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A APOSTA THE BET RACHEL VAN DIKEN Envio:Soryu Tradução:Lili Costa Revisão Inicial: Nathalia, JulianaSchiavini, Gardennia, Lidizeenha,Fabiana, Gilmara Revisão Final: Ana Almada, Ariane, Ligia, Iris de Oliveira Leitura Final: Wanessa Formatação: Chayra Moom SINOPSE -Tenho uma proposta para você… Kacey deveria ter fugido no minuto em que estas palavras saíram da boca do milionário de Seattle, Jake Titus. Em vez disso, ela fez um pacto com o diabo, na esperança de colocar o seu passado para trás de uma vez por todas. Quatro dias. Ela podia fazer isso por quatro dias! Mas ela não contava com o irmão mais velho de Jake, Travis estar lá para testemunhar a farsa desse compromisso. Uma coisa é certa. Um irmão é o certo para ela. Um quer uma vida. E um quer uma aliança como o diabo. Ela deveria ter a assinatura de Jake em sangue por garantia. PRÓLOGO 1997 Portland, Oregon – Kacey espere! – Travis correu atrás dela, com lágrimas escorrendo pelo rosto de tanto rir. Kacey era sua melhor amiga, mas somente em seu coração. Na vida real, ela o odiava, ele só não sabia o porquê. Aos oito anos, ele fazia o melhor que podia para mostrar a ela que gostava dela, mas ela sempre acabava ficando com seus sentimentos feridos. Meninas eram idiotas. Seu irmão mais novo, Jake finalmente correu até eles. – Por que você fez isso, Travis? – Ele o empurrou de lado. A língua de Travis, de repente estava grossa na boca. Ele quis explicar as razões por trás do tropeço de Kacey, realmente ele queria, mas as palavras não saíram. Ele odiava sua gagueira. Era tão difícil falar, e isso só acontecia quando ele estava se esforçando muito duro ou na frente de Kacey. – Ugh! – Jake chutou a terra com o pé. – Agora que ela não vai mesmo me beijar! -Beija-lo? - Travis gritou, horrorizado que seu irmão até mesmo diria a palavra beijo, muito menos pensar em fazer algo assim com Kacey. Além disso, por que seu irmão de seis anos de idade, queria que alguém o beijasse? – Ela nem gosta disso mesmo. – Ele cruzou os braços. Travis, pelo menos sabia que as meninas não gostavam de meninos. Elas gostavam de homens, e ele estava bem em seu caminho para se tornar um homem. Na verdade, ele tinha acabado de encontrar um fio de cabelo em seu queixo. Ele provavelmente iria raspar isso até o final da semana. Ele estufou o peito e fez uma careta para o seu irmão. – Ah, é? Bem, ela te odeia. – Jake mostrou a língua. – Ela disse- me assim, mas... – Ele enfiou as mãos nos bolsos e respirou fundo. – Eu vou casar com ela. – Não vai! – Vou sim! – Não vai! – Travis empurrou seu irmão para o chão. -Eu sou mais velho. Ela vai se casar comigo. Jake mostrou a língua depois limpou a sujeira de suas calças. – Quer apostar? – Sim! – Travis zombou. – Eu aposto. Um milhão de dólares! – Tudo bem! – Jake cuspiu em sua mão e a segurou à sua frente. – Aperta. Juramento de sangue. – Mas não há sangue – Travis apontou. – Duh! Mamãe iria nos matar se usássemos sangue. É tão bom quanto. Kacey disse que é. – Tudo bem. –Travis cuspiu na mão e bateu contra a mão do seu pequeno irmão. Jake fez uma careta. – Nojento. – Cresça. – Travis revirou os olhos e procurou no quintal por Kacey. Ele não tinha a intenção de derrubá-la. Bem, na verdade ele tinha, mas ele tinha uma boa razão para isso. Ele sabia que de fato Kacey amava histórias de princesa. Ela vivia falando sobre como as meninas devem ser tratadas como princesas, e os meninos deveriam ser príncipes. Mas como é que ele deveria ser um príncipe quando não havia dragões para matar? Como ele poderia provar para ela e a si mesmo se não havia monstros? Ainda bem que ele era o garoto mais inteligente da sua classe. Ele sabia exatamente o que fazer. Tudo o que ele tinha que fazer era causar um problema e, em seguida, salvá-la. Primeiro, ele colocou sua boneca em chamas, mas não funcionou como o planejado. Na verdade, a boneca estava jogada na lata de lixo. Como podia ser sua culpa que o extintor de incêndio não funcionou? Em seguida, ele colocou uma cobra no seu saco de dormir. Quando ela acordou gritando, ele correu para o lado dela para pegar a cobra, mas depois não conseguiu encontrá-la! Jake o denunciou, e Kacey estava com tanta raiva que chorou. Em sua última tentativa para impressioná-la, ele amarrou seus cadarços juntos para que ela pudesse cair, e, em seguida, ajoelhou-se para ajudá-la. Mas ela estava tão furiosa que bateu com as mãos nele, jogou fora seus sapatos, e fugiu chorando. Meninas. Ele nunca iria entendê-las. Afinal de contas, ele estava sempre tentando ajudá-la. E toda vez ela o empurrava para longe. O que significava apenas uma coisa. Para ganhar a aposta, ele teria que se esforçar muito mais. E ele sabia exatamente como fazer isso. – Ei, Jake? Você sabe onde todas as pedras estão? CAPITULO 1 Atualmente Kacey procurou em seus olhos por qualquer indício de diversão. Ele não podia estar falando sério, não Jake. Jake nunca levava nada a sério. Ela rapidamente levantou a mão para sentir a testa e estremeceu interiormente. Por que Deus abençoou um homem tão arrogante com o rosto de uma estrela de cinema, era além de sua compreensão. Mas lá estava ele, um Adonis, olhando para ela como se seus olhos não fizessem as mulheres mortais desconfortáveis. – Você está bêbado? – Ela sussurrou, inclinando-se mais perto, o tempo todo xingando o cheiro da loção pós-barba cara que exalava dele. Jake bateu a mão na mesa. – Não, eu não estou bêbado. Nossa, Kacey, você está agindo como se eu estivesse propondo sexo ou algo assim. – Esse é o exemplo que você tem? Sexo? Sério? Porque, para ser honesta, Jake, isso é muito pior! –Suas mãos tremiam enquanto tentava estabilizar a respiração a um ritmo normal. Nesse ritmo, ela ia ter um completo ataque de pânico. –Como isto é pior? –Sua voz subiu algumas oitavas e outros clientes do café olharam em sua direção. Kacey encostou-se na cadeira de couro e gemeu. –Eu estou falando sério, Kacey. É a única maneira de convencê- los. –Jake se inclinou para frente, seus braços musculosos e bronzeados flexionaram contra as mangas arregaçadas da camisa quando descansou as mãos sobre a mesa. –Você percebe que seus pais me conhecem desde que eu tinha três anos? Além disso, estou convencida de que sua mãe seria capaz de ver através de nós. E nem me fale da avó de vocês. O rosto de pedra de Jake quebrou em um sorriso. –Não ria! Estou falando sério, Jake! A mulher deveria ter trabalhado para o FBI. –São os olhos dela. –Jake deu de ombros. – Ela sempre me pegava aprontando. –Ele estremeceu. – Mas você está fugindo do assunto, Kacey. Estou desesperado. – Oh, uau. Bem, quando você coloca dessa forma, como eu poderia negar? Você está desesperado! Homem você não é nada romântico. Eu não tenho nenhuma ideia de como você conseguiu se tornar o solteiro mais cobiçado da cidade, e aos vinte e um. Impressionante. –Ela balançou a cabeça em descrença. – Realmente, você não sabe? - Ele se inclinou para frente, seus bíceps apertados sob a camisa de botão cinza, a camisa parecia estar pronta para estourar a qualquer momento. Seu rosto foi recentemente barbeado, mas já era possível ver a sombra dela crescendo, e seu cabelo escuro caía em ondas sobre a testa. Olhos castanhos olhavam para ela, e ela não conseguia encontrar forças para olhar longe de seus lábios quando sua língua passou entre eles. Porcaria. Ela estava realmente suando só de olhar para esse rosto. Isso não ajuda em nada que esta era a primeira vez que ela tinha ouvido falar dele desde o incidente.Não que este fosse o momento de trazer isso à tona. – Tudo bem. –Kacey disse enquanto seu coração batia tão rápido e fechou os olhos novamente. – Jake, nunca vai funcionar. Por que você não pega uma de suas namoradas stripper para fazer isso por você? –E, por favor, pelo amor de Deus, me deixe em paz. Muitas lembranças piscaram para ela através dos olhos dele, e ela não tinha certeza se poderia tolerar isso. Não depois de ouvir que o restaurante de seus pais abriu em dois novos locais, e um deles era em Seattle. Parecia que a ferida estava toda aberta novamente. Ela estremeceu e deixou Jake continuar a defender seu caso. – Hum, pelo o fato de serem strippers? –Jake ergueu as mãos para o ar e sacudiu a cabeça. – Você quer que a minha avó morra? Porque eu lhe asseguro, que não fará nada mais do que ter outro AVC. Kacey parou. – Outro AVC? Ela teve outro AVC? –É por isso que vovó Nadine não tinha escrito para ela em um mês? Jake fez uma careta. – Sim, ele foi ficando pior. –Ele passou as mãos por seus cabelos grossos. – Você vai me ajudar ou não? Vou pagar-lhe -Você vai me pagar? - Kacey bufou. -Assim como você paga suas strippers? Por que eu sinto que não há diferença? Jake sorriu. –Uau, eu odeio ter que puxar a artilharia pesada, mas você me deve. – Eu lhe devo? –Kacey repetiu. – Oh, por favor, diga como eu devo um favor ao grande Jake Titus. Estou morrendo de vontade de saber, de verdade. –Ela ergueu as sobrancelhas e bateu com a unha bem cuidada contra a xícara de café frio. – Tudo bem. –Ele se inclinou para trás e cruzou os braços sobre o peito. – Quinta série, você queria um cachorro. Seus pais disseram que não. Então, eu, sendo o bom amigo que sou, fui à loja e lhe comprei um. – Não conta, – Kacey interrompeu. – Você nomeou-o com seu nome. – Ele tinha o pelo escuro, –Jake argumentou. – Além disso, você dormiu com ele todas as noites. –Seu sorriso era sem vergonha, e Kacey queria dar um soco na cara dele por isso. Ela abriu a boca para dizer isso, mas ele a interrompeu. – Oitava