - *** proporcionalidade é o que difere de sinalagmáticos. - Subdivisão: ● comutativos: são os de prestações certas, em que as partes podem antever vantagens e sacrifícios, que geralmente se equivalem, não envolvendo a ideia de risco. - são a regra nos contratos onerosos. - você sabe que vai ter um ônus e uma contrapartida, mas você sabe que afasta o risco. ● aleatórios: são aqueles que se caracterizam pela incerteza para as duas(ou mais) partes, sobre as vantagens e sacrifícios que dele pode advir. É que a perda ou lucro dependem de um fato futuro e imprevisível. - estamos falando de contratos que tem risco eminente. - ex: aposta/jogo, seguro de vida… c) neutros: são aqueles que não podem ser incluídos nem na categoria dos onerosos e nem dos gratuitos, por lhes faltar atribuição patrimonial. - são contratos visando destinação dos bens. - ex: inalienabilidade do bem de família - a finalidade aqui é dar uma destinação ao bem. d) bifrontes: são os contratos que podem ser onerosos ou gratuitos, segundo a vontade das partes. ex: contrato de depósito. 3. Quanto ao momento da produção dos efeitos: a) inter vivos: são aqueles que se destinam a produzir efeitos desde logo, isto é, estando as partes ainda vivas. - é a regra geral nos contratos. b) mortis causa: são os negócios destinados a produzir efeitos após a morte do agente. - são feitos em vida mas só tem efeitos após a morte ex: testamento. 4. Quanto ao modo de existência: a) principais: são os que têm existência própria e não dependem da existência de qualquer outro. - o contrato por si só já tem todas as causas. ex: permuta... b) acessório: são os que têm sua existência subordinada à do contrato principal. - Contrato separado para anexar “cláusulas” ao contrato principal. obs: como ele é acessório, tem o princípio da gravitação - onde tá o principal está o acessório junto. Se o principal for extinto, o acessório também será. - acessório é uma complementação do principal c) derivados ou subcontratos: são os que tem por objeto direitos estabelecidos em outro contrato, denominado básico ou principal. - surge de um contrato principal. ex: sublocação - contrato vinculado ao contrato principal. - obs: Extinguiu o principal o derivado permanece, só tem que se adequar o sujeito. 5. Quanto às formalidades: a) solenes: são os negócios que devem obedecer a forma prescrita em lei para se aperfeiçoarem. - estamos tratando da exceção dos contratos. - Ele só é obrigatório nos casos em que a lei determina a obrigatoriedade das formas. ex: compra e venda, testamento, casamento… b) não solenes: são os negócios de forma livre, bastando o consentimento para a sua formação. Como a lei não reclama nenhuma formalidade para o seu aperfeiçoamento, podem ser celebrados por qualquer forma, inclusive a verbal. ex: comodato, mútuo, prestação de serviço… 6. Quanto ao conteúdo: a) patrimoniais: são aqueles relacionados com bens ou direitos aferidos pecuniariamente. quando falamos que o contrato é patrimonial ele lembra a ideia de liquidez. - ex: compra e venda, empréstimo oneroso, prestação de serviço. b) extrapatrimoniais: são aqueles referentes a direitos sem conteúdo econômico. Ele até pode ensejar valor econômico mas não é o foco dele. 7. Quanto ao momento de execução: a) instantâneo: é aquele em que leva-se em conta o momento de celebraçãoe o cumprimento do contrato por ocorrer em um único ato. - dá a ideia de imediatismo no contrato, ele é cumprido em ummomento só tanto na celebração quanto no cumprimento é imediato. ex: Anna negocia e vende o computador para Rita em um único momento b) diferido: é aquele que refere-se a hipótese em que o cumprimento do contrato se dá em momento posterior a sua celebração. - continua sendo cumprido em um ato só mas ele não se dá de forma imediata. ex: Anna vende o carro para João mas combina de entregá-lo 15 dias depois. c) de trato sucessivo ou em prestação: nesse caso o cumprimento do contrato se dá no decorrer do tempo, podendo inclusive ser modificado o acordado em razão da teoria da imprevisão. - este contrato vai se prolongar em um período de tempo longo e ele vai ser cumprido em prestações ex: contrato de mútuo , financiamento, empréstimo. 8. Quanto ao agente: a) personalíssimo: trata-se de contrato em que apenas uma determinada pessoa poderá cumprir o acordado, uma vez que foi celebrado em razão de suas características pessoais. - intuitu personae ex: contrato firmado com um artista para fazer um show. b) impessoal individual: é aquele consiste na hipótese em que qualquer pessoa pode cumprir o contrato. - uma só pessoa cumpre o contrato. ex: contrato de honorário com advogado. c) impessoal coletivo: são os contratos que envolvem várias pessoas. - é feito mediante uma coletividade ex: convenção coletiva de trabalho. 9. Quanto a formação: a) paritário: configura contrato em que a celebração é de comum acordo, de modo que todas as partes elaboram as cláusulas fixas. - é a regra nos contratos. é aquele que você tem a negociação quanto às cláusulas existentes. b) adesão: são aqueles em que apenas uma das partes elabora as cláusulas contratuais, de modo que a outra parte apenas as adere. - são os chamados contratos de massa, não dá para ficar negociando com cada pessoa. ex: empresas telefônicas (claro, oi, tim), plano de saúde, contrato de adesão escolar. c) tipo: são aqueles que consistem na destinação de um grupo de pessoas, com normas previamente elaboradas todavia já discutidas por suas representações. - ele é um contrato que apresenta características dos dois outros. ex: representações de determinadas categorias(determinadas empresas sendo representadas por uma associação). 