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RELATORIO DE ESTAGIO

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Av. Prudente de Morais, s/n 
Imperatriz – MA 
CEP 65900-000 | Telefone 0800 771-5001 
CNPJ 69.441.194/0001-67 
wyden.com.br/facimp 
 
 
 
 
 
FACULDADE DE IMPERATRIZ – FACIMP 
 
 
 
 
 
 
MÁRCIA GOMES ANDRADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMA VIVÊNCIAS DO ESTÁGIO BÁSICO I EM PSICOLOGIA: ATUAÇÃO DO 
PSICÓLOGO(A) NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE MENTAL NO 
CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADA EM ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imperatriz 
2022 
http://wyden.com.br/facimp
 
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MÁRCIA GOMES ANDRADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIVÊNCIAS DO ESTÁGIO BÁSICO I EM PSICOLOGIA: ATUAÇÃO DO 
PSICÓLOGO(A) NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE MENTAL NO 
CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADA EM ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
 
Relatório de estagio apresentado ao curso de Psicologia 
da Faculdade de Imperatriz – FACIMP, como requisito 
parcial da disciplina de estagio supervisionado básico I em 
psicologia. 
 
Orientador: Prof. Rosemar Andrade Vasconcelos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imperatriz 
2022 
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LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 Estrutura do CREAS ............................................................................... 8 
Figura 2 - Conhecendo a estrutura do local (CREAS) ........................................... 38 
Figura 3 Sala De Reunião Da Equipe Multidisciplinar ......................................... 38 
Figura 4 Setores do CREAS ................................................................................ 39 
Figura 5 Sala De Atendimento Do Psicólogo ...................................................... 40 
Figura 6 Ação Da Pascoa Dos Acadêmicos De Psicologia ................................. 40 
Figura 7 Encerramento Do Curso De Manicure Do CRAS Santa Rita ............... 41 
Figura 8 Conhecendo A Psicologia Escolar Do Sesi ........................................... 41 
Figura 9 Plantão De Atendimento Psicológico Da FACIMP ................................ 42 
Figura 10 Avaliação escrita do estágio supervisionado ......................................... 44 
Figura 11 Conhecendo as preceptoras do estágio supervisionado ....................... 45 
Figura 12 Correção parcial do estágio supervisionado ......................................... 45 
Figura 13 Conhecendo a estrutura do CRAS ........................................................ 46 
Figura 14 Setor brinquedoteca do CRAS SANTA RITA ........................................ 46 
Figura 15 Ministração da palestra no seminário interdisciplinar ............................ 47 
Figura 16 Ação do dia das mães no CREAS......................................................... 47 
Figura 17 Visita ao lar do idoso renascer .............................................................. 48 
Figura 18 Plantão de atendimento psicológico na FACIMP .................................. 48 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO PRELIMINAR 
1 - INTRODUÇAO ......................................................................................................................... 5 
2 - JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................ 6 
3 - OBJETIVOS ............................................................................................................................. 7 
4 - AMBIENTES DE ESTÁGIO ....................................................................................................... 8 
5 - METODOLOGIA ...................................................................................................................... 9 
6 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................... 10 
6.1 - SAÚDE E SAÚDE MENTAL ............................................................................................. 10 
6.2 PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO .............................................................................................. 12 
6.3 PSICOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES DE TRABALHO - SAUDE MENTAL E PSICOLOGIA DO 
TRABALHO ............................................................................................................................ 13 
6.4 PSICOLOGIA CLÍNICA E SUAS ABORDAGENS .................................................................. 16 
6.5 O PSICÓLOGO E A DIVERSIDADE ..................................................................................... 19 
6.6 RESUMO DO CAPITULO SETE LIVRO A TÉCNICA DA COMUNICAÇÃO HUMANA ............ 23 
6.7 RESUMO DO CONTEÚDO DIGITAL .................................................................................. 28 
7- AÇÕES DESENVOLVIDAS E RESULTADOS .............................................................................. 38 
8 - CONSIDERAÇOES FINAIS ...................................................................................................... 42 
9 – REFERENÇIA ........................................................................................................................ 43 
10 ANEXOS E OUTRAS AÇÕES REGISTRO DE FREQUÊNCIA ...................................................... 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 - INTRODUÇAO 
 
Estágio básico I no curso de psicologia tem seus objetivos acadêmicos, sendo 
caracterizado pelo desenvolvimento de práticas supervisionadas que possibilitam 
exercício integração das competências e habilidades estabelecidas na disciplina de 
estagio supervisionado básico I do curso de psicologia. Permite que o estudante 
vivencie experiências profissionais que viabilizam a discussão da realidade afetiva, 
bem como reflexões éticas sobre seu processo de formação e sobre a atuação do 
psicólogo na sociedade. 
A essência deste relatório consiste em apresentar as atividades acompanhadas 
e desenvolvidas pelos acadêmicos do curso de Psicologia, no Centro De Referência 
Especializado De Assistência Do Social- CREAS, que tem o intuito de atender as 
famílias em situação de vulnerabilidade social e ser uma base a elas, as ações sociais 
são desenvolvidas em equipamentos socioassistenciais como nos Centros de 
Referência de Assistência Social (CRAS). 
No primeiro momento, foi apresentado pela diretora, o espaço físico do CREAS, 
a mesma relatou que a estrutura é dividida por setores que são VCI- violência contra 
idosos e deficientes, VCA- violência contra crianças e adolescente. 
Este estágio supervisionado apresenta relevância, pois tem a intenção de 
apresentar a importância do trabalho realizado pelos profissionais do CREAS com 
famílias, crianças, adolescentes e idosos que sofrem violências. Busca-se alertar para 
a importância de uma equipe multiprofissional no quadro de funcionários do CREAS 
no que se refere ao fortalecimento de vínculos no atendimento e proteção. 
Deste modo, a abordagem dos profissionais do CREAS frente aos casos de 
violência com crianças e adolescentes requer a construção de um laço de confiança 
de ambas as partes, uma vez que estes usuários do sistema já se encontram com 
seus direitos violados e fragilizados. 
 
 
 
 
 
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2 - JUSTIFICATIVA 
 
Opresente relatório de estágio supervisionado se faz necessário como um 
importante instrumento para aplicar o trabalho desenvolvido pelos estagiários do curso 
de psicologia. O relatório é uma peça fundamental do estágio curricular obrigatório 
como pré-requisito para a formação do psicólogo. A prática nos centros de assistência 
social possibilita ao graduando uma experiência teórico-vivencial de grande valor para 
a formação de um profissional de Psicologia competente e capacitado. 
 A inserção da Psicologia no CREAS/CRAS pode servir como um valioso 
instrumento na compreensão dos processos inseridos no ambiente social, como 
também fornecer um olhar diferenciado diante da diversidade e adversidades 
encontradas nessas unidades públicas de política e Assistência Social, uma visão 
psicológica fundamentada e alicerçada num pilar teórico, prático, com a orientação de 
uma supervisão embasada. 
 Possibilitando, assim, um duplo benefício: um auxílio às necessidades das 
unidades públicas e um verdadeiro aprendizado da práxis ao graduando de psicologia. 
Tendo como base prática e teórica conhecimentos específicos acerca de Psicologia e 
educação, Saúde e saúde mental, Psicologia nas organizações de trabalho, 
Psicologia clínica e suas abordagens, psicólogo e a diversidade. Dentre outros 
necessários para a realização do presente relatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 - OBJETIVOS 
 
• Promover uma reflexão nos acadêmicos do curso de psicologia a acerca de 
suas dificuldades na atuação dentro do CREAS/CRAS; 
 • Desenvolver a compreensão das atividades desenvolvidas através de 
experiências vivenciais; 
• Realizar ações e dinâmicas para promover uma ressignificação nos pontos 
mais urgentes observados no CREAS/CRAS; 
• Proporcionar espaços de discussão diferenciados, onde críticas se 
transformem em sugestões e onde elogios possam ser externados e incentivados; 
• Capacitar os estagiários no sentido de sua autonomia em termos da resolução 
de seus próprios problemas; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 - AMBIENTES DE ESTÁGIO 
 
 
Figura 1 Estrutura do CREAS 
O ambiente de estagio direcionado pela orientadora foi o centro de referência 
especializado de assistência social - CREAS, onde nos reunimos com a 
Coordenadora do CREAS, em que a mesma discorreu sobre as atividades 
desenvolvidas pela equipe multidisciplinar que é composta pelos seguintes 
profissionais: coordenador, assistente social, psicólogo, advogado, pedagogo, 
psicopedagogo. 
Em Imperatriz, o Centro de Referência Especializada de Assistência Social 
(CREAS), fica localizado na Rua Hermes da Fonseca, nº 1204, no Bairro Juçara. A 
unidade é responsável pela oferta de orientação e apoio especializados e continuados 
a indivíduos e famílias com seus direitos violados. 
Além, do CREAS, tem também os Centros de Referência de Assistência Social 
(CRAS) que são unidades públicas descentralizadas da política de assistência social 
que tem a responsabilidade de organizar e ofertar os serviços socioassistenciais da 
Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) nas áreas de 
vulnerabilidade e risco social do município de Imperatriz. 
 
