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FUNDAMENTOS DO SERVIÇO SOCIAL: 
SIGNIFICADO SOCIAL DA PROFISSÃO NA 
SOCIEDADE CAPITALISTA
CAPÍTULO 4 - O SERVIÇO SOCIAL E A
TEORIA FENOMENOLÓGICA
Flávio José Souza Silva
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Objetivos do capítulo
Ao final deste capítulo, você será capaz de:
• Compreender os aspectos filosóficos do pensamento fenomenológico;
• Reconhecer a influência desta teoria na consolidação do Serviço Social brasileiro.
Tópicos de estudo
• O pensamento filosófico da fenomenologia e a influência sobre o Serviço Social.
• Fenomenologia de Edmund Husserl e Martin Heidegger.
• Rebatimento da filosofia fenomenológica sobre o Serviço Social.
• Serviço Social e os principais conceitos da fenomenologia.
• O processo da consciência: ."epoché”
• Noesis e .noema
• “Redução eidética” ou redução à ideia.
• Aplicação dos conceitos fenomenológicos em uma proposta de atuação para o Serviço Social.
• Autodeterminação como princípio do agir profissional em Serviço Social.
• Autodeterminação pela necessidade humana.
• Autodeterminação como conceito a ser aplicado pelo Serviço Social.
• Autodeterminação como valor humano.
• Inspirações fenomenológicas.
• O diálogo como proposta de ação para o Serviço Social.
• Conscientização e intencionalidade: estratégias para o agir profissional.
Contextualizando o cenário
A proposta, neste momento, é compreender os aspectos filosóficos mais centrais da teoria fenomenológica, com
vistas à identificação de sua influência na consolidação do Serviço Social brasileiro. Segundo Netto (2011), o
recurso à fenomenologia ocorre como a expressão mais concreta dos autores e de segmentos de profissionais do
Serviço Social que se inscreveram na perspectiva da reatualização do conservadorismo. Ao passo que o autor nos
traz essa importante afirmação, nos coloca uma reflexão bastante relevante: as disputas de projetos profissionais
no interior do Serviço Social brasileiro durante o período de Renovação. Assim sendo, iremos tratar nas páginas
a seguir dos principais aspectos destas teorias e as repercussões para (e no) Serviço Social, no que tange à
reatualização do conservadorismo, que, como se sabe, marca a profissão desde o seu surgimento.
Desse modo, destacamos uma questão central: Qual é a relação entre a teoria fenomenológica e o
conservadorismo, e como este ideário reflete no Serviço Social?
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4.1 O pensamento filosófico da fenomenologia e a 
influência sobre o Serviço Social
Iniciaremos uma incursão sobre o pensamento filosófico da fenomenologia, traçando, exemplificando e
procurando relacionar com a realidade os principais conceitos desta corrente de pensamento. Para que seja
mantida a “razão do porquê” dessa incursão, devemos ter em mente que o nosso intuito é apreender as
influências desta filosofia sobre o Serviço Social no processo de Renovação do seu fazer profissional.
É importante, portanto, esclarecemos que, neste momento, ainda não nos dedicaremos a apreender com total
afinco a segunda vertente do processo de Renovação do Serviço Social brasileiro, mas buscaremos contemplar a
base filosófica da fenomenologia e as suas influências para a categoria profissional.
Portanto, para iniciamos tal incursão, é necessário que procuremos os autores clássicos desta perspectiva, nos
preocupando em captar o que é mais essencial em sua produção de conhecimento. Assim, iremos conhecer um
pouco da perspectiva fenomenologia de Edmund Husserl e Martin Heidegger, sendo esse o início da nossa
caminhada sobre essa teoria.
4.1.1 Fenomenologia de Edmund Husserl e Martin Heidegger
Como em todo o pensamento filosófico, estamos tratando de ideias, de elaborações de pensamento e reflexão
sobre determinado modo de ser (ou, neste caso, de existir). O modo de pensar, principalmente em uma vertente
teórica, é diferente entre os teóricos que a elaboram e constroem, trazendo particularidades, continuidades ou
rupturas.
O primeiro autor que destacamos é Edmund Husserl (1859-1938), filósofo alemão e considerado o fundador de
um novo método de análise e de descrição da consciência, a qual necessitava que a filosofia alcançasse uma
condição estritamente científica. A partir dessa necessidade do autor, nasce o método fenomenológico.
Para Husserl (2005), o ponto de partida do método fenomenológico seria a vivência cotidiana, ou seja, a
experiência diária que estabelecemos no cotidiano. Essas relações são chamadas de atitude natural que cada um
de nós estabelece. No exemplo a seguir, iremos traçar um esquema sobre o método de análise até chegarmos na
“concepção de mundo” do autor:
O método é a direção que o autor/pesquisador dá para apropriar-se do real no processo de
pesquisa (a direção). A metodologia de pesquisa, diferente do método, é o caminho que
traçamos para apropriarmos do real (prática), mas o método é responsável pela direção que
damos ao processo de pesquisa.