série. – Oh, Senhor. – Oitava série, – ele repetiu com uma piscadela. –Você tinha uma queda por Stevenson Merrit. Eu, sendo o amigo que eu sou, disse para ele que você era o melhor beijo de toda a escola. Vocês saíram por um ano antes de abandoná-lo para percorrer pastos mais verdes. –Ah, então é assim que você se refere a si mesmo hoje em dia. Pastos mais verdes. –Kacey sorriu condescendente. –Sim, bem, é verdade. – Não é bom o suficiente –Kacey suspirou. Ele estava tão perto que ela podia sentir seu shampoo. Uma mistura masculina picante de menta e canela, que provocou seus sentidos com visões de um homem que ela jamais teria novamente. Apague isso. Nunca teve, para falar a verdade. – Tudo bem. –Jake balançou a cabeça. – Eu não quero ter que fazer isso. Fingindo tédio, Kacey apenas olhou para trás e esperou. – Seu primeiro ano da faculdade, você teve um peixe, nomeou Stuart. O peixe mais feio que já viveu nesse mundo. – Ei! –Ela olhou. – Ele era meu melhor amigo. – Quando você se ausentou da faculdade por duas semanas, assumiu que a sua companheira de quarto, Madre Teresa iria cuidar dele para você. – Ela sempre odiou esse peixe, –Kacey resmungou. – Então, quem levou o seu peixe? Kacey olhou para suas mãos. – Quem pegou o peixe, Kacey? Com um grande suspiro, ela respondeu: -Você pegou o peixe, Jake. – Então eu ganhei. E, novamente, você me deve. Além disso, você realmente quer que minha avó morra? A mesma avó que te ajudou a ganhar a rainha do baile? A única que realmente usava seus colares de macarrão? É realmente muito simples. Basta fazê-lo durante o fim de semana e eu vou estar fora de seu alcance. Recusando-se a responder, Kacey olhou para a mesa do café e lambeu os lábios. Talvez se ela parecesse patética o suficiente, ele desistiria e a deixaria sozinha. Bastava estar na mesma sala com ele para seu coração se apertar. –Kace, – Jake gemeu. – Você não tem ideia do quão importante a minha imagem é para mim. – Uau, isso não ajuda o seu caso, – Kacey estalou. –Eu preciso disso. –Jake estendeu a mão sobre a mesa e agarrou a mão dela. Suas mãos eram sempre tão grande e quente, como se estivesse segurando-os, ele poderia tirar toda a sua dor. Mas ela sabia a verdade, essas mesmas mãos a destruiram, a arruinaram, e no final, aquelas mãos egoístas nunca lhe devolveram seu coração. – Eu vou pagar seus empréstimos estudantis. – Como você sabe sobre isso? – Eu sei tudo. –Ele piscou. – É meu trabalho. Vamos lá, você precisa terminar o seu último ano de faculdade, Kace. Já se passaram três meses desde a graduação. Você realmente quer ser deixada para trás, enquanto todo mundo está lá fora fazendo algo fora de si? O cara nunca deve tentar ser um advogado. Kacey ficaria surpresa se ainda tivesse alguma autoconfiança no momento em que saísse do café. Como era possível ela estar tentando decidir bater a sua cabeça contra a mesa de café forte o suficiente para ganhar uma concussão. – Por favor, –Jake pediu. Suas mãos apertaram com mais força as dela. – Faça isso por mim. Faça pela vovó. Inferno, faça isso por você. Você tem que terminar a faculdade, Kace, e desde que os seus pais... – Não se atreva a trazê-los para isso. Jake engoliu devagar e soltou sua mão. Seus dedos dançaram ao longo de sua mandíbula quando ele virou a cabeça para que pudesse olhar diretamente em seus olhos. – É apenas durante o fim de semana de férias. Quão ruim pode ser? Nós costumávamos ser melhores amigos. Costumávamos é a palavra chave. Ele não tinha lhe enviado sequer uma mensagem desde a graduação. – Bilionário sem coração... –murmurou Kacey. O cara não tinha vergonha alguma. O que a pegou era que realmente precisava terminar a faculdade, e ela estava prestes a entrar em outro empréstimo. Todo o dinheiro de seus pais foi usado na casa e na aposentadoria deles, e bem, não era como se a Universidade de Seattle fosse barata. – Billionário? Ainda não, querida. Sem coração? –Jake estendeu a mão e tocou o rosto dela. – Eu acho que nós dois sabemos a resposta para isso. Memórias de seu toque inundaram seus sentidos até Kacey sentir como se ela não conseguisse respirar. Ela tinha viajado por essa estrada muitas vezes com esse homem. Primeiro na escola e, em seguida, novamente na faculdade. Ela não tinha pensado que a vida a colocaria no caminho do único homem a quem já tinha dado seu coração. Mas Jake mudou, e ela nunca iria perdoá-lo. Kacey olhou para seu colo e fechou os olhos. Como é que ele ainda tinha tanto poder sobre ela? Um toque e um suborno e ela estava pronta para fazer exatamente o que ele disse. Na verdade, ela sempre teve uma queda por sua avó, não importa o quanto assustadora ela era ou não. Além disso, a avó Nadine foi a única a ajudar Kacey passar o tempo em sua vida quando ela não se importava em morrer durante o sono ou viver. Os anos escuros eram apenas isso. Escuros. Kacey estremeceu ao pensar em quão ruim as coisas haviam chegado. Se avó Nadine estava doente, e ele estava realmente tentando ajudá-la, e se Jake pagaria seus empréstimos, então, valeria a pena. – Só o fim de semana? –Kacey perguntou em voz baixa. – E você diz que a vovó está toda sentimental e não está se sentindo bem? Jake balançou a cabeça. – Ela diz que quer ver você, e eu preciso que meus pais parem de falar sobre todo o fiasco na imprensa com a stripper. Se eu levá-la para casa com um anel em seu dedo, tudo será perdoado. Papai não vai pensar que precisa voltar da aposentadoria, e vovó não vai atirar em mim. É um ganha e ganha. Além disso, como eu disse, a imagem é tudo e eu ainda quero ter o controle total da empresa da minha avó, no final do mês.O conselho não vai votar em mim se eu continuar recebendo má a imprensa. Eu preciso de todos a bordo. Vamos seguir nossos caminhos separados e eu vou fingir uma separação, chorar na TV e bem, pelo menos os membros do conselho que me odeiam vão sentir pena de mim. Ele não esperou por ela concordar. Em vez disso, ele enfiou a mão no bolso. – É mais do que apenas eu. É para a vovó, Kace. Ela não está indo bem. Esta pode ser a única coisa que a faz querer continuar vivendo. Kacey estreitou os olhos. Bastardo mentiroso. Em seus 21 anos, Jake não tinha aprendido a mentir melhor que isso? Seu sorriso era tenso, a respiração um pouco irregular. Mas ele mencionou a avó. Kacey, de repente, se sentiu mal. Ela queria pegar o avião agora, mas Jake não sabia que ela e sua avó ainda se falavam. E ela nem queria que soubesse. – Tudo bem, mas a vovó não pode saber sobre os empréstimos estudantis. Combinado? –Kacey estendeu a mão, esperando que Jake não notasse o ligeiro tremor. Jake sorriu. –Obrigado por fazer isso por mim. Kacey olhou em seus olhos verdes de cristal. – Para a vovó. Estou fazendo isso para a vovó e para mim. –Não por você, nunca mais por você, Jake. O resto do pensamento ficou pendurado no ar. De repente, o café parecia uma muito, muito pequena arena para desenterrar demônios do passado. Kacey deu uma risada trêmula e esfregou as mãos suadas na calça jeans. Preocupada que ele fosse tornar isso de alguma forma ainda pior, sorrindo ou oferecendo um abraço de piedade, ela tomou um grande gole de café. Jake se afastou da mesa. – Certo, tudo bem. Bem, obrigado por ser minha noiva falsa. –Ele tirou um anel de três quilates e com confiança deslizou em seu dedo. – M- mas... – ela gaguejou. – Como você sabia o meu tamanho? Ele sorriu e se levantou de seu assento. – Um homem nunca poderia esquecer essas mãos, Kacey. – Não importa quantas mãos o prostituto teve? – Kacey perguntou docemente. Jake riu. –Absolutamente. Eu a vejo sexta de manhã, ok? Kacey suspirou. – Ok. – Obrigado, Kace... – Não há de quê. Kacey assistiu em agonia quando o homem que ainda segurava seu coração assobiou, enfiou as mãos nos bolsos e saiu do café. O mais famoso bacharel de Seattle tinha acabado de lhe propor casamento. Apesar de ser um casamento falso, ainda era uma proposta. Ela deveria estar feliz. Mas era difícil ser feliz quando o amor de sua vida, o menino que costumava fazer tortas de lama com ela e beijar os joelhos quando ela caia, pensava nela apenas como uma maneira de sair de uma situção ruim. De repente, ela desejou que estívesse em um bar em vez do pequeno café. CAPITULO 2 Jake Titus enfiou as mãos nos bolsos. Maldição, ela parecia bem. Ele não esperava que sua resposta fosse tão forte. Depois de apenas alguns meses, ele esperava que tudo fosse normal. Infelizmente, isso não aconteceu. Parecia malditamente difícil. A mulher era o próprio pecado, cheia de curvas, onde caras adoravam. Sua roupa só tinha melhorado suas curvas e fez a luxúria correr direto para os lugares errados para qualquer homem sentado em uma cafeteria. Os longos cabelos castanhos de Kacey ostentavam uma cor mel, com mechas quase loiras, e seus olhos castanhos profundos pareciam definir tudo lindamente. Acrescente isso as duas covinhas mais bonitas da terra verde de Deus, e ele estava pronto para jogá-la sobre a mesa e ter sua maneira com ela. Se alguém pudesse levá-lo para fora do mercado teria sido Kacey, não que ele nunca fosse deixá-la. Ele tinha viajado nessa estrada com Kacey muitas vezes. Eles namoraram na escola, mas logo perceberam que eles eram melhores amigos. Ou talvez fosse porque ele não poderia se manter dentro de suas calças? Foi provavelmente uma mistura de ambos, mas quem realmente fica com apenas uma pessoa na escola? O último prego no caixão de seu relacionamento aconteceu depois de uma noite de bebedeira na faculdade. Eles tinham dormido juntos. Tinha sido uma boa noite, exceto pelo