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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 1 - ART 1 AO 12 DO CPC

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Direito Processual Civil I 
 CONCEITO DOS PRINCÍPIOS PRESITOS DO ART. 1º AO 12 DO CPC 
 
 
 
Professor: 
Acadêmico: 
 
 
 Gravataí, 19 de agosto de 2021/2 
 
Capítulo I – Das Normas Processuais Civis (art. 1 ao art. 12 do Novo CPC) 
O primeiro capítulo do Novo CPC apresenta, então, os princípios sob o quais se formula o código. Os 
artigos do Capítulo I, então, dispõem acerca das chamadas normas processuais fundamentais. E, a 
partir delas, todas as demais normas do CPC/2015 devem ser interpretadas. 
Art. 1º do Novo CPC 
Art. 1o O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as 
normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, 
observando-se as disposições deste Código. 
Art. 1º, caput, do Novo CPC 
(1) O art. 1º do CPC/2015 traz uma importante inovação do Novo Código de Processo Civil: a a 
constitucionalização do código. Embora a adequação da legislação à norma constitucional pareça algo 
óbvio no ordenamento jurídico, é importante a observação trazida pelo Novo CPC. Afinal, antes dele, 
vigia ainda um código editado antes da promulgação da Constituição. Estabelecia, assim, o art. 1º do 
CPC/1973: 
Art. 1º A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o 
território nacional, conforme as disposições que este Código estabelece. 
(2) Portanto, o CPC/2015 expressa, em seu art. 1º, os princípios constitucionais também como base do 
processo civil. E, consequentemente, como base para as normas processuais fundamentais 
 
 
Art. 2º do Novo CPC 
Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as 
exceções previstas em lei. 
https://blog.sajadv.com.br/ordenamento-juridico/
 
 
Art. 2º, caput, do Novo CPC 
(1) O art. 2º do Novo CPC, então, dispõe acerca do princípio dispositivo e do princípio do impulso 
oficial dentro do rol de normas processuais fundamentais. E reproduz, assim, a redação do artigo 262 
do CPC/1973. 
(2) Segundo a regra do princípio dispositivo, as partes devem dar início à ação. Portanto, não cabe ao 
Poder Judiciário iniciar um processo em regra geral. A regra já era consubstanciada no art. 2º do 
CPC/1973, que, desse modo, dispunha: 
Art. 2º Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a 
requerer, nos casos e forma legais. 
(3) No entanto, a regra comporta exceções. É o caso, por exemplo do IRDR (art. 977 do Novo CPC). 
(4) Enfim, uma vez que o processo se tenha iniciado, nasce o dever do impulso oficial, sob o qual se 
desenvolverá. É importante ressaltar que isto, no entanto, não exclui o dever de ação das partes, sob o 
risco de configurar perempção. 
 
 
Art. 3º do Novo CPC 
Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. 
§ 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei. 
§ 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos. 
§ 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser 
estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, 
inclusive no curso do processo judicial. 
 
 
Art. 3º, caput, do Novo CPC 
(1) O art. 3º do Novo CPC comporta, então, o princípio da inafastabilidade da jurisdição dentro das 
normas processuais fundamentais. E visa, assim, resguardar o direito de todos dos acesso à justiça e 
de verem as duas demandas atendidas pelo poder público. Segundo o dispositivo, portanto, o Poder 
Judiciário não pode deixar de apreciar ameaças ou lesões a direito que a ele sejam levadas por meio 
de uma lide. 
(2) Isto não se opõe às previsões de impedimento e suspeição do juiz. Ainda que o responsável pelo 
julgamento seja impedido ou suspeito, o Poder Judiciário não poderá se recusar a julgar uma causa 
iniciada, devendo oferecer, também, uma resposta à sociedade. 
https://www.sajadv.com.br/novo-cpc/art-976-a-987-do-novo-cpc/
(3) A regra do art. 3º do CPC/2015 está substanciada na Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso 
XXXV. Conforme o dispositivo: 
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
Art. 3º, parágrafo 1º, do Novo CPC 
(4) Uma das principais novidades do artigo 3º do NCPC, então, está na referência às formas 
alternativas de resolução de conflitos. O parágrafo 1º do artigo, desse modo, prevê que é admitida a 
arbitragem na forma da lei. Contudo, a arbitragem já era admitida na vigência do CPC/1973, ainda 
que a referência ao instituto fosse menor. 
(5) Por fim, a arbitragem é regulamentada pela Lei 9.307/96, além das previsões contidas no Código 
de Processo Civil. 
Art. 3º, parágrafo 2º, do Novo CPC 
(6) Seguindo a mesma linha de entendimento do parágrafo anterior, o parágrafo 2º do art. 3º, 
CPC/2015, deixa explícito o dever do Estado de promover as formas alternativas de resolução de 
conflito sempre que possível. Esta é uma medida que visa, acima de tudo, a menor duração dos 
processos, uma vez que, através de um acordo, as partes evitam o trâmite judicial, considerando a alta 
demanda do Poder Judiciário. 
Art. 3º, parágrafo 3º do Novo CPC 
(7) O parágrafo 3º, enfim, reitera o dever de estímulo à formas de solução consensual de conflitos, 
como a mediação e a conciliação. O art. 359, Novo CPC, por exemplo, dispõe que, iniciada a 
audiência de instrução e julgamento, o juiz tentará conciliar as partes, ainda que já se tenha 
empregado método anterior de resolução consensual. O legislador prevê, ainda, a audiência de 
conciliação ou de mediação logo após o recebimento da inicial na forma do art. 334 do Novo CPC. 
Art. 4º do Novo CPC 
Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída 
a atividade satisfativa. 
 