10. Quanto ao objeto: a) preliminar: é aquele que consiste no contrato firmado em que as partes se comprometem a no futuro firmar o contrato definitivo. - são também chamados por alguns doutrinadores por pré contrato, ele é feito anteriormente ao contrato definitivo. Ele já vincula os sujeitos. - a diferença entre o contrato preliminar e o contrato definitivo é que ele é uma negociação direcionada ao contrato definitivo. - promessa de recompensa é um contrato preliminar. b) definitivo: trata-se do contrato pelo qual de fato concretiza-se o negócio jurídico. - ele concretiza efetivamente a negociação. 11. Quanto à designação: a) nominados ou típicos: são os contratos previstos em lei, dentro dos parâmetros legais sua formação. - estamos nos referindo a contratos tipificados pela lei, isso quer dizer que estamos falando de contratos que estão descritos no CC e que vamos estudar todos eles. b) inominados: são os contratos sem previsão legal mas que a lei considera lícitos, desde que respeitadas as disposições gerais dos contratos. - estamos dizendo que são contratos que não tem descrição por lei do tipo de contrato. Eu tenho a liberdade de criá-los. ex:mediação, telecomunicação... Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código. c) misto: são aqueles contratos que tem por base um contrato nominado ou típico mas que se acrescentam cláusulas de outros contratos ou cláusulas atípicas. - é ao mesmo tempo nominado e inominado, sua base é nominado mas tem cláusulas inominados. d) coligados: são os contratos que trazem duas prestações em razão de um único negócio. - ex: João compra um carro de uma revendedora de veículos e a revendedora diz que a assistência técnica será gratuita. Os dois contratos são distintos mas são coligados, surgiram em 1 negociação. e) união de contratos: são contratos distintos e autônomos que são unidos por conveniência. ex: Dona Maria fez um contrato de empreitada com João para ele construir a casa, e para facilitar a obra eles fizeram um contrato de moradia onde João ficaria morando lá até o final da obra. a diferença aqui para o contrato misto é que lá temos um contrato típico com cláusulas atípicas. Aqui eu tenho conveniência das duas partes. 12. Quanto ao objetivo: a) contrato de aquisição: é a forma de contrato definitivo, na qual se tem a transferência definitiva e documental do bem. ex: compra e venda - transferência definitiva e documental de uma propriedade; doação de um bem. b) contrato de uso ou gozo: configura contrato que não tem a finalidade de transferir a titularidade do bem e sim de permitir o uso por determinado bem, devendo ser devolvido nas mesmas condições ressalvado o desgaste natural. ex: obrigações de restituir - contrato de locação, comodato… c) contrato de prestação de serviços: trata-se daquele contrato pelo qual o prestador de serviço se obriga a prestar pessoalmente ou por um terceiro, um serviço definido no contrato em favor do contratante. ex: contrato de empreitada, serviços médicos, advocatícios, marcenaria... d) contrato associativo: é o contrato realizado entre duas ou mais pessoas na busca de um fim comum. - ex: associações, contrato social de uma empresa... 13. Quanto à declaração de vontade: a) contrato gré a gré ou amigáveis: b) contrato de adesão ou cláusulas predispostas: estipulaçã� e� favor d� terceir� ↠ Conceito: dar-se o contrato em favor de terceiro quando uma pessoa(o estipulante) convenciona com outra(o promitente) uma obrigação em que a prestação será cumprida em favor de outra pessoa(o beneficiário). - é uma forma de contratação. Decorre de um acordo de vontade onde se estipula em favor de terceiro um benefício. ex: seguros(seguro de vida). ↠ Natureza jurídica: é contrato sui generis. - é uma exceção ao princípio da relatividade do contrato - o contrato vai gerar efeito apenas entre as partes contratantes. ↠ Requisitos: 1. A existência de um terceiro como beneficiário. 2. A aquisição por este de um direito próprio a um benefício. - o direito do terceiro surge com o nascimento do contrato. Nem sempre o sujeito vai aceitar o direito que por ele foi obtido. ↠ Característica: - Obtenção pelo beneficiário de um incremento patrimonial gratuito. ● você só faz estipulação em favor de terceiro que seja revestida de gratuidade, ela é um benefício. ● SEMPRE CAÍ NA OAB ↠ Previsão legal: art. 436 CC Art 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438. - o terceiro também pode exigir o cumprimento daquela obrigação mas quando ele faz isso ele vai ter aderido aquelas estipulações em favor de terceiro. ENUNCIADO 544 DO CJF: O seguro de responsabilidade civil facultativo garante dois interesses, o do segurado contra os efeitos patrimoniais da imputação de responsabilidade e o da vítima à indenização, ambos destinatários da garantia, com pretensão própria e independente contra a seguradora. ↠ Revogação da estipulação: Art 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor. Art 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante. Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição deúltima vontade. ↠ Pacto sucessório e a estipulação em favor de terceiro: pacto sucessório é o acordo feito sobre herança de pessoa viva. Eu não posso fazer pacto sucessório em favor de terceiro. ↠ Sujeitos da estipulação em favor de terceiros: - estipulante - promitente - beneficiário: ● determinado: vem devidamente especificado no contrato ● determinável: quando em um primeiro momento ele não é identificado. ex: seguro de carro - eu não consigo determinar quem vai ser o terceiro. ↠ Recusa do benefício e exoneração do promitente: a qualquer momento pode ter recusa do benefício e assim a exoneração do promitente. promess� d� fat� d� terceir� ↠ Conceito: é o acordo de vontades firmado entre o promitente e o promissário, pelo qual o primeiro promete uma prestação por pessoa alheia. ↠ Participação do terceiro: o terceiro não precisa participar de fato, apenas tem que dar anuência Art 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar. Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens. Art 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação. garantias implícitas impostas ao alienante - defeitos ● não vamos falar de anulabilidade aqui - não é a consequência jurídica ● nada aqui tem haver com defeito do negócio jurídico. - defeitos materiais: vícios redibitórios ● alcança o bem vendido - falar de vício redibitório é falar que existia um defeito oculto que alcançou materialmente o bem. - defeitos jurídicos: evicção ● causa jurídica que me impedia de vender e ainda sim eu vendi - falar de evicção é dizer que eu vou vender um bem que eu não poderia ter vendido por ter uma causa jurídica que me impedia. víci� redibitóri� ** ↠ Conceito: são defeitos ocultos em uma coisa recebida em virtude de contrato comutativo, que a tornem imprópria para o uso ou lhe diminuam o valor. art 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. - Estamos falando de um defeito que alcança materialmente o bem que é objeto daquela negociação. ex: Anna está vendendo um carro a Kelly, o carro tem um buraco no motor e o mecanico disse que não tem concerto, Anna paga para alguém tapar o buraco. Kelly não identificou o vício(defeito oculto). 15 dias depois Kelly utilizando o carro, ele começa a dar defeito. Isso é o que a lei chama de vício redibitório, Anna vendeu ocultando. - a pessoa que está comprando não pode ter conhecimento do vício, se ela tiver conhecimento o defeito não está mais comum. diferença de dolo e vício redibitório: nos dois casos eu vou enganar, tenho má fé. No vício redibitório eu estou enganando para esconder um defeito físico, que você sabe que existe e cobrar a quantia que seria o preço regular daquele bem sem o defeito. No dolo você vai enganar alguém sobre as qualidades do bem. ↠ Extensão do vício: a extensão do vício tem que ser extenso/grave o suficiente para comprometer a finalidade que se destina o bem. - ex: João foi comprar um boi para o abate, Dona Maria que vendeu o boi não falou que ele não era mais fértil. Ela ocultou isso mas isso não compromete a finalidade de João, então não é vício redibitório, o vício redibitório causa prejuízo. ↠ Cabimento: art. 441 - ação redibitória: ação destinada a resolução do contrato. ● redibir é você rescindir/desfazer o contrato. Você busca aqui voltar ao status quo. - ação estimatória (ou quanti minoris): ação na qual o adquirente percebe a existência de um defeito no objeto do contrato e reivindica diminuição ou abatimento no valor do objeto visando reequilíbrio contratual. NÃO É ANULABILIDADE. ● estimação do valor real do bem com os defeitos que ele apresentou. - Art 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço. ↠ Contratos gratuitos: nos contratos gratuitos não existe vício redibitório - só se fala em vícios redibitórios se estivermos diante de contrato oneroso, para configurar que houve prejuízo, se não tiver prejuízo não é vício redibitório. - É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas (art 441. parágrafo único). ↠ Consequência jurídica da existência do vício: corresponde às ações redibitórias e estimatórias. ex: Anna comprou um celular da Rita, um tempo depois anna colocou o celular para carregar e explodiu a bateria. - você não identifica o vício na aquisição do bem, é um defeito oculto. Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. - o legislador aqui diz que nós teremos uma consequência jurídica. - busca a rescisão do contrato. Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço. - buscar diminuição de valor. ↠ Conhecimento do vício pelo alienante: Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato. ↠ Perecimento da coisa: Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. ↠ Prazo: Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade. § 1 o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis. § 2 o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria. 1. Quem tinha a posse da coisa 2. Prazo inicial de contagem coisa na posse do alienante: a) móvel: 30 dias - a partir da tradição b) imóvel: 1 ano - coisa na posse do adquirente: a) móvel: 15 dias a partir do contrato b) imóvel: 6 meses OBS 1 : É uma garantia oferecida por lei mesmo não estando no contrato. OBS 2: Se existir prazo de garantia no contrato, prevalecerá esse prazo, para só depois começar a contar o prazo estabelecido e lei. - existem alguns prazos que são do contrato, são as garantias. Primeiro respeita-se o prazo do contrato. Só vão transcorrer os prazos do Código após o término do prazo do contrato. Art 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência. OBS 3: O adquirente tem o dever de informar o defeito no prazo máximo de 30 dias, sob pena de decadência. - depois desse prazo não adianta recorrer. OBS 4: Quando o vício for de difícil identificação prevalecerá a disposição inserida no § 1º do art. 445. § 1 o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis. OBS 5: Em se tratando de defeito existente em animais os prazos serão contados em lei especial ou na falta desta, o disposto no § 1º do art. 445. § 1 o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido maistarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis. ↠ Condutas do adquirente: quando o adquirente tem conhecimento do vício redibitório ele pode ter duas condutas: ação redibitória ou ação estimatória. ↠Dilatação do prazo: é a possibilidade de ter prazos no contrato(prazos de garantia). ↠ Compras conjuntas: é possível que você compre coisas conjuntamente Art. 503. Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não autoriza a rejeição de todas. PRAZOS DECADENCIAIS DAS AÇÕES EDILÍCIA evicçã� ↠ Conceito: ocorre quando o adquirente de uma coisa se vê total ou parcialmente, privado da mesma em virtude de sentença judicial que a atribui a terceiro , seu verdadeiro dono. Portanto, a evicção resulta sempre de uma decisão judicial. - é a perda de uma coisa(total ou parcialmente) decorrente de uma reivindicação judicial. Eu sempre vou ter uma decisão judicial que vai dizer que eu que era titular de uma coisa estou perdendo essa coisa em favor de seu legítimo dono. ex: João e Maria são filhos de Carlos, o pai veio a falecer e entraram com uma ação para proceder o inventário. João sabendo do patrimônio que Carlos deixou, resolveu vender o carro para Gustavo. João fala que está vendendo o carro que ele recebeu de herança, Gustavo não sabe que o caroo está sendo inventariado, ainda não foi feita a transferência do dut mas o carro já é do Gustavo pois houve a aquisição. Na sentença do inventário, o juiz declara que o carro é da Maria. Maria vai ter que ingressar na justiça para pegar de volta o carro, ela vai tomar o carro de Gustavo. ↠ Previsão legal: art. 447 a 457, CC ↠ Sujeitos: 1. Alienante: é quem responde pelos vícios decorrentes da evicção. É quem vende o bem com vício jurídico. 2. Evicto: é o adquirente do bem, que se vê impedido de exercer a propriedade ou a posse do bem. 3. Evictor: é o terceiro titular do bem. ↠ Consequência jurídica: Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. - quem responde pela evicção é o alienante. ↠ Requisitos: a) aquisição onerosa de um bem. b) anterioridade do vício em relação ao contrato c) prolação de sentença judicial ou ato administrativo d) perda da posse ou da propriedade. ● NÃO CABE EVICÇÃO EM CONTRATOS GRATUITOS ↠ Espécies: a) total b) parcial ↠ Podem as partes, no contrato, por meio de cláusula, excluírem a garantia de evicção? Art 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. - Pablo Stolze : nos contratos de adesão (massa) a quem entenda que existe insuficiência da parte, diz que essa cláusula é abusiva. (não é pacificado) ↠ Conhecimento do risco: Art 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu. ↠ Dever de indenizar: Art 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou: I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção; III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial. Art 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente. ↠ Vantagens das deteriorações: Art 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante. ↠ Evicção e benfeitorias: Art 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante. Art 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida. ↠ Evicção parcial e desfalque sofrido: Art 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização. Art 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. contrat� aleatóri� vamos trabalhar a exceção, quando eles não são naturalmente aleatórios característica inerente: risco - decorre de situações imprevisíveis. - foge da regra geral da segurança jurídica. ↠ Conceito: são os contratos em que o montante da prestação de uma ou de ambas as partes não pode ser ,desde logo, previsto por depender de um risco futuro, capaz de provocar sua variação. contratos acidentalmente aleatórios: são contratos tipicamente comutativos que em razão de certas circunstâncias tornam-se aleatórios. ex: Maria chegou para João, fazendeiro com plantação de trigo, e disse que queria comprar a plantação de trigo. Até aqui é um contrato de compra e venda comum, é um contrato comutativo. O João tem uma margem de previsão de época de colheita, e eles estenderam esse prazo para que João possa cumprir o contrato. Maria pagou a quantia x pela safra, quando negociaram acordaram uma compra e venda perfeita e João declarou que a venda ficará perfeita e acabada haja ou não safra, não cabendo ao comprador o direito de reaver o valor pago pela safra. Se isso estiver ressalvado no contrato, a partir desse momento temos um contrato acidentalmente aleatório ● é um contrato comutativo que se torna acidentalmente aleatório pela ressalva contratual. ↠ Previsão legal: art. 458 a 461, CC. ↠ Espécies: 1. venda de coisas futuras: ● à própria existência da coisa (emptio spei): caracteriza-se pela probabilidade de as coisas ou os fatos existirem. - é o caso da safra. tem-se a esperança de receber a safra mas a safra é algo futuro, a colheita dela é incerta. ● à sua quantidade (emptio rei speratae): - pescador que pesca em média 15 peixes, pode ser que ele pesque menos do que 15 peixes. Se a pessoa aceitou e assumiu o risco ela vai ter que pagar pelos peixes. - o risco aqui é sair da margem, pode ser que o pescador só pesque 3, 5, 10,20 peixes. 