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Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp FACULDADE DE IMPERATRIZ – FACIMP MÁRCIA GOMES ANDRADE TEMA VIVÊNCIAS DO ESTÁGIO BÁSICO I EM PSICOLOGIA: ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO(A) NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE MENTAL NO CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADA EM ASSISTÊNCIA SOCIAL Imperatriz 2022 http://wyden.com.br/facimp Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp MÁRCIA GOMES ANDRADE VIVÊNCIAS DO ESTÁGIO BÁSICO I EM PSICOLOGIA: ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO(A) NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE MENTAL NO CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADA EM ASSISTÊNCIA SOCIAL Relatório de estagio apresentado ao curso de Psicologia da Faculdade de Imperatriz – FACIMP, como requisito parcial da disciplina de estagio supervisionado básico I em psicologia. Orientador: Prof. Rosemar Andrade Vasconcelos Imperatriz 2022 http://wyden.com.br/facimp Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp LISTA DE FIGURAS Figura 1 Estrutura do CREAS ............................................................................... 8 Figura 2 - Conhecendo a estrutura do local (CREAS) ........................................... 38 Figura 3 Sala De Reunião Da Equipe Multidisciplinar ......................................... 38 Figura 4 Setores do CREAS ................................................................................ 39 Figura 5 Sala De Atendimento Do Psicólogo ...................................................... 40 Figura 6 Ação Da Pascoa Dos Acadêmicos De Psicologia ................................. 40 Figura 7 Encerramento Do Curso De Manicure Do CRAS Santa Rita ............... 41 Figura 8 Conhecendo A Psicologia Escolar Do Sesi ........................................... 41 Figura 9 Plantão De Atendimento Psicológico Da FACIMP ................................ 42 Figura 10 Avaliação escrita do estágio supervisionado ......................................... 44 Figura 11 Conhecendo as preceptoras do estágio supervisionado ....................... 45 Figura 12 Correção parcial do estágio supervisionado ......................................... 45 Figura 13 Conhecendo a estrutura do CRAS ........................................................ 46 Figura 14 Setor brinquedoteca do CRAS SANTA RITA ........................................ 46 Figura 15 Ministração da palestra no seminário interdisciplinar ............................ 47 Figura 16 Ação do dia das mães no CREAS......................................................... 47 Figura 17 Visita ao lar do idoso renascer .............................................................. 48 Figura 18 Plantão de atendimento psicológico na FACIMP .................................. 48 http://wyden.com.br/facimp Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp SUMÁRIO PRELIMINAR 1 - INTRODUÇAO ......................................................................................................................... 5 2 - JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................ 6 3 - OBJETIVOS ............................................................................................................................. 7 4 - AMBIENTES DE ESTÁGIO ....................................................................................................... 8 5 - METODOLOGIA ...................................................................................................................... 9 6 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................... 10 6.1 - SAÚDE E SAÚDE MENTAL ............................................................................................. 10 6.2 PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO .............................................................................................. 12 6.3 PSICOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES DE TRABALHO - SAUDE MENTAL E PSICOLOGIA DO TRABALHO ............................................................................................................................ 13 6.4 PSICOLOGIA CLÍNICA E SUAS ABORDAGENS .................................................................. 16 6.5 O PSICÓLOGO E A DIVERSIDADE ..................................................................................... 19 6.6 RESUMO DO CAPITULO SETE LIVRO A TÉCNICA DA COMUNICAÇÃO HUMANA ............ 23 6.7 RESUMO DO CONTEÚDO DIGITAL .................................................................................. 28 7- AÇÕES DESENVOLVIDAS E RESULTADOS .............................................................................. 38 8 - CONSIDERAÇOES FINAIS ...................................................................................................... 42 9 – REFERENÇIA ........................................................................................................................ 43 10 ANEXOS E OUTRAS AÇÕES REGISTRO DE FREQUÊNCIA ...................................................... 44 http://wyden.com.br/facimp 5 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp 1 - INTRODUÇAO Estágio básico I no curso de psicologia tem seus objetivos acadêmicos, sendo caracterizado pelo desenvolvimento de práticas supervisionadas que possibilitam exercício integração das competências e habilidades estabelecidas na disciplina de estagio supervisionado básico I do curso de psicologia. Permite que o estudante vivencie experiências profissionais que viabilizam a discussão da realidade afetiva, bem como reflexões éticas sobre seu processo de formação e sobre a atuação do psicólogo na sociedade. A essência deste relatório consiste em apresentar as atividades acompanhadas e desenvolvidas pelos acadêmicos do curso de Psicologia, no Centro De Referência Especializado De Assistência Do Social- CREAS, que tem o intuito de atender as famílias em situação de vulnerabilidade social e ser uma base a elas, as ações sociais são desenvolvidas em equipamentos socioassistenciais como nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). No primeiro momento, foi apresentado pela diretora, o espaço físico do CREAS, a mesma relatou que a estrutura é dividida por setores que são VCI- violência contra idosos e deficientes, VCA- violência contra crianças e adolescente. Este estágio supervisionado apresenta relevância, pois tem a intenção de apresentar a importância do trabalho realizado pelos profissionais do CREAS com famílias, crianças, adolescentes e idosos que sofrem violências. Busca-se alertar para a importância de uma equipe multiprofissional no quadro de funcionários do CREAS no que se refere ao fortalecimento de vínculos no atendimento e proteção. Deste modo, a abordagem dos profissionais do CREAS frente aos casos de violência com crianças e adolescentes requer a construção de um laço de confiança de ambas as partes, uma vez que estes usuários do sistema já se encontram com seus direitos violados e fragilizados. http://wyden.com.br/facimp 6 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp 2 - JUSTIFICATIVA Opresente relatório de estágio supervisionado se faz necessário como um importante instrumento para aplicar o trabalho desenvolvido pelos estagiários do curso de psicologia. O relatório é uma peça fundamental do estágio curricular obrigatório como pré-requisito para a formação do psicólogo. A prática nos centros de assistência social possibilita ao graduando uma experiência teórico-vivencial de grande valor para a formação de um profissional de Psicologia competente e capacitado. A inserção da Psicologia no CREAS/CRAS pode servir como um valioso instrumento na compreensão dos processos inseridos no ambiente social, como também fornecer um olhar diferenciado diante da diversidade e adversidades encontradas nessas unidades públicas de política e Assistência Social, uma visão psicológica fundamentada e alicerçada num pilar teórico, prático, com a orientação de uma supervisão embasada. Possibilitando, assim, um duplo benefício: um auxílio às necessidades das unidades públicas e um verdadeiro aprendizado da práxis ao graduando de psicologia. Tendo como base prática e teórica conhecimentos específicos acerca de Psicologia e educação, Saúde e saúde mental, Psicologia nas organizações de trabalho, Psicologia clínica e suas abordagens, psicólogo e a diversidade. Dentre outros necessários para a realização do presente relatório. http://wyden.com.br/facimp 7 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp 3 - OBJETIVOS • Promover uma reflexão nos acadêmicos do curso de psicologia a acerca de suas dificuldades na atuação dentro do CREAS/CRAS; • Desenvolver a compreensão das atividades desenvolvidas através de experiências vivenciais; • Realizar ações e dinâmicas para promover uma ressignificação nos pontos mais urgentes observados no CREAS/CRAS; • Proporcionar espaços de discussão diferenciados, onde críticas se transformem em sugestões e onde elogios possam ser externados e incentivados; • Capacitar os estagiários no sentido de sua autonomia em termos da resolução de seus próprios problemas; http://wyden.com.br/facimp 8 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp 4 - AMBIENTES DE ESTÁGIO Figura 1 Estrutura do CREAS