 
Art. 4º, caput, do Novo CPC 
(1) O art. 4º do Novo CPC, então, reproduz o princípio da celeridade processual ou da duração 
razoável do processo, direito fundamental já previsto no art. 5º, inciso LXVIII, da Constituição 
Federal. Conforme o dispositivo constitucional: 
LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração 
do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
 
 
https://blog.sajadv.com.br/mediacao-e-conciliacao-2/
https://blog.sajadv.com.br/mediacao-e-conciliacao-2/
https://www.sajadv.com.br/novo-cpc/art-358-a-368-do-novo-cpc/
https://www.sajadv.com.br/novo-cpc/art-334-do-novo-cpc/
Art. 5º do Novo CPC 
Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a 
boa-fé. 
Art. 5º, caput, do Novo CPC 
(1) O art. 5º do Novo CPC consubstancia, desse modo, o princípio da boa-fé processual. Ainda que 
não houvesse previsão nesse sentido no CPC/1973, a boa-fé já era utilizada como base das relações 
jurídico. Era já, por exemplo, um importante elemento nas relações negociais. Mas também o era na 
esfera processual. 
(2) Veja-se, nesse sentido, parte de ementa de acórdão publicado antes da vigência do CPC/2015: 
[…] A propositura de ação cautelar e a interposição de agravo regimental em face da decisão 
extintiva do referido processo acessório não evidenciam, em princípio, conduta contrária à 
lealdade e boa-fé processuais, ensejadora da aplicação das sanções previstas nos artigos 18, 
538, parágrafo único, ou 557, § 2º, do CPC, máxime quando não vislumbrada qualquer 
peculiaridade em sentido contrário. Ademais, tais penalidades não são de imposição 
obrigatória pelo simples desprovimento da impugnação recursal. […] 
(STJ, 4ª Turma, AgRg na MC 8.461/BA, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 15/10/2013, 
publicado em 05/11/2013) 
(3) É importante ressaltar, por fim, que a boa-fé se estende para além das partes do processo. Ao 
especificar” aquele que de qualquer forma participa do processo”, o legislador quis referir-se a todos 
aqueles que interfiram, de algummodo, no processo, como testemunhas ou demandados para 
apresentação de documentos, por exemplo. 
(4) Conforme se extrai de acórdão do STJ: 
O princípio da boa-fé processual impõe aos envolvidos na relação jurídica processual deveres 
de conduta, relacionados à noção de ordem pública e à de função social de qualquer bem ou 
atividade jurídica. 
(STJ, 3ª Turma, RHC 99.606/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 13/11/2018, 
publicado em 20/11/2018) 
 
 
Art. 6º do Novo CPC 
Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo 
razoável, decisão de mérito justa e efetiva. 
 