fato de que ele nunca iria se perdoar pela dor que lhe causou no dia seguinte. Mas o que ele deveria fazer? Dizer "obrigado"? Se enroscar com sua melhor amiga nunca foi a mais sábia das escolhas. Infelizmente, ele não percebeu isso até que fosse tarde demais. Ele foi seu primeiro. Deixar Kacey tinha sido uma das coisas mais necessárias e ainda mais estúpidas que já tinha feito. Eles ainda foram gentis um com o outro, mas a amizade nunca mais foi a mesma, uma vez que eles dormiram juntos. O que sempre foi especulado como uma forma de aumentar o vínculo entre duas pessoas acabou sendo o catalisador que arruinou a vida da amizade. Eles evitaram um ao outro tanto quanto possível durante os próximos anos. Em sua formatura, ele deu-lhe um abraço e nunca mais olhou para trás. Nunca tinha se desculpado. Não que isso fosse totalmente culpa dele, mas ainda assim. Só de vê-la novamente o assombrava, mas era um mal necessário. O conselho de administração tinha insistido que, se ele não limpasse a sua imagem, a empresa sofreria. Segundo eles, ela já tinha. Mas como ele deveria saber que a garota que ele estava dormindo era uma prostituta? Era Seattle, depois de tudo, e ela era linda. Ele não tinha pensado que ela iria para a mídia, ou que os fotógrafos estariam convenientemente fora do Hotel W no centro, depois de uma noite de escapada tarde que ele ainda não conseguia lembrar-se totalmente. O verdadeiro chute tinha acontecido quando sua mãe ligou e disse que sua avó tinha sofrido um acidente vascular cerebral devido à prostituta ao lado de Jake. É claro que não era culpa dele que sua avó tinha um coágulo no sangue, mas ainda assim. Uma semana depois, sua avó o chamou e lhe deu um ultimato. Traga Kacey para vê-la antes de morrer - suas palavras, não dele - e tudo seria perdoado. Ela foi tão insistente para que Kacey voltasse para casa durante o fim de semana do Labor Day1 que Jake não conseguiu dizer não. Ele só passou a perceber que um fotógrafo do Times de Seattle estaria visitando a família em Portland também. Ele prometeu tirar algumas fotos dos dois juntos para seu plano, bem como algumas fotos do diamante gigante no dedo de Kacey. Jake sorriu. Às vezes ele era tão brilhante que se assustava. O que poderia dar errado? Ele era o próximo da lista para ser CEO da Titus Enterprises. Valeria a pena, e uma vez que ele limpasse sua imagem, sua avó não só o apoiaria, mas também daria ao Conselho o impulso extra que estavam precisando para fazer dele um dos CEOs mais jovens do mundo. Kacey entenderia. Ela era apenas esse tipo de garota. Tudo o que ele precisava fazer era explicar logicamente por que ele estava fazendo isso. Afinal de contas, não só o ajudaria nos negócios ser visto com ela, mas ele estava praticamente investindo no futuro dela. De qualquer forma, ela deveria agradecer-lhe! Seu celular tocou e ele olhou para o relógio. Jake balançou a cabeça. Ele passou muito tempo convencendo a garota linda para ser sua noiva. Agora, ele teria que ficar no escritório mais do que o necessário. Com um encolher de ombros, ele caminhou até seu Range Rover e pulou dentro. Finalmente, ele poderia parar de se estressar com sua avó e o Conselho. 1 Dia do trabalho. –Sinto muito. Você poderia, por favor, repetir o que disse? Parece que você disse que estava noiva. – Char sentou em frente à Kacey em seu restaurante favorito em Belltown. – Sim. – Kacey tomou um gole de vinho, embora estivesse brevemente contemplado a possibilidade de tomar a garrafa inteira. – Foi isso o que eu disse. – Com Jake? – Sim. – Jake Titus? – Char esclareceu, tomando um gole saudável de seu vinho. – Ele mesmo. – Porque Kacey não poderia parar de tremer? Ia ser um fim de semana. Ela poderia fazer isso por um fim de semana. Nossa, não era como se tivesse que fazer alguma coisa, apenas fingir estar apaixonada e atraída por ele, e animada, e... Então, basicamente, ela não estava indo agir. Ela só tinha que ter certeza de que seu coração não se quebrasse em zilhões de pedaços pelo próprio bilionário. – Eu não posso fazer isso. – Claro que você não pode fazer isso – Char repetiu, sua voz subiu algumas oitavas. –Você tem alguma ideia do que esse homem fez com você na faculdade? As memórias estão ainda confusas? Porque eu tenho certeza que ele dormiu com você e, em seguida, fingiu que não aconteceu. – Eu sei. – A voz de Kacey estava trêmula. – Mas, em sua defesa, eu nunca tentei falar com ele ou... – Não defenda o diabo, Kace. Sério. Vocês eram melhores amigos a vida inteira! Lembra-se? Eu era substituta. Eu vi o seu drama em disfarçar esse amor muito bem e, em seguida, ser atropelada por um caminhão naquela noite. Não faça isso. Kacey sabia que o que Char estava dizendo fazia sentido, mas ... – Eu já lhe disse faria isso. – Então, saia disso! Kacey balançou a cabeça e disse em voz baixa: – Eu não posso. Os olhos de Char estreitaram. Ela levou três respirações profundas, em seguida, acenou para a garçonete. – Sim? – perguntou a garçonete. – Nós vamos precisar de tequila. – Char, este não é o momento de tequila – Kacey protestou. – Sério? Você acabou de ser contratada pelo mais famoso bacharel de Seattle, a fim de jogar bonito e fazer-lhe um favor. Novamente, Anexo A: ELE DEIXOU VOCÊ! – Mantenha sua voz baixa! – Kacey silenciou a amiga e ofereceu sorrisos apologéticos para as pessoas que estavam olhando para elas em sua mesa. – É só durante o fim de semana. – Além disso, Char não tinha idéia de que Kacey ainda estava com tantas dívidas da faculdade. Ela tinha encoberto os olhos de todos sobre sua formatura alegando que ela era apenas uma aula curta, e não sete. – Certo. – Char bufou. – Se eu conheço Jake, e eu acho que conheço, isso não é apenas para o fim de semana. Ele tem algo na manga. Quanto mais bonitos eles são, mais manipuladores. Acredite em mim. A tequila foi colocada sobre a mesa, e Char levou um tiro antes de dizer mais. – Além disso, só porque você concordou com esta farsa de um compromisso, ele vai ficar pensando que ele pode colocar as mãos por todo o seu corpo quente. Kacey revirou os olhos. – Ele anda com modelos e, aparentemente, strippers. Olhe para mim, Char. Pareço uma? Eu não sou uma prostituta. Eu não vou deixar ele se aproveitar de mim. Char resmungou. – Humpf! Não deixei ninguém tirar vantagem de você desde aquela noite e você sabe disso. Você ainda está presa a ele e levou uma eternidade na faculdade para superar isso! E agora você estará de volta à estaca zero. Ignorando Char da sua óbvia incapacidade para prender um homem, Kacey desviou os olhos e bufou. Seus dedos tocaram a borda da garrafa de tequila, e pensou em Jake quebrando o próprio acordo. – Que diabos eu estou fazendo? – Agora que ela diz isso. – Char balançou a cabeça e tomou outro shot de tequila. – Quero dizer... – Kacey olhou para suas mãos. – Eu terei que ficar a sós com ele por mais de três dias, e mesmo assim eu terei que mentir para toda a sua família! – E vamos ser honestas – Char interrompeu, ela falava um pouco mais alto do que o normal. – Você é a pior mentirosa do planeta. – Não sou. – Travis, irmão de Jake era. Mas Kacey recusou-se a pensar sobre Travis. A última vez que o viu, ele gritou com ela por atropelar sua caixa de correio durante as férias de Natal. Ela chorou, gritou mais um pouco, e depois se recusou a falar com ele o resto do tempo que ela estava visitando. Isso foi há três anos atrás. – Você é! – Char enfiou o dedo bem cuidado sobre a mesa. – Lembra-se que uma vez que tentou fugir de casa e ir para a festa de aniversário de Jake na escola? – Não, – Kacey mentiu, tentando desesperadamente engolir o caroço gigante de culpa em sua garganta. – Sério? De todas às vezes durante o dia de hoje que você poderia dizer não, você escolhe agora? Sério? O que aconteceu com você quando estava falando com Jake? Ou quando ele lhe fez a proposta, por que você... – Totalmente diferente e você sabe disso. Além disso, eu gostaria de salientar que eu não contei a minha mãe uma terrível mentira. Se o cão parou de latir, então... Char jogou a cabeça para trás e riu. – Não vamos culpar o cão. Mesmo que o cão tenha parado de latir, você usou isso como uma desculpa para admitir tudo para sua mãe. E depois me disse que era um sinal de Deus que estava pecando. Kacey desviou o olhar. Só porque sua amiga estava totalmente certa não significava que ela tinha que realmente reconhecer o fato. Então o quê? Sim, ela era um pouco como uma puritana, mas há um tempo, a única vez que ela decidiu deixar sua vida ir, ela foi até ele... Ela estava com parafusos faltando. Em mais de um sentido. Kacey deixou escapar um grande suspiro e acenou para Char a tomar outra dose. –Independentemente disso, eu disse que sim, e você sabe como eu sou com meus compromissos. Char suspirou. – Você é mais leal do que o meu cachorro, e ele é cego, ou seja, ele depende de mim para tudo, inclusive quando e onde fazer xixi. – Seu incentivo é surpreendente. – Kacey sorriu docemente e tomou sua dose com um grande gole de água. Ela precisava de uma cabeça clara se fosse planejar adequadamente como o fim de semana aconteceria. Uma coisa era certa. Jake não podia tocá-la, ele não poderia colocar uma de suas mãos sobre ela. Se ele fizesse, ela não tinha certeza se seria capaz de dizer não. – ...E outra coisa... Oh Deus! Char ainda estava falando sobre seu maldito cachorro? – Se você deixar ele te tocar ou beijar você... – Ela bateu com o punho na mesa, os olhos ligeiramente vidrados a partir da tequila. – Se uma das suas mãos bem cuidadas, mesmo roçar em toda a