O ambiente de estagio direcionado pela orientadora foi o centro de referência especializado de assistência social - CREAS, onde nos reunimos com a Coordenadora do CREAS, em que a mesma discorreu sobre as atividades desenvolvidas pela equipe multidisciplinar que é composta pelos seguintes profissionais: coordenador, assistente social, psicólogo, advogado, pedagogo, psicopedagogo. Em Imperatriz, o Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS), fica localizado na Rua Hermes da Fonseca, nº 1204, no Bairro Juçara. A unidade é responsável pela oferta de orientação e apoio especializados e continuados a indivíduos e famílias com seus direitos violados. Além, do CREAS, tem também os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) que são unidades públicas descentralizadas da política de assistência social que tem a responsabilidade de organizar e ofertar os serviços socioassistenciais da Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) nas áreas de vulnerabilidade e risco social do município de Imperatriz. http://wyden.com.br/facimp 9 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp Suas funções: Ofertar o Proteção e Atendimento Integral a Famílias PAIF e outros serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica, para as famílias, seus membros e indivíduos em situação de vulnerabilidade social; articular e fortalecer a rede de Proteção Social Básica local; prevenir as situações de risco em seu território de abrangência fortalecendo vínculos familiares e comunitários e garantindo direitos. Onde encontrar em Imperatriz: CRAS no Bairro Bacuri: Rua Dom Pedro I, nº 1398, Bacuri, CRAS no Bairro Santa Lúcia: Rua 10 S/N, Recanto Universitário, CRAS no Bairro Cafeteira: Av. Liberdade, nº 46, Vila Ipiranga, CRAS no Povoado Coquelândia: Av. João XXIII nº 37, Povoado Coquelândia, CRAS no Bairro Bom Jesus: Avenida da Universidade, S/N, Bom Jesus, CRAS no Bairro Santa Rita: Rua Dom Evaristo Arns, 720 - Bom Sucesso. 5 - METODOLOGIA O Estágio consiste em oferecer um Projeto que atende a uma atividade norteadora da atuação dos psicólogos em demandas do CREAS e CRAS, no qual os acadêmicos têm a oportunidade de vivenciar o contexto teórico, sob outra perspectiva, possibilitando a reflexão sobre a teoria e a prática, conhecimento da futura profissão, bem como a construção de uma identidade profissional. A metodologia empregada para este relatório de estagio supervisionado foi a de observação. A observação pode ser considerada como uma técnica onde são colhidos as impressões e os registros acerca de um determinado fenômeno observado, através de um contato direto com as pessoas observadas ou através de instrumentos que auxiliem o processo de observação, visando assim colher dados suficientes para a realização da pesquisa (Moura, Ferreira & Paine, 1998). Por meio do método de observação os acadêmicos de psicologia registraram as atividades desenvolvidas durante os estágios supervisionados no CREAS, os quais tiveram como objetivo geral proporcionar experiências no âmbito das instituições. http://wyden.com.br/facimp 10 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp 6 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 6.1 - SAÚDE E SAÚDE MENTAL De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS)- "A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade". (OMS/WHO, 1946-2017). OMS define saúde mental como- "um estado de bem-estar no qual um indivíduo percebe suas próprias habilidades, pode lidar com os estresses cotidianos, pode trabalhar produtivamente e é capaz de contribuir para sua comunidade". Em síntese, pode-se entender que existem dois paradigmas principais para discutir os conceitos de saúde e saúde mental, a saber, o paradigma biomédico e o paradigma da produção social de saúde. Reforma psiquiátrica A Reforma Psiquiátrica brasileira foi influenciada pelo movimento reformista italiano. Nos anos 1960, o psiquiatra italiano Franco Basaglia propôs uma reformulação no conceito de loucura, mudando o foco da doença e expandindo-o com questões de cidadania e inclusão social. Tal ideia ganhou adeptos e acendeu um movimento que influenciou o conceito de saúde mental no Brasil. As perspectivas de Basaglia exerceram significativa influência no Brasil. Cumpre lembrar que no país, no fim da década de 1950 os hospícios eram caracterizados por superlotação e maus tratos aos internos. Além disso, do século e XIX até o início do século XX o Brasil vivenciou uma trajetória no campo da saúde denominada de higienista, no qual os hospitais psiquiátricos funcionavam como dispositivos de controle político e social (Amarante, 1995 apud MIRANDAS; 2019). Ademais, de acordo com Amarante (1995 apud MIRANDAS; 2019) a partir dos anos 1960, constituiu-se no Brasil uma autêntica indústria para o enfrentamento da loucura, tendo em conta que os hospitais psiquiátricos conveniados com o poder público incentivaram a cronicidade das doenças com o intuito de manterem os lucros. http://wyden.com.br/facimp 11 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67wyden.com.br/facimp O autor demarca que assim que os militares assumiram o governo do país, houve a celebração de convênios com hospitais psiquiátricos privado. Na década de 2000, com financiamento e regulação tripartite, amplia-se a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), por meio da Lei n.10.216/2001 (Brasil, 2001), dispondo sobre a proteção e direitos de pessoas com transtornos mentais, redirecionamento o modelo assistencial. Em 2002, a Portaria 336 do Ministério da Saúde (2002) apresenta as diretrizes de funcionamento de serviços que atuam na saúde mental, destacando-se os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Centros de Atenção Psicossocial - Álcool e drogas (CAPS Ad). A partir do Decreto Presidencial n° 7508/2011 (Brasil, 2011), a RAPS passa a integrar o conjunto das redes indispensáveis na constituição das regiões de saúde. A partir de então, por meio da Portaria n.3088/2011, a Política Nacional de Saúde Mental propõe as regras de consolidação da RAPS, articulando os diferentes pontos de atenção para pessoas em estado de sofrimento ou transtorno psíquico, ou com problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas, por meio do funcionamento do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS). De modo elucidativo, o RAPS não é um local específico, mas uma definição de rede de assistência à saúde, tal como uma rede de pescador, em que cada nó é um centro de atendimento especifico para cada demanda, todas interligadas. Entre os equipamentos substitutivos ao modelo manicomial, pode-se citar os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência (CeCoS), as Enfermarias de Saúde Mental em hospitais gerais, as oficinas de geração de renda, entre outros. As Unidades Básicas de Saúde cumprem também uma importante função na composição dessa rede comunitária de assistência em Saúde Mental (Brasil, 2013). A proposta do RAPS é garantir a livre circulação das pessoas com sofrimento psíquico pelos serviços, pela comunidade e pela cidade. Sua constituição busca, eminentemente, consolidar a rede horizontal de serviços prestados pelo SUS, organizando as linhas de cuidado a todas pessoas em sofrimento mental e usuários de drogas no âmbito do SUS, seja qual for o nível de http://wyden.com.br/facimp 12 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp complexidade necessário (Vasconcelos, Paiva, & DallaVechia, 2018) garantindo a todo cidadão o direito à saúde, tornando inseparável saúde e cidade. 6.2 PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO No Brasil a Psicologia Escolar, enquanto área de atuação do psicólogo, tem enfrentado uma série de dificuldades e contradições. Na prática além de muitos profissionais atuarem de maneira equivocada. Dessa forma o psicólogo inserido na escola deve buscar o aperfeiçoamento de suas práticas A Psicologia Escolar no Brasil tem tido um significativo desenvolvimento no campo da pesquisa e intervenção. A criação da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional – ABRAPEE, em 1990, foi um dos marcos decisivos que evidenciam esse crescimento na área. No entanto, apesar desse desenvolvimento, a Psicologia Escolar tem sofrido várias críticas em relação à formação e atuação desse profissional. O psicólogo escolar tem substituído o modelo clínico caracterizado por uma intervenção individual dos problemas de aprendizagem e comportamento, para uma prática que envolve diversas ações e que inclui outras formas de intervenção, como a preventiva e a comunitária. No entanto, esses autores salientam que não houve um desaparecimento da forma tradicional de trabalho, mas sim a coexistência de ambas as formas de intervenção. (Guzzo, Martínez e Campos, 2006). Trazendo essas reflexões feitas por esses autores para a área da Psicologia Escolar, pode-se dizer que, para prevenir problemas que possam prejudicar o desenvolvimento emocional e psicológico de uma criança, é necessário uma série de ações que considerem os diferentes contextos em que ela está inserida. Nesse sentido, deve-se buscar estratégias que visem a modificar situações nos contextos familiares, escolares, comunitários e sociais que não favorecem o seu desenvolvimento. Pesquisando sobre a perspectiva preventiva na atuação do psicólogo escolar, Marinho-Araújo e Almeida (2005) apontam algumas contribuições relevantes. De acordo com as autoras, um modelo de atuação institucional preventiva pode ser baseado em quatro ações principais: a realização de mapeamento e de análise institucional a fim de compreender a realidade escolar; a promoção de espaços de escuta psicológica no trabalho voltados às relações interpessoais na http://wyden.com.br/facimp 13 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp escola; a realização de planejamento e de assessoria aos trabalhos coletivos desenvolvidos na escola; e o acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem. 6.3 PSICOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES DE TRABALHO - SAUDE MENTAL E PSICOLOGIA DO TRABALHO Um dos objetivos mais recentes da saúde mental não se restringe apenas a cura das doenças ou a sua prevenção, mas envidar esforços para a implementação de recursos que tenham como resultado melhores condições de saúde para a população. Na visão de Bleger (1984), não interessa apenas a ausência de doenças, mas o desenvolvimento integral das pessoas e da comunidade. A ênfase, então, na saúde mental, desloca-se da doença à saúde e à observação de como os seres humanos vivem em seu cotidiano. Para Dejours (1994), a psicopatologia tradicional está alicerçada no modelo clássico da fisiopatologia das doenças que afetam o corpo. Dedica-se, exclusivamente, ao diagnóstico das doenças mentais, dos transtornos mentais orgânicos, da esquizofrenia, dos transtornos do humor e dos inúmeros transtornos de personalidade. O debate, porém, que este artigo pretende explorar abrange as condições de milhares de pessoas sem imunidade que, embora suportem as pressões, conseguem, de alguma forma, escapar de um transtorno psicótico severo, mas que se mantêm, por assim dizer, no campo da normalidade. Na realidade, ao contrário do que muitos possam supor, a organização do trabalho não cria doenças mentais específicas. Os surtos psicóticos e a formação das neuroses dependem da estrutura da personalidade que a pessoa desenvolve desde o início da sua vida, chegando a certa configuração relativamente estável, após o período de ebulição da adolescência quando as condições sociais são relativamente favoráveis, antes mesmo da pessoa entrar no processo produtivo. No entanto, "o defeito crônico de uma vida mental sem saída mantido pela organização do trabalho, tem provavelmente http://wyden.com.br/facimp 14 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp um efeito que favorece as descompensações psiconeuróticas" (Dejours, 1992:122). Atualmente, observa-se uma pressão constante contra a grande massa de trabalhadores existente em quase todo o mundo. Uma ameaça com objetivo certeiro faz com que milhares de pessoas sintam-se sobressaltadas, pois a única ferramenta de que dispõem, sua força de trabalho, pode ser dispensada a qualquer momento. O desprezo assola o universo do trabalho e traz consequências drásticas para todos os que têm em seu trabalho sua única forma de sobrevivência. Contudo, a força de trabalho exigida precisa de especial qualificação, mesmo que seja, como antigamente, para apertar um simples botão. Assim, para a maior parte das atividades, exige-se um trabalhador complexo, que saiba muito mais além do que seria preciso para a execução de determinada tarefa. Adefinição de paradoxo do trabalho são pensamento, proposição ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano”. Um dos maiores papas no mundo do direito do trabalho, Christophe Dejours, cientista francês que estuda o fenômeno trabalho e loucura, assinalou na última palestra que fez que no Brasil, na fundação Getúlio Vargas, que “não existe trabalho sem sofrimento”. A tendência atual da sociedade parece ser a de negar essa realidade, pois o trabalho é sempre visto de forma positiva e é considerado como elemento integrante da construção da personalidade, influenciando diretamente o conceito da autoestima do indivíduo. De fato, através do trabalho o homem ascende a uma condição de superioridade na vida e gera riqueza. Também se destaca aquele indivíduo que sabe lidar com as pressões do trabalho sem se contaminar por sentimento de tristeza e ansiedade. Contudo, um paradoxo se estabelece. Pois, as exigências do mundo do trabalho o transformaram sobejamente. Na sociedade atual, o ambiente de trabalho http://wyden.com.br/facimp 15 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp está se deteriorando de tal forma que o trabalho deixa de ser algo que gratifica e motiva, para se tornar um elemento desconstrutor da identidade.Hoje, o discurso manifesto encontrado nos folhetins que tratam das relações do trabalho parece demonstrar insistente preocupação com a melhoria da qualidade de vida dos que trabalham. Embora não exista uma definição consensual sobre a expressão "Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)", o termo vem sendo utilizado com diferentes conteúdos e significados sua origem, segundo Trist (1981), concerne a uma conferência internacional sediada em Arden House, em 1972, cujo tema principal versava sobre os "Sistemas Sociotécnicos". Não obstante, já no final da década de 50, quando o capital americano promove uma recessão para organizar o seu parque industrial, observa-se certa preocupação com esse assunto nos países que ditavam a política do capitalismo. Em geral, não são facilmente diagnosticadas o que prejudica o processo de tratamento e afetam sobretudo trabalhadores do sexo feminino, das mais variadas atividades, com maior incidência entre os dezoito e trinta e cinco anos. Parece até que, pelo encolhimento do mercado de trabalho, as lutas dos trabalhadores restringem-se apenas à sobrevivência, assim como o quadro histórico encontrado no início do século passado, em que a luta era para não morrer, não importando o preço que teria de ser pago. No entanto, se a qualidade de vida do trabalhador é vista, pelo menos como uma política de relações públicas, ou como uma meta quase recorrente, deve-se perguntar o que no trabalho pode ser apontado como fonte específica de nocividade para a vida mental. “A preocupação Atual no ramo capitalista, é a qualidade de vida dos trabalhadores, especialmente dos que vivem no terceiro mundo, já que muitas doenças diagnosticadas psicologicamente, pela causa do excesso de trabalho, em maior quantidade do sexo feminino.” (Capitão, Heloani, p., 105, 2003). http://wyden.com.br/facimp 16 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp A trama em que essa questão está envolta é quase evidente: a luta pela sobrevivência leva a uma jornada excessiva de trabalho, e as condições em que o trabalho se realiza repercutem diretamente na fisiologia do corpo. Rompimento de vínculos de relações fundamentais para manutenção e fortalecimento da subjetividade humana atua de certa forma que pode desencadear o assédio moral, o qual tem sido compreendido, atualmente, como a exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho; Mesmo assim, logo as relações ficam mais desumanas e aéticas, nas quais predominam os desmandos, a manipulação do medo, a competitividade desenfreada e os programas de qualidade total associados à produtividade e dissociados da QVT. Quando a produtividade exclui o sujeito podem ocorrer as seguintes situações: reatualização e disseminação das práticas agressivas nas relações entre os pares, gerando indiferença ao sofrimento do outro e naturalização dos desmandos administrativos; Resta, então, deduzir que, em grande parte, o sofrimento mental do trabalhador é consequência direta dessa organização, isto é, da divisão do trabalho, do conteúdo da tarefa, do sistema hierárquico, das modalidades de comando, das relações de poder. Executar uma tarefa sem envolvimento material ou afetivo exige esforço de vontade que em outras circunstâncias é suportado pelo jogo da motivação e do desejo. “Quando o progresso e o avanço dessa relação são bloqueados por algum motivo ou circunstância, observa-se a incidência do sofrimento. ” 6.4 PSICOLOGIA CLÍNICA E SUAS ABORDAGENS Analise bioenergética foi criada por Alexandre Lowen, com base em preceitos da proposta reichiana, de Wilhelm Reich, se trata de uma abordagem que leva em consideração os fatores psíquicos e a observação do corpo. A análise bioenergética, portanto, parte da premissa de que há uma interligação entre corpo e mente. http://wyden.com.br/facimp 17 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp Behaviorismo - O behaviorismo é uma filosofia criada pelo psicólogo John B. Watson e repensada por Burrhus Frederic Skinner. A partir disso, nascem as abordagens psicológicas relacionadas ao comportamento, que entendem que os fatores psicológicos que influenciam as ações são importantes, ou seja, mente e corpo são um só. Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) Criada pelo neurologista e psiquiatra Aaron Beck, A TCC é um desdobramento do Behaviorismo, a sua principal linha de pensamento diz respeito à relação entre a compreensão de acontecimentos por parte das pessoas e os comportamentos que são provenientes disso. Ou seja: está tudo atrelado à como os indivíduos compreendem a realidade. Os estudos parecem concordar com a crescente importância dada à relação terapêutica nas abordagens cognitivo-comportamentais, sobretudo a influência da pessoa do terapeuta nesta relação. Inicialmente, a relação terapêutica foi negligenciada nas terapias comportamentais por perseguirem uma intervenção exclusivamente técnica a partir da aplicação de ferramentas cientificamente testadas e validadas, sem a participação do terapeuta. Contudo, o cenário científico vem se modificando e os resultados das pesquisas apontam para a importância da qualidade da relação terapêutica no sucesso do tratamento, bem como dos atributos interpessoais do paciente e do profissional envolvidos neste processo (Abreu, 2003; Banaco, 1993; Braga & Vandenberghe, 2006; Cavalheiro & Melo, 2016; Falcone, 2004; Falcone & Azevedo, 2006; Machado & Vandenberghe, 2014; Pinho & Figueiredo, 2012; Rangé, 1995; Vandenberghe, 2006). Psicanálise de Freud, Lacan, teoria de Winnicott Freud é conhecido como o pai da psicanálise e idealizou a primeira escola vienense de psicoterapia. A sua abordagem relaciona os sofrimentos psíquicos e as emoções reprimidas do passado que não foram esquecidas. Segundo ele, quando o paciente relembra tais emoções e as traz para a consciência, os problemas são resolvidos. Psicanálise de Lacan - Jacques Lacan foi um psicanalista francês que criou a psicanálise lacaniana. Ele estudou Freud e uniu a sua abordagem à filosofia e linguística, tornando as ideias mais abertas. http://wyden.com.br/facimp 18 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67wyden.com.br/facimp A linguística, portanto, é o principal ponto da teoria de Lacan, afirmando que para entender o ser humano, seu inconsciente e o psiquismo, é preciso conhecer a sua linguagem. Dessa forma, o psicólogo entende que a representação de algo é mais importante do que aquilo enquanto figura. Teoria de Winnicott - A abordagem criada por Donald Winnicott é pautada na relação entre mãe e filho, porém, tem diferenças da linha freudiana, pois é voltada à pluralidade de “presenças” que a progenitora pode ter na vida de seus filhos e em como o meio impacta tal relacionamento. Psicologia Analítica Junguiana Carl Gustav Jung foi um psiquiatra um discípulo de Freud e criou a psicologia analítica junguiana. Há um conceito bem importante nessa teoria que é a autorregulação da psique, ou seja, é preciso mensurar a quantidade de energia que será dedicada a cada ponto ou acontecerá uma regulação. A sessão costuma contar com a participação ativa tanto do paciente como do psicólogo. A arte tem um espaço importante dentro desse tipo de tratamento, mas, não devemos colocar essa linha teórica em um lugar excessivamente místico. Gestalt-Terapia, nasceu entre 1940 e 1950. Foi criada por sete intelectuais, sendo interessante destacar Fritz Pearls. Trata-se de uma abordagem humanista, que acredita na capacidade das pessoas de se autorregularem e se desenvolverem. Durante as sessões, é necessário que o paciente se conecte com ele mesmo e consiga criar estratégias para lidar com determinadas situações. Segundo Freitas (2016), o trabalho do gestalt-terapeuta é apoiar seus clientes no processo de descoberta de si, acompanhando-os nessa jornada de maneira a ampliar sua awareness, seu crescimento e amadurecimento pessoal, com possibilidades de construir relações vitalizadoras. Psicodrama esta abordagem da psicologia foca na relação entre as pessoas. Além disso, o Psicodrama é parte de um conceito maior, a Socionomia, que é o estudo das leis que regem os grupos humanos. http://wyden.com.br/facimp 19 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp As sessões ocorrem com o suporte de ações, ou seja, representações que visam estimular o entendimento que o paciente tem do mundo e de si mesmo. Com isso, o objetivo é proporcionar algo concreto e, por isso, as sessões vão além da fala, contemplando dinâmicas e exercícios. Abordagem centrada na pessoa esta abordagem da psicologia coloca o paciente como ponto central da sua própria história e tem como base as correntes de pensamento humanista. Esta teoria parte da ideia de que todas as pessoas buscam pelo crescimento e desenvolvimento de si mesmo. A melhor palavra para definir esta abordagem é a autonomia, portanto, o paciente será capaz de dizer quando se sente preparado para se colocar no centro de tudo e seguir a sua vida. 6.5 O PSICÓLOGO E A DIVERSIDADE Resolução nº 13 / 2007 – Institui a Consolidação das Resoluções relativas ao Título Profissional de Especialista em Psicologia e dispõe sobre normas e procedimentos para seu registro. A Comissão Permanente de Orientação e Fiscalização (COF), ressalta as seguintes informações a respeito do exercício profissional do(a) psicólogo(a) nas diversas áreas de atuação da psicologia: A formação do psicólogo o habilita a atuar em qualquer uma das áreas da psicologia, descritas na Resolução CFP 13/2007, no art.3º sendo elas: Psicologia Escolar/Educacional; Psicologia Organizacional e do Trabalho; Psicologia de Trânsito; Psicologia Jurídica; Psicologia do Esporte; Psicologia Clínica; Psicologia Hospitalar; Psicopedagogia; Psicomotricidade; Psicologia Social; Neuropsicologia. Resolução CFP n° 3/ 2016 -Art.1 º Incluir a Psicologia (em) Saúde no rol das especialidades de que trata o art. 3º da Resolução CFP 13/2007. Resolução CFP nº 18/2019 - Art. 1º Incluir a Avaliação Psicológica no rol das especialidades de que trata o artigo 3º da Resolução CFP nº 13, de 2007. http://wyden.com.br/facimp 20 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp Psicólogo especialista em Psicologia Escolar/Educacional Atua no âmbito da educação formal realizando pesquisas, diagnóstico e intervenção preventiva ou corretiva em grupo e individualmente. Envolve, em sua análise e intervenção, todos os segmentos do sistema educacional que participam do processo de ensino- aprendizagem. Nessa tarefa, considera as características do corpo docente, do currículo, das normas da instituição, do material didático, do corpo discente e demais elementos do sistema. Atividades a serem desenvolvidas: aplicar conhecimentos psicológicos na escola, concernentes ao processo ensino-aprendizagem, em análises e intervenções psicopedagógicas; referentes ao desenvolvimento humano, às relações interpessoais e à integração família-comunidade-escola, para promover o desenvolvimento integral do ser; implementar programas para desenvolver habilidades básicas para aquisição de conhecimento e o desenvolvimento humano; validar e utilizar instrumentos e testes psicológicos adequados e fidedignos para fornecer subsídios para o replanejamento e formulação do plano escolar, ajustes e orientações à equipe escolar e avaliação da eficiência dos programas educacionais. Psicólogo especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho, Atua em atividades relacionadas a análise e desenvolvimento organizacional, ação humana nas organizações, desenvolvimento de equipes, consultoria organizacional, seleção, acompanhamento e desenvolvimento de pessoal, estudo e planejamento de condições de trabalho, estudo e intervenção dirigidos à saúde do trabalhador. Desenvolve, analisa, diagnostica e orienta casos na área da saúde do trabalhador, observando níveis de prevenção, reabilitação e promoção de saúde. Desempenha atividades relacionadas ao recrutamento, seleção, orientação e treinamento, análise de ocupações e profissiográficas e no acompanhamento de avaliação de desempenho de pessoal, atuando em equipes multiprofissionais. Utiliza métodos e técnicas da psicologia aplicada ao trabalho, como entrevistas, testes, provas, dinâmicas de grupo, etc. para subsidiar as decisões na área de recursos humanos como: promoção, movimentação de pessoal, incentivo, http://wyden.com.br/facimp 21 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp remuneração de carreira, capacitação e integração funcional e promover, em consequência, a autorrealização no trabalho. Psicólogo especialista em Psicologia de Trânsito, procede ao estudo no campo dos processos psicológicos, psicossociais e psicofísicos relacionados aos problemas de trânsito; realiza diagnóstico da estrutura dinâmica dos indivíduos e grupos nos aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais. Realiza avaliação psicológica em condutores e candidatos à carteira de habilitação; participa de equipes multiprofissionais no planejamento e realização das políticas de segurança para o trânsito. Desenvolve ações educativas com: diretores e instrutores dos Centros de Formação de Condutores, examinadores de trânsito e professores dos diferentes níveis de ensino; realiza pesquisas científicas no campo dos processos psicológicos, psicossociais e psicofísicos, para elaboração e implantação de programas de saúde, educação e segurança do trânsito. Estuda os efeitos psicológicos do uso de drogas e outras substâncias químicas na situação de trânsito; Analisa os acidentes de trânsito, considerando os diferentes fatores envolvidos para sugerir formas de evitar e/ou atenuar as suas incidências; elabora laudos, pareceres psicológicos, relatórios técnicos e científicos;desenvolve estudos sobre o fator humano para favorecer a elaboração e aplicação de medidas de segurança. Psicólogo especialista em Psicologia Jurídico, Atua no âmbito da Justiça, colaborando no planejamento e execução de políticas de cidadania, direitos humanos e prevenção da violência, centrando sua atuação na orientação do dado psicológico repassado não só para os juristas como também aos indivíduos que carecem