74
Figura 1 - Método fenomenológico para Husserl
Assim, para esse método de análise, inaugurado por Husserl (2005), bastaria que o pesquisador olhasse ao seu
redor e buscasse perceber as coisas em seu mundo, ou seja, da sua vida cotidiana, por meio do seu olhar. Assim,
o pesquisador estaria partindo da apreensão do cotidiano, que é a base do método fenomenológico.
Para Martin Heidegger (1889-1976), também filosofo alemão, o método fenomenológico partiria do “ser-no-
mundo”. Heidegger (1997), portanto, acreditava que esse “ser-no-mundo” nada mais era do que o próprio sujeito
em atitude natural, submerso nas relações que constrói em seu próprio mundo cotidiano. Seria assim,
sintetizando, as ações que estabelecemos em nosso cotidiano.
Figura 2 - Método fenomenológico para Martin Heidegger
Portanto, para Heidegger (1997), o método fenomenológico consiste na análise dos fenômenos que os sujeitos
constroem no mundo e não com o mundo, como os pressupostos de Husserl que colocam o homem
transcendental no cotidiano. Heidegger (1997), portanto, destaca que o método fenomenológico deve
compreender o homem em sua existência no mundo.
A partir das compreensões destes dois autores, que expressam diferentes posicionamentos dentro da mesma
75
A partir das compreensões destes dois autores, que expressam diferentes posicionamentos dentro da mesma
vertente teórica, iremos direcionar nossa incursão para analisar os rebatimentos da fenomenologia sobre o
Serviço Social.
4.1.2 Rebatimento da filosofia fenomenológica sobre o Serviço Social
A dimensão teórico-metodológica fundamentada pela teoria fenomenológica expressou para o Serviço Social
brasileiro, no momento de Renovação da profissão, a retomada da vinculação à doutrina social da Igreja Católica
e à defesa dos valores tradicionais e conservadores pelos profissionais da época. A centralidade do fazer
profissional estava sobre a pessoa e a ação consistia na ajuda psicossocial (NETTO, 2011).
Ao instituir uma nova dimensão teórico-metodológica, sendo essa responsável por orientar a ação profissional
dos assistentes sociais da época, principalmente àqueles profissionais que estavam em sintonia com o projeto
mais conservador, foi necessário eleger alguns conceitos que pudessem instrumentalizar a ação em sintonia com
o que esse projeto buscava: a manutenção do .status quo
Assim, neste momento, iremos discorrer sobre alguns dos principais conceitos da fenomenologia e como tais
conceitos estruturam-se enquanto um arcabouço teórico que instrumentaliza uma proposta de atuação
profissional.
4.2 Serviço Social e os principais conceitos da 
fenomenologia
Como dito anteriormente, a fenomenologia se expressou no Serviço Social enquanto um processo que exigiu
reelaborações da dimensão teórica e da prática profissional.
A década de 1970 é um momento de profundas transformações para o conjunto da sociedade, tendo em vista
que é o fim do período glorioso do capitalismo que desemboca em mais uma crise. A crise desse momento
histórico é marcada pela queda do valor do barril de petróleo, que expressa à sociedade o início de um novo
momento do capitalismo mundial.
ESCLARECIMENTO
Status quo refere-seao “estado das coisas”. Consistindo, portanto, ao posicionamento ou à
condição das coisas.
76
Fonte: © Ojogabonitoo // iStock
No Brasil, na década 1970, se dá o início do processo de enfraquecimento da Ditadura Militar a partir de várias
questões que envolvem, principalmente, a comoção nacional em torno da publicitação dos casos de tortura; a
indignação em torno das perdas das liberdades individuais; e a organização política dos setores da classe média
e da Igreja Católica, em especial aqueles ligados à Teologia da Libertação.
Todas as transformações que ocorreram na década de 1970 demandaram ao Serviço Social a reelaboração do
seu fazer profissional, que buscou sustentar-se em uma proposta metodológica que instrumentalizasse o fazer
profissional em sintonia com as necessidades do momento histórico. Pensamos que seja necessário, a partir de
agora, uma incursão sobre alguns dos principais conceitos que advém do método fenomenológico.
4.2.1 O processo da consciência: "epoché”
O primeiro conceito que iremos trabalhar é o processo da consciência, intitulado por Husserl (2005) como
. Neste sentido, para o método fenomenológico, como fora dito, o ponto de partida é o fenômeno não em“epoché”
sua efetividade, mas na forma em que o homem se conscientiza desse fenômeno. Portanto, do modo de como a
ASSISTA
A produção brasileira, inspirada no livro de Frei Betto, Batismo de Sangue (2006) retrata o que
seria a Teoria da Libertação, assim como os horrores da Ditadura Militar brasileira.
77
sua efetividade, mas na forma em que o homem se conscientiza desse fenômeno. Portanto, do modo de como a
subjetividade registra esse fenômeno em sua consciência. Clique na interação a seguir para saber mais sobre
esse conceito.