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Suas funções: Ofertar o Proteção e Atendimento Integral a Famílias PAIF e 
outros serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica, 
para as famílias, seus membros e indivíduos em situação de vulnerabilidade social; 
articular e fortalecer a rede de Proteção Social Básica local; prevenir as situações de 
risco em seu território de abrangência fortalecendo vínculos familiares e comunitários 
e garantindo direitos. 
Onde encontrar em Imperatriz: CRAS no Bairro Bacuri: Rua Dom Pedro I, nº 
1398, Bacuri, CRAS no Bairro Santa Lúcia: Rua 10 S/N, Recanto Universitário, CRAS 
no Bairro Cafeteira: Av. Liberdade, nº 46, Vila Ipiranga, CRAS no Povoado 
Coquelândia: Av. João XXIII nº 37, Povoado Coquelândia, CRAS no Bairro Bom 
Jesus: Avenida da Universidade, S/N, Bom Jesus, CRAS no Bairro Santa Rita: Rua 
Dom Evaristo Arns, 720 - Bom Sucesso. 
 
5 - METODOLOGIA 
 
O Estágio consiste em oferecer um Projeto que atende a uma atividade 
norteadora da atuação dos psicólogos em demandas do CREAS e CRAS, no qual os 
acadêmicos têm a oportunidade de vivenciar o contexto teórico, sob outra perspectiva, 
possibilitando a reflexão sobre a teoria e a prática, conhecimento da futura profissão, 
bem como a construção de uma identidade profissional. A metodologia empregada 
para este relatório de estagio supervisionado foi a de observação. 
A observação pode ser considerada como uma técnica onde são colhidos as 
impressões e os registros acerca de um determinado fenômeno observado, 
através de um contato direto com as pessoas observadas ou através de 
instrumentos que auxiliem o processo de observação, visando assim colher 
dados suficientes para a realização da pesquisa (Moura, Ferreira & Paine, 
1998). 
 Por meio do método de observação os acadêmicos de psicologia registraram 
as atividades desenvolvidas durante os estágios supervisionados no CREAS, os quais 
tiveram como objetivo geral proporcionar experiências no âmbito das instituições. 
 
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6 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 6.1 - SAÚDE E SAÚDE MENTAL 
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS)- "A saúde é um estado 
de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de 
doença ou de enfermidade". (OMS/WHO, 1946-2017). 
OMS define saúde mental como- "um estado de bem-estar no qual um indivíduo 
percebe suas próprias habilidades, pode lidar com os estresses cotidianos, pode 
trabalhar produtivamente e é capaz de contribuir para sua comunidade". 
 Em síntese, pode-se entender que existem dois paradigmas principais para 
discutir os conceitos de saúde e saúde mental, a saber, o paradigma biomédico e o 
paradigma da produção social de saúde. 
Reforma psiquiátrica 
A Reforma Psiquiátrica brasileira foi influenciada pelo movimento reformista 
italiano. Nos anos 1960, o psiquiatra italiano Franco Basaglia propôs uma 
reformulação no conceito de loucura, mudando o foco da doença e expandindo-o com 
questões de cidadania e inclusão social. Tal ideia ganhou adeptos e acendeu um 
movimento que influenciou o conceito de saúde mental no Brasil. 
As perspectivas de Basaglia exerceram significativa influência no Brasil. 
Cumpre lembrar que no país, no fim da década de 1950 os hospícios eram 
caracterizados por superlotação e maus tratos aos internos. Além disso, do 
século e XIX até o início do século XX o Brasil vivenciou uma trajetória no 
campo da saúde denominada de higienista, no qual os hospitais psiquiátricos 
funcionavam como dispositivos de controle político e social (Amarante, 1995 
apud MIRANDAS; 2019). 
Ademais, de acordo com Amarante (1995 apud MIRANDAS; 2019) a partir dos 
anos 1960, constituiu-se no Brasil uma autêntica indústria para o enfrentamento da 
loucura, tendo em conta que os hospitais psiquiátricos conveniados com o poder 
público incentivaram a cronicidade das doenças com o intuito de manterem os lucros. 
 
 
 
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O autor demarca que assim que os militares assumiram o governo do país, houve a 
celebração de convênios com hospitais psiquiátricos privado. 
Na década de 2000, com financiamento e regulação tripartite, amplia-se a Rede 
de Atenção Psicossocial (RAPS), por meio da Lei n.10.216/2001 (Brasil, 2001), 
dispondo sobre a proteção e direitos de pessoas com transtornos mentais, 
redirecionamento o modelo assistencial. Em 2002, a Portaria 336 do Ministério da 
Saúde (2002) apresenta as diretrizes de funcionamento de serviços que atuam na 
saúde mental, destacando-se os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Centros 
de Atenção Psicossocial - Álcool e drogas (CAPS Ad). 
A partir do Decreto Presidencial n° 7508/2011 (Brasil, 2011), a RAPS passa a 
integrar o conjunto das redes indispensáveis na constituição das regiões de saúde. A 
partir de então, por meio da Portaria n.3088/2011, a Política Nacional de Saúde Mental 
propõe as regras de consolidação da RAPS, articulando os diferentes pontos de 
atenção para pessoas em estado de sofrimento ou transtorno psíquico, ou com 
problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas, por meio do funcionamento 
do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS). 
De modo elucidativo, o RAPS não é um local específico, mas uma definição de 
rede de assistência à saúde, tal como uma rede de pescador, em que cada nó é um 
centro de atendimento especifico para cada demanda, todas interligadas. 
Entre os equipamentos substitutivos ao modelo manicomial, pode-se citar os 
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Serviços Residenciais 
Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência (CeCoS), as Enfermarias de 
Saúde Mental em hospitais gerais, as oficinas de geração de renda, entre 
outros. As Unidades Básicas de Saúde cumprem também uma importante 
função na composição dessa rede comunitária de assistência em Saúde 
Mental (Brasil, 2013). 
A proposta do RAPS é garantir a livre circulação das pessoas com sofrimento 
psíquico pelos serviços, pela comunidade e pela cidade. 
Sua constituição busca, eminentemente, consolidar a rede horizontal de 
serviços prestados pelo SUS, organizando as linhas de cuidado a todas pessoas em 
sofrimento mental e usuários de drogas no âmbito do SUS, seja qual for o nível de 
 
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complexidade necessário (Vasconcelos, Paiva, & DallaVechia, 2018) garantindo a 
todo cidadão o direito à saúde, tornando inseparável saúde e cidade. 
 
 6.2 PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO 
 
No Brasil a Psicologia Escolar, enquanto área de atuação do psicólogo, tem 
enfrentado uma série de dificuldades e contradições. Na prática além de muitos 
profissionais atuarem de maneira equivocada. Dessa forma o psicólogo inserido na 
escola deve buscar o aperfeiçoamento de suas práticas 
A Psicologia Escolar no Brasil tem tido um significativo desenvolvimento no 
campo da pesquisa e intervenção. A criação da Associação Brasileira de Psicologia 
Escolar e Educacional – ABRAPEE, em 1990, foi um dos marcos decisivos que 
evidenciam esse crescimento na área. No entanto, apesar desse desenvolvimento, a 
Psicologia Escolar tem sofrido várias críticas em relação à formação e atuação desse 
profissional. 
O psicólogo escolar tem substituído o modelo clínico caracterizado por uma 
intervenção individual dos problemas de aprendizagem e comportamento, 
para uma prática que envolve diversas ações e que inclui outras formas de 
intervenção, como a preventiva e a comunitária. No entanto, esses autores 
salientam que não houve um desaparecimento da forma tradicional de 
trabalho, mas sim a coexistência de ambas as formas de intervenção. (Guzzo, 
Martínez e Campos, 2006). 
Trazendo essas reflexões feitas por esses autores para a área da Psicologia 
Escolar, pode-se dizer que, para prevenir problemas que possam prejudicar o 
desenvolvimento emocional e psicológico de uma criança, é necessário uma série de 
ações que considerem os diferentes contextos em que ela está inserida. Nesse 
sentido, deve-se buscar estratégias que visem a modificar situações nos 
contextos familiares, escolares, comunitários e sociais que não favorecem o 
seu desenvolvimento. Pesquisando sobre a perspectiva preventiva na atuação do 
psicólogo escolar, Marinho-Araújo e Almeida (2005) apontam algumas contribuições 
relevantes. 
 De acordo com as autoras, um modelo de atuação institucional preventiva 
pode ser baseado em quatro ações principais: a realização de mapeamento e de 
análise institucional a fim de compreender a realidade escolar; a promoção de 
espaços de escuta psicológica no trabalho voltados às relações interpessoais na 
 
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escola; a realização de planejamento e de assessoria aos trabalhos coletivos 
desenvolvidos na escola; e o acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem. 
 