2. venda de coisa existentes, mas expostas a risco: ex: adquiri de forma lícita determinadas espécies marítimas. Eu tenho x espécies marítimas que eu contratei. Só que quando eu estou contratando a pessoa fala que eles estão sendo transportados de um lugar x, a distancia é longa e estão vindo em um barco pequeno então eu não sei nem se chega dependendo das condições do mar. A coisa existe mas está exposta a um risco de deteriorar ou perecer ao longo desse percurso, se isso acontecer e o contratante aceitar vai estar assumindo o risco da possibilidade delas não chegarem e mesmo assim pagar ao vendedor. contrat� preliminar “ pactum de contrahendo” ↠ Conceito: é aquele que tem por objeto a celebração futura de um contrato definitivo. - ele antecede a contratação futura. Visa um contrato definitivo - não tem nada haver com a negociação preliminar do contrato ↠ Requisitos essenciais: são os mesmo requisitos de um contrato definitivo - art 104, CC 1. sujeitos capazes 2. objeto lícito, possível e determinável. 3. forma prescrita e não defesa em lei ↠ Requisitos formais: Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado ↠ Exigibilidade do contrato definitivo diante do contrato preliminar: Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desdeque dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive. Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente. ↠ Particularidades do contrato de compra e venda de imóvel: Súmula 239 STJ : O direito à adjudicação compulsória não se condiciona ao registro do compromisso de compra e venda no cartório de imóveis. art 26 da lei 6766/79: Os compromissos de compra e venda, as cessões ou promessas de cessão poderão ser feitos por escritura pública ou por instrumento particular, de acordo com o modelo depositado na forma do inciso VI do art. 18 e conterão, pelo menos, as seguintes indicações: Súmula 413 do STF: O compromisso de compra e venda de imóveis, ainda que não loteados, dá direito à execução compulsória, quando reunidos os requisitos legais. ↠ Previsão legal: art. 462 a 466 do CC. ↠ Previsão do parágrafo único do artigo 463 do CC: Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente. - quer dizer que uma vez que eu faço contrato preliminar, no caso da compra e venda de imóveis, como o contrato definitivo deve ser registrado em cartório o contrato preliminar também deve ser registrado, sobre o argumento que se trata de um direito real então registro em cartório é dar publicidade para depois você realizar o registro e escritura do bem. - existe um prazo estipulado no contrato preliminar. no silêncio do prazo no contrato fixa 5 dias. Art. 466. Se a promessa de contrato for unilateral, o credor, sob pena de ficar a mesma sem efeito, deverá manifestar-se no prazo nela previsto, ou, inexistindo este, no que lhe for razoavelmente assinado pelo devedor. ex: Anna fez a doação de um imóvel para Gustavo.O contrato surge unilateralmente, Anna fez um contrato preliminar e dentre as condições tinha uma atribuição de encargo onde Gustavo pagaria 2 anos de iptu que estavam em aberto - Anna assinou esse contrato. Ela tem que passar esse contrato para Gustavo se manifestar em um prazo de 30 dias, aqui não cabe o silêncio pois não é pura e simples. Ao aceitar o benefício ele aceita o encargo. contrat� co� � pesso� � declarar ↠ Conceito: ocorre quando um dos contraentes pode reservar-se o direito de indicar outra pessoa para em seu lugar adquirir os direitos e nele assumir as obrigações dele decorrentes. - estamos trazendo situações em que um sujeito vai firmar um determinado contrato e vai inserir uma cláusula no contrato em que ele indica que é possível que ele declare outro sujeito para figurar no contrato, ou seja, vou ser substituída por fulano de tal. - isso pode ser previamente acordado ou não. ex 1: Leilão - previamente acordado. ex 2: Anna está negociando uma casa com a Kelly, firmaram um contrato de compra e venda e inseriram uma cláusula nesse contrato em que possivelmente ela poderá declarar uma pessoa para figurar no contrato. Anna decide que quer doar essa casa para Gustavo com encargos, onde Anna pagará 80% do valor do imóvel e Gustavo pagará 20%, ao invés dela comprar primeiro de Kelly e depois doar para Gustavo, Anna já indica o nome do Gustavo no contrato. Se Gustavo aceitar isso, a escritura vai sair no nome do Gustavo mas ele vai ter assumir todas as condições contratuais que Anna firmou com Kelly. A vantagem disso é que o contrato fica mais barato e mais efetivo. ↠ Previsão legal: art. 467 a 471. Art 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes. ↠ Sujeitos do contrato: Promitente: que assume o compromisso de reconhecer o amicus ou eligendo. - Kelly Estipulante: que pactua em seu favor a cláusula de substituição: - Anna Electus: é aquele que validamente nomeado aceita sua indicação, que é comunicada ao promitente. - Gustavo ↠ Comunicação à outra parte da indicação: Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado. Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato. ↠ Forma da aceitação: tem que se dar na forma do contrato ↠ Efeitos da nomeação: eu tenho a substituição. Art 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado. - sai a Anna do contrato e entra o Gustavo. ↠ E se existir recusa da pessoa indicada ou ela não puder ser nomeada? Art 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários: I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la; - permanece a contratação entre Anna e Kelly. ↠Nomeação/indicação de pessoa incapaz ou insolvente: II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação. - O nomeado não pode ser incapaz pois ainda que ele esteja devidamente representado ou assistido, quando ele é nomeado ele tem direitos e deveres, ônus que ele não pode assumir - permanece a contratação entre Anna e Kelly. Art 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários. - O contrato permanece válido, existente e gerando efeitos