sua carne nua, eu vou castrá-lo. Kacey franziu os lábios e balançou a cabeça. – Obrigado, Char. Eu não sei o que eu faria sem você. – Nem eu... – Char soluçou e Kacey fez sinal concordando. Verdadeiramente, não é todo dia que um amigo fica perdido em seu nome. Mas Kacey sabia muito mais. Char era o tipo de amiga verdadeira. Quando Kacey chorou, Char chorou. Quando Kacey ameaçou matar Jake, Char se ofereceu para pagar um assassino, e quando Kacey finalmente seguiu em frente e só mencionou Jake como o homem que não devia ser nomeado, Char foi em frente e o apelidaram de bastardo. De qualquer maneira, Char estava apenas tentando ajudar, embora seus métodos fossem um pouco extremos. Kacey pagou a conta com um cheque e ajudou sua amiga ir para fora, o tempo todo imaginando como ia passar a próxima semana sem morrer. CAPITULO 3 – Você está maluco? – Travis gritou. – Você foi chantageado e depois contratou Kacey? A mesma Kacey com que você costumava tomar banhos? Essa Kacey? Jake não estava com vontade de defender-se de seu irmão. Sério, por que isso era uma grande coisa? Então, ele tinha pedido “um favor”. – Desculpe cara, eu tenho um monte de trabalho esta noite. Podemos fazer isso depois? Travis ficou em silêncio por um tempo, o que realmente não era um bom sinal. Isso significava que ele estava pensando, o que significava que ele, provavelmente, ia ter uma dor de cabeça e depois culpar Jake na parte da manhã. Ele e Travis não tinham se falado muito nos últimos anos. Isto é, até sua avó começar a se intrometer em suas vidas no ano passado. Pobre Travis tinha sido deixado de fora a maior parte do tempo, mas seu número estava quase lá. Travis, era dos dois irmãos dafamília, o protetor, aquele que sempre cumpria as regras. Enquanto que Jake e Kacey iriam detonar fogos de artifício às 2:00 da manhã, Travis sempre se comportou. Ele nunca gostou de ver Jake em apuros, ou Kacey. É por isso que, quando Jake fez uma asneira tão horrível na faculdade com sua melhor amiga, Travis tinha jurado que nunca iria perdoá-lo por ser tão burro com uma menina, que parecia ter tudo. Embora Jake não dissesse a Travis as verdadeiras razões de porque tinham se desentendido, ele assumiu que seu irmão provavelmente concluiria o pior. Se Jake não tivesse tanta certeza dos sentimentos de Travis em relação à Kacey, ele teria pensado que seu irmão mais velho tinha algo como uma queda por ela. Mas isso era impossível. De qualquer maneira, Travis torturou Kacey mais do que Jake fez, o que realmente queria dizer muito sobre isso, porque ele tinha puxado o seu quinhão de brincadeiras quando ele era pequeno. Travis, no entanto, levou o bolo. Um dia não pode mais ficar puxando o cabelo de Kacey, atirando pedras, ou iniciar um clube ‘meninas são feias e estúpidas’, e depois eleger Kacey como sua mascote. O silêncio sobre a outra extremidade do telefone quebrou. – Eu apenas não estou certo de que essa é a melhor ideia, cara. Quero dizer, essa é a menina que viu você nu antes de bater a puberdade. Mamãe vai saber que algo está acontecendo. – Não. – Jake amaldiçoou e passou os dedos pelo cabelo. – Ela não vai saber porque não vamos ser os únicos a dizer a ela, vamos, Travis? – Você percebe que, de todos em nossa família, eu sou o pior mentiroso? – perguntou Travis. – Não, não, você não é. Kacey é... – Oh, bem, nesse caso... – Travis amaldiçoou do outro lado da linha. – Isso não importa. Isso significa muito para Kacey neste momento. Além disso, você realmente quer ver a vovó morrer? – Hum, ela vai fazer mais do que morrer se ela descobrir que você está mentindo. Dez dólares que ela diz que tem um acidente vascular cerebral, em seguida, pede a Deus para deixá-la voltar para matá-lo sozinha. Confie em mim, se alguém tem algo com Deus, é a vovó. Nossa, ele provavelmente iria ajudá-la a planejar sua morte... – Acabou? Eu não estava brincando sobre o trabalho. Se é suposto eu estar em Portland até sexta-feira, eu tenho que terminar toda essa papelada. Travis suspirou do outro lado novamente, provavelmente xingando Jake para o inferno por fazê-lo jurar sua lealdade e silêncio. – Tudo bem, mas quando isto explodir em seu rosto, e vai, eu vou fingir ignorância. Jake bufou. – Confie em mim, ninguém vai acreditar que você era parte de um plano tão brilhante. – Certo, bem, boa sorte. Você vai precisar dela. – A linha ficou muda, deixando Jake sozinho com seus pensamentos. Talvez fosse melhor não dizer a Kacey que seu inimigo de infância estaria presente no retiro de fim de semana com sua família. Afinal de contas, se ela soubesse que Satanás (palavras dela, não dele) iria fazer uma aparição, ela voltava no mesmo minuto. O computador cantarolava em cima da mesa bagunçada. Ele estava sozinho em seu escritório com um monte de papelada. Papelada que ele não estava muito inclinado a terminar uma vez que viu Kacey naquele dia. Quando ela tinha crescido tanto? E preenchido tantas curvas? Ele soltou um gemido. Talvez ele estivesse apenas exausto. Ele tinha muitas outras mulheres batendo em sua porta. Muitas mulheres, mas uma única lhe escapou. Mas que diabos? Será que ele realmente achava que ele a deixou ir embora? Ele balançou a cabeça. Não importava mais. Era melhor assim. Ele sabia que depois do que aconteceu, não era bom para ela, que ela sempre estaria olhando para ele como algo que não era. Kacey sempre tivera expectativas tão altas. Ele era um cara, e desde que ela não tinha irmãos, ele pensava que isso era algo do tipo herói. Até que ela deu a ele o olhar. Ele foi feito para isso. O momento único em sua vida que ele tinha arruinado completamente sua melhor amiga foi à mesma noite em que ele perdeu a única garota que jamais poderia ter visto com outro. Ele xingou e empurrou os papéis para fora de sua mesa. Ele teria matado seu espírito. Ela teria morrido lentamente ao lado dele, e ele teria se ressentido. Eles teriam magoado um ao outro por não serem o que cada um deles necessitava. Então, por que, em todo o seu esplendor, ele decidiu pedir um favor dela? Ele poderia facilmente ter levado Kacey para a casa da avó, sem esta farsa de compromisso. Claro, os pais dele não teriam sido tão felizes, mas ainda estariam bem. Talvez ele estivesse inconscientemente tentando corrigir um erro. Estar com ela só poderia aumentar sua simpatia, mas ele poderia ter pago alguém para passar o fim de semana com ele. Inferno, ele provavelmente não teria mesmo que pagar. A papelada de Jake olhou para ele. Ele deixou-a na mesa e apagou as luzes, fechando seu escritório andou em direção aos elevadores. – Por que eu a chamei? – Jake esfregou a parte de trás do pescoço. Ele apertou o botão para o lobby e suspirou, respondendo à sua própria pergunta. –Porque ela é a única por quem minha família acreditaria que estivesse loucamente e profundamente apaixonado. – Pronto! – Kacey abriu a porta de seu apartamento, vestindo uma calça apertada de elastano, uma camiseta gigante que caiu muito bem por cima do ombro, e um coque bagunçado. Pior pesadelo de qualquer homem. Uma garota que realmente se parece bem, sem nem tentar. – E não se preocupe, eu realmente tenho pouca bagagem! – Ela deu um sorriso brilhante e pegou dois pequenos sacos. Jake balançou sua aprovação. – Devo dizer que estou impressionado. Kacey fez uma pequena reverência. – Eu vivo para a sua aprovação. –Como você deve. – Jake riu. –Agora, traga as minhas coisas para o carro, escravo. Eu sou sua noiva cansada, então o apaixonado deve começar. –Apaixonado? –Sim.– Ela puxou a porta e trancou-a. –Você sabe, tem que me tratar como se realmente me achasse atraente, sexy, a melhor coisa para pular em sua cama desde que... Kacey congelou no meio da frase, um olhar de puro horror cruzando seu rosto. Jake não sabia o que fazer, não tinha certeza se deveria abraçá-la, ignorá-la, ou apenas pedir desculpas por ser um completo idiota sobre tudo o que aconteceu entre eles. –Hum, Kace... –Então, nós devemos começar!– Ela bateu-lhe no ombro e correu na frente dele, deixando-o a tediosa tarefa de levar sua bagagem por três lances de escadas. Honestamente era como uma punição por seus muitos pecados. Realmente, ele preferia ser esfaqueado a ter que ver aquele olhar de dor nos olhos de Kacey. Era como se alguém tivesse acabado de lhe dizer que a Disneylandia não era real. No momento em que ele chegou ao carro, Kacey já estava esperando ao lado dele. –Bonito carro. –Eu, uh...–Por que, de repente, estava se sentindo desconfortável com seu sucesso? –É bom, eu acho. Ele abriu a porta do novo SUV e a ajudou a entrar. Todos os indícios de que estava perturbada deixaram seu rosto. Kacey já estava tagarelando sobre o quanto ela gostava de SUVs e por que ele tinha feito uma boa escolha, mas tudo o que podia realmente se concentrar era em seus lábios e em como eles se moviam, rápido e, de repente, eroticamente lento. –Você conseguiu seus lábios cirurgicamente ou algo assim?– Jake interrompeu. À medida que as palavras saíram de sua boca, ele seriamente queria voltar no tempo para que pudesse se bater. –Meus lábios? Feitos? – Kacey riu. – Não, Jake, você está apenas confuso porque você namora tantas mulheres que tem lábios falsos, seios e quadris que você esquece como uma mulher de verdade se parece. Com a garganta subitamente seca, Jake se virou. –Certo, bem. Ok. Idiota,idiota, idiota. – Então, tem certeza de que pode lidar com o vôo de 45 minutos? Jake pensou ter ouvido Kacey murmurar "bastardo" baixinho, mas não podia ter certeza. –Eu quero que você saiba que eu voei muito desde o pequeno incidente.