 6.3 PSICOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES DE TRABALHO - SAUDE MENTAL E 
PSICOLOGIA DO TRABALHO 
 
Um dos objetivos mais recentes da saúde mental não se restringe apenas a 
cura das doenças ou a sua prevenção, mas envidar esforços para a implementação 
de recursos que tenham como resultado melhores condições de saúde para a 
população. 
Na visão de Bleger (1984), não interessa apenas a ausência de doenças, mas 
o desenvolvimento integral das pessoas e da comunidade. A ênfase, então, na saúde 
mental, desloca-se da doença à saúde e à observação de como os seres humanos 
vivem em seu cotidiano. 
Para Dejours (1994), a psicopatologia tradicional está alicerçada no modelo 
clássico da fisiopatologia das doenças que afetam o corpo. Dedica-se, 
exclusivamente, ao diagnóstico das doenças mentais, dos transtornos mentais 
orgânicos, da esquizofrenia, dos transtornos do humor e dos inúmeros transtornos de 
personalidade. 
O debate, porém, que este artigo pretende explorar abrange as condições de 
milhares de pessoas sem imunidade que, embora suportem as pressões, conseguem, 
de alguma forma, escapar de um transtorno psicótico severo, mas que se mantêm, 
por assim dizer, no campo da normalidade. 
Na realidade, ao contrário do que muitos possam supor, a organização do 
trabalho não cria doenças mentais específicas. Os surtos psicóticos e a 
formação das neuroses dependem da estrutura da personalidade que a 
pessoa desenvolve desde o início da sua vida, chegando a certa configuração 
relativamente estável, após o período de ebulição da adolescência quando 
as condições sociais são relativamente favoráveis, antes mesmo da pessoa 
entrar no processo produtivo. No entanto, "o defeito crônico de uma vida 
mental sem saída mantido pela organização do trabalho, tem provavelmente 
 
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um efeito que favorece as descompensações psiconeuróticas" (Dejours, 
1992:122). 
Atualmente, observa-se uma pressão constante contra a grande massa de 
trabalhadores existente em quase todo o mundo. Uma ameaça com objetivo certeiro 
faz com que milhares de pessoas sintam-se sobressaltadas, pois a única ferramenta 
de que dispõem, sua força de trabalho, pode ser dispensada a qualquer momento. 
O desprezo assola o universo do trabalho e traz consequências drásticas para 
todos os que têm em seu trabalho sua única forma de sobrevivência. 
Contudo, a força de trabalho exigida precisa de especial qualificação, mesmo 
que seja, como antigamente, para apertar um simples botão. Assim, para a maior parte 
das atividades, exige-se um trabalhador complexo, que saiba muito mais além do que 
seria preciso para a execução de determinada tarefa. 
Adefinição de paradoxo do trabalho são pensamento, proposição ou 
argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o 
pensamento humano”. 
Um dos maiores papas no mundo do direito do trabalho, Christophe Dejours, 
cientista francês que estuda o fenômeno trabalho e loucura, assinalou na última 
palestra que fez que no Brasil, na fundação Getúlio Vargas, que “não existe trabalho 
sem sofrimento”. 
A tendência atual da sociedade parece ser a de negar essa realidade, pois o 
trabalho é sempre visto de forma positiva e é considerado como elemento integrante 
da construção da personalidade, influenciando diretamente o conceito da autoestima 
do indivíduo. 
De fato, através do trabalho o homem ascende a uma condição de 
superioridade na vida e gera riqueza. Também se destaca aquele indivíduo que sabe 
lidar com as pressões do trabalho sem se contaminar por sentimento de tristeza e 
ansiedade. 
Contudo, um paradoxo se estabelece. Pois, as exigências do mundo do 
trabalho o transformaram sobejamente. Na sociedade atual, o ambiente de trabalho 
 
 
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está se deteriorando de tal forma que o trabalho deixa de ser algo que gratifica e 
motiva, para se tornar um elemento desconstrutor da identidade.Hoje, o discurso 
manifesto encontrado nos folhetins que tratam das relações do trabalho parece 
demonstrar insistente preocupação com a melhoria da qualidade de vida dos que 
trabalham. 
Embora não exista uma definição consensual sobre a expressão "Qualidade de 
Vida no Trabalho (QVT)", o termo vem sendo utilizado com diferentes conteúdos e 
significados sua origem, segundo Trist (1981), concerne a uma conferência 
internacional sediada em Arden House, em 1972, cujo tema principal versava sobre 
os "Sistemas Sociotécnicos". 
Não obstante, já no final da década de 50, quando o capital americano promove 
uma recessão para organizar o seu parque industrial, observa-se certa preocupação 
com esse assunto nos países que ditavam a política do capitalismo. 
Em geral, não são facilmente diagnosticadas o que prejudica o processo de 
tratamento e afetam sobretudo trabalhadores do sexo feminino, das mais variadas 
atividades, com maior incidência entre os dezoito e trinta e cinco anos. 
Parece até que, pelo encolhimento do mercado de trabalho, as lutas dos 
trabalhadores restringem-se apenas à sobrevivência, assim como o quadro histórico 
encontrado no início do século passado, em que a luta era para não morrer, não 
importando o preço que teria de ser pago. 
No entanto, se a qualidade de vida do trabalhador é vista, pelo menos como 
uma política de relações públicas, ou como uma meta quase recorrente, deve-se 
perguntar o que no trabalho pode ser apontado como fonte específica de nocividade 
para a vida mental. 
“A preocupação Atual no ramo capitalista, é a qualidade de vida dos 
trabalhadores, especialmente dos que vivem no terceiro mundo, já que muitas 
doenças diagnosticadas psicologicamente, pela causa do excesso de trabalho, em 
maior quantidade do sexo feminino.” (Capitão, Heloani, p., 105, 2003). 
 
 
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A trama em que essa questão está envolta é quase evidente: a luta pela 
sobrevivência leva a uma jornada excessiva de trabalho, e as condições em que o 
trabalho se realiza repercutem diretamente na fisiologia do corpo. 
Rompimento de vínculos de relações fundamentais para manutenção e 
fortalecimento da subjetividade humana atua de certa forma que pode desencadear o 
assédio moral, o qual tem sido compreendido, atualmente, como a exposição dos 
trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas 
durante a jornada de trabalho; 
Mesmo assim, logo as relações ficam mais desumanas e aéticas, nas quais 
predominam os desmandos, a manipulação do medo, a competitividade desenfreada 
e os programas de qualidade total associados à produtividade e dissociados da QVT. 
Quando a produtividade exclui o sujeito podem ocorrer as seguintes situações: 
reatualização e disseminação das práticas agressivas nas relações entre os pares, 
gerando indiferença ao sofrimento do outro e naturalização dos desmandos 
administrativos; 
Resta, então, deduzir que, em grande parte, o sofrimento mental do trabalhador 
é consequência direta dessa organização, isto é, da divisão do trabalho, do conteúdo 
da tarefa, do sistema hierárquico, das modalidades de comando, das relações de 
poder. 
Executar uma tarefa sem envolvimento material ou afetivo exige esforço de 
vontade que em outras circunstâncias é suportado pelo jogo da motivação e do desejo. 
“Quando o progresso e o avanço dessa relação são bloqueados por algum motivo ou 
circunstância, observa-se a incidência do sofrimento. ” 
 
 6.4 PSICOLOGIA CLÍNICA E SUAS ABORDAGENS 
Analise bioenergética foi criada por Alexandre Lowen, com base em preceitos 
da proposta reichiana, de Wilhelm Reich, se trata de uma abordagem que leva em 
consideração os fatores psíquicos e a observação do corpo. A análise bioenergética, 
portanto, parte da premissa de que há uma interligação entre corpo e mente. 
 