1. Husserl (2005) tecia críticas ao positivismo que superdimensionava o papel da objetividade no processo de
apropriar-se do objeto, ou seja, de fazer ciência. Para o autor, no entanto, interessava o “(...) sentido doado pela
consciência à realidade circundante” (HUSSERL, 2005, p. 75).
2. Assim, para fazer ciência, era necessário enfatizar o papel ativo do sujeito, que deveria buscar a superação da
centralidade do objeto, privilegiando o processo da consciência para conceber o objeto a partir dele mesmo.
3. Para realizar esse “ato de apropriar-se do real”, Husserl sugere que o pesquisador realize uma “epoché
fenomenológica transcendental”, que consiste na redução do “eu humano natural” e da vida psicológica ao “eu
transcendental”, com vistas a alcançar o domínio sobre a experiência interna transcendental e fenomenológica.
Podendo, assim, usar da consciência para captar a vida cotidiana.
Neste sentido, o recurso metodológico da “ ” possibilitaria ao sujeito colocar-se entre parênteses daepoché
atitude natural de como a pessoa possa abordar o fenômeno, ou seja, do momento que ele se apresenta para o
sujeito. Para o autor, não importa a existência ou não do objeto, mas como a intuição do sujeito apropria-se desse
objeto.
Fonte: © iMrSquid // iStock
Ao passo que a “atitude natural” é colocada entre parênteses, o sujeito pesquisador pode conceber o objeto de
pesquisa sobre dois polos da experiência intuitiva transcendental, o que o autor conceitua de e . noesis noema
Iremos discorrer a seguir sobre esses dois novos conceitos.
4.2.2 Noesis e Noema
Todo o método de análise é constituído por conceitos e categorias que formam o arcabouço teórico que dá
sustentação ao método, direcionando o percurso metodológico à compreensão do objeto pelo sujeito
pesquisador. No método fenomenológico, como visto no último subtópico, há a priorização da consciência
enquanto intencionalidade para compreender o objeto a partir da consciência que se tem dele.
No momento em que é possível transcender, por meio da , colocando a consciência entre parênteses (seusepoché
conhecimentos preexistentes para não interferir na compreensão do fenômeno a ser estudado), o sujeito
pesquisador pode abordar dois polos da experiência de percepção do objeto, sendo a e a . São,noema noesis
78
pesquisador pode abordar dois polos da experiência de percepção do objeto, sendo a e a . São,noema noesis
portanto, dois processos da consciência que se apresentam em extremos frente à apropriação que se terá do
objeto.
Fonte: © Andrea Danti // Shutterstock
Clique na interação a seguir para entender melhor esses processos.
Noesis
A seria, para Husserl (2005), o ato de perceber. Sendo assim, é o objeto subjetivo danoesis
, sendo esse conceito aquilo que é percebido pela .noema noesis
M é t o d o
Fenomenológico
Para o autor, o método fenomenológico seria a ciência que aparece à consciência, sendo esta
responsável por intuir, opondo-se, neste sentido, ao que o método positivista propunha.
Noema
Para que o método fenomenológico alcançasse a “verdade”, seria importante que a , ounoema
seja, o objeto que é captado pela subjetividade, a , fosse reduzido até a sua essência pornoesis
meio do recurso da “redução eidética”.
A seguir, veremos o que consistiria esse recurso.
4.2.3 “Redução eidética” ou redução à ideia
Para o método fenomenológico, o passo final para “conceber” o objeto ideal, como já fora visto, é a noema, que é
o objeto que foi captado pela consciência, . Após ser captado pela , o próximo passo para alcançar anoesis noesis
essência da seria, segundo Husserl (2005), a redução à ideia ou a “redução eidética”.noema
79
Figura 3 - “Redução eidética” ou redução à ideia
Esse passo, assim, consiste em análise com vistas a encontrar o verdadeiro significado do objeto. Clique na
interação a seguir e saiba mais sobre o assunto.
• Compreensão do objeto
Para o método fenomenológico, a compreensão do objeto não elimina a subjetividade
que adquirimos sobre a realidade. Assim, ao recriamos os objetos na consciência, não
daríamos conta da sua explicação.
• Essência
No entanto, para conseguirmos explicar verdadeiramente o objeto, seria necessário
buscar a sua essência.
Assim sendo, a “redução eidética” proposta pelo método fenomenológico de Husserl (2005) é importante para
que se preencha os requisitos do que se espera de uma ciência rigorosa. Assim, para apreensão do objeto, essa
redução deveria suprimir o objeto da historicidade e da temporalidade a fim de garantir a sua idealidade e
estando fora daquilo que o autor não se interessava: o “mundo objetivo” (HUSSERL, 2005).
Ao apreendermos alguns conceitos que julgamos ser os principais do método fenomenológico, nos indagamos
qual seria a aplicação destas ideias na atuação profissional do Serviço Social. Pelo teor idealista proposto por
essa teoria, acreditamos que seja válido apreendermos como essa teoria orientou a prática. A partir dessa
reflexão, iremos discutir a aplicabilidade dos conceitos fenomenológicos na atuação do Serviço Social.