– Ela cruzou os braços sobre o peito. –Eu acredito que você está se referindo ao tempo em que salvei a vida de um homem velho? –Salvou sua vida?– Jake soltou uma gargalhada. –Kace, você quase o matou! Ele tinha um coração fraco, e você continuou a bater- lhe no peito por causa da turbulência. Você parecia uma louca tentando fazer a massagem! Estou surpreso que ele não lhe processou! –Ele me agradeceu.– Kacey ergueu o queixo e olhou para fora da janela. –Hum, ele não fez nada do tipo. Ele me agradeceu, e não a você. E a única razão pela qual ele disse "obrigado" foi porque eu coloquei Benadryl no seu refrigerante para que parasse de espalhar pânico a todos. – Eu sabia que não poderia estar tão cansada! – Kacey quase gritou. Ao olhar condescendente de Jake ela trancou seus olhos na estrada na frente deles e murmurou: –Eu cresci desde a última vez que me viu. Para a sua informação, Jake. Oh ele sabia, tudo bem ele não estava disposto a admiti-lo - ou qualquer outra coisa. A garota tinha feito uma enorme evolução recentemente. –Enfim...– Kacey bufou. –Eu não tenho medo de voar mais. –Jura? –Juro. - Ela cruzou os braços sobre o coração e piscou. Kacey agarrou o assento com tanta força que seus dedos estavam dormentes. O que diabos? Por que eles estavam demorando tanto se o avião está pronto? Sua testa estava tão pressionada contra a janela, que o vidro podia quebrar. –Então, não tem mais medo de voar, hmm?– A respiração de Jake fez cócegas em seu ouvido enquanto ele empurrou o seu corpo junto ao dela. – Mentirosa. – Sua voz profunda fez vibrar algo em seu estômago. Ela se recusou a virar e olhar para o seu rosto perfeitamente esculpido. Maldito. –Como sabemos que eles estão realmente fazendo seu trabalho? Quer dizer, se a verificação do avião é tão importante, por que eles estão todos sorrindo? A mão quente de Jake segurou-lhe o queixo com força, puxando-a para longe de sua tocaia. –As pessoas estão felizes, Kacey, e um trabalhador feliz é um bom trabalhador. Talvez eles estejam realmente animados sobre o trabalho. – Ou sobre a nossa morte... – Kacey murmurou para si mesma. Sério! Seus olhos percorreram o resto dos passageiros. Todos eles lendo ou conversando. Por que eles não estavam à procura? Quero dizer, como um americano, é seu trabalho - ou melhor, o seu dever - olhar para os personagens suspeitos. Seus olhos corriam ao redor do pequeno avião, pousando finalmente em um grande homem que parecia estar falando em sua jaqueta. –Inferno Santo. –Kacey agarrou a mão de Jake. –Aquele homem está falando em sua jaqueta. Sabe o que isso significa? –Ele é louco?– Jake perguntou. –Como minha noiva falsa? Sério, Kace, se você não pode se acalmar eu vou lhe drogar de novo, e não vai ser Benadryl... –Tudo bem, – Kacey se inclinou para trás e tentou relaxar, mas no minuto em que ela fechou os olhos, ela lembrou que ainda estava segurando a mão de Jake, e ele estava segurando a dela de volta. Oh merda. Era como no 6º ano, na noite de skate, de novo. Só que pior, porque desta vez a canção não terminou. Eram quarenta e cinco minutos de viagem de avião, e ela começou a coisa toda segurando a mão dele. O que ele poderia pensar dela? O polegar de Jake esfregou em seus dedos delicadamente. Outro tremor involuntário percorreu-lhe a espinha. Não é real, Kacey. Basta lembrar que não é real. Ele realmente não gosta de você dessa maneira. Faz isso pela avó! O avião começou a taxiar e a pressão da mão de Jake aumentou, assim apertou ainda mais a mão dele. Se o homem tivesse qualquer sentimento debaixo de seu peito, ela ficaria chocada. –Kacey?– Ele sussurrou perigosamente, perto de seu rosto. –Hmm?– Ela se recusou a abrir os olhos. –Vamos curtir. –O quê!– Os olhos de Kacey se abriram para ver o sorriso zombeteiro no rosto de Jake. –Você não pode estar falando sério. –Eu estou falando sério. Da maneira que eu vejo, nós precisamos ter uma química antes de chegarmos a Portland. Além disso, se você continuar assim, eles terão que serrar meu braço por causa da perda de sangue. Então, realmente, você estará me fazendo um favor deixando meu braço no lugar. Os olhos de Kacey piscaram. – Continuará sendo bom olhar para você. –Uau, boa mudança de assunto. Obrigado, mas não era onde eu estava indo com isso. Kacey fechou os olhos novamente e amaldiçoou sua melhor amiga inteligente, que tinha avisado a ela que essas coisas aconteceriam. É claro que Jake tinha outra coisa na manga, ela só achou que não tentaria fazer isso em um avião. Não que isso soasse completamente horrível, nem nada. –Nós fizemos em LA, –– disse ainda segurando a mão dela. – Oh, seu pequeno mentiroso sujo! – Kacey riu e empurrou a mão dele. – Você fez comigo, e depois de um tempo eu participei. –Sua língua na minha garganta a cada minuto não estava participando? –Não, era um experimento. –Você percebe que explica tudo como se fosse uma desculpa, certo, Kacey? Que tal isso? Eu te desafio. Kacey bufou. –Para fazer o quê? –Finja que estamos no ensino médio. –Eu não curto. Jake riu, suas covinhas dançando em seu rosto. – Nem eu, querida. Nem eu. Seus lábios esmagaram os dela com tanta força que ela só poderia ceder e permitir que ele a empurrasse, de volta, para seu assento. Quente e com fome, com a cabeça inclinada até ela com uma necessidade inebriante. Tudo era a mesma coisa. Desde o gosto de seus lábios como a pressão de sua língua, quando tocou a sua. E então, quando ela estava se preparando para esfregar as mãos por seu cabelo, e tinha tomado a decisão de permitir que sua língua se desse ao luxo de encostar na dele, ele puxou de volta. –Veja. – Ele afagou-lhe a mão. –Você não se sente melhor agora? –Eu tive melhor.– Ela encolheu os ombros e fechou os olhos, fingindo dormir, sabendo que seria um tiro no escuro, se ele acreditasse que ela era capaz de dormir, voando em um instrumento da morte através do céu. –Eu sei que você não está dormindo. – O timbre profundo de Jake provocou um nervo dentro dela, fazendo com que arrepios surgissem em torno de seus braços. –Deixe-me sozinha, prostituto. Estou tentando esquecer o homem assustador falando com seu terno, a maneira muito alegre do verificador de pessoas, e o fato de que estou indo voluntariamente na cova dos leões com um homem que paga por strippers. Acho que mereço algum olho fechado, não é? O silêncio se seguiu, fazendo Kacey achar que tinha ganho... até que ela sentiu Jake escovar a mão sobre o braço dela. – Por que dormir quando poderíamos conversar? –Sim, –– Kacey disse forçando os olhos para ficar fechado. Eu não vou olhar em seus olhos hipnóticos. Eu não vou olhar em seus olhos hipnóticos. – Vamos falar sobre o fato de que você está me manipulando, assim como me pedindo para convencer toda a sua família que eu amo você. Como se isso fosse possível. E sério, como é que eles vão cair nessa? Você não vai para casa, sempre? Como é que eles não vão suspeitar de você simplesmente aparecer lá comigo? Jake pigarreou. – Não é verdade. Diga, você precisa de algo para beber? Água? Scotch? Hmm, mudança deliberada de assunto. Que diabos estava escondido sob a manga de Jake? –Jake?– Kacey usou sua voz doce. –O que faz você pensar que eles vão acreditar? Realmente, eu acho que mereço saber. Kacey abriu os olhos para ver Jake olhando para frente, sem movimentos, apenas olhando. Honestamente, ela perguntou se ele estava respirando, eleparecia tão tenso. A aeromoça apareceu a tempo para Jake pedir uma bebida. Ele bebeu duas doses de uísque, mas continuou olhando para frente, e o avião ainda não tinha decolado. –Jake? –Merda...– Ele olhou para o chão. –Eles não sabem... sobre nós. –O que você quer dizer?– Kacey estava realmente preocupada que ele estivesse bêbado neste momento. O que diabos ele estava falando? Jake amaldiçoou novamente. – Kace, eles não sabem que tivemos um pouco de desentendimento. Ok? –Tudo bem?– Kacey repetiu uma maldição através de sua respiração. -Então me diga, o que eles sabem? Jake exalou. –Tudo o que sei é que nós ficamos um tempo separados, mas ainda conseguimos ficar em contato ao longo dos últimos anos de escola, certo? É possível que eu já os levei a supor que ainda via você uma vez por semana. Eu os atualizava sobre a sua vida e o trabalho no café, e é basicamente isso. Kacey riu. –Mas como eles sabem disso? Quero dizer, você nem sequer sa... Jake deu a ela um olhar de culpa e mexia com as mãos. –Jake? Como eles sabem de tudo isso? Vovó Nadine sempre jurou que não iria atualizar a família sobre a vida de Kacey. Era inconcebível que ela iria quebrar essa promessa. –Eu disse a eles, certo?–Jake quase gritou. –Nossa, Kace, pare com o terceiro grau, ok? Então o quê? Eu mantive o controle sobre você. Eu sei tudo sobre você. Basta deixá-lo. Eles teriam me matado se soubessem que eu ferrei tudo com... –Sua melhor amiga, –Kacey terminou. Jake se recusou a fazer contato com os olhos dela, apenas continuou a olhar para frente. Ele não disse nada, não que isso fosse surpreendente. Ele era bom nisso. Não dizer nada, quando ela precisava dele para dizer alguma coisa - qualquer coisa para fazê-la se sentir melhor. – Este é o seu capitão, estamos prontos para a decolagem, por isso, sentem-se e relaxem, vamos pousar em Portland em uma hora. CAPITULO 4 Ele era um bastardo podre. O fotógrafo que ele havia contratado para espioná-los tinha feito alguns cliques antes de voltar. Não deveria ter sido assim tão fácil fazer que Kacey o beijasse, e agora ele se sentia como o maior bundão do planeta. Mas eles tiveram que parecer que estavam apaixonados! Tinha que parecer sério! Mãos dadas não eram o suficiente. Então ele entrou nessa para morrer. E, em seguida, abriu a boca grande e gorda novamente. Que diabos ele estava pensando? Sua história passada criou um abismo gigante entre eles, um que ele não tinha certeza se poderia resolver. O silêncio iria matá-lo. Ele precisava pensar rápido, mas as únicas palavras que pareciam vir à mente eram “Me desculpe, eu sou um idiota”.” Todos os homens deveriam morrer.”