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Behaviorismo - O behaviorismo é uma filosofia criada pelo psicólogo John B. 
Watson e repensada por Burrhus Frederic Skinner. A partir disso, nascem as 
abordagens psicológicas relacionadas ao comportamento, que entendem que os 
fatores psicológicos que influenciam as ações são importantes, ou seja, mente e corpo 
são um só. 
Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) Criada pelo neurologista e psiquiatra 
Aaron Beck, A TCC é um desdobramento do Behaviorismo, a sua principal linha de 
pensamento diz respeito à relação entre a compreensão de acontecimentos por parte 
das pessoas e os comportamentos que são provenientes disso. Ou seja: está tudo 
atrelado à como os indivíduos compreendem a realidade. 
Os estudos parecem concordar com a crescente importância dada à relação 
terapêutica nas abordagens cognitivo-comportamentais, sobretudo a 
influência da pessoa do terapeuta nesta relação. Inicialmente, a relação 
terapêutica foi negligenciada nas terapias comportamentais por perseguirem 
uma intervenção exclusivamente técnica a partir da aplicação de ferramentas 
cientificamente testadas e validadas, sem a participação do terapeuta. 
Contudo, o cenário científico vem se modificando e os resultados das 
pesquisas apontam para a importância da qualidade da relação terapêutica 
no sucesso do tratamento, bem como dos atributos interpessoais do paciente 
e do profissional envolvidos neste processo (Abreu, 2003; Banaco, 1993; 
Braga & Vandenberghe, 2006; Cavalheiro & Melo, 2016; Falcone, 2004; 
Falcone & Azevedo, 2006; Machado & Vandenberghe, 2014; Pinho & 
Figueiredo, 2012; Rangé, 1995; Vandenberghe, 2006). 
Psicanálise de Freud, Lacan, teoria de Winnicott 
 Freud é conhecido como o pai da psicanálise e idealizou a primeira escola 
vienense de psicoterapia. A sua abordagem relaciona os sofrimentos psíquicos e as 
emoções reprimidas do passado que não foram esquecidas. Segundo ele, quando o 
paciente relembra tais emoções e as traz para a consciência, os problemas são 
resolvidos. 
Psicanálise de Lacan - Jacques Lacan foi um psicanalista francês que criou a 
psicanálise lacaniana. Ele estudou Freud e uniu a sua abordagem à filosofia e 
linguística, tornando as ideias mais abertas. 
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A linguística, portanto, é o principal ponto da teoria de Lacan, afirmando que 
para entender o ser humano, seu inconsciente e o psiquismo, é preciso conhecer a 
sua linguagem. Dessa forma, o psicólogo entende que a representação de algo é mais 
importante do que aquilo enquanto figura. 
Teoria de Winnicott - A abordagem criada por Donald Winnicott é pautada na 
relação entre mãe e filho, porém, tem diferenças da linha freudiana, pois é voltada à 
pluralidade de “presenças” que a progenitora pode ter na vida de seus filhos e em 
como o meio impacta tal relacionamento. 
Psicologia Analítica Junguiana 
Carl Gustav Jung foi um psiquiatra um discípulo de Freud e criou a psicologia 
analítica junguiana. 
Há um conceito bem importante nessa teoria que é a autorregulação da psique, 
ou seja, é preciso mensurar a quantidade de energia que será dedicada a cada ponto 
ou acontecerá uma regulação. 
A sessão costuma contar com a participação ativa tanto do paciente como do 
psicólogo. A arte tem um espaço importante dentro desse tipo de tratamento, mas, 
não devemos colocar essa linha teórica em um lugar excessivamente místico. 
Gestalt-Terapia, nasceu entre 1940 e 1950. Foi criada por sete intelectuais, 
sendo interessante destacar Fritz Pearls. Trata-se de uma abordagem humanista, que 
acredita na capacidade das pessoas de se autorregularem e se desenvolverem. 
Durante as sessões, é necessário que o paciente se conecte com ele mesmo e 
consiga criar estratégias para lidar com determinadas situações. 
Segundo Freitas (2016), o trabalho do gestalt-terapeuta é apoiar seus clientes 
no processo de descoberta de si, acompanhando-os nessa jornada de maneira a 
ampliar sua awareness, seu crescimento e amadurecimento pessoal, com 
possibilidades de construir relações vitalizadoras. 
Psicodrama esta abordagem da psicologia foca na relação entre as pessoas. 
Além disso, o Psicodrama é parte de um conceito maior, a Socionomia, que é o estudo 
das leis que regem os grupos humanos. 
 
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As sessões ocorrem com o suporte de ações, ou seja, representações que 
visam estimular o entendimento que o paciente tem do mundo e de si mesmo. Com 
isso, o objetivo é proporcionar algo concreto e, por isso, as sessões vão além da fala, 
contemplando dinâmicas e exercícios. 
Abordagem centrada na pessoa esta abordagem da psicologia coloca o 
paciente como ponto central da sua própria história e tem como base as correntes de 
pensamento humanista. Esta teoria parte da ideia de que todas as pessoas buscam 
pelo crescimento e desenvolvimento de si mesmo. 
A melhor palavra para definir esta abordagem é a autonomia, portanto, o 
paciente será capaz de dizer quando se sente preparado para se colocar no centro de 
tudo e seguir a sua vida. 
 
6.5 O PSICÓLOGO E A DIVERSIDADE 
Resolução nº 13 / 2007 – Institui a Consolidação das Resoluções relativas ao 
Título Profissional de Especialista em Psicologia e dispõe sobre normas e 
procedimentos para seu registro. 
A Comissão Permanente de Orientação e Fiscalização (COF), ressalta as 
seguintes informações a respeito do exercício profissional do(a) psicólogo(a) nas 
diversas áreas de atuação da psicologia: A formação do psicólogo o habilita a atuar 
em qualquer uma das áreas da psicologia, descritas na Resolução CFP 13/2007, no 
art.3º sendo elas: Psicologia Escolar/Educacional; Psicologia Organizacional e do 
Trabalho; Psicologia de Trânsito; Psicologia Jurídica; Psicologia do Esporte; 
Psicologia Clínica; Psicologia Hospitalar; Psicopedagogia; Psicomotricidade; 
Psicologia Social; Neuropsicologia. 
Resolução CFP n° 3/ 2016 -Art.1 º Incluir a Psicologia (em) Saúde no rol das 
especialidades de que trata o art. 3º da Resolução CFP 13/2007. 
Resolução CFP nº 18/2019 - Art. 1º Incluir a Avaliação Psicológica no rol das 
especialidades de que trata o artigo 3º da Resolução CFP nº 13, de 2007. 
 
 
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Psicólogo especialista em Psicologia Escolar/Educacional Atua no âmbito da 
educação formal realizando pesquisas, diagnóstico e intervenção preventiva ou 
corretiva em grupo e individualmente. Envolve, em sua análise e intervenção, todos 
os segmentos do sistema educacional que participam do processo de ensino- 
aprendizagem. Nessa tarefa, considera as características do corpo docente, do 
currículo, das normas da instituição, do material didático, do corpo discente e demais 
elementos do sistema. 
Atividades a serem desenvolvidas: aplicar conhecimentos psicológicos na 
escola, concernentes ao processo ensino-aprendizagem, em análises e intervenções 
psicopedagógicas; referentes ao desenvolvimento humano, às relações interpessoais 
e à integração família-comunidade-escola, para promover o desenvolvimento integral 
do ser; implementar programas para desenvolver habilidades básicas para aquisição 
de conhecimento e o desenvolvimento humano; validar e utilizar instrumentos e testes 
psicológicos adequados e fidedignos para fornecer subsídios para o replanejamento 
e formulação do plano escolar, ajustes e orientações à equipe escolar e avaliação da 
eficiência dos programas educacionais. 
Psicólogo especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho, Atua em 
atividades relacionadas a análise e desenvolvimento organizacional, ação humana 
nas organizações, desenvolvimento de equipes, consultoria organizacional, seleção, 
acompanhamento e desenvolvimento de pessoal, estudo e planejamento de 
condições de trabalho, estudo e intervenção dirigidos à saúde do trabalhador. 
Desenvolve, analisa, diagnostica e orienta casos na área da saúde do trabalhador, 
observando níveis de prevenção, reabilitação e promoção de saúde. 
Desempenha atividades relacionadas ao recrutamento, seleção, orientação e 
treinamento, análise de ocupações e profissiográficas e no acompanhamento de 
avaliação de desempenho de pessoal, atuando em equipes multiprofissionais. 
Utiliza métodos e técnicas da psicologia aplicada ao trabalho, como entrevistas, 
testes, provas, dinâmicas de grupo, etc. para subsidiar as decisões na área de 
recursos humanos como: promoção, movimentação de pessoal, incentivo, 
 