de tal intervenção, para possibilitar a avaliação das características de personalidade e fornecer subsídios ao processo judicial, além de contribuir para a formulação, revisão e interpretação das leis avalia as condições intelectuais e emocionais de crianças, adolescentes e adultos em conexão com processos jurídicos, seja por deficiência mental e insanidade, testamentos contestados, aceitação em lares adotivos, posse e http://wyden.com.br/facimp 22 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp guarda de crianças, aplicando métodos e técnicas psicológicas e/ou de psicometria, para determinar a responsabilidade legal por atos criminosos; Atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais, Justiça do Trabalho, da família, da criança e do adolescente, elaborando laudos, pareceres e perícias, para serem anexados aos processos, a fim de realizar atendimento e orientação a crianças, adolescentes, detentos e seus familiares; Psicólogo especialista em Psicologia do Esporte: A atuação do psicólogo do esporte está voltada tanto para o esporte de alto rendimento, ajudando atletas, técnicos e comissões técnicas a fazerem uso de princípios psicológicos para alcançar um nível ótimo de saúde mental, maximizar rendimento e otimizar a performance, quanto para a identificação de princípios e padrões de comportamentos de adultos e crianças participantes de atividades físicas. Orienta pais ou responsáveis nas questões que se referem a escolha da modalidade esportiva e a consequente participação em treinos e competições, bem como o desenvolvimento de uma carreira profissional, e as implicações dessa escolha no ciclo de desenvolvimento da criança. Psicólogo especialista em Psicologia Clínica: Atua na área específica da saúde, em diferentes contextos, através de intervenções que visam reduzir o sofrimento do homem, levando em conta a complexidade do humano e sua subjetividade. As intervenções tanto podem ocorrer a nível individual, grupal, social ou institucional e implicam em uma variada gama de dispositivos clínicos já consagrados ou a serem desenvolvidos, tanto em perspectiva preventiva, como de diagnóstico ou curativa. Psicólogo especialista em Psicologia Hospitalar: Atua em instituições de saúde, participando da prestação de serviços de nível secundário ou terciário da atenção à saúde. Atua também em instituições de ensino superior e/ou centros de estudo e de pesquisa, visando o aperfeiçoamento ou a especialização de profissionais em sua área de competência, ou a complementação da formação de outros profissionais de saúde de nível médio ou superior. http://wyden.com.br/facimp 23 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp Atende a pacientes, familiares e/ou responsáveis pelo paciente; membros da comunidade dentro de sua área de atuação; membros da equipe multiprofissional e eventualmente administrativa, visando o bem estar físico e emocional. E demais áreas de atuação tais como: Psicólogo especialista em Psicopedagogia, Psicólogo especialista em Psicomotricidade, Psicólogo especialista em Psicologia Social, Psicólogo especialista em Neuropsicologia, Psicólogo especialista em Saúde, Psicólogo especialista em Avaliação Psicológica. 6.6 RESUMO DO CAPITULO SETE LIVRO A TÉCNICA DA COMUNICAÇÃO HUMANA Toda a precariedade da Comunicação humana reside em dois obstáculos fun- damentais: a Personalidade e a Linguagem. A Comunicação humana é essencial- mente individual e, sendo individual, é afetada pela personalidade, o que torna problemático o significado. A Linguagem sempre foi imperfeita. Bacon refere-se ao caráter diabólico da Linguagem, afirmando que as palavras “atiram tudo à confusão, e afundam a humanidade em vãs e falazes controvérsias sem fim”! Hobbes acreditava que a Linguagem “embaraça a mente em uma rede de palavras”; Locke tem dúvidas sobre a Ciência, devido a suas “palavras difíceis ou mal aplicadas, com pouco ou nenhum significado, confundidas com profundos conhecimentos e altas especulações”. Com o objetivo de estabelecer uma sistemática no estudo dos obstáculos à Comunicação humana, vamos dividi-los em dois, os obstáculos devidos à personalidade nascem dos preconceitos, educação, hereditariedade, meio, experiências individuais, estado fisiológico e emocional de todos os envolvidos, inclusive os relativos à atenção individual, capacidade de con- centração, etc. A Linguagem antepõe inúmeras dificuldades à efetividade da Comunicação humana: a polissemia, os pleonasmos, os exageros, as negativas que afirmam e as afirmativas que negam, as graduações, os rodeios, as gírias, as tentativas frustradas de chegar-se à univocidade, e toda a complexidade do significado. Outros obstáculos- los à Comunicação humana provenientes da Linguagem. http://wyden.com.br/facimp 24 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp A Linguagem é responsável pela autossuficiência. Somos levados a extremos, por nossa capacidade de afirmar, e, por isso, nossas avaliações tomam a parte pelo todo, repetindo o poema de John Saxe sobre os seis professores cegos do Industão e a definição de um elefante: cada um o definiu de acordo com a parte do corpo do animal que as suas mãos tocavam. Haney (1960) recomenda, para corrigir a “autossuficiência”, desenvolver uma humildade sincera, estribada na convicção de que ninguém nunca poderá saber tudo sobre qualquer coisa. “Ser consciente da própria ignorância é o primeiro passo para a sabedoria”, escreveu Disraeli. Precisamos abrir a mente às mensagens do mundo exterior. Devemos desconfiar sempre que nos sentirmos completamente seguros de nossos conhecimentos sobre determinado assunto. Stuart Chase cita Chester Bowles, e seu livro “Ambassador’s Report”: Depois de três semanas na Índia, pareceu-me fácil escrever um livro sobre esse país, mas, depois de dezoito meses, comecei a perceber que quase tudo quanto já escrevera a respeito da Índia estava irremediavelmente errado. E, à medida que permanecia no país, cada vez mais me parecia difícil escrever um livro idôneo sobre a Índia. É essencial, na Comunicação humana, realizar o “culto do etc.”. Por mais sá- bios, minuciosos e profundos, caberá sempre a nossos conhecimentos a lucidez de um etc. Até no mais formal dos governos, o “etc.” adquiriu foros de nobreza. Os documentos oficiais da Inglaterra começam com estas palavras: “Elizabeth the second, by the grace of God of the United Kingdom of Great Britain and Northern Ireland and of her other realms and territories queen, head of the Common-wealth Defender of the Faith, etc., etc.” Segundo Pascal, na medida em que se tem mais espírito, acha-se que há mais homens originais. As pessoas comuns não encontram diferenças entre os homens. Em 1940, Alberto era meu colega na Faculdade de Direito. Admirava-o pela inteligência, pela autenticidade. Encontro-o vinte anos depois. É deputado, e toda a sua vida gira em torno da política. Surpreendo-me, irrito-me, desencanto-me, quando percebo que, embora continue brilhante, Alberto perdeu toda a autenticidade; age http://wyden.com.br/facimp 25 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67wyden.com.br/facimp calculadamente, e cada ato possui complicadas ilações políticas que o preocupam. Como é possível uma pessoa mudar tanto? O problema das avaliações congeladas na Comunicação humana é a ressurrei- ção da multimilenar disputa entre Heráclito e Parmênides: tudo muda contra nada muda. Essa competição, a Filosofia já a resolveu há muito tempo. Parmênides acre- ditava que as palavras tinham um significado constante, enquanto hoje se admite, com Heráclito, não existirem duas pessoas que, “empregando a mesma palavra, tenham a mesma ideia em sua mente”.Conforme Oscar Wilde, nem sempre se pode classificar um homem, com justiça, pelo que faz. Este pode observar as leis e ser desprezível. Pode, ao contrário, desobedecer às leis e ser magnífico. Pode ser mal, sem nunca ter feito nada de mau, como também pode cometer um crime contra a sociedade e alcançar, mediante esse delito, sua verdadeira perfeição. Erich Fromm ao introduzir em sua caracterologia o tipo de orientação mer- cantil faz um libelo contra o mercado da personalidade e conclui, com amargura, um estudo sobre o peso com que atributo e relação entram no sucesso pessoal. Segundo Erich Fromm, o sucesso depende, em grande parte, de quão bem a pessoa sabe vender-se no merca- do, de quão bem sabe fazer sua personalidade impressionar o público. O comportamento humano não pode ser interpretado em termos de preto e branco. Nem sempre o que se exterioriza nesse comportamento é o que existe subjetivamente. Mas, desses estados transitórios fazer-se permanência, há considerável distância. As aparências podem enganar, e assim também as evidências. Nessa ordem de considerações não chegamos a lugar nenhum. O que se procura na Comunicação humana é a coincidência entre a personalidade subjetiva, a que existe interiormente, e a objetiva, que se manifesta exteriormente. Da mesma forma que o significado é inseparável do contexto, a personalidade está ligada ao comportamento, à sua reação individual e ao meio social. Por meio da Comunicação humana, a personalidade deixa de ser cogitação fi- losófica de iniciados, impregnando-se do pragmatismo característico da civilização industrial e tecnológica em que vivemos. http://wyden.com.br/facimp 26 