 
https://blog.sajadv.com.br/principio-da-boa-fe/
Art. 6º, caput, do Novo CPC 
(1) Conforme o art. 6º do Novo CPC, a cooperação é dos princípios do Processo Civil. E, assim, um 
dever de todos os sujeitos do Processo. A cooperação, desse modo, é, segundo o Superior Tribunal de 
Justiça: 
O princípio da cooperação é desdobramento do princípio da boa-fé processual, que consagrou 
a superação do modelo adversarial vigente no modelo do anterior CPC, impondo aos 
litigantes e ao juiz a busca da solução integral, harmônica, pacífica e que melhor atenda aos 
interesses dos litigantes. 
(STJ, 3ª Turma, RHC 99.606/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 13/11/2018, 
publicado em 20/11/2018) 
(2) Um exemplo de cooperação positivada no próprio CPC consta do art. 805, Novo CPC. Dessa 
forma, deverá o juiz, havendo mais de uma opção no processo de execução, optar por aquela menos 
gravosa ao executado. Visa, portanto, não apenas evitar prejuízos maiores ao executado, como 
também garantir a eficácia do processo no tempo. 
 
 
Art. 7º do Novo CPC 
Art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e 
faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções 
processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. 
 
 
Art. 7º, caput, do Novo CPC 
(1) O art. 7º do Novo CPC preza não somente pelo princípio da isonomia e da igualdade processual, 
mas também pelo princípio do contraditório e da ampla defesa dentro das normas processuais 
fundamentais. 
(2) É previsto, dessa maneira, no art. 5º, caput, CF: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade […] 
(3) De igual forma, dispõe o inciso LV do art. 5º, caput, CF: 
LV – Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
 
 
https://www.sajadv.com.br/novo-cpc/art-797-a-805-do-novo-cpc/
Art. 8º do Novo CPC 
Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem 
comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a 
proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência 
 
 
Art. 8º, caput, do Novo CPC 
(1) O art. 8º do Novo CPC traz em seu caput importantes princípios do Direito Processual Civil. Em 
primeiro lugar, apresenta como condição da atividade judicial os fins sociais e as exigências do bem 
comum. Mas coloca como objetivo também das normas processuais fundamentais a promoção da 
dignidade humana, princípio sobre o qual opera todo o ordenamento jurídico brasileiro. 
(2) Por ordenamento jurídico, explica-se, conforme o Enunciado 380 do Fórum Permanente de 
Processualistas Civis: 
380. (arts. 8º, 926, 927) A expressão “ordenamento jurídico”, empregada pelo Código de 
Processo Civil, contempla os precedentes vinculantes. (Grupo: Precedentes, IRDR, Recursos 
Repetitivos e Assunção de competência) 
(3) Por fim, o artigo traz, ainda, como princípios a serem observados: 
1. proporcionalidade; 
2. razoabilidade; 
3. legalidade; 
4. publicidade; 
5. eficiência 
 
 
Art. 9º do Novo CPC 
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: 
I – à tutela provisória de urgência; 
II – às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; 
III – à decisão prevista no art. 701. 
 
 
Art. 9º, caput, do Novo CPC 
(1) O art. 9º do Novo CPC, então, reitera o princípio do contraditório e da ampla defesa como uma das 
normas processuais fundamentais. Segundo ele, portanto, antes de proferir decisão, o juiz 
(considerando o dever de cooperação dos sujeitos do processo e o princípio do impulso oficial) deverá 
oportunizar que a parte contrária se manifeste previamente. 
https://blog.sajadv.com.br/direito-processual-civil/
https://www.sajadv.com.br/novo-cpc/art-926-a-928-do-novo-cpc/
https://blog.sajadv.com.br/irdr/
(2) Isto, no entanto, não veda a ocorrência de revelia do art. 344, Novo CPC. Ainda, são previstas três 
exceções ao dispositivo do caput: 
6. decisão em tutela provisória de urgência (art. 300 do Novo CPC), ante o caráter de 
urgência do instituto; 
7. decisão em tutela de evidência (art. 311, incisos II e III, do Novo CPC), quando: 
 as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e 
houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula 
vinculante; 
 se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa; 
8. decisão em ação monitória, quando evidente o direito do autor (art. 701, Novo CPC). 
(3) Por fim, as exceções do art. 9º, CPC/2015, não implicam em prejuízo de defesa. Ainda lhe será 
ressalvado o direito de recurso no que concerne às decisões proferidas, observadas as disposições 
legais. 
 
 
Art. 10 do Novo CPC 
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a 
respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate 
de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. 
 