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remuneração de carreira, capacitação e integração funcional e promover, em 
consequência, a autorrealização no trabalho. 
Psicólogo especialista em Psicologia de Trânsito, procede ao estudo no campo 
dos processos psicológicos, psicossociais e psicofísicos relacionados aos problemas 
de trânsito; realiza diagnóstico da estrutura dinâmica dos indivíduos e grupos nos 
aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais. 
Realiza avaliação psicológica em condutores e candidatos à carteira de 
habilitação; participa de equipes multiprofissionais no planejamento e realização das 
políticas de segurança para o trânsito. 
Desenvolve ações educativas com: diretores e instrutores dos Centros de 
Formação de Condutores, examinadores de trânsito e professores dos diferentes 
níveis de ensino; realiza pesquisas científicas no campo dos processos psicológicos, 
psicossociais e psicofísicos, para elaboração e implantação de programas de saúde, 
educação e segurança do trânsito. 
Estuda os efeitos psicológicos do uso de drogas e outras substâncias químicas 
na situação de trânsito; 
Analisa os acidentes de trânsito, considerando os diferentes fatores envolvidos 
para sugerir formas de evitar e/ou atenuar as suas incidências; elabora laudos, 
pareceres psicológicos, relatórios técnicos e científicos;desenvolve estudos sobre o 
fator humano para favorecer a elaboração e aplicação de medidas de segurança. 
Psicólogo especialista em Psicologia Jurídico, Atua no âmbito da Justiça, 
colaborando no planejamento e execução de políticas de cidadania, direitos humanos 
e prevenção da violência, centrando sua atuação na orientação do dado psicológico 
repassado não só para os juristas como também aos indivíduos que carecem de tal 
intervenção, para possibilitar a avaliação das características de personalidade e 
fornecer subsídios ao processo judicial, além de contribuir para a formulação, revisão 
e interpretação das leis avalia as condições intelectuais e emocionais de crianças, 
adolescentes e adultos em conexão com processos jurídicos, seja por deficiência 
mental e insanidade, testamentos contestados, aceitação em lares adotivos, posse e 
 
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guarda de crianças, aplicando métodos e técnicas psicológicas e/ou de psicometria, 
para determinar a responsabilidade legal por atos criminosos; 
Atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais, Justiça do Trabalho, da 
família, da criança e do adolescente, elaborando laudos, pareceres e perícias, para 
serem anexados aos processos, a fim de realizar atendimento e orientação a crianças, 
adolescentes, detentos e seus familiares; 
Psicólogo especialista em Psicologia do Esporte: A atuação do psicólogo do 
esporte está voltada tanto para o esporte de alto rendimento, ajudando atletas, 
técnicos e comissões técnicas a fazerem uso de princípios psicológicos para alcançar 
um nível ótimo de saúde mental, maximizar rendimento e otimizar a performance, 
quanto para a identificação de princípios e padrões de comportamentos de adultos e 
crianças participantes de atividades físicas. 
Orienta pais ou responsáveis nas questões que se referem a escolha da 
modalidade esportiva e a consequente participação em treinos e competições, bem 
como o desenvolvimento de uma carreira profissional, e as implicações dessa escolha 
no ciclo de desenvolvimento da criança. 
Psicólogo especialista em Psicologia Clínica: Atua na área específica da saúde, 
em diferentes contextos, através de intervenções que visam reduzir o sofrimento do 
homem, levando em conta a complexidade do humano e sua subjetividade. 
As intervenções tanto podem ocorrer a nível individual, grupal, social ou 
institucional e implicam em uma variada gama de dispositivos clínicos já consagrados 
ou a serem desenvolvidos, tanto em perspectiva preventiva, como de diagnóstico ou 
curativa. 
Psicólogo especialista em Psicologia Hospitalar: Atua em instituições de saúde, 
participando da prestação de serviços de nível secundário ou terciário da atenção à 
saúde. Atua também em instituições de ensino superior e/ou centros de estudo e de 
pesquisa, visando o aperfeiçoamento ou a especialização de profissionais em sua 
área de competência, ou a complementação da formação de outros profissionais de 
saúde de nível médio ou superior. 
 
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Atende a pacientes, familiares e/ou responsáveis pelo paciente; membros da 
comunidade dentro de sua área de atuação; membros da equipe multiprofissional e 
eventualmente administrativa, visando o bem estar físico e emocional. 
E demais áreas de atuação tais como: Psicólogo especialista em 
Psicopedagogia, Psicólogo especialista em Psicomotricidade, Psicólogo especialista 
em Psicologia Social, Psicólogo especialista em Neuropsicologia, Psicólogo 
especialista em Saúde, Psicólogo especialista em Avaliação Psicológica. 
 