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp Conforme Erasmo o ânimo do homem é de tal maneira esculpido, que muito mais lhe agrada a ficção do que a verdade. As histórias dos discos voadores mantêm-se em evidência, com altos e baixos na popularidade, desde 24 de julho de 1947, quando Kenneth Arnold viu sobre o monte Rainier, no Estado de Washington, nove objetos circulares, formados em ca- deia diagonal, deslocando-se em alta velocidade.13 Contam-se às dezenas as incursões de discos voadores aos céus do Brasil. Em nenhuma cidade ou vilarejo os deixaram de ser vistos por alguém. Indivíduos e multidões, homens, mulheres e crianças, pessoas de todas as idades e condições sociais, viram os discos voadores, e estão dispostos a testemunhar de público suas experiências, embora apenas um dentista de Santos tenha declarado haver voado num disco. Varginha, no sul de Minas Gerais, tornou-se a capital dos ETs, esses simpáticos seres extraterrestres. Moradores da cidade, centro da região produtora de café, dizem ter visto objetos voadores não identificados (neste caso, naves espaciais de uma civilização extraterrestre). Com isso, a cidade ficou famosa, e passou a receber elevado número de turistas. Num tempo não muito distante, sacerdotes hindus transportaram-se para as mais altas montanhas, na expectativa de escapar ao fim do mundo. Nos Estados Unidos, na Itália, em diversos países, não se passa um ano sem que surjam “iluminados” e seus discípulos a entregarem-se a mortificações, na convicção do fim do mundo. Muitas seitas religiosas têm nascido desses movimentos frustrados de credulidade pública. Muitos foram os que se angustiaram com a chegada da virada do milênio, sob a crença, baseada em profecias, de que o mundo chegaria ao fim. No Brasil, tivemos, desde Antônio Conselheiro e Padre Cícero, até um li- vro sobre discos voadores escrito por um idôneo ex-comandante da Aviação Civil; incluem-se na lista os milagres do Padre Donizetti e do mineiro Arigó, este ca- paz de fazer qualquer operação cirúrgica em minutos, sem olhar para o paciente, utilizando- se de simples faca de cozinha. Relatos e bibliografia sobre o assunto são muito ricos na atualidade. http://wyden.com.br/facimp 27 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp O fascínio que sobre nós exerce o sobrenatural reflete-se em uma série de obstáculos à efetividade da Comunicação humana, todos eles classificáveis sob a denominação genérica de “geografite”, a tendência de irmos mais pelos mapas do que pelos territórios. A permanência do prestígio da Grafologia e da Astrologia é algo digno de con- sideração. Muitas revistas femininas mantêm seções de Grafologia, e os principais jornais trazem predições astrológicas. Há pessoas que não saem de casa sem antes consultar o horóscopo. Uma vez que alguém defina determinado problema como complexo, sua inclinação será invariavelmente a de procurar uma solução através de técnicas complexas. (Wiixiam V. Haney). É fácil imaginar-se a complicação que consistia para os matemáticos puros, discípulos de Pitágoras, lotarem suas mentes de raciocínios exatos e obrigarem seus corpos a regras tão disparatadas. Novas proposições deixaram de ser descobertas porque o filósofo se abaixou para apanhar a régua que lhe caíra das mãos. Hume escreveu que era muito comum intrometerem-se os filósofos no terre- no dos gramáticos, e embarcarem em disputas de palavras, “enquanto imaginam manter controvérsias do mais profundo interesse e importância”. Com o respeito que inspiram as cogitações dos grandes metafísicos, não se pode deixar de pensar em Hume diante do invariável-indivisível e do variável-divisível de Platão, ou na distinção entre matéria e forma, de Aristóteles. A tendência à complicação explica o cipoal de palavras da Filosofia, muralha chinesa a esconder o conhecimento. Bacon duvidava da possibilidade de alguém compreender, um dia, o que fossem “causa primeira não causada”, ou “primeiro motor não movido”; os filósofos manipulam os infinitos com a tranquila segurança com que os gramáticos manejam os infinitivos. O Escólio I da Ética de Spinoza reza: Vê-se, pois, que, mesmo que sejam concebidos dois atributos como real- mente distintos, isto é, um sem auxílio do outro, não podemos concluir daí, entretanto, que eles constituam dois seres, isto é, duas substâncias diferentes, porque é da natureza da substância que cada um de seus atributos seja concebido por si; uma vez que todos os atributos que ela possui exis- tiram ao mesmo tempo nela, e que um não pode ser produzido por outro, mas cada http://wyden.com.br/facimp 28 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp um exprime a realidade ou o ser da substância. Não é, portanto, absurdo, referir vários atributos a uma mesma substância; ao contrário, na natureza, nada há de mais claro do que isto: cada ser deve ser concebido sob certo atributo e a realidade ou ser que possui é proporcional ao número de atributos que exprimem a necessidade, ou, por outro, a eternidade e a infinidade; e, consequentemente, também isto: o ser absolutamente infinito deve ser necessariamente definido (como se disse na Def. VI) o ser que é constituído por uma infinidade de atributos cada um dos quais exprime certa essência eterna e infinita. Se se perguntar agora qual é o sinal que nos permite reconhecera diversidade das substâncias, leiam-se as proposições seguintes: mostram elas que não existe na Natureza senão uma única substância e que esta é absolutamente infinita, o que torna escusada a procura de tal sinal. A própria ideia da Divindade reduz-se a um aglomerado de atributos quase puramente verbais.16 O conjunto dos atributos metafísicos imaginados pelo teólogo é somente confusa reunião de pedantes adjetivos. O verbalismo passa a ocupar o lugar da Visão da realidade. “Deus é a causa primeira e possui uma existência per si; é necessário e absoluto, absolutamente ilimitado, infinitamente perfeito: é uno e único, espiritual, metafisicamente simples, imutável, eterno, onipotente, onisciente, onipresente”. Cita Juan Cuatrecasas que a linguagem é indefinidamente variável em suas formas. A parábola bíblica da torre de Babel mostra-nos a transcendência desta variedade paradoxal que transforma um meio de comunicação em meio de incompreensão. 6.7 RESUMO DO CONTEÚDO DIGITAL Explicar o conceito de entrevista psicológica para fins de aprofundamento nos paradigmas essenciais sobre o assunto, a fim de que você compreenda como conduzir uma entrevista na prática profissional e como transmitir segurança e empatia ao paciente. Os motivos que levam uma pessoa a procurar ajuda psicoterápica podem ser os mais diversos: busca por autoconhecimento, auxílio no enfrentamento de traumas, sintomas relacionados a transtornos psiquiátricos, dificuldade para lidar com sentimentos intensos, padrões disfuncionais de pensamentos, comportamentos inadequados que trazem sofrimento e que se repetem em http://wyden.com.br/facimp 29 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp padrões não percebidos pelo próprio indivíduo. Independentemente do motivo pela busca da Psicoterapia, é sempre importante que o profissional siga certos objetivos para que o processo terapêutico seja construído de forma saudável e eficaz. Nesse aspecto, a entrevista psicológica pode ser considerada um dos objetivos primordiais para se construir uma boa relação terapêutica e uma boa compreensão sobre o paciente (MURTA & ROCHA, 2014). A necessidade de compreender aquele que procura o profissional de Psicologia é de suma importância para se ir além do que essa pessoa apresenta como queixa. Aquele que busca o auxílio de um(uma) psicólogo(a) traz consigo um grande quebra- cabeças e o objetivo do profissional, portanto, é reunir e organizar dados importantes sobre a vida dessa pessoa, agrupando o máximo de peças possíveis do quebra- cabeças com o objetivo de obter uma imagem adequada daquilo que se deseja investigar. A maneira mais direta de se saber o que se passa com uma pessoa é perguntando a ela, e isso é o que uma entrevista se propõe a fazer. Segundo Perpiñá (2012), sua versatilidade é tal que, embora tenha nascido em um contexto de avaliação e diagnóstico, a entrevista psicológica tem sido utilizada com muitas outras funções no processo de avaliação-intervenção, mesmo fora do campo da saúde ou da relação de ajuda. De forma geral, nas áreas de ciências humanas, sociais ou da saúde, uma entrevista pode ser definida como um processo interpessoal no qual o entrevistador almeja obter informações acerca do entrevistado, tendo este primeiro um objetivo claro a alcançar e questões para responder. No campo da Psicologia, pode-se dizer que a entrevista psicológica tem o objetivo específico de descobrir, por meio de perguntas formuladas pelo entrevistador, aquilo que não está aparente no entrevistado, mas se manifesta em forma de pensamentos, emoções e comportamentos com objetivos psicológicos específicos e seguindo referenciais teóricos demarcados. Em psicologia, a entrevista clínica é um conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por um entrevistador treinado, que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma relação profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos (indivíduo, http://wyden.com.br/facimp 30 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp casal, família, rede