4.2.4 Aplicação dos conceitos fenomenológicos em uma proposta de 
atuação para o Serviço Social.
Acreditamos que seja consenso, entre nós, que, ao tratarmos de um determinado método, também estamos
tratando das possibilidades de sua aplicabilidade na prática. Também não estamos afirmando que prática e
teoria correspondem à mesma dimensão. A prática e a teoria correspondem a dimensões diferentes, mas que são
correlatas em uma unidade. A teoria direciona a prática, que, por sua vez, alimenta a teoria.
•
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Figura 4 - Teoria e prática
Assim, acreditamos que esteja no momento de colocarmos as propostas que tais conceitos expressam à atuação
profissional. Para Netto (2011), a atuação profissional seria centralizada no que o autor chamou de “dinâmica
individual”. Como fora visto, não importa para o método fenomenológico a existência real do fenômeno, mas
como esse fenômeno é vívido, experimentado e interpretado pelo sujeito.
Fonte: © CasarsaGuru // iStock
Portanto, a atuação profissional do Serviço Social deveria ser focada no que o cliente sentisse, interpretasse e
tivesse experimentado. Partindo da compreensão, cuja base seria o diálogo, elaborar-se-ia uma forma de
conscientização, que permitiria ao cliente uma transformação, que seiniciaria em seu interior, para depois ser
externada. Assim, a atuação do assistente social conduziria àquele fenômeno que Iamamoto (2013) chamou de
psicologização das relações sociais.
81
Para a profissão, portanto, os conceitos advindos do método fenomenológico orientaram a atuação profissional à
uma prática muito próxima do objeto de estudo da psicologia. Muito mais tarde, alguns teóricos do Serviço Social
alertaram para o risco da psicologização da vida social, por meio da atuação focalizada na dinâmica individual.
Como a própria proposta metodológica coloca, preocupa-se com a autodeterminação do cliente, sendo esse o
princípio norteador do agir profissional do Serviço Social inserido nesse contexto, conforme veremos.
4.3 Autodeterminação como princípio do agir profissional 
em Serviço Social
A argumentação que estamos sustentando até o presente momento é a orientação política que uma determinada
corrente de pensamento teórico (nesse momento específico a fenomenologia) expressa para o agir profissional.
Pensamos que, neste momento do nosso estudo, esteja claro que prática e teoria são uma unidade, compondo
elementos que se relacionam.
Netto (2011) é categórico ao afirmar que o recurso à fenomenologia, pela categoria profissional, não se
expressou em nenhum dos currículos mínimos para os cursos de Serviço Social, mas que havia grande
investimento na difusão destas referências, privilegiando, sobretudo, a dimensão teórico-metodológica por meio
de processos formativos da “reciclagem profissional”, de textos dirigidos e de teses.
Assim sendo, a constituição dos referenciais fenomenológicos no seio do Serviço Social, durante o processo de
renovação, tem clara posição política em duas vertentes, destacadas por Netto (2011): primeiro, a crítica às
influências positivistas na profissão; e, em segundo lugar, a oposição ao projeto de Intenção de Ruptura.
A proposta fenomenológica para o agir profissional, neste sentido, resgatava (e reatualizava) as influências
conservadoras que marcavam a origem da profissão, focalizando centralmente em dois aspectos,
especificamente à “(...) compreensão causalista e [à] assepsia ideológica do conhecimento” (NETTO, 2011, p.
205).
A partir de tal compreensão, o agir profissional deveria partir da autodeterminação que expressaria, segundo
Pavão (1981, p. 35), “o reconhecimento do direito à liberdade do homem, necessário e fundamental, que decorre
de sua dignidade inerente como ser humano”. Assim, para autora, o princípio da autodeterminação deveria
REFLETIR
O Serviço Social, historicamente, nasce para lidar com os setores mais empobrecidos da
população. O que politicamente significaria tratar essa camada da população de “cliente”?
REFLETIR
Qual a vinculação que a dimensão teórica-metodológica estabelece com a dimensão política?
Qual o sentindo dessa vinculação?
82
de sua dignidade inerente como ser humano”. Assim, para autora, o princípio da autodeterminação deveria
centrar-se nos valores, já que seria essa dimensão responsável por exercer a liberdade do homem.
Fonte: © Bernie_photo // iStock
Cabia, para o exercício profissional, portanto, conscientizar o homem sobre os caminhos viáveis para uma
tomada de decisão correta, que o ajudasse a se integrar ao grupo ou à comunidade. Assim, a autodeterminação
deveria partir de uma necessidade humana, a qual trataremos melhor a seguir.
4.3.1 Autodeterminação pela necessidade humana
Ana Maria Braz Pavão (1981), uma das autoras responsáveis pela difusão da teoria fenomenológica no Serviço
Social brasileiro, ressaltava o tratamento da autodeterminação enquanto um princípio que deveria orientar o
agir profissional, como explanamos em linhas anteriores.