6.6 RESUMO DO CAPITULO SETE LIVRO A TÉCNICA DA COMUNICAÇÃO 
HUMANA 
Toda a precariedade da Comunicação humana reside em dois obstáculos fun- 
damentais: a Personalidade e a Linguagem. A Comunicação humana é essencial- 
mente individual e, sendo individual, é afetada pela personalidade, o que torna 
problemático o significado. 
A Linguagem sempre foi imperfeita. Bacon refere-se ao caráter diabólico da 
Linguagem, afirmando que as palavras “atiram tudo à confusão, e afundam a 
humanidade em vãs e falazes controvérsias sem fim”! Hobbes acreditava que a 
Linguagem “embaraça a mente em uma rede de palavras”; Locke tem dúvidas sobre 
a Ciência, devido a suas “palavras difíceis ou mal aplicadas, com pouco ou nenhum 
significado, confundidas com profundos conhecimentos e altas especulações”. 
Com o objetivo de estabelecer uma sistemática no estudo dos obstáculos à 
Comunicação humana, vamos dividi-los em dois, os obstáculos devidos à 
personalidade nascem dos preconceitos, educação, hereditariedade, meio, 
experiências individuais, estado fisiológico e emocional de todos os envolvidos, 
inclusive os relativos à atenção individual, capacidade de con- centração, etc. 
A Linguagem antepõe inúmeras dificuldades à efetividade da Comunicação 
humana: a polissemia, os pleonasmos, os exageros, as negativas que afirmam e as 
afirmativas que negam, as graduações, os rodeios, as gírias, as tentativas frustradas 
de chegar-se à univocidade, e toda a complexidade do significado. Outros obstáculos- 
los à Comunicação humana provenientes da Linguagem. 
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A Linguagem é responsável pela autossuficiência. Somos levados a extremos, 
por nossa capacidade de afirmar, e, por isso, nossas avaliações tomam a parte pelo 
todo, repetindo o poema de John Saxe sobre os seis professores cegos do Industão 
e a definição de um elefante: cada um o definiu de acordo com a parte do corpo do 
animal que as suas mãos tocavam. 
Haney (1960) recomenda, para corrigir a “autossuficiência”, desenvolver uma 
humildade sincera, estribada na convicção de que ninguém nunca poderá saber tudo 
sobre qualquer coisa. 
“Ser consciente da própria ignorância é o primeiro passo para a sabedoria”, escreveu 
Disraeli. Precisamos abrir a mente às mensagens do mundo exterior. Devemos 
desconfiar sempre que nos sentirmos completamente seguros de nossos 
conhecimentos sobre determinado assunto. Stuart Chase cita Chester Bowles, e seu 
livro “Ambassador’s Report”: 
Depois de três semanas na Índia, pareceu-me fácil escrever um livro sobre esse 
país, mas, depois de dezoito meses, comecei a perceber que quase tudo quanto já 
escrevera a respeito da Índia estava irremediavelmente errado. E, à medida que 
permanecia no país, cada vez mais me parecia difícil escrever um livro idôneo sobre 
a Índia. 
É essencial, na Comunicação humana, realizar o “culto do etc.”. Por mais sá- 
bios, minuciosos e profundos, caberá sempre a nossos conhecimentos a lucidez de 
um etc. Até no mais formal dos governos, o “etc.” adquiriu foros de nobreza. Os 
documentos oficiais da Inglaterra começam com estas palavras: 
“Elizabeth the second, by the grace of God of the United Kingdom of Great 
Britain and Northern Ireland and of her other realms and territories queen, head of the 
Common-wealth Defender of the Faith, etc., etc.” 
Segundo Pascal, na medida em que se tem mais espírito, acha-se que há mais 
homens originais. As pessoas comuns não encontram diferenças entre os homens. 
Em 1940, Alberto era meu colega na Faculdade de Direito. Admirava-o pela 
inteligência, pela autenticidade. Encontro-o vinte anos depois. É deputado, e toda a 
sua vida gira em torno da política. Surpreendo-me, irrito-me, desencanto-me, quando 
percebo que, embora continue brilhante, Alberto perdeu toda a autenticidade; age 
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calculadamente, e cada ato possui complicadas ilações políticas que o preocupam. 
Como é possível uma pessoa mudar tanto? 
O problema das avaliações congeladas na Comunicação humana é a ressurrei- 
ção da multimilenar disputa entre Heráclito e Parmênides: tudo muda contra nada 
muda. Essa competição, a Filosofia já a resolveu há muito tempo. Parmênides acre- 
ditava que as palavras tinham um significado constante, enquanto hoje se admite, com 
Heráclito, não existirem duas pessoas que, “empregando a mesma palavra, tenham a 
mesma ideia em sua mente”.Conforme Oscar Wilde, nem sempre se pode classificar 
um homem, com justiça, pelo que faz. Este pode observar as leis e ser desprezível. 
Pode, ao contrário, desobedecer às leis e ser magnífico. Pode ser mal, sem 
nunca ter feito nada de mau, como também pode cometer um crime contra a 
sociedade e alcançar, mediante esse delito, sua verdadeira perfeição. 
Erich Fromm ao introduzir em sua caracterologia o tipo de orientação mer- cantil 
faz um libelo contra o mercado da personalidade e conclui, com amargura, um estudo 
sobre o peso com que atributo e relação entram no sucesso pessoal. 
Segundo Erich Fromm, o sucesso depende, em grande parte, de quão bem a 
pessoa sabe vender-se no merca- do, de quão bem sabe fazer sua personalidade 
impressionar o público. 
O comportamento humano não pode ser interpretado em termos de preto e 
branco. Nem sempre o que se exterioriza nesse comportamento é o que existe 
subjetivamente. Mas, desses estados transitórios fazer-se permanência, há 
considerável distância. 
As aparências podem enganar, e assim também as evidências. Nessa ordem 
de considerações não chegamos a lugar nenhum. O que se procura na Comunicação 
humana é a coincidência entre a personalidade subjetiva, a que existe interiormente, 
e a objetiva, que se manifesta exteriormente. 
Da mesma forma que o significado é inseparável do contexto, a personalidade 
está ligada ao comportamento, à sua reação individual e ao meio social. 
Por meio da Comunicação humana, a personalidade deixa de ser cogitação fi- 
losófica de iniciados, impregnando-se do pragmatismo característico da civilização 
industrial e tecnológica em que vivemos. 
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 Conforme Erasmo o ânimo do homem é de tal maneira esculpido, que muito 
mais lhe agrada a ficção do que a verdade. 
As histórias dos discos voadores mantêm-se em evidência, com altos e baixos 
na popularidade, desde 24 de julho de 1947, quando Kenneth Arnold viu sobre o 
monte Rainier, no Estado de Washington, nove objetos circulares, formados em ca- 
deia diagonal, deslocando-se em alta velocidade.13 Contam-se às dezenas as 
incursões de discos voadores aos céus do Brasil. 
Em nenhuma cidade ou vilarejo os deixaram de ser vistos por alguém. 
Indivíduos e multidões, homens, mulheres e crianças, pessoas de todas as idades e 
condições sociais, viram os discos voadores, e estão dispostos a testemunhar de 
público suas experiências, embora apenas um dentista de Santos tenha declarado 
haver voado num disco. 
Varginha, no sul de Minas Gerais, tornou-se a capital dos ETs, esses 
simpáticos seres extraterrestres. Moradores da cidade, centro da região produtora de 
café, dizem ter visto objetos voadores não identificados (neste caso, naves espaciais 
de uma civilização extraterrestre). 
Com isso, a cidade ficou famosa, e passou a receber elevado número de 
turistas. Num tempo não muito distante, sacerdotes hindus transportaram-se para as 
mais altas montanhas, na expectativa de escapar ao fim do mundo. 
Nos Estados Unidos, na Itália, em diversos países, não se passa um ano sem 
que surjam “iluminados” e seus discípulos a entregarem-se a mortificações, na 
convicção do fim do mundo. Muitas seitas religiosas têm nascido desses movimentos 
frustrados de credulidade pública. Muitos foram os que se angustiaram com a chegada 
da virada do milênio, sob a crença, baseada em profecias, de que o mundo chegaria 
ao fim. 
No Brasil, tivemos, desde Antônio Conselheiro e Padre Cícero, até um li- vro 
sobre discos voadores escrito por um idôneo ex-comandante da Aviação Civil; 
incluem-se na lista os milagres do Padre Donizetti e do mineiro Arigó, este ca- paz de 
fazer qualquer operação cirúrgica em minutos, sem olhar para o paciente, utilizando-
se de simples faca de cozinha. Relatos e bibliografia sobre o assunto são muito ricos 
na atualidade. 
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O fascínio que sobre nós exerce o sobrenatural reflete-se em uma série de 
obstáculos à efetividade da Comunicação humana, todos eles classificáveis sob a 
denominação genérica de “geografite”, a tendência de irmos mais pelos mapas do que 
pelos territórios. 
A permanência do prestígio da Grafologia e da Astrologia é algo digno de con- 
sideração. Muitas revistas femininas mantêm seções de Grafologia, e os principais 
jornais trazem predições astrológicas. Há pessoas que não saem de casa sem antes 
consultar o horóscopo. 
Uma vez que alguém defina determinado problema como complexo, sua 
inclinação será invariavelmente a de procurar uma solução através de técnicas 
complexas. (Wiixiam V. Haney). 
É fácil imaginar-se a complicação que consistia para os matemáticos puros, 
discípulos de Pitágoras, lotarem suas mentes de raciocínios exatos e obrigarem seus 
corpos a regras tão disparatadas. Novas proposições deixaram de ser descobertas 
porque o filósofo se abaixou para apanhar a régua que lhe caíra das mãos. 
Hume escreveu que era muito comum intrometerem-se os filósofos no terre- no 
dos gramáticos, e embarcarem em disputas de palavras, “enquanto imaginam manter 
controvérsias do mais profundo interesse e importância”. Com o respeito que inspiram 
as cogitações dos grandes metafísicos, não se pode deixar de pensar em Hume diante 
do invariável-indivisível e do variável-divisível de Platão, ou na distinção entre matéria 
e forma, de Aristóteles. A tendência à complicação explica o cipoal de palavras da 
Filosofia, muralha chinesa a esconder o conhecimento. 
Bacon duvidava da possibilidade de alguém compreender, um dia, o que 
fossem “causa primeira não causada”, ou “primeiro motor não movido”; os filósofos 
manipulam os infinitos com a tranquila segurança com que os gramáticos manejam 
os infinitivos. O Escólio I da Ética de Spinoza reza: 
Vê-se, pois, que, mesmo que sejam concebidos dois atributos como 
real- mente distintos, isto é, um sem auxílio do outro, não podemos concluir 
daí, entretanto, que eles constituam dois seres, isto é, duas substâncias 
diferentes, porque é da natureza da substância que cada um de seus atributos 
seja concebido por si; uma vez que todos os atributos que ela possui exis- tiram 
ao mesmo tempo nela, e que um não pode ser produzido por outro, mas cada 
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um exprime a realidade ou o ser da substância. Não é, portanto, absurdo, referir 
vários atributos a uma mesma substância; ao contrário, na natureza, nada há 
de mais claro do que isto: cada ser deve ser concebido sob certo atributo e a 
realidade ou ser que possui é proporcional ao número de atributos que 
exprimem a necessidade, ou, por outro, a eternidade e a infinidade; e, 
consequentemente, também isto: o ser absolutamente infinito deve ser 
necessariamente definido (como se disse na Def. VI) o ser que é constituído 
por uma infinidade de atributos cada um dos quais exprime certa essência 
eterna e infinita. Se se perguntar agora qual é o sinal que nos permite 
reconhecera diversidade das substâncias, leiam-se as proposições seguintes: 
mostram elas que não existe na Natureza senão uma única substância e que 
esta é absolutamente infinita, o que torna escusada a procura de tal sinal. 
A própria ideia da Divindade reduz-se a um aglomerado de atributos quase 
puramente verbais.16 O conjunto dos atributos metafísicos imaginados pelo teólogo é 
somente confusa reunião de pedantes adjetivos. O verbalismo passa a ocupar o lugar 
da Visão da realidade. “Deus é a causa primeira e possui uma existência per si; é 
necessário e absoluto, absolutamente ilimitado, infinitamente perfeito: é uno e único, 
espiritual, metafisicamente simples, imutável, eterno, onipotente, onisciente, 
onipresente”. 
Cita Juan Cuatrecasas que a linguagem é indefinidamente variável em suas 
formas. A parábola bíblica da torre de Babel mostra-nos a transcendência desta 
variedade paradoxal que transforma um meio de comunicação em meio de 
incompreensão. 
 