social), em um processo que visa fazer recomendações, encaminhamentos ou propor algum tipo de intervenção em benefício das pessoas entrevistadas. (TAVARES, 2003, p. 45) A entrevista psicológica é essencial, uma vez que é a partir dela que o profissional irá conhecer o paciente, acolhê-lo, compreender os motivos da demanda, levantar as primeiras hipóteses e planejar quais os passos seguintes no trabalho a ser desenvolvido, estabelecer a relação terapêutica e o contrato com o cliente. É também importante que, ao longo da entrevista, o profissional ajude o cliente a compreender os objetivos que serão explorados ao longo de todo o processo psicológico contratado. O psicólogo ou estagiário de Psicologia que está iniciando suas experiências na prática da profissão, pode sofrer certa inquietude pelo fato de que a quantidade de informações e todos os aspectos a serem analisados em uma entrevista inicial acabem sendo difíceis de serem concluídos em apenas um encontro. Por isso, não raramente, fala-se em “entrevistas iniciais” ao invés de seu termo no singular, já que é comum e esperado que os primeiros encontros sejam destinados a realização dos inquéritos necessários até que o máximo de questões tenham sido satisfatoriamente investigadas (TAVARES, 1990). Segundo Almeida (2004), é necessário mencionar a importância do equilíbrio entre o domínio das técnicas clínicas específicas e a capacidade de interação adequada com o entrevistado. Desta forma, diversos autores enumeram diferentes condições e regras de ouro a seguir na entrevista psicológica. A entrevista mostra-se uma prática muito rica e em constante construção, sendo adaptada e enriquecida por todos os campos e abordagens nos quais é utilizada. Há relativa concordância entre autores de que a entrevista ganhou importância no campo clínico com o psiquiatra alemão Emil Kraepelin (1856 – 1926), no final do século XIX, cujo interesse era explorar em detalhe os sintomas do paciente e diagnosticá-lo segundo classificação de transtornos mentais. Nesse ponto, é importante mencionar a diferença entre a entrevista psiquiátrica e a entrevista psicológica, uma vez que ambas podem ser complementares. http://wyden.com.br/facimp 31 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp A prática clínica em Psicanálise trouxe uma contribuição importante para o aprimoramento da entrevista psicológica, uma vez que a entrevista passou a ser ponto crucial para estimular a fala espontânea do paciente, por meio de suas associações livres, e porque passou a dar mais ênfase aos processos psicológicos e menos ao diagnóstico. Houve também importante contribuição da Sociologia, a qual, segundo Sullivan (1970) e seu método de observação participante, compreende a entrevista como uma díade em que, tanto entrevistador, quanto entrevistado participam ativamente. Por fim e não menos importante, Carl Rogers (1973), em sua abordagem centrada na pessoa, conferiu à entrevista psicológica uma prática não diretiva, cujo objetivo passou a ser compreender o paciente despindo-se de quaisquer conceitos, focando apenas na expressão e aceitação emocional manifestadas. Bleger (1998) é um dos autores mais famosos que explana as particularidades da entrevista psicológica em que, ao delimitar a entrevista psicológica como técnica, destaca que ela possui seus próprios procedimentos ou regras empíricas. Segundo Bleger (1998), existe uma duplicidade muito especial na entrevista psicológica que determina que esta técnica funcionecomo instrumento de coleta de dados, desde o ponto de vista científico, até o profissional. A entrevista inicial em Psicanálise demanda a aplicação cuidadosa e empática por parte do terapeuta de um rico arcabouço teórico e técnico em um período limitado. Em uma consulta inicial, o terapeuta escuta, interage e avalia a motivação do cliente, seu estado mental, a força do ego, as tensões atuais, a experiência de si mesmo e dos outros, possíveis defesas, assim como a integridade do superego, o potencial de resposta a diferentes intervenções e, por último, e não menos importante, a qualidade da relação a ser desenvolvida com o terapeuta. Segundo Yalof e Abraham (2005), a entrevista psicanalítica inicial, normalmente, seguirá o tempo de uma sessão convencional, ou seja, de cinquenta a sessenta minutos de duração, e exigirá do terapeuta habilidade e flexibilidade dentro dos paradigmas propostos em uma orientação psicanalítica. http://wyden.com.br/facimp 32 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp Em geral, o objetivo da entrevista na perspectiva psicanalítica é compreender as características das manifestações inconscientes, o funcionamento psíquico do paciente e, portanto, compreender os aspectos que caracterizam sua personalidade. Para tal, o terapeuta deve voltar a acurácia da sua escuta para fenômenos psicológicos essenciais, como, por exemplo, as resistências do paciente, a transferência e a própria contratransferência, colhendo informações sobre o funcionamento de seu psiquismo e da dinâmica da sua energia psíquica. Neste tipo de entrevista, mantém-se a dinâmica clássica da relação terapêutica médico paciente. Modelo de entrevista de base humanista de Carl Rogers o modelo terapêutico proposto por Carl Rogers permitiu uma grande mudança de paradigma no que tange ao processo psicoterápico. Tal modelo distanciou-se das abordagens psicanalista e behaviorista, assumindo menor importância à nosografia e às características da personalidade e creditando maior importância às potencialidades humanas que poderiam ser desenvolvidas na relação com o outro, no caso, o terapeuta. Modelo de entrevista de base humanista de Carl Rogers o modelo terapêutico proposto por Carl Rogers permitiu uma grande mudança de paradigma no que tange ao processo psicoterápico. Tal modelo distanciou-se das abordagens psicanalista e behaviorista, assumindo menor importância à nosografia e às características da personalidade e creditando maior importância às potencialidades humanas que poderiam ser desenvolvidas na relação com o outro, no caso, o terapeuta. Modelo de entrevista de base sistêmica A abordagem sistêmica surgiu a partir de trabalhos de autores interessados no estudo das relações familiares, da Teoria Geral dos Sistemas (TGS) e da Teoria da Comunicação. A primeira postula que toda a natureza segue uma tendência a se organizar de maneira sistêmica. Em outras palavras, seu funcionamento não é baseado apenas em um aglomerado, mas sim na interação integradas entre as partes. Já a Teoria da Comunicação, elaborada por Gregory Bateson, na década de 1950, defende a ideia de que as perturbações mentais observadas no quadro esquizofrênico não estariam limitadas a questões orgânicas, uma vez que os conflitos internos presentes nesses pacientes seriam oriundos das falhas de comunicação decorrentes de um ambiente familiar permeado de atitudes incongruentes entre seus membros. http://wyden.com.br/facimp 33 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp Modelo de entrevista de base cognitivo-comportamental as terapias cognitivo- comportamentais (TCC) são baseadas nas técnicas das teorias da aprendizagem e nas teorias cognitivas. O modelo mais tradicional adotado pelos terapeutas cognitivo- comportamentais é o de Aaron Beck, o qual compreende os distúrbios emocionais como consequência de cognições disfuncionais e que, por sua vez, geram interpretações inadequadas sobre a realidade, comportamentos compensatórios e tensões emoções que tendem a reforçar esse sofrimento. A entrevista em TCC é considerada o primeiro passo para se desenvolver a conceitualização cognitiva e obter o modelo cognitivo do paciente. Isto significa dizer que entrevistar o paciente adequadamente, buscando as informações cruciais sobre a queixa e seu histórico de vida será essencial para entender quais as visões de mundo, características de personalidade e padrões de comportamento e pensamento. A entrevista psicológica, como já mencionado anteriormente, é uma técnica em si mesma e de suma importância ao trabalho do psicólogo. Contudo, é importante discutir algumas técnicas para a condução de uma sessão de entrevista adequada e que podem fazer diferença na coleta de informações mais eficiente e em um desfecho mais rico. Segundo Bleger (1980), o entrevistador deve ter em mente a ordem de fatores: Observação, Hipótese, Verificação. O psicólogo deve pensar que a entrevista começa bem antes do primeiro contato com o sujeito que o procura e seu término igualmente deve terminar bem depois do fim da sessão. Primeiramente, é de bom tom que um modelo de entrevista já tenha sido previamente elaborado em um formato semiestruturado, respeitando as premissas da abordagem teórica adotada, para que permita ao profissional maior segurança sobre o que irá investigar e como poderá conduzir a sessão. Isso nos permite pensar nos pontos que o profissional julga serem mais importantes, com base em sua experiência prática e na teoria em que se apoia. Técnicas para atendimento remoto classicamente, a entrevista psicológica sempre foi realizada presencialmente e, é possível que assim continue, ao menos por algum tempo. Porém, o contexto de pandemia, em 2020, evidenciou a possibilidade do atendimento remoto, ganhando cada vez mais adeptos entre os profissionais de http://wyden.com.br/facimp 34 