porém entre os contratantes originários. �tinçã� d� contrat� ↠Noções gerais: a) extinção natural - adimplemento: cumprimento do contrato. - esgotamento do objeto: “enquanto durar o estoque - quando acaba o estoque” b) extinção acidental: não decorre de causas previstas no contrato - causas anteriores ou contemporâneas: existem antes da realização do contrato ou até a realização do contrato(assinatura). ex: nulidade, vícios redibitórios. - causas supervenientes: ex: teoria da imprevisão c) morte: ↠ Cumprimento do contrato: falou de cumprimento do contrato falamos de causas naturais, aqui também entra o esgotamento do objeto. ↠ Causas naturais de extinção do contrato: 1. fatores ligados ao plano da eficácia: aqueles que vinculam efeitos ao negócio jurídico (encargo, condição) 2. vencimento do termo: termo aqui seria o prazo final do contrato. Aqui o contrato tem seu andamento regular. 3. implemento da condição resolutiva: condição é um fator ligado ao plano da eficácia, mas aqui existe a condição resolutiva (já se tem aquisição de direitos) e suspensiva (depende de algo para poder adquirir o direito), efeitos futuros e incertos que podem ou não acontecer. ex: Pode ficar na minha casa até a realização do concurso público - os sujeitos estabeleceram uma condição no contrato, de eu permanecer na casa dele até a realização do contrato, é condição resolutiva, você já pode usufruir do direito, a vou para a casa de João até o momento do concurso, já gera aquisição de direitos. Resolutiva, como já gera aquisição de direitos, a ideia é a mesma, mas existiu o inadimplemento da condição e ela se resolve, ao ter o inadimplemento da condição a diferença é que aqui eu já tenho a aquisição do direito, o contrato se extingue ao cumprir essa implementação. ↠ Causas anteriores ou contemporâneas à formação do contrato: - nulidade ou anulabilidade: invalidades, não houve validade no contrato porque ele está viciado. Dependendo do doutrinador, ele não considera a nulidade e a anulabilidade como extinção do contrato. anulabilidade - vício relativo, sujeito a convalidação, se o representante legal quiser ele pode ratificar, pois um dia ele existiu e gerou efeitos, sobre o que gera efeitos pode dizer que vai extinguir - nulidade relativa - Não há de se salvar no contrato - contratos nulos. - redibição: quando se trata dos vícios redibitórios. Posso resolver, extinguir o contrato, por buscar o desfazimento do contrato por existir vício redibitório, É causa de extinção nessa questão de desfazimento- antes de comprar o bem o vício já existia. - direito de arrependimento: causa contemporânea, ao negociar o contrato. Só existe na forma escrita, expressa. Ambas as partes convencionam, em que se é garantidos os sujeitos o direito de se arrepender a qualquer tempo, ai eles vão definir um sanção, normalmente arras, mas é possível que eles se opunham a uma multa ou até abram mão da sanção, a penalidade não é obrigatória, mas são comuns. Particularidades: pode desistir do contrato a qualquer tempo. Esse exercício do direito de arrependimento pode-se dar a qualquer momento desde que o momento seja razoável, não se pode permitir que haja onerosidade excessiva de uma das partes. Em regra, até a data que será convencionada para o cumprimento da obrigação, pode-se desistir. ↠ Causas supervenientes à formação do contrato: Causas que surgiram no andamento regular do contrato, que ninguém previa e que vai permitir extinguir o contrato. Elas são de natureza diversas e podem existir de maneiras diversas, a lei versa sobre. Resilição: Corresponde a extinção do contrato por declaração de vontade. A pessoa fala que vai extinguir o contrato e a outra parte concorda. Ela pode se dar de duas formas e de duas espécies por alcançar dois contratos distintos. - espécies: a) bilateral ou distrato: é a regra, surge de acordo com a declaração de vontades para a extinção do contrato. A extinção deste contrato vai se dar por mútuo acordo entre as partes. - forma: Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. Segue mais ou menos o princípio de liberdade das formas, se há uma forma determinada para o contrato então o distrato vai seguir também essa forma exigida, se for de um contrato sem forma estabelecida pela lei, segue a liberdade das formas, se for verbal o distrato será verbal, se for escrito o distrato será escrito. Se o contrato for atípico - a única coisa que a lei exige dele é que atenda a função social, a probidade e a boa fé, seguindo isso, o distrato seguirá a forma de acordo com o que as partes pactuaram o contrato. Os efeitos são sempre “ex nunc” - daqui pra frente. - quitação: Eu estou fazendo um distrato em um contrato de prestação de serviço. Não é teoria da imprevisão. A quitação tem forma estabelecida em lei?? Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante. requisitos, então pensamos que ela tem forma estabelecida, mas de acordo com o parágrafo único a quitação não tem forma definida em lei. Ela normalmente se dá por meio de recibo, pois ele indica todos esses requisito, ele é uma opção para provar a quitação. Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida. - ela pode se dar de várias maneiras, não precisa seguir um rigor da lei. Art 1.096 do código 1916 - está em consonância com oq está no 472 e no 320 Até o momento, tudo o que era devido foi pago, ou perdoado, deve ter o cumprimento da obrigação ou a substituição dela. Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu. Art. 311. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, salvo se as circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante. b) unilateral ou denúncia: quando uma só das partes optar pela resilição do contrato. Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. Só vai se dar nos casos em que a lei expressamente autoriza. A outra possibilidade é quando a lei não declara, mas pela natureza do contrato não impede que aconteça, implícito na lei. Deve informar a outra parte que há de haver a resilição. Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos. - tem que ter um retorno financeiro daquele investimento, não se tem como mensurar o tempo. ● denuncia - ato de resilir de maneira unilateral, comunicar a resilição unilateral. - limitação temporal: corresponde ao parágrafo único. Ninguém faz um contrato e quer rescindir, a pessoa quando quer rescindir já está no andamento do contrato, e por esse motivo que surge a hipótese do parágrafo único. formas especiais de extinção do contrato: saí do cotidiano, de pura declaração de vontade. Modalidades que permitem resilição unilateral, tendo em conta peculiaridades daquele tipo de contratação. ● Revogação: consiste em uma modalidade de desfazimento de determinados negócios jurídicos, por iniciativa de uma das partes isoladamente. - Forma de resilição unilateral por isso se dá por ato de uma das partes, mas não se aplica a qualquer tipo de contrato, como de mútuo de locação. ex: Contrato de mandatos, que se nomeia o procurador. Pode-se fazer a revogação, é um ato unilateral, deve-se comunicar o outro sujeito. ex: doação de um bem, fui no cartório, mas me arrependi, não é desistência, é a resilição, quero dar o bem para outra pessoa, então vou no cartório e revogo a decisão anterior. Mantém o contrato, não quero rescindir, quero revogar uma parte, mudar a pessoa ou lugar. Substitui alguma condição do contrato. ● Renúncia: é a resilição contratual por iniciativa unilateral do sujeito passivo da relação obrigacional, tendo por base a abdicação de direitos. Ato mais unilateral de todos, pois depende de uma só vontade. Ela tá aqui pq a enuncia, em alguns contratos que permitem essa renúncia de direitos e deveres. Abrir mão dentro da relação contratual já existente. Que o objeto da relação, prestação de serviço, quem tem que entregar a obrigação é o devedor, o sujeito passivo. ex: Dr joão e dona maria firmaram uma prestação de serviço em que ele deve acompanhá-la, contrato de mandato, o dr joão recebeu poderes para atuar na causa da dona maria, ele pode abrir mão desses poderes que lhe foram concedidos, quando ele renuncia, não importa se ela concorda ou não, em relação aos honorários é outra história. Mas a partir do momento que o dr joão renúncia, ele abre mão daqueles direitos, deixa de ser o titular dos direitos. ● Resgate: é uma forma especial mas que se dá por meio da enfiteuse, ela deixou de existir com o advento do código de 2002, então para nós ela não existirá. Deixa de ser uma forma pq a enfiteuse deixou de existir. ● Resolução: é a terminologia utilizada para o significado de extinção contratual fundamentada no descumprimento pactuado. Sob a expressão “descumprimento” compreenda-se o inadimplemento tanto culposo, quanto involuntário. Forma de extinção que tem por base o descumprimento da outra parte. Esse descumprimento pode se dar por um ato culposo, por exemplo deixei de pagar o aluguel , ou por um ato fortuito ou involuntário, exemplo fiquei doente. Única diferença entre o culposo ou o involuntário são as sanções, a involuntária não vou cobrar, volta-se ao statu a quo, a culposa ele deve me devolver o dinheiro. Declaração de vontade unilateral motivada por um descumprimento. ↠ Cláusula resolutória (expressa ou tácita): também chamada de pacto comissório expresso, resulta na previsão feita pelas partes, no próprio conteúdo do contrato, que caso haja descumprimento ele será extinto. - é possível que as partes estabeleçam no contrato que caso haja inadimplemento de uma das partes o contrato será considerado extinto imediatamente, de pleno direito (de forma automática). - a regra é que se dê de forma expressa, é uma cláusula inserida no contrato. Art 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; atácita depende de interpelação judicial. - ex expressa: Anna vai alugar o apartamento de Hugo por um período de 2 anos, no contrato foi inserido a previsão que caso haja inadimplemento de uma das partes o contrato será extinto de pleno direito, conforme inserido na lei. Anna não realizou o pagamento do aluguel do mês de outubro, houve inadimplemento, segundo a previsão desse artigo Hugo pode considerar o contrato extinto - isso é o que prevê a cláusula resolutiva expressa. Se é o contrato considerado extinto Anna não pode continuar morando no apartamento mas a lei do inquilinato diz que tem que informar com 30 dias de antecedência. - A doutrina fala que a expressão de pleno direito se dá no sentido de dizer que a cláusula resolutória indica que a intenção dos sujeitos com o inadimplemento é extinguir o contrato, que eles estão declarando que eles não tem a intenção de manutenção desse contrato. Mas ela não pode ser suficiente a ponto de se dar de uma forma tão imediatista. - Essa expressão de pleno direito não funciona efetivamente na prática em todo e qualquer tipo de contrato. Como que eu vou desocupar o apartamento no dia seguinte porque esqueci de pagar o aluguel 1 mês, é necessário um prazo. A extinção se dá de pleno direito mas os efeitos da extinção não se dão de pleno direito - ex tácita: João tem um restaurante onde artistas se apresentam, em um determinado mês ele contratou Maria para ao longo do mês fazer