6.7 RESUMO DO CONTEÚDO DIGITAL 
Explicar o conceito de entrevista psicológica para fins de aprofundamento nos 
paradigmas essenciais sobre o assunto, a fim de que você compreenda como 
conduzir uma entrevista na prática profissional e como transmitir segurança e empatia 
ao paciente. 
Os motivos que levam uma pessoa a procurar ajuda psicoterápica podem ser 
os mais diversos: busca por autoconhecimento, auxílio no enfrentamento de 
traumas, sintomas relacionados a transtornos psiquiátricos, dificuldade para 
lidar com sentimentos intensos, padrões disfuncionais de pensamentos, 
comportamentos inadequados que trazem sofrimento e que se repetem em 
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padrões não percebidos pelo próprio indivíduo. Independentemente do 
motivo pela busca da Psicoterapia, é sempre importante que o profissional 
siga certos objetivos para que o processo terapêutico seja construído de 
forma saudável e eficaz. Nesse aspecto, a entrevista psicológica pode ser 
considerada um dos objetivos primordiais para se construir uma boa relação 
terapêutica e uma boa compreensão sobre o paciente (MURTA & ROCHA, 
2014). 
A necessidade de compreender aquele que procura o profissional de Psicologia 
é de suma importância para se ir além do que essa pessoa apresenta como queixa. 
Aquele que busca o auxílio de um(uma) psicólogo(a) traz consigo um grande quebra-
cabeças e o objetivo do profissional, portanto, é reunir e organizar dados importantes 
sobre a vida dessa pessoa, agrupando o máximo de peças possíveis do quebra-
cabeças com o objetivo de obter uma imagem adequada daquilo que se deseja 
investigar. 
A maneira mais direta de se saber o que se passa com uma pessoa é 
perguntando a ela, e isso é o que uma entrevista se propõe a fazer. Segundo Perpiñá 
(2012), sua versatilidade é tal que, embora tenha nascido em um contexto de 
avaliação e diagnóstico, a entrevista psicológica tem sido utilizada com muitas outras 
funções no processo de avaliação-intervenção, mesmo fora do campo da saúde ou 
da relação de ajuda. 
De forma geral, nas áreas de ciências humanas, sociais ou da saúde, uma 
entrevista pode ser definida como um processo interpessoal no qual o entrevistador 
almeja obter informações acerca do entrevistado, tendo este primeiro um objetivo 
claro a alcançar e questões para responder. 
No campo da Psicologia, pode-se dizer que a entrevista psicológica tem o 
objetivo específico de descobrir, por meio de perguntas formuladas pelo entrevistador, 
aquilo que não está aparente no entrevistado, mas se manifesta em forma de 
pensamentos, emoções e comportamentos com objetivos psicológicos específicos e 
seguindo referenciais teóricos demarcados. 
Em psicologia, a entrevista clínica é um conjunto de técnicas de investigação, 
de tempo delimitado, dirigido por um entrevistador treinado, que utiliza 
conhecimentos psicológicos, em uma relação profissional, com o objetivo de 
descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos (indivíduo, 
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casal, família, rede social), em um processo que visa fazer recomendações, 
encaminhamentos ou propor algum tipo de intervenção em benefício das 
pessoas entrevistadas. (TAVARES, 2003, p. 45) 
 