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp Psicologia. Baixo custo de manutenção, facilidade de acesso, ampliação da amostra de usuários e flexibilidade com os horários são alguns exemplos de motivadores que podem sinalizar a mudança de preferência dos pacientes. Por se tratar de uma tendência atual e que, provavelmente, deve fazer parte da realidade, alguns autores começam a investigar o impacto dessa mudança na prática clínica. O Conselho Federal de Psicologia não autoriza o atendimento remoto de pessoas que sejam vítimas de algum desastre ou emergência e vítimas de violência ou violação dos direitos humanos. Da mesma forma, menores de idade só podem fazer atendimento on-line após assinatura de termo, por parte dos pais, autorizando a Psicoterapia por via remota (CFP, 2018). Técnicas de questionamento socrático é uma forma de questionamento reflexivo que ajuda uma pessoa a refletir sobre pensamentos complexos e mais profundos. Em terapia, essa estratégia é muito rica e valiosa para auxiliar o paciente a trazer à tona pensamentos mais profundos e que podem revelar características de sua personalidade e sua maneira de compreender o mundo. São questionamentos sistemáticos que visam induzir à razão e buscar definições mais amplas que partem do indivíduo. O método socrático de perguntas é, de fato, mais empregado ao longo do processo terapêutico, haja vista sua capacidade de fazer o indivíduo refletir sobre suas ações e emoções e pensar em mudanças ou reconhecer as raízes de seus problemas. Técnicas de entrevista motivacional: A entrevista motivacional (EM) é uma abordagem terapêutica contemporânea, de foco cognitivo-comportamental, mas que pode trazer benefícios à prática de qualquer profissional de Psicologia.Ela é centrada no paciente e tem por objetivo viabilizar que próprio paciente protagonize seu processo de mudança, pautado em seus valores e preferências. Esse tipo de ferramenta é bastante indicado em casos em que os pacientes se encontram em uma posição dicotômica: há razões consideráveis para se modificar um comportamento, mas também há boas razões para se manter esses comportamentos; mas pode ser igualmente indicada em casos em que o paciente estagnou em seu processo terapêutico. http://wyden.com.br/facimp 35 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp Esse trabalho consiste em não forçar a mudança do paciente, mas, primeiramente, chamar a atenção dele para um discurso de mudança, dando-lhe espaço para que elabore os motivos para essa mudança, aceitando e se engajando no compromisso de mudar. É muito comum que se utilize algumas das técnicas de entrevista motivacional antes do início da terapia para aumentar o engajamento do indivíduo no processo. Antes de qualquer coisa, percebe-se que as expressões negativas dos pacientes corroboram para a manutenção dos comportamentos e pensamentos disfuncionais, ao passo que, quando o terapeuta se utiliza de respostas estratégicas, pode diminuir a força dos discursos de manutenção dos sintomas e aumentar o engajamento em um discurso de mudança. Para isso ser possível, são preconizados alguns fatores essenciais: Intenção colaborativa aceitação absoluta do paciente, demonstrando interesse genuíno em compreender sua queixa busca, juntamente com o paciente, de suas motivações para a mudança e compaixão. As entrevistas psicológicas podem ser classificadas quanto ao modelo e quanto aos objetivos. Quanto ao modelo, Serafini (2016) afirma que as entrevistas podem ser classificadas como: de livre estruturação, semiestruturada e estruturada.Tavares (2003) salienta que é uma tarefa complexa estabelecer objetivos à entrevista psicológica, uma vez que tais objetivos são coerentes às especificidades de cada abordagem. Como exemplo, o autor cita duas abordagens completamente distintas, a psicodinâmica e a comportamental. Para ele, embora ambas entrevistas teriam, aparentemente, o mesmo objetivo, os entrevistadores atuariam de maneira completamente diferente. E é bem verdade, que, embora ambas necessitem de uma entrevista inicial para compreender o caso, o olhar teórico e a prática de cada uma dessas abordagens influenciará nos objetivos planejados pela(o) psicóloga(o). Portanto, há um objetivo primeiro, o qual seria o de compreender a demanda do indivíduo para propor a devolutiva. http://wyden.com.br/facimp 36 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp Embora no Brasil a Psicologia Clínica tenha maior destaque que as demais áreas da Psicologia, tanto em termos de profissionais, quanto de cursos oferecidos, é importante discutirmos o presente tema em outras áreas, já que são igualmente importantes e demonstram crescimento de procura nos últimos anos. Entrevista psicológica no contexto hospitalar: A Psicologia Hospitalar pode ser entendida como a área da Psicologia especializada em prestar serviços de cuidados aos aspectos psicológicos relacionados às enfermidades do paciente que se encontra hospitalizado. Ainda, o psicólogo em situação hospitalar atua no sentido de reduzir as angústias e os sofrimentos do paciente internado, contribui com os demais profissionais da saúde e oferece suporte aos familiares dos pacientes que necessitam maior atenção. O papel da entrevista psicológica não difere no ambiente hospitalar, pois continua tendo a relevância de ser usada como técnica para melhor conhecimento sobre o próprio paciente, conhecer suas demandas, seus pontos fortes e de fragilidade e esboçar um projeto terapêutico para essa pessoa. No entanto, a aplicação da entrevista psicológica no contexto hospitalar é consideravelmente distinta daquela feita em consultório. Começando pelas características ambientais, o psicólogo deve saber lidar com o dinamismo ao qual ele deverá encontrar no contexto hospitalar, o ambiente permeado de sofrimento, o tempo escasso, falta de setting e menor privacidade. Aspectos relevantes da entrevista, como o estabelecimento do rapport, a escuta focada, não julgadora e empática tão característica de uma entrevista psicológica convencional se mantém no hospital, porém, há características inerentes à prática que necessitam de um preparo específico do psicólogo: focar nos sintomas do paciente, na sua história de vida, no desenvolvimento da doença/quadro e condições de as condições de assistência que o paciente está recebendo. Imbuído dessas informações, o psicólogo é capaz de julgar ser pertinente conversar com outros profissionais da saúde para proporem mudanças estruturais ou, até mesmo, em aspectos específicos do tratamento. Entrevista psicológica no contexto organizacional: A Psicologia Organizacional é um ramo da psicologia que atrai muita atenção, trazendo muitas inovações nos http://wyden.com.br/facimp 37 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp estudos em Psicologia Social e Análise do Comportamento aplicado às organizações. A Psicologia Organizacional pode ser entendida como o estudo do comportamento humano em um ambiente de trabalho, atuando na Gestão de Recursos Humanos. Na prática profissional do psicólogo das organizações, a entrevista psicológica é muito empregada em dois momentos: no desligamento de funcionários e, principalmente, na seleção de pessoal. A entrevista de desligamento é utilizada com o funcionário que está deixando a empresa, tendo como um objetivo importante obter um feedback sobre as características do ambiente de trabalho para planejar tomadas de decisões que favoreçam a melhoria da empresa. Entrevista psicológica no contexto escolar: A Psicologia Escolar é a área de atuação da Psicologia a qual se encontra inserida no contexto do ambiente das escolas, cujo objetivo é ajudar na construção das condições para promover o desenvolvimento sociocognitivo e emocional, assim como, a aprendizagem. Assim como no contexto hospitalar e organizacional, a entrevista psicológica aplicada no ambiente escolar tem características que se afastam da clínica. Aqui, o trabalho não se limita ao “paciente”, mas também àqueles que irão se envolver no seu processo de desenvolvimento: família, responsáveis e professores. O processo se inicia com o conhecimento da história da criança ou adolescente, quais os eventos negativos e positivos vividos por ela dentro da escola, como brigas, advertências, facilidade ou dificuldade nas matérias, interação com os colegas e fora da escola, como violência doméstica, divórcio dos pais. Ao se entrevistar os pais ou responsáveis, a(o) psicóloga(o) deve investigar: como a família trouxe a queixa, qual o sentido da dificuldade relatada, sentem-se culpados pelo problema ou não se importam, como é a relação com a escola, como participam do processo de escolarização da criança – confere os deveres de casa da criança, olha seus cadernos, tira dúvidas. http://wyden.com.br/facimp 38 Av. Prudente de Morais, s/n Imperatriz – MA CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 CNPJ 69.441.194/0001-67 wyden.com.br/facimp 7- AÇÕES DESENVOLVIDAS E RESULTADOS Figura 2 - Conhecendo a estrutura do local (CREAS) No 1º encontro 05/04/2022: Foi feito o reconhecimento do local, onde foi apresentado como são organizadas as reuniões e criadas as estratégias que dependem das demandas do CREAS. O atendimento é direcionado as crianças a partir de 2 anos de idade até 16 anos, onde eles têm uma medida
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