Para compreendermos o princípio da autodeterminação, trazido ao processo de renovação profissional, a autora
resgata a ótica humanística presente nas bases teóricas que orientavam o fazer profissional, alicerçadas nas
referências neotomistas. Assim, buscava-se explicar o homem, de forma idealizada e metafisicamente, neste
momento sobre uma visão fenomenológica dessa existência.
A autodeterminação assim seria “(...) um valor essencial do ser humano, fundada numa concepção de liberdade
que se apresenta ao homem, de forma tanto determinada como indeterminada”, mas que deveria manter as
necessidades desse homem na busca de lhe dar sentido à vida (PAVÃO, 1988, p. 77 apud, NETTO, 2011, p. 220).
Assim, para Netto (2011), a proposta de Pavão, no que tange ao princípio da autodeterminação, resgatando a
concepção abstrata de homem, expressa nos marcos iniciais da profissão, é recuperada de forma acrítica,
desmerecendo, inclusive, proposituras dentro da categoria profissional, que já vinham opondo-se ao
conservadorismo profissional.
4.3.2 Autodeterminação como conceito a ser aplicado pelo Serviço Social
Acreditamos que, até o presente momento, podemos afirmar que o método fenomenológico consiste, sobretudo,
na análise individualizada e particularizada de como os sujeitos interpretam, por meio da intuição, o objeto de
estudo (os fenômenos sociais). O nosso caminho torna-se mais fácil se partimos do pressuposto, como já
anunciando, que teoria e prática relacionam-se mutualmente.
O princípio da autodeterminação, como vimos, parte do pressuposto que o homem é livre para fazer as suas
83
O princípio da autodeterminação, como vimos, parte do pressuposto que o homem é livre para fazer as suas
escolhas, sendo parte fundamental e inerente do ser humano. Assim, o agir profissional deveria reconhecer tal
princípio e a prática deveria ser orientada à ajuda psicossocial. Ou seja, o assistente social fenomenológico
deveria desvelar as maneiras de existir do cliente, com vistas para ajudá-lo a fazer a melhor escolha possível.
Assim, o agir profissional, alicerçado sobre a compreensão da autodeterminação dos homens, sendo esse homem
compreendido como um sujeito neutro, sem pertencimento social às classes sociais, deveria ser orientado à sua
transformação interior. Buscava-se os valores que pudessem ser alterados e, assim, o homem poderia ser
inserido no grupo e na comunidade.
A partir de tais reflexões, podemos afirmar que o conceito (ou princípio) à autodeterminação, defendido pela
perspectiva fenomenológica, é compreendido enquanto um valor tipicamente humano. Ampliaremos essa
reflexão no próximo subtópico.
4.3.3 Autodeterminação como valor humano
O conceito de autodeterminação, assim, é compreendido pela teoria fenomenológica enquanto um valor
tipicamente humano, ao passo que homens e mulheres vão se organizando para produzir a vida, vão construindo
valores que são atribuídos à objetividade destas relações, correspondendo assim à historicidade e às condições
materiais de produção (BARROCO, 2010).
Para a fenomenologia e, em especial, para o princípio da autodeterminação, o que estaria em voga seria os
valores morais que o homem traz consigo a partir de sua experiência de existir. Se tais valores não
possibilitassem escolhas que permitissem a este homem a sua integração ao grupo ou à comunidade, cabia ao
profissional do Serviço Social compreender esse caso, buscando um aconselhamento individual que pudesse
orientar esse homem à sua transformação interna.
Os valores, assim, orientam as nossas ações. Para a fenomenologia, esses valores já se encontravam inerentes, já
que o homem era compreendido enquanto um ser abstrato, divino e que correspondia diretamente aos desígnios
de Deus, baseando-se na teoria neotomista, resgatada pela fenomenologia. Assim, para o agir profissional,
bastava a compreensão e a ajuda psicossocial à transformação valorativa desse ser humano.
CURIOSIDADE
O Código de Ética profissional de 1975, que expressa as referências fenomenológicas, deixa
claro a confusão que se tinha da prática profissional dos assistentes sociais, que, naquela
época, era comparada à prática dos psicólogos.
84
Fonte: © Ambrophoto // Shutterstock
Para Netto (2011), a ação profissional é rebaixada para uma espécie de ajuda psicossocial. Segundo o mesmo
autor, questionou-se a intervenção,já que a ação profissional poderia ser traduzida em uma terapia. Na
sequência, abordaremos as principais inspirações da fenomenologia sobre o Serviço Social no tocante à ação
profissional, como veremos a seguir.
4.4 Inspirações fenomenológicas
A partir das contribuições restauradoras de Pavão (1981), abre-se espaço para novas inspirações a partir da
compreensão do método fenomenológico, com foco, como já tratamos neste texto, na dimensão teórica-
metodológica, que deve orientar à uma ação profissional em sintonia com essa teoria. Segundo Netto (2011),
apesar dessas inspirações carregarem elementos distintos ao da sua percursora, traz elementos novos, mas que
também são regressivos.