- E a verdade era que isso parecia que ele era traidor da população masculina como um todo. Além disso, Kacey teve muitas oportunidades de falar com ele também. O telefone funciona em ambos os sentidos. Então, e se ele mantivesse o controle sobre ela? Não era como se ela não tivesse mantido o controle sobre ele. Ele sorriu e deu-lhe um olhar frio. -Diga-me que você não fez exatamente a mesma coisa comigo, e eu vou deixar você voar de volta para Seattle.- Kacey balançou a cabeça e olhou para suas mãos. -O quê?- Ele cutucou. -Não responde? Ela balançou a cabeça mais uma vez e enviou-lhe um olhar fervendo. -Maldito seja, Jake Titus. Amaldiçoo o seu carro de luxo, seu apartamento, e seu cachorrinho! -Hum, Kace, se você for incluir todas as minhas posses em seu pequeno feitiço para fazer você se sentir melhor e tudo, bem, talvez você deva incluir o meu iate, três casas de verão, vinte e sete carros, e um peixinho dourado Sid.- Ele deu uma piscada presunçosa e cruzou os braços sobre o peito. -Que di... A mulher estava tentando matá-lo! Kacey beliscou a parte inferior de seu braço com tanta força que pensou que ele ia perder a visão no olho esquerdo. -Não!- Kacey torceu a carne e liberou. Sim, uma contusão desagradável iria, definivamente, aparecer em breve. -Não jogue seu dinheiro na minha cara assim. Não é educado, não é legal, e eu me lembro de você antes de você ter tudo isso!- Jake balançou a cabeça. -Kace, eu sempre tive dinheiro. O avião começou a taxiar e Kacey pegou sua mão. -Não tanto dinheiro quanto você tem agora. Admita. Eu já o conhecia quando você tinha espinhas. Ele sentiu seu rosto queimar carmesim. -Eu nunca tive espinhas. -Não minta, Jake. Também me lembro de quando você costumava sonhar em possuir uma fazenda de galinhas. -Eu tinha sete anos! -Você era adorável.- Ela sorriu estendendo a mão livre e batendo na cabeça dele, ainda mantendo a outra mão na sua. Ele não tinha certeza se ela sabia que ela estava apertando tão forte, mas era óbvio que o medo dela ainda estava ridiculamente fora de controle. -Além disso...- Sua boca deliciosa explodiu em um sorriso. -Eu fui o seu primeiro beijo. Jake fechou os olhos contra o ataque de memórias que a admissão dela criou. -Ok, sim, então eu fui o seu primeiro beijo... -Antes de todas as strippers. -Mantenha sua voz baixa, Kace. - Ele a fez calar. -Antes que você soubesse o que era beijo francês.- Ela riu. -Kacey, Kacey, o que eu faço com a minha língua?- ela zombou. -Divertido. -Ele se mexeu na cadeira e estalou o pescoço. -Era para ser engraçado?- Ela continuou zombando dele e começou a rir. CAPITULO 5 A mulher era obviamente louca e procurando por problemas. Quem joga algo assim na cara de alguém? Claro, ele não sabia o que fazer com a língua! Ele tinha doze anos! Qualquer homem ficaria perturbado, especialmente com Kacey como a parceira do beijo! Foram suas tranças. Senhor, mas ela tinha as tranças mais longas que qualquer menininha que ele tinha visto. Naturalmente, ele puxou-as sempre que a oportunidade se apresentou e, em seguida, em um ato de desespero, atirou pedras contra ela quando ela não procurou mais por ele. Obviamente com necessidade de atenção, ele foi para um beijo e ficou agradavelmente surpreso quando sua boca se abriu em um grito para ele parar, e sua língua escorregou para dentro. Ele gostava de pensar que era puramente instintivo, mas Kacey arruinou aquele pensamento no momento em que ela começou zombar dele. Como se ela pudesse apontar o dedo, a menina foi literalmente cortando toda a circulação do braço esquerdo. -Kacey, você acha que você pode fazer isso?- ele perguntou, tentando arrancar o aperto de morte longe do seu braço. Ele ainda segurava a outra mão e sabia que seria estúpido soltá-la. Principalmente, porque segurando a mão dela se sentia bem. E ele não estava mentindo sobre ela ter mãos bonitas. Ele seria um tolo por deixá-la ir. Novamente. Porra, ele precisava transar. No ritmo que estava indo eles iriam se casar até o final do fim de semana. O Jake sentimental precisava levar um soco no rosto. -Quarenta e cinco minutos, -Kacey gritava. -Apenas 45 minutos!- Risadas maníacas vieram de seus lábios. -Quero dizer, eu posso fazer qualquer coisa, por 45 minutos, certo? Certo? Aparentemente não era uma pergunta retórica. -Errr..., certo. Tenho certeza que você pode lidar com isso, Kace. -Se ele pedir uma bebida eu vou me acalmar.- Ela assentiu com a cabeça quando o avião começou a decolar. Dizendo adeus não apenas a sua sanidade, mas a todo o sangue que Kacey estava drenando de seu braço, Jake estremeceu e tentou reunir o absurdo que ela estava jorrando desta vez. -Se quem pedir uma bebida? -O cara falando dentro da jaqueta. Se ele pedir uma bebida, ele não é um terrorista, e se ele não o fizer, você tem que salvar o avião, se ele cair. -Há muitas coisas erradas com essa frase. Primeiro, como o consumo de álcool prova alguma coisa? Em segundo lugar, porque eu teria que salvar o avião? Kacey revirou os olhos, finalmente abandonando o aperto em seubraço. Graças a Deus. -Pelo o que eu vejo, ele vai querer a cabeça limpa se ele tiver que mostrar uma arma por aí.- Oh ótimo, Kacey não tinha dito apenas ‘terrorista’ em um avião, mas a palavra ‘arma’. Porcaria. Se houvesse marechais do ar no avião, ele estaria jogando-a abaixo. Sem hesitação. -E quanto a mim, tenho que salvar todos?- Jake rezou para a aeromoça se apressar com o serviço de bebidas. No ritmo que estava indo, ele estaria totalmente perdido no momento em que pousassem. Kacey deu-lhe um olhar de pura estupidez. -Você é um cara. É o que vocês fazem. -Salvar completos estranhos?- Ele acenou para a aeromoça. Sério, por que diabos ela estava levando tanto tempo? -Sim, bem, não. Quero dizer...- Kacey soltou o braço completamente. -...É o que você faz. Você conserta as coisas. -Nem todas as coisas.- A frase ficou no ar fazendo Jake se sentir mais tenso, se isso fosse possível. Depois de alguns minutos de silêncio, em que Jake contemplou se assumisse o avião ele mesmo faria Kacey falar mais uma vez, a comissária de bordo trouxe o carrinho pelo corredor. -O que vocês dois gostariam?- Ela entregou guardanapos a Jake e deu a cada um deles um pacote de pretzels. Kacey abriu a boca para falar, mas Jake colocou a mão sobre ela antes que ela tivesse uma palavra dita. -Gostaríamos de duas mini garrafas de vodka.- Kacey mordeu sua mão. -Traga quatro, obrigado.-Kacey revirou os olhos depois que ele colocou o copo de gelo na frente dela e serviu-lhe as duas garrafas. -Beba isso. -Eu não preciso de álcool. Eu estou bem! -Fala a garota que só acusou um sacerdote de ser um terrorista.- Jake apontou para o homem que ela tinha acabado de acusar. Casaco agora removido, um colarinho clerical muito visível apareceu, mostrando sua profissão. Kacey amaldiçoou. -Ei, agora!- Jake deu uma cotovelada nela. -Estamos na presença de Deus. Agora beba. -Você percebe que você usou Deus e beber na mesma frase, certo?- Kacey resmungou, jogando para trás o líquido claro. -Macacos me mordam! Que tem gosto de me... -Mel!- Jake interrompeu com uma risada e tosse. O clérigo virou- se e deu-lhes um olhar peculiar antes de voltar o olhar para sua revista. -Eu acho que não acredito mais em você. - Jake bebeu a vodka tão rápido quanto humanamente possível. -O que você quer dizer?- Kacey resmungou. -Você não pode fazer nada por 45 minutos. Já são dez e eu estou pronto para pular fora dessa coisa. -Basta estar grato que você não é realmente meu noivo.- Kacey piscou e colocou a cabeça para trás contra o assento. -Oh, acredite em mim, eu sou. - O tom de Jake era um pouco desagradável, mas era a única maneira de manter as ideias fora da cabeça dela. Ele precisava ficar tão longe de Kacey quanto possível, e a única maneira que ele poderia fazer isso era sendo um completo idiota. Pelo menos, o seu coração não estaria em perigo de se perder, pela segunda vez, e ele poderia manter o dela intacto. CAPITULO 6 -Mentiroso, -Kacey murmurou uma hora e meia mais tarde. -Desculpe-me?- Jake olhou por cima de seu laptop e a olhou. O idiota tinha gastado todo o vôo usando o Wi-Fi no avião, enviando e- mails comerciais como se estivessem saindo de moda. Enquanto isso, Kacey estava verificando cada personagem sombrio no avião e estudando o diagrama na frente dela apenas no caso de ela ter que fazer uma rota de fuga. Bem, a piada seria com Jake quando o avião caisse. Ela sabia pelo menos sete maneiras diferentes de sair do avião, bem como a maneira mais rápida para chegar a qualquer porta, enquanto ele provavelmente salvava seu laptop e todas as outras posses mundanas que possuía. Talvez ela tivesse fandasiado sobre ele demais em sua mente? Como um amigo que tinha sido legal. E sim, todos os outros beijos eram sem graça em comparação com o dele. Mas se as coisas fossem diferentes, se tivessem ficado amigos, ou até mesmo se casado, sua vida teria sido tão maravilhosa? Ou ela estaria voando com ele, observando, enquanto ele prestava mais atenção ao seu laptop do que para o fato de que ela estava tendo um grande ataque de pânico? -Quinze minutos, -murmurou para si mesma, esquecendo que ela tinha na verdade acusado Jake de mentir. -Primeiro você me acusa de mentir, e agora você está me dando uma contagem regressiva? Você está bem, Kace? -Tudo bem.