 
Art. 10, caput, do Novo CPC 
(1) O art. 10 do Novo CPC também está em consonância ao princípio do contraditório e da ampla 
defesa dentro das normas processuais fundamentais. Assim como o juízo não poderá decidir, em regra 
geral, sem ouvir a parte contrária, não poderá decidir com base em fundamento sobre o qual as partes 
não tenham se manifestado. 
(2) De acordo com Didier [1], em concretização do art. 10, NCPC: 
o juiz pode basear-se em fato que não foi alegado pelas partes. O art. 493 do CPC determina 
que “se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo do 
direito influir no julgamento do mérito, caberá ao órgão jurisdicional tomá-lo em 
consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a decisão”. O juiz 
pode, portanto, levar em consideração ex officio fato superveniente relevante para a solução 
da causa. Sucede que, para observar o contraditório, deve antes ouvir as partes sobre esse fato 
– é, aliás, o que determina o par. ún. desse mesmo art. 493. 
 
 
https://www.sajadv.com.br/novo-cpc/art-344-a-346-do-novo-cpc/
https://www.sajadv.com.br/novo-cpc/art-300-a-302-do-novo-cpc/
https://www.sajadv.com.br/novo-cpc/art-311-do-novo-cpc/
Art. 11º do Novo CPC 
Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas 
todas as decisões, sob pena de nulidade. 
Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das 
partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público. 
 
 
Art. 11, caput, do Novo CPC 
(1) O art. 11 do Novo CPC, consagra, então, o princípio da publicidade como uma das normas 
processuais fundamentais. Conforme a primeira parte do dispositivo, todos os julgamentos do Poder 
Judiciário serão públicos. Isto visa, assim, dar uma respostaà sociedade, além de garantir a 
imparcialidade dos julgamentos. 
(2) Enquanto isso, a segunda parte antecipa o dever de fundamentação das decisões contido no art. 
489 do Novo CPC. 
Art. 11, parágrafo único, do Novo CPC 
(3) No entanto, o princípio da publicidade deve se atentar também ao direito à intimidade e ao 
interesse público. É o caso, por exemplo, dos processos que correm em segredo de justiça. Nessa 
hipótese, portanto, poderá ser autorizada apenas a presença 
 
 
Art. 12º do Novo CPC 
Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de 
conclusão para proferir sentença ou acórdão. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) 
§ 1o A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para 
consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores. 
§ 2o Estão excluídos da regra do caput: 
I. as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de 
improcedência liminar do pedido; 
II. o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em 
julgamento de casos repetitivos; 
III. o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas 
repetitivas; 
IV. as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932; 
V. o julgamento de embargos de declaração; 
VI. o julgamento de agravo interno; 
VII. as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça; 
VIII. os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal; 
https://www.sajadv.com.br/novo-cpc/art-489-a-495-do-novo-cpc/
https://www.sajadv.com.br/novo-cpc/art-489-a-495-do-novo-cpc/
IX. a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão 
fundamentada. 
§ 3ºApós elaboração de lista própria, respeitar-se-á a ordem cronológica das conclusões entre as 
preferências legais. 
§ 4ºApós a inclusão do processo na lista de que trata o § 1º, o requerimento formulado pela 
parte não altera a ordem cronológica para a decisão, exceto quando implicar a reabertura da 
instrução ou a conversão do julgamento em diligência. 
§ 5º Decidido o requerimento previsto no § 4o, o processo retornará à mesma posição em que 
anteriormente se encontrava na lista. 
§ 6º Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1º ou, conforme o caso, no § 3º, o processo 
que: 
X. tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade de 
realização de diligência ou de complementação da instrução; 
XI. se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II. 
 