Trocando em miúdos, iremos analisar, especificamente, a seguir, uma inspiração a partir do método
fenomenológico que propõe o diálogo como instrumental de ação para o Serviço Social.
4.4.1 O diálogo como proposta de ação para o Serviço Social
Ao passo que a profissão deixa de ter uma intervenção prática para assumir um caráter de ajuda psicossocial, a
ação profissional é transformada em processo que consistiria, naquele momento histórico, para os profissionais
da época, no desvelamento das maneiras de existir do cliente. Assim, para compreender essas diversas formas de
viver do cliente, o diálogo ajudaria nessa compreensão.
O caráter terapêutico do diálogo possibilitaria que o cliente e o profissional realizassem uma experiência com
todo o seu ser na busca de compreender o contexto da história humana, onde se passava tal situação. Neste
sentido, o diálogo seria um instrumental para ajuda psicossocial, que seria destinada a encontrar a verdade que
experimentada pelo cliente.
85
Fonte: © Aliona Luk // Shutterstock
Cabia, então, ao profissional do Serviço Social, por meio desse instrumental, compreender, mediante à escuta e
ao diálogo, o desvelamento das verdades que não estão postas, mas que só serão alcançadas por meio deste
“mergulho” interno na percepção do cliente.
Após conseguir, por meio do instrumental do diálogo, alcançar a verdade do problema, encontrado por meio do
“mergulho” com o cliente, o profissional do Serviço Social deveria trabalhar em esquematizar estratégias que
orientariam o seu agir profissional. Iremos ver quais a seguir.
4.4.2 Conscientização e intencionalidade: estratégias para o agir 
profissional
Como vimos, a utilização do instrumental do diálogo possibilitaria que o assistente social encontrasse a verdade
sobre o problema relatado pelo cliente. Lembrando que essa verdade é o significado real do vivido para o cliente.
Clique na interação a seguir e veja alguns pontos para o agir profissional.
Estratégias
A partir da compreensão do cliente do que seria o problema, o profissional deveria desenvolver estratégias que
possibilitariam, primeiro, a transformação do cliente internamente, para depois alcançar uma intencionalidade
maior: a transformação social.
Proposta de ação
Assim, a proposta de ação poderia ser resumida numa tríade: diálogo, cliente e transformação social.
Consciência teórica
O assistente social deveria desenvolver em sua clientela uma consciência teórica que orientasse para construção
de mecanismos mútuos de cooperação (NETTO, 2011). Ou seja, a consciência que o profissional do Serviço Social
desenvolveria na clientela consistia numa intencionalidade previamente pensada.
Ou seja, a consciência que o profissional do Serviço Social desenvolveria na clientela consistia numa
intencionalidade previamente pensada. Portanto, a “visão fenomenológica” que estaria por traz da
intencionalidade das estratégias profissionais, elaboradas pelo Serviço Social.
86
Proposta de Atividade
Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu neste capítulo! Elabore um mapa conceitual destacando
os principais conceitos abordados ao longo do capítulo, tentando relacionar as etapas que compõem o método
fenomenológico em sua essência. Ao produzir seu mapa conceitual, considere as leituras básicas e
complementares realizadas, tentando focar na proposta desse método à transformação do sujeito.
Inicie seu mapa conceitual a partir da compreensão individual dessa proposta metodológica visando
compreender a sua aplicabilidade.
Recapitulando
Em nosso texto procuramos fazer uma incursão sobre o método fenomenológico, tentando compreender seus
principais conceitos e autores. Ao fazermos o nosso percurso sobre essa teoria, fomos percebendo que ela vai
elaborando conceitos para a compreensão da realidade. Assim, partimos da apreensão que a dimensão da teoria
e da prática se relacionam mutualmente, uma alimentando a outra. Neste sentido, ao particularizarmos uma
teoria, também nos preocupamos em desvelar as orientações práticas que ela orienta. Assim, desvelamos a
relação existente entre a teoria e a prática, particularizando o fazer profissional do Serviço Social.
A particularidade que a teoria fenomenológica representa ao Serviço Social estaria associada à reatualização do
conservadorismo, por meio da releitura e da adaptação das referências neotomistas, presentes na profissão
desde o seu surgimento. Como sabemos, a profissão nasce para lidar com as diferentes expressões da “questão
social”, e, a partir a retomada do conservadorismo, retomam práticas mais caritativas, orientando o exercício
profissional à despolitização da “questão social” por meio da psicologização das relações sociais.
Referências
BARROCO, M. L. Silva : fundamentos ontológicos. 8º ed. São Paulo: Cortez, 2010.. Ética e Serviço Social
HEIDEGGER, Martin. . Petrópolis: Vozes, 1997.Ser e Tempo
HUSSERL, Edmund. . México, DF: Fondo de Cultura Económica, 2005.Meditaciones Castesianas
IAMAMOTO, M. Villela; CARVALHO, Raul. : um esboço de umaRelações Sociais e Serviço Social no Brasil
interpretação histórico-metodológica. 35ª ed. São Paulo: Cortez, 2011.