- Ela cerrou os dentes ao vê-lo dar de ombros e olhar de volta para o seu computador. A tentação de esmagar o computador com suas mãos era forte, mas não iria conseguir nada além de estragar as unhas, o que ela tinha trabalhado duro para aperfeiçoar horas antes. Não que Jake notasse. -São só quinze minutos a mais, -ela cantou mais para si mesma do que para o idiota ao lado. -Além disso? Não é como se as coisas fossem ficar piores, né? Quero dizer, não é como se Travis fosse estar lá.- Kacey de repente se sentiu muito melhor. O irmão de Jake, Travis, tinha sido a ruína de sua existência. Enquanto Jake perseguiu e jogou com ela, Travis não lhe dava nenhuma atenção. Bem, isso não é inteiramente verdade. Quando ela era pequena, ele era implacável. E então ele parou de repente. Foi simplesmente como se ela não existisse. E ela não tinha certeza por que isso a incomodava tanto, mas ele sempre parecia estar irritado com ela quando ela era jovem. Kacey era a melhor amiga do seu irmãozinho. Ela poderia contar em uma mão o número de vezes que ele tinha realmente falado com ela, e toda vez que ela acabou chorando e fugindo, enquanto Travis continuava a provocá-la. Exteriormente estremecendo, Kacey conseguiu permanecer em silêncio o resto do vôo. Ele sabia que estava sendo rude, mas ele tinha negócios para terminar, e bem, Kacey precisava entender que algumas coisas eram mais importantes. Não era como se ele não se importava que ela estivesse ofegando ao lado dele, mas ele não podia simplesmente deixar tudo de lado com a intenção de atender a cada medo. Nossa, ele esteve atendendo a ela a noite toda, e ele tinha algumas coisas que precisava terminar. Porque ela parecia tão bem no que estava usando, estava levando três vezes mais tempo para terminar seus e-mails, sem contar como montar frases que faziam sentido para os seus colegas. Jake nunca tinha estado tão feliz em um avião ao pousar. Ele tirou o celular para enviar uma mensagem a sua mãe dizendo que tinha chegado. Seu telefone tocou imediatamente, olhou para baixo e sentiu o sangue drenar de seu rosto. -Merda. -O quê? O que houve? É a vovó? Oh meu Deus, Jake, eu tenho que vê-la. Ela está bem? - Kacey estava segurando o mesmo braço que ela tinha beliscado antes. Ele ia ter que fazer uma cirurgia plástica para remover as marcas dos dedos em seu braço. -Não, não é a vovó.- Querendo nada mais do que bater o telefone contra o banco ou esmagá-lo em sua mão, ele conseguiu dar um sorriso apertado. -Mamãe não pode nos pegar. Seu horário com a manicure atrasou e ela teve que correr para casa para servir o jantar, então outra pessoa vai nos levar. -Oh.- Kacey encolheu os ombros e pegou sua bolsa. Oh, Deus. Ele olhou para o céu e enviou uma oração. -Então, sim, hum, e meu pai está ajudando na mercearia e, provavelmente, vovó está dormindo, então um, Travis vem nos pegar. Kacey congelou. -Seu irmão, Travis?- As pessoas começaram a embaralhar no corredor. Talvez ele pudesse encontrar uma saída. Ou saltar do avião e quebrar alguma coisa para que ela sentisse pena dele. Ele olhou para o rosto dela, nem mesmo a sugestão de um sorriso. -Vamos lá, Kace, não é tão ruim assim. Travis é um homem crescido. Supere isso.- Oh nossa, isso foi sensível. Aparentemente Kacey também pensava assim. Suas narinas inflaram. Ela esbarrou nele, quase derrubando um homem velho de joelhos. Ótimo, talvez Kacey o processasse por agressão. -Desculpe,- Jake murmurou enquanto Kacey continuou a se mover em direçãoà saída. Felizmente não era um voo muito cheio, por isso ela foi capaz de fazer isso sem causar qualquer dano físico maior para os outros passageiros. Ele amaldiçoou e agarrou sua bagagem de mão, em seguida, a seguiu para fora. CAPITULO 7 Ela não podia acreditar! Mas que diabos? Travis teve que buscá- los? Jake não era rico o suficiente para conseguir um carro ou algo assim? Amaldiçoou sua família e sua proximidade. Sr. Titus não permitiria isso, até onde ela sabia. Tão certo quanto o dinheiro que eles tinham, eles com certeza lembravam de ‘Father Knows Best’. Rangendo os dentes, ela caminhou até a esteira de bagagens e encolheu-se quando ouviu a voz que ainda assombrava cada pesadelo. -Bem, bem, bem. Veja o que temos aqui.- A voz suave de Travis parecia retumbar em seu peito. Homem estúpido. Querido Deus, por favor, tenha misericórdia e que ele seja careca e gordo. Lentamente, ela se virou e encarou seu inimigo. Inferno. Teria sido demais pedir, pelo menos, que ele não tivesse crescido com seu nariz perfeito? -Kacey.- Ele acenou com a cabeça. -Satanás! -Seu cabelo está diferente. Kacey se encolheu. -Você cresceu com seu nariz. Jake aproximou-se e pôs-se entre eles. -Vocês podem pelo menos fingir jogar limpo? -Não, -disseram em uníssono. -Olha...- Jake olhou para o telefone. -Este é trabalho. Eu tenho que atender. Travis, você pode me deixar no escritório de Portland e em seguida, levar Kacey para casa? -Tenho certeza que mamãe vai ficar chateada se você não estiver em casa para o jantar. Não que eu esteja com medo de ficar sozinho com essa aqui.- Ele apontou para Kacey. -Mas a última vez que estivemos sozinhos no carro, ela quase me matou. -Não seja uma rainha do drama, -Kacey bufou. -Rainha do drama?- Travis levantou uma sobrancelha. -Havia um penhasco, neve, e eu tenho certeza que Benadryl estava envolvido. -Sempre está.- Jake balançou a cabeça. -De qualquer forma, ela está realmente ansiosa para vê-lo, e a vovó se recusa a tirar um cochilo até que ela ponha os olhos em você. Jake deu de ombros. -Eu não vou demorar. Agora vamos pegar nossas coisas, para que possamos ir. De repente, exausta, Kacey deixou de lutar. Ela resmungou bastardo sob sua respiração, realmente não se importando com quem se ofenderia, considerando que os dois irmãos Titus mereciam o título, e puxou sua bolsa por cima do ombro. Eles não tinham verificado nenhuma mala, então ela seguiu os homens para o carro que os esperavam. A limusine! Isso tinha mais a ver! Visões de água com gás e bancos de couro dançando em sua cabeça. Isto é, até Travis passar pela limusine e ir para o banco do motorista de uma caminhonete Ford tunada. Ela teria que se ancorar para cima, a fim de chegar até a porta. -Ei, Travis, você pode ajudar a Kacey? Eu tenho outro email que eu preciso responder muito rápido.- Sem sequer olhar em sua direção, Jake arrastou-se para a caminhonete e bateu a porta, deixando Kacey muito incomodada. -Nós somos tão apaixonados.- Kacey suspirou para si mesma enquanto Travis deu a volta na caminhonete para ajudá-la a entrar. Deus vivo, ele era ridiculamente lindo. Desde quando sua aparência superou a de seu irmão? Sem dúvida, ele era o solteiro mais cobiçado em Portland. Com seu cabelo castanho dourado encaracolado e olhos castanhos, ele parecia perigoso e taciturno. Sem mencionar a forma como o seu cabelo caia sobre a testa ou os bíceps que inchavam sua camisa. Tenho. Que. Parar. De. Olhar. -Kace?- Travis inclinou-se, sua respiração quente no pescoço dela. Que diabos ele estava fazendo? -Não se mova, Kace. Não se mova? Que tal parar de respirar? Ela não podia pensar, não podia responder conforme Travis chegava e pegou alguma coisa nas suas costas e jogou no chão. -Nada demais. Apenas uma aranha. -Era enorme!- Kacey suspirou e agarrou o que estava à sua frente, o que aconteceu de ser o bíceps de Travis. -Hmm. -Seus cílios se espalharam nas suas maçãs do rosto, suas maçãs do rosto bem esculpidas, amaldiçoadas maçãs do rosto. -Se eu soubesse que você iria reagir dessa maneira, eu teria colocado aranhas em sua cama. -Você e suas aranhas não são bem vindos na minha cama. Nunca. -Eu não estava me oferecendo, apenas oferecendo as aranhas.- Ele piscou. -Além do mais o que te faz pensar que eu acho você atraente? Eu vi você nua, duas vezes. -Eu tinha dez anos e você era um menino mau com uma gagueira!- Kacey passou por ele então percebeu que ela ainda tinha que ser levantada na caminhonete gigante. -Seria demais pedir para que você possa, pelo menos, dirigir um carro normal na cidade? -Eu não moro na cidade.- Ele ardia. Espere, caras ardem? Ela olhou novamente. Aparentemente eles ardiam. -Onde você mora? -No meu rancho.- Misericordioso Senhor acima. Isso explicava o bíceps e jeans apertados e caminhonete e... onde estava o Benadryl, quando ela precisava dele? -Então você é um rancheiro? Travis deu uma risadinha. -Claro, eu sou um rancheiro. Agora entre. - Seu toque foi rápido, muito rápido, enquanto ele a ajudava com a caminhonete. -Não se esqueça de apertar o cinto, Princesa. Eu conduzo como eu monto. Nojento. Kacey forçou seu rosto ficar pálido em vez de queimado vermelho. Ela pegou o telefone celular quado a porta da caminhonete bateu. Logo Travis estava no banco do motorista e eles estavam partindo. Jake se virou. -Então, eu sei que nós fomos mais específicos no avião, e eu acho que um beijo realmente ajudaria a definir o humor, não é?