 
Art. 12, caput, do Novo CPC 
(1) O art. 12 do Novo CPC, por fim, consagra a ordem cronológica de julgamento como uma das 
normas processuais fundamentais. Trata-se, desse modo, de uma inovação do CPC/2015 em relação 
ao CPC/1973. Isto porque o antigo código não estabelecia uma ordem de julgamento, de modo que 
cabia ao juízo a definição das prioridades. A opção do legislador, assim, visa promover a razoável 
duração dos processos. 
Art. 12, parágrafo 1º, do Novo CPC 
(2) O parágrafo 1º do dispositivo prevê que a lista de processos para julgamento deverá estar 
permanente à disposição para consulta pública. Dessa maneira, o juízo fica atrelado à ordem de 
julgamento, acessível pela sociedade de modo geral. 
Art. 12, parágrafo 2º, do Novo CPC 
(3) Apesar da previsão, a ordem cronológica de julgamento comporta algumas exceções, conforme o 
parágrafo 2º: 
9. as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência 
liminar do pedido; 
10. o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em 
julgamento de casos repetitivos; 
11. o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas 
repetitivas; 
12. as decisões proferidas sem resolução de mérito (art. 485, Novo CPC) e por relatores 
nos tribunais (art. 932, Novo CPC); 
https://www.sajadv.com.br/novo-cpc/art-485-a-488-do-novo-cpc/
https://www.sajadv.com.br/novo-cpc/art-929-a-946-do-novo-cpc/
13. o julgamento de embargos de declaração; 
14. o julgamento de agravo interno; 
15. as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça; 
16. os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal; 
17. a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão 
fundamentada. 
Art. 12, parágrafo 3º, do Novo CPC 
(4) Entre as preferências legais do parágrafo 2º do art. 12, CPC/2015, deve-se observar, também, a 
ordem cronológica. 
Art. 12, parágrafo 4º, do Novo CPC 
(5) Requerimento das partes posterior à inclusão na lista pública de julgamento não alterará a ordem 
cronológica. Contudo, a reabertura da instrução ou a conversão do julgamento em diligência afetarão 
a ordem para julgamento. É, assim, uma medida coerente, na medida em que novas diligências podem 
alterar o rumo do processo, não obstante seja assegurada a manifestação das partes antes da decisão. 
Art. 12, parágrafo 5º, do Novo CPC 
(6) Desse modo, uma vez que o requerimento do parágrafo 4º do art. 12, Novo CPC, seja cumprido, o 
processo retornará à mesma posição de julgamento. 
Art. 12, parágrafo 6º, do Novo CPC 
(7) Por fim, parágrafo 6º dispõe acerca da prioridade imediata de julgamento na lista pública, 
considerada a ordem cronológica tanto do caput quanto do parágrafo 3º do art. 12, NCPC. Assim, 
ocupará o primeiro lugar, o processo que: 
18. tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade de realização 
de diligência ou de complementação da instrução; 
19. se enquadrar na hipótese de reexame do art. 1.040, inciso II. 
 
 
Referências sobre normas processuais fundamentais 
20. DIDIER Jr., Fredie; CUNHA, Leonardo Carneiro da; BRAGA, Paula Sarno; 
OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Curso de Direito Processual Civil: execução. 7. 
ed. Salvador: Juspodivm, 2017. v. 5, p. 80/81. 
 
	Capítulo I – Das Normas Processuais Civis (art. 1 ao art. 12 do Novo CPC)
	Art. 1º do Novo CPC
	Art. 1º, caput, do Novo CPC
	Art. 2º do Novo CPC
	Art. 2º, caput, do Novo CPC
	Art. 3º do Novo CPC
	Art. 3º, caput, do Novo CPC
	Art. 3º, parágrafo 1º, do Novo CPC
	Art. 3º, parágrafo 2º, do Novo CPC
	Art. 3º, parágrafo 3º do Novo CPC
	Art. 4º do Novo CPC
	Art. 4º, caput, do Novo CPC
	Art. 5º do Novo CPC
	Art. 5º, caput, do Novo CPC
	Art. 6º do Novo CPC
	Art. 6º, caput, do Novo CPC
	Art. 7º do Novo CPC
	Art. 7º, caput, do Novo CPC
	Art. 8º do Novo CPC
	Art. 8º, caput, do Novo CPC
	Art. 9º do Novo CPC
	Art. 9º, caput, do Novo CPC
	Art. 10 do Novo CPC
	Art. 10, caput, do Novo CPC
	Art. 11º do Novo CPC
	Art. 11, caput, do Novo CPC
	Art. 11, parágrafo único, do Novo CPC
	Art. 12º do Novo CPC
	Art. 12, caput, do Novo CPC
	Art. 12, parágrafo 1º, do Novo CPC
	Art. 12, parágrafo 2º, do Novo CPC
	Art. 12, parágrafo 3º, do Novo CPC
	Art. 12, parágrafo 4º, do Novo CPC
	Art. 12, parágrafo 5º, do Novo CPC
	Art. 12, parágrafo 6º, do Novo CPC
	Referências sobre normas processuais fundamentais

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