IAMAMOTO, M. Villela. : ensaios críticos. 13ª ed. São Paulo:Renovação e Conservadorismo no Serviço Social
Cortez, 2013.
MANDEL, Ernest. . (trad. Carlos Eduardo Silveira Matos, Regis de Castro Andrade e DinahO Capitalismo Tardio
de Abreu Azevedo). São Paulo: Abril Cultural, 1982. (os economistas).
MOTA. A. Elizabete . Serviço Social Brasileiro: insurgência intelectual e legado político. :In Serviço Social no
: história de resistências e de ruptura com o conservadorismo (org.: Maria Liduína de Oliveira e Silva).Brasil
1ºed. São Paulo: Cortez, 2016.
NETTO, J. Paulo. : uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64. 16ª ed. São Paulo:Ditadura e Serviço Social
Cortez, 2011.
PAVÃO, A. M. Bras. : visão fenomenológica. São Paulo:O Princípio de Autodeterminação no Serviço Social
Cortez, 1981.
87
	FSSSSPSC_C0
	FSSSSPSC_C01
	Objetivos do capítulo
	Compreenda seu livro: Percurso
	Boxes
	Apresentação da disciplina
	A autoria
	Samya Katiane Martins Pinheiro
	Flávio José Souza Silva
	Objetivos do capítulo
	Tópicos de estudo
	Contextualizando o cenário
	1.1 Serviço social e a crítica às práticas assistencialistas
	1.1.1 Ferramentas de ajuste social
	1.1.2 O assistencialismo no lugar dos direitos sociais
	1.2 As relações sociais como objeto profissional do assistente social e os novos atores sociais
	1.2.1 Partidos políticos e as correlações de forças
	Revolução Cubana
	Governo João Goulart
	1.2.2 Lutas sindicais e causas operárias
	1.2.3 Movimento Sociais
	1.3 Crise do Serviço Social “tradicional” na América Latina
	1.3.1 Crise dos pactos políticos do pós-guerra
	Vetor 1
	Vetor 2
	Vetor 3
	1.3.2 Novos protagonistas sócio-políticos
	1.4 A crise do Serviço Social “tradicional” no Brasil
	1.4.1 A erosão do Serviço Social tradicional
	1.4.2 Processo de desenvolvimentismo e a polarização no interior da categoria profissional
	Proposta de atividade
	Recapitulando
	Referências
	FSSSSPSC_C02
	Objetivos do capítulo
	Tópicos de estudo
	Contextualizando o cenário
	2.1 Contexto histórico na América Latina e as influências no Serviço Social
	2.1.1 Estados Unidos e a ditadura militar na América Latina
	2.1.2 Ditaduras latino-americanas
	2.1.3 Impactos da ditadura no Serviço Social
	2.2 Contexto social,político e econômico no Brasil dos anos 1960
	2.2.1 1956-1961 – Juscelino Kubitschek
	2.2.2 1961 – Jânio Quadros
	2.2.3 1961-1964 – João Goulart
	2.2.4 1964 – Golpe Militar
	2.3 Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais (CBCISS)