- Ele piscou. O caminhão desviou. Jake praguejou. -Dirigindo há muito tempo? -Desculpe, - Travis murmurou. -Então o que eu acho que nós precisamos fazer é ficar no mesmo quarto. Você sabe, realmente, vender a coisa toda. Ideias? Memórias da noite deles juntos vieram à tona. Ele estava realmente tentando fazer o que era melhor ou estava seduzindo-a? Ela não tinha ideia. Além disso, por que era tão importante para ele mostrar a seus pais que ele poderia estar em um relacionamento sério? Não é como se eles vivessem em uma caverna. Eles lêem os jornais. Sua mãe provavelmente iria rir na cara deles no minuto em que visse o anel. Travis limpou a garganta. -Na verdade, mamãe nunca faria isso. Ela é realmente protetora com Kacey. Você sabe disso, Jake. Ela vai ter que ficar no meu antigo quarto. Vou ficar na parte nova da casa. -Oh. -Jake deu de ombros. -Ok. Agora, lembre-se, Kacey, estamos apaixonados, nós vamos nos casar, e você tem que fazer que seja crível. Acha que pode fazer isso? Por que ele estava falando com ela como se ela fosse uma criança de cinco anos? -Sim, eu acho que posso agir como um ser humano normal na frente da sua família. Eles não vão suspeitar de nada. Jake virou-se e deu-lhe um sorriso brilhante quando ele pegou a mão dela. Ela sentiu seu beijo demorado e de repente foi repelida por sua atitude arrogante. Ela realmente se sentia como uma stripper e prostituta mal paga. CAPITULO 8 Travis não conseguia se lembrar de uma época em que ele tinha ficado tão frustrado. Nada parecia melhor do que subir na caminhonete e dar ao seu irmão mais novo um pedaço de sua mente, ou o punho. Que diabos ele estava pensando? Para beijar Kacey? Depois de tudo que esse bastardo a fez passar? O que era mais revoltante é que Kacey parecia bem com todo o calvário. Era como se ela estivesse vendendo sua alma ao diabo. Mas, em sua defesa, ela sempre olhou para Jake através de óculos cor de rosa; e que Travis com sua gagueira era o irmão mais velho pronto para arruinar o mundo, um puxão no rabo de cavalo a qualquer momento. Como é que um olhar da garota poderia colocá-lo de volta na escola quando ela escolheu seu irmão ao invés ele? Não que ela saiba de sua paixão ridícula. E sua gagueira não tinha ajudado. De tudo, isso era o pior. Ela tomou seu silêncio comoódio, quando ao invés disso ele estava com medo de abrir a boca, pois sua gagueira piora quando ele coloca pressão sobre si mesmo para falar sem problemas. Tinha sido muito mais fácil perseguir a menina e provocá-la do que dizer-lhe as palavras bonitas que Jake tantas vezes dizia. Mas isso não significa que seu coração não estava envolvido. Sufocando uma maldição, ele direcionou para o centro. Felizmente, o escritório estava apenas alguns minutos da casa de seus pais. O alto arranha-céu brilhava através da chuva monótona, o nome da expansão de ‘Titus Enterprises’ retumbando acima da paisagem urbana. Lutando contra a carranca para a representação óbvia de dinheiro do edifício, ele balançou a cabeça ligeiramente. Ele não queria uma parte no negócio da família. Não, esse trabalho tinha ido para seu irmão mais novo, e ele podia ficar com ele. Travis tinha usado o fundo fiduciário em seu nome para abrir sua própria fazenda e cavalos de raça. Ele também funciona como um bed and breakfast (pousada). Belos vinte hectares com vista para o rio Columbia. Ele estava vivendo, ao passo que estar na cidade era sufocante. Ele puxou a camisa. Travis dirigiu a caminhonete para uma parada e Jake saiu. -Eu vou ligar para um carro quando eu terminar. Não deve ser mais do que uma hora. Até mais, e Kacey, não tente matar Travis enquanto eu estiver fora, ok? -Não posso fazer promessas!- Kacey acenou para ele e virou os olhos cheios de ódio em direção a Travis. -Então, você tem planos imediatos de me matar e enterrar o corpo? -Sob uma árvore, eu acho.- Travis colocou a caminhonete em marcha e se moveu no tráfego. -Ou talvez sob o balanço. Eles nunca procurariam por você lá. -Ha, ha, você é hilário. -Eu gostaria de pensar que sim. Agora o que é isso que eu ouvi sobre Jake beijar você? Quer dizer, eu sei que não é da minha conta, mas você não deveria estar mantendo isto estritamente profissional? Afinal de contas, ele está pagando você... -...como uma de suas prostitutas, eu sei, -Kacey terminou. -Mas, tecnicamente ele não está me pagando. Quero dizer, ele está pagando meus empréstimos escolares. Além disso, eu estou fazendo isso pela vovó. E de alguma forma eu descobri que dentro do meu peito bate um coração muito grande. Eu meio que devo ao Jake. Ou pelo menos ele me fez sentir como se eu devesse. -Eu não ia dizer que era uma prostituta.- Travis tossiu. -Então ele realmente tem prostitutas como namoradas?- Travis sacudiu a cabeça em desaprovação. -Talvez devêssemos deixar este pequeno petisco fora deste fim de semana. Pela saúde da minha avó e tudo. -Concordo.- Kacey bufou. -Ela teria um ataque se ela soubesse o quão egoísta nosso pequeno jovem Jake ficou. Mas eu o amo de qualquer maneira.- Kacey suspirou. -Aparentemente, caso contrário você não estaria aqui. Mas, novamente... as coisas nem sempre são o que parecem, elas são, Kace?- Travis limpou a garganta. -Só dirige a caminhonete, Travis. Estou com fome e meu estômago está dando nós por causa daquela viagem de avião estúpida. Travis colocou a piccape em marcha. -Ainda tem medo de voar? -Eu pensei que tivesse superado, mas então eu acusei um sacerdote de ser um terrorista. Travis riu. -Em voz alta? Maldita mulher, talvez você deva pegar o trem de volta. Os olhos de Kacey se iluminaram. -Plano brilhante, mas leva três horas. -Eles têm um bar. -Onde você compra ingressos? Travis riu quando ele entrou no tráfego. -Eu vou cuidar disso, certo? Só para de dizer terrorista em aviões pela sua própria sanidade e segurança, menina. -Eu não sou uma menina, - Kacey estalou. O caminhão parou no sinal vermelho. Travis virou-se para olhar para Kacey, cada pedaço de mulher que ela era. Dos seus lábios carnudos para o seu pequeno corpo apertado. -Sim, eu sei Kace. Eu teria que estar morto para não notar.- O corpo dele explodia para a vida quanto mais olhava para ela. Bem, isso foi desconfortável. -Uau, um elogio do menino que costumava fazer xixi nas calças quando via palhaços. Estou tocada, realmente.- Kacey agitou seus cílios e inclinou a cabeça. -Foi só uma v-vez!- O sinal ficou verde e Travis apertou o acelerador com ferocidade. -E o palhaço sabia o meu nome, Kace. Vamos lá, qualquer menino ficaria um pouco assustado. Obrigado por isso, aliás. -O que quer dizer, Travis? -Você disse ao palhaço o meu nome. Admita. Admita ou eu vou deixar você na pista de patinação no gelo. -Você não faria isso! -Eu faria, e vou. Diga quantas mortes acidentais há em um ano na patinação no gelo? -Você é um diabo! Travis sorriu. -Então o que você disse. -Tudo bem, eu disse ao palhaço o seu nome, mas só depois que você me desarmou. -Ah, a vitória no fim.- Travis suspirou, roubando uma olhada no espelho retrovisor para ver a carranca de Kacey e cruzar os braços. - Kace, nós não podemos, pelo menos, tentar nos dar bem enquanto você está aqui? Afinal de contas, de acordo com toda a minha família, você está prestes ser a nova nora. Eu odiaria dar a impressão de que eu vou matar você em seu sono. Kacey gemeu. -Você está certo. E não se atreva a se vangloriar! Isto é para a vovó, certo? Estou fazendo isso para a vovó.- Ela cantou vovó cinco vezes antes de parar. -Trav? Foi a primeira vez que ela realmente disse que o seu nome em vez de um palavrão ou seu apelido favorito do diabo. -Sim, Kace? -Será que ela vai ficar bem? -Quem? Vovó?- Ele riu quando entrou na grande propriedade também conhecido como Titus Abbey. -Kace, acho que a vovó poderia sair de um holocausto nuclear e continuar bem. Não se preocupe muito, certo? Além disso, vejo que você vai fazer toda diferença. Ela está ficando toda sentimental na velhice. -Mas...- Kacey suspirou. Travis encostou na calçada, desligou o carro, e se virou para ver Kacey mastigando suas unhas. -Mas o quê?- Ele perguntou. Com unhas ainda em sua boca, ela respondeu: -E se ela descobrir? Quer dizer, eu duvido que Jake contasse a vovó que isso não é real. Então, ela vai pensar que estamos juntos, e... Travis engoliu o nó crescendo em sua garganta. Naturalmente, isso tinha sido uma das suas primeiras preocupações também. Se a vovó descobrisse... bem, Travis de bom grado apontaria para Jake e sacudiria a cabeça, jogando-o sob o ônibus. Mas o ponto era que a sua avó adorava Kacey. Se ela soubesse que eles estavam enganando-a e fazendo com que se sentisse melhor e fazendo-a acreditar que Jake era mais responsável do que o crédito que ela lhe deu... Então, bem, ele não tinha certeza de que seria uma vista bonita. Afinal de contas, a avó tinha uma vez feito uma temporada na CIA, embora ele fosse o único membro da família que tinha realmente arrancado a informação do velho morcego. -Ela não vai descobrir, -Travis confirmou. Porque se ela descobrisse, eu odiaria ser meu irmão. CAPITULO 9 Kacey pulou para fora da caminhonete e olhou para a casa gigante. Era exatamente como ela se lembrava. A casa em estilo colonial se posicionava muito elegantemente em alguns hectares com vista para o rio Columbia. Nada tinha mudado, além da pintura, que parecia mais fresca do que ela se lembrava. Um azul escuro delineando as janelas, e um branco imaculado brilhando na maior parte da casa. No anexo, uma garagem para sete carros, casa com piscina, e um teatro que era maior do que todo o apartamento de Kacey. -Pronta?- perguntou Travis, aproximando-se do lado dela. Respirando fundo, ela olhou para a casa mais uma vez antes de concordar. -Pronta para a guerra. -Mantenha sua arma em suas calças, -Travis murmurou, levando Kacey ao riso assim que a porta se abriu. -Enquanto eu viver e respirar! Kacey! Oh doce garota, você tira meu fôlego!- Wescott Titus envolveu-a em seus braços gigantes e beijou- a na testa. Em seu imponete um metro e noventa centímetros,