suas apresentações. No primeiro final de semana Maria cumpriu bonitinho, no segundo final de semana ela não se apresentou. Fato é que a partir daquele momento que ela deixou de se apresentar o credor resolveu não agendar mais com ela no próximo final de semana. Vemos aqui que João está praticando ato compatível com a extinção do contrato, pelo seu inadimplemento estou considerando o contrato extinto. - a cláusula resolutória tácita para que realmente venha a se efetivar vai depender de interpelação judicial - a lei entende que ela não será presumida que é necessário confirmar. Art 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos. ↠ Rescisão: corresponde a uma forma de extinção, em que tenha ocorrido lesão ou que o contrato tenha sido celebrado sob estado de perigo. - tem doutrinador que iguala rescisão a resolução mas são institutos que pela doutrina técnica são distintos. lesão: é uma das formas de defeitos do negócio jurídico, temos uma obrigação que é extremamente onerosa, desproporcional ao mercado devido necessidade ou falta de conhecimento. estado de perigo: você assume uma obrigação excessivamente onerosa em razão de estar incorrendo em risco(você ou algum familiar próximo) ● ambos os casos geram anulabilidade do contrato ↠Morte do contratante: nos casos de contratos personalíssimos �ceçã� d� contrat� nã� cumprid� exceptio non adimpleti contractus ↠ Conceito: consiste em ummeio de defesa pelo qual a parte demandada pela execução de um contrato pode arguir que deixou de cumpri-lo pelo fato da outra ainda também não ter satisfeito a prestação correspondente. - é um meio de defesa para o descumprimento do contrato. - só se aplica em contratos bilaterais sinalagmáticos(de prestação correlatas), não cabe a exceção em contratos unilaterais. - só é compatível em prestações simultâneas. ex: Anna comprou um carro de Kelly, foi convencionado que hoje elas se encontrariam no cartório, quando elas chegaram no contrato Kelly fala que não vai conseguir assinar o dut pq não achou. O fato que esse é um contrato bilateral onde Anna tem que pagar e Kelly tem que entregar, simultaneamente. Anna diz que não vai pagar sem receber toda a documentação e o carro. Posteriormente Kelly entra com processo dizendo que Anna não cumpriu o contrato, aqui Anna poderá arguir exceptio non adimpleti contractus dizendo que só deixou de pagar Kelly pois ela descumpriu o contrato anteriormente. Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro ↠ Elementos: a) existência de um contrato bilateral: se não existe outra parte para descumprir como vou justificar meu descumprimento. b) demanda de uma das partes pelo cumprimento do pactuado: Kelly precisa entrar na justiça pelo descumprimento. c) prévio descumprimento da prestação pelo demandante: Kelly precisa ter descumprido o contrato anteriormente ↠ Restrição à sua aplicação: 1. contratos unilaterais 2. contratos de execução diferida (execução posterior) 3. contrato em que você tenha prestações periódicas ↠Garantia de cumprimento: Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la. - isso é uma particularidade desse instituto. - ex: João vendeu uma mercadoria para Maria, onde ficou combinado que ele entregaria a mercadoria em 2 meses e Maria realizaria o pagamento em 4 meses após a data de assinatura do contrato. Nesse intere de 2 meses João toma conhecimento que Maria anda com dificuldade financeira e tem como comprovar, dado essa situação ele se encontra na dúvida se ele vai receber o dinheiro. teori� d� imprevisã� � resoluçã� por oner�idad� �cessiv� ↠ Teoria da imprevisão: é o substrato teórico que permite rediscutir os preceitos contidos em uma relação contratual em face da ocorrência de acontecimentos novos, imprevisíveis pelas partes e a elas não imputáveis. - somente em situações imprevisíveis e extraordinárias e que modifiquem a sua condição. - ela tem que afetar você na relação contratual de modo que não possa ser imputado a você esse fato extraordinário e imprevisível. ex: Teve uma época que teve aumento no mármore do nada, na época Anna pagou 2 mil reais para colocar mármore nas bancadas da casa dela, por mais que o devedor esteja de boa-fé ele não dá mais de conta de cumprir o contrato em razão da alta do mármore, alta que surgiu em condição superveniente. ↠ Resolução por onerosidade excessiva: corresponde ao fato de se invocar a extinção do contrato em função do discumprimento involuntário, pela onerosidade excessiva gerada por circunstâncias supervenientes. - não existia no CC/16 é inovação no CC 2002. ↠ Elementos para aplicabilidade da teoria da imprevisão: 1. superveniência de circunstância imprevisível. 2. alteração da base econômica objetiva do contrato. 3. onerosidade excessiva. ↠ Teoria da imprevisão no CC de 2002: Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. ↠ Revisibilidade do contrato: o contrato pode ser revisto pelas partes. Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato. ↠ Aplicabilidade da teoria da imprevisão nos contratos unilaterais: Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva. - ex: Dona Maria tem um casal de amigos que está passando dificuldade financeira e ela se compromete a pagar a faculdade do filho deles por 5 anos. Nesse intere de 5 anos, Dona Maria teve uns problemas familiares e houve redução do seu salário, ela passa a não ter mais condição de arcar com o custo da faculdade, dessa forma, ela entra na justiça para resolução. contrat� d� compr� � vend� ↠ Conceito: art 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa,
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