	2.3.1 CBCISS e Movimento de Reconceituação
	1ª Vertente
	2ª Vertente
	3ª Vertente
	2.3.2 Desenvolvimentismo e o CBCISS
	2.3.3 Estruturalismo e CBCISS
	2.4 Serviço Social e Reconceituação
	2.4.1 Por que reconceituar?
	2.4.2 Embates entre a categoria profissional
	Proposta de Atividade
	Recapitulando
	Referências
	FSSSSPSC_C03
	Objetivos do capítulo
	Tópicos de estudo
	Contextualizando o cenário
	3.1 Primeiro Seminário Regional Latino-americano de Serviço Social – Porto Alegre (1965)
	3.1.1 Principais propostas
	3.1.2 O retorno às referências teórico-metodológicas do pensamento estrutural-funcionalista
	3.2 Encontros de Araxá (1967)
	3.2.1 A perspectiva modernizadora
	3.2.2 Síntese do documento de Araxá
	3.3 Encontro de Teresópolis (1970)
	3.3.1 Cristalização da perspectiva modernizadora
	3.3.2 O documento de Teresópolis
	3.4 Encontro de Sumaré (1978) e Alto da Boa Vista (1984)
	3.4.1 Deslocamento da perspectiva modernizadora
	3.4.2 Principais pontos dos documentos
	Proposta de atividade
	Recapitulando
	Referências
	FSSSSPSC_C04
	Objetivos do capítulo
	Tópicos de estudo
	Contextualizando o cenário
	4.1 O pensamento filosófico da fenomenologia e a influência sobre o Serviço Social
	4.1.1 Fenomenologia de Edmund Husserl e Martin Heidegger
	4.1.2 Rebatimento da filosofia fenomenológica sobre o Serviço Social
	4.2 Serviço Social e os principais conceitos da fenomenologia
	4.2.1 O processo da consciência: "epoché”
	4.2.2 Noesis e Noema
	4.2.3 “Redução eidética” ou redução à ideia
	4.2.4 Aplicação dos conceitos fenomenológicos em uma proposta de atuação para o Serviço Social.
	4.3 Autodeterminação como princípio do agir profissional em Serviço Social
	4.3.1 Autodeterminação pela necessidade humana
	4.3.2 Autodeterminação como conceito a ser aplicado pelo Serviço Social
	4.3.3 Autodeterminação como valor humano
	4.4 Inspirações fenomenológicas
	4.4.1 O diálogo como proposta de ação para o Serviço Social
	4.4.2 Conscientização e intencionalidade: estratégias para o agir profissional
	Proposta de Atividade
	Recapitulando
	Referências
	FSSSSPSC_C05
	Objetivos do capítulo
	Tópicos de estudo
	Contextualizando o cenário
	5.1 Principais ideias da fenomenologia relacionadas ao Serviço Social
	5.1.1 Método Compreensivo
	5.1.2 Atitude fenomenológica
	5.1.3 Posicionamento fenomenológico no Serviço Social
	5.2 Formulação de uma “nova proposta” ao Serviço Social
	5.2.1 A influência de Creusa Capalbo na construção da proposta
	5.2.2 A contribuição de Anna Augusta de Almeida
	5.3 A “nova roupagem” do conservadorismo no Serviço Social
	5.3.1 O recurso da fenomenologia segundo José Paulo Netto
	5.3.2 Centralização na dinâmica individual
	5.3.3 Crítica à fenomenologia construída pelos profissionais de Serviço Social
	5.4 Proposta de metodologia fenomenológica para atuação do assistente social
	5.4.1 A situação existência problematizada (SEP)
	5.4.2 A pessoa cliente
	5.4.3 O retorno reflexivo
	Proposta de atividade
	Recapitulando
	Referências
	FSSSSPSC_C06
	Objetivos do capítulo
	Tópicos de estudo
	Contextualizando o cenário
	6.1 A base de sustentação teórico-metodológica da teoria social crítica
	6.1.1 Filósofo Karl Marx e o Serviço Social
	6.1.2 Principais obras do filósofo Karl Marx e as contribuições para o Serviço Social
	6.2 O Serviço Social e os principais conceitos da teoria de Karl Marx
	6.2.1 As classes em luta e o trabalho do assistente social
	6.2.2 Noções básicas de economia política: embasamento teórico para o assistente social
	6.3 O Serviço Social e os principais conceitos do Materialismo Histórico
	6.3.1 As relações sociais e o determinismo econômico
	6.3.2 Teoria do ser social aplicada ao Serviço Social
	6.4 Método crítico dialético: saber imprescindível para o agir profissional
	6.4.1 O movimento eterno da matéria
	6.4.2 As relações de contradição
	A contradição
	A produção capitalista
	As crises
	6.4.3 A superação da aparência e a busca da essência
	6.4.4 O movimento espiral e a mudança por superação
	Proposta de Atividade
	Recapitulando
	Referências
	FSSSSPSC_C07
	Objetivos do capítulo
	Tópicos de estudo
	Contextualizando o cenário
	7.1 A vertente da Intenção de Ruptura
	7.1.1 Conceito
	7.1.2 Intenção de ruptura e universidade
	7.2 Cenário brasileiro no contexto da Intenção de Ruptura
	7.2.1 Bases sociopolíticas da perspectiva da Intenção de Ruptura
	7.2.2 Momentos constitutivos da Intenção de Ruptura
	7.3 O método de Belo Horizonte
	7.3.1 Leila Lima Santos e a proposta metodológica de BH
	7.3.2 Principais etapas propostas pelo método
	7.3.3 Crítica ao método BH
	7.4 Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais: O Congresso Da Virada (1979)
	7.4.1 Principais propostas apresentadas no Congresso
	7.4.2 A importância do Congresso para o Serviço Social
	7.4.3 Principais atores e articuladores do congresso
	Proposta de atividade
	Recapitulando
	Referências
	FSSSSPSC_C08
	Objetivos do capítulo
	Tópicos de estudo
	Contextualizando o cenário
	8.1 Novo Currículo para o Serviço Social
	8.1.1 O novo Curriculum Mínimo
	8.1.2 O desafio de implementar a nova proposta
	8.2 O Serviço Social deixa a epistemologia
	8.2.1 Superações das Propostas de Inspiração epistemológica
	8.2.2 Crítica à epistemologia
	Crítica à epistemologia positivista
	Crítica à epistemologia fenomenológica
	8.3 A busca de novos caminhos para o Serviço Social dos anos 1980
	8.3.1 Serviço Social e projeto de sociedade emancipatório
	8.3.2 O debate das teorias intermediárias ou teorias da ação
	8.4 Produções teóricas do período de 1980: importante marco histórico profissional
	8.4.1 A obra de Marilda Villela Iamamoto
	8.4.2 A proposta Maria do Carmo Brant Carvalho
	Proposta de atividade
	Recapitulando
	Referências
	Blank Page
	Blank Page
	Blank Page
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	Blank Page
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