A entrevista psicológica é essencial, uma vez que é a partir dela que o 
profissional irá conhecer o paciente, acolhê-lo, compreender os motivos da demanda, 
levantar as primeiras hipóteses e planejar quais os passos seguintes no trabalho a ser 
desenvolvido, estabelecer a relação terapêutica e o contrato com o cliente. É também 
importante que, ao longo da entrevista, o profissional ajude o cliente a compreender 
os objetivos que serão explorados ao longo de todo o processo psicológico contratado. 
O psicólogo ou estagiário de Psicologia que está iniciando suas experiências 
na prática da profissão, pode sofrer certa inquietude pelo fato de que a 
quantidade de informações e todos os aspectos a serem analisados em uma 
entrevista inicial acabem sendo difíceis de serem concluídos em apenas um 
encontro. Por isso, não raramente, fala-se em “entrevistas iniciais” ao invés 
de seu termo no singular, já que é comum e esperado que os primeiros 
encontros sejam destinados a realização dos inquéritos necessários até que 
o máximo de questões tenham sido satisfatoriamente investigadas 
(TAVARES, 1990). 
Segundo Almeida (2004), é necessário mencionar a importância do equilíbrio 
entre o domínio das técnicas clínicas específicas e a capacidade de interação 
adequada com o entrevistado. 
 Desta forma, diversos autores enumeram diferentes condições e regras de 
ouro a seguir na entrevista psicológica. 
A entrevista mostra-se uma prática muito rica e em constante construção, 
sendo adaptada e enriquecida por todos os campos e abordagens nos quais é 
utilizada. 
Há relativa concordância entre autores de que a entrevista ganhou importância 
no campo clínico com o psiquiatra alemão Emil Kraepelin (1856 – 1926), no final do 
século XIX, cujo interesse era explorar em detalhe os sintomas do paciente e 
diagnosticá-lo segundo classificação de transtornos mentais. Nesse ponto, é 
importante mencionar a diferença entre a entrevista psiquiátrica e a entrevista 
psicológica, uma vez que ambas podem ser complementares. 
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A prática clínica em Psicanálise trouxe uma contribuição importante para o 
aprimoramento da entrevista psicológica, uma vez que a entrevista passou a ser ponto 
crucial para estimular a fala espontânea do paciente, por meio de suas associações 
livres, e porque passou a dar mais ênfase aos processos psicológicos e menos ao 
diagnóstico. Houve também importante contribuição da Sociologia, a qual, segundo 
Sullivan (1970) e seu método de observação participante, compreende a entrevista 
como uma díade em que, tanto entrevistador, quanto entrevistado participam 
ativamente. 
 Por fim e não menos importante, Carl Rogers (1973), em sua abordagem 
centrada na pessoa, conferiu à entrevista psicológica uma prática não diretiva, cujo 
objetivo passou a ser compreender o paciente despindo-se de quaisquer conceitos, 
focando apenas na expressão e aceitação emocional manifestadas. 
Bleger (1998) é um dos autores mais famosos que explana as particularidades 
da entrevista psicológica em que, ao delimitar a entrevista psicológica como técnica, 
destaca que ela possui seus próprios procedimentos ou regras empíricas. Segundo 
Bleger (1998), existe uma duplicidade muito especial na entrevista psicológica que 
determina que esta técnica funcionecomo instrumento de coleta de dados, desde o 
ponto de vista científico, até o profissional. 
A entrevista inicial em Psicanálise demanda a aplicação cuidadosa e empática 
por parte do terapeuta de um rico arcabouço teórico e técnico em um período limitado. 
Em uma consulta inicial, o terapeuta escuta, interage e avalia a motivação do cliente, 
seu estado mental, a força do ego, as tensões atuais, a experiência de si mesmo e 
dos outros, possíveis defesas, assim como a integridade do superego, o potencial de 
resposta a diferentes intervenções e, por último, e não menos importante, a qualidade 
da relação a ser desenvolvida com o terapeuta. 
Segundo Yalof e Abraham (2005), a entrevista psicanalítica inicial, 
normalmente, seguirá o tempo de uma sessão convencional, ou seja, de cinquenta a 
sessenta minutos de duração, e exigirá do terapeuta habilidade e flexibilidade dentro 
dos paradigmas propostos em uma orientação psicanalítica. 
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Em geral, o objetivo da entrevista na perspectiva psicanalítica é compreender 
as características das manifestações inconscientes, o funcionamento psíquico do 
paciente e, portanto, compreender os aspectos que caracterizam sua personalidade. 
Para tal, o terapeuta deve voltar a acurácia da sua escuta para fenômenos 
psicológicos essenciais, como, por exemplo, as resistências do paciente, a 
transferência e a própria contratransferência, colhendo informações sobre o 
funcionamento de seu psiquismo e da dinâmica da sua energia psíquica. Neste tipo 
de entrevista, mantém-se a dinâmica clássica da relação terapêutica médico paciente. 
Modelo de entrevista de base humanista de Carl Rogers o modelo terapêutico 
proposto por Carl Rogers permitiu uma grande mudança de paradigma no que tange 
ao processo psicoterápico. Tal modelo distanciou-se das abordagens psicanalista e 
behaviorista, assumindo menor importância à nosografia e às características da 
personalidade e creditando maior importância às potencialidades humanas que 
poderiam ser desenvolvidas na relação com o outro, no caso, o terapeuta. 
Modelo de entrevista de base humanista de Carl Rogers o modelo terapêutico 
proposto por Carl Rogers permitiu uma grande mudança de paradigma no que tange 
ao processo psicoterápico. Tal modelo distanciou-se das abordagens psicanalista e 
behaviorista, assumindo menor importância à nosografia e às características da 
personalidade e creditando maior importância às potencialidades humanas que 
poderiam ser desenvolvidas na relação com o outro, no caso, o terapeuta. 
 Modelo de entrevista de base sistêmica A abordagem sistêmica surgiu a partir 
de trabalhos de autores interessados no estudo das relações familiares, da Teoria 
Geral dos Sistemas (TGS) e da Teoria da Comunicação. A primeira postula que toda 
a natureza segue uma tendência a se organizar de maneira sistêmica. 
Em outras palavras, seu funcionamento não é baseado apenas em um 
aglomerado, mas sim na interação integradas entre as partes. Já a Teoria da 
Comunicação, elaborada por Gregory Bateson, na década de 1950, defende a ideia 
de que as perturbações mentais observadas no quadro esquizofrênico não estariam 
limitadas a questões orgânicas, uma vez que os conflitos internos presentes nesses 
pacientes seriam oriundos das falhas de comunicação decorrentes de um ambiente 
familiar permeado de atitudes incongruentes entre seus membros. 
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Modelo de entrevista de base cognitivo-comportamental as terapias cognitivo-
comportamentais (TCC) são baseadas nas técnicas das teorias da aprendizagem e 
nas teorias cognitivas. O modelo mais tradicional adotado pelos terapeutas cognitivo-
comportamentais é o de Aaron Beck, o qual compreende os distúrbios emocionais 
como consequência de cognições disfuncionais e que, por sua vez, geram 
interpretações inadequadas sobre a realidade, comportamentos compensatórios e 
tensões emoções que tendem a reforçar esse sofrimento. 
A entrevista em TCC é considerada o primeiro passo para se desenvolver a 
conceitualização cognitiva e obter o modelo cognitivo do paciente. Isto significa dizer 
que entrevistar o paciente adequadamente, buscando as informações cruciais sobre 
a queixa e seu histórico de vida será essencial para entender quais as visões de 
mundo, características de personalidade e padrões de comportamento e pensamento. 
A entrevista psicológica, como já mencionado anteriormente, é uma técnica em 
si mesma e de suma importância ao trabalho do psicólogo. Contudo, é importante 
discutir algumas técnicas para a condução de uma sessão de entrevista adequada e 
que podem fazer diferença na coleta de informações mais eficiente e em um desfecho 
mais rico. Segundo Bleger (1980), o entrevistador deve ter em mente a ordem de 
fatores: Observação, Hipótese, Verificação. 
 O psicólogo deve pensar que a entrevista começa bem antes do primeiro 
contato com o sujeito que o procura e seu término igualmente deve terminar bem 
depois do fim da sessão. Primeiramente, é de bom tom que um modelo de entrevista 
já tenha sido previamente elaborado em um formato semiestruturado, respeitando as 
premissas da abordagem teórica adotada, para que permita ao profissional maior 
segurança sobre o que irá investigar e como poderá conduzir a sessão. Isso nos 
permite pensar nos pontos que o profissional julga serem mais importantes, com base 
em sua experiência prática e na teoria em que se apoia. 
Técnicas para atendimento remoto classicamente, a entrevista psicológica 
sempre foi realizada presencialmente e, é possível que assim continue, ao menos por 
algum tempo. Porém, o contexto de pandemia, em 2020, evidenciou a possibilidade 
do atendimento remoto, ganhando cada vez mais adeptos entre os profissionais de 
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Psicologia. Baixo custo de manutenção, facilidade de acesso, ampliação da amostra 
de usuários e flexibilidade com os horários são alguns exemplos de motivadores que 
podem sinalizar a mudança de preferência dos pacientes. Por se tratar de uma 
tendência atual e que, provavelmente, deve fazer parte da realidade, alguns autores 
começam a investigar o impacto dessa mudança na prática clínica. 
O Conselho Federal de Psicologia não autoriza o atendimento remoto de 
pessoas que sejam vítimas de algum desastre ou emergência e vítimas de 
violência ou violação dos direitos humanos. Da mesma forma, menores de 
idade só podem fazer atendimento on-line após assinatura de termo, por 
parte dos pais, autorizando a Psicoterapia por via remota (CFP, 2018). 
Técnicas de questionamento socrático é uma forma de questionamento reflexivo que 
ajuda uma pessoa a refletir sobre pensamentos complexos e mais profundos. Em 
terapia, essa estratégia é muito rica e valiosa para auxiliar o paciente a trazer à tona 
pensamentos mais profundos e que podem revelar características de sua 
personalidade e sua maneira de compreender o mundo. São questionamentos 
sistemáticos que visam induzir à razão e buscar definições mais amplas que partem 
do indivíduo. 
O método socrático de perguntas é, de fato, mais empregado ao longo do 
processo terapêutico, haja vista sua capacidade de fazer o indivíduo refletir sobre 
suas ações e emoções e pensar em mudanças ou reconhecer as raízes de seus 
problemas. 
Técnicas de entrevista motivacional: A entrevista motivacional (EM) é uma 
abordagem terapêutica contemporânea, de foco cognitivo-comportamental, mas que 
pode trazer benefícios à prática de qualquer profissional de Psicologia.Ela é 
centrada no paciente e tem por objetivo viabilizar que próprio paciente protagonize 
seu processo de mudança, pautado em seus valores e preferências. Esse tipo de 
ferramenta é bastante indicado em casos em que os pacientes se encontram em 
uma posição dicotômica: há razões consideráveis para se modificar um 
comportamento, mas também há boas razões para se manter esses 
comportamentos; mas pode ser igualmente indicada em casos em que o paciente 
estagnou em seu processo terapêutico. 
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 Esse trabalho consiste em não forçar a mudança do paciente, mas, 
primeiramente, chamar a atenção dele para um discurso de mudança, dando-lhe 
espaço para que elabore os motivos para essa mudança, aceitando e se engajando 
no compromisso de mudar. É muito comum que se utilize algumas das técnicas de 
entrevista motivacional antes do início da terapia para aumentar o engajamento do 
indivíduo no processo. 
Antes de qualquer coisa, percebe-se que as expressões negativas dos 
pacientes corroboram para a manutenção dos comportamentos e pensamentos 
disfuncionais, ao passo que, quando o terapeuta se utiliza de respostas estratégicas, 
pode diminuir a força dos discursos de manutenção dos sintomas e aumentar o 
engajamento em um discurso de mudança. Para isso ser possível, são preconizados 
alguns fatores essenciais: Intenção colaborativa aceitação absoluta do paciente, 
demonstrando interesse genuíno em compreender sua queixa busca, juntamente 
com o paciente, de suas motivações para a mudança e compaixão. 
As entrevistas psicológicas podem ser classificadas quanto ao modelo e 
quanto aos objetivos. 
 Quanto ao modelo, Serafini (2016) afirma que as entrevistas podem ser 
classificadas como: de livre estruturação, semiestruturada e estruturada.Tavares 
(2003) salienta que é uma tarefa complexa estabelecer objetivos à entrevista 
psicológica, uma vez que tais objetivos são coerentes às especificidades de cada 
abordagem. 
 Como exemplo, o autor cita duas abordagens completamente distintas, a 
psicodinâmica e a comportamental. Para ele, embora ambas entrevistas teriam, 
aparentemente, o mesmo objetivo, os entrevistadores atuariam de maneira 
completamente diferente. 
 E é bem verdade, que, embora ambas necessitem de uma entrevista inicial 
para compreender o caso, o olhar teórico e a prática de cada uma dessas abordagens 
influenciará nos objetivos planejados pela(o) psicóloga(o). Portanto, há um objetivo 
primeiro, o qual seria o de compreender a demanda do indivíduo para propor a 
devolutiva. 
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Embora no Brasil a Psicologia Clínica tenha maior destaque que as demais 
áreas da Psicologia, tanto em termos de profissionais, quanto de cursos oferecidos, é 
importante discutirmos o presente tema em outras áreas, já que são igualmente 
importantes e demonstram crescimento de procura nos últimos anos. 
Entrevista psicológica no contexto hospitalar: A Psicologia Hospitalar pode ser 
entendida como a área da Psicologia especializada em prestar serviços de cuidados 
aos aspectos psicológicos relacionados às enfermidades do paciente que se encontra 
hospitalizado. Ainda, o psicólogo em situação hospitalar atua no sentido de reduzir as 
angústias e os sofrimentos do paciente internado, contribui com os demais 
profissionais da saúde e oferece suporte aos familiares dos pacientes que necessitam 
maior atenção. 
O papel da entrevista psicológica não difere no ambiente hospitalar, pois 
continua tendo a relevância de ser usada como técnica para melhor conhecimento 
sobre o próprio paciente, conhecer suas demandas, seus pontos fortes e de 
fragilidade e esboçar um projeto terapêutico para essa pessoa. 
 No entanto, a aplicação da entrevista psicológica no contexto hospitalar é 
consideravelmente distinta daquela feita em consultório. Começando pelas 
características ambientais, o psicólogo deve saber lidar com o dinamismo ao qual ele 
deverá encontrar no contexto hospitalar, o ambiente permeado de sofrimento, o tempo 
escasso, falta de setting e menor privacidade. 
Aspectos relevantes da entrevista, como o estabelecimento do rapport, a 
escuta focada, não julgadora e empática tão característica de uma entrevista 
psicológica convencional se mantém no hospital, porém, há características inerentes 
à prática que necessitam de um preparo específico do psicólogo: focar nos sintomas 
do paciente, na sua história de vida, no desenvolvimento da doença/quadro e 
condições de as condições de assistência que o paciente está recebendo. Imbuído 
dessas informações, o psicólogo é capaz de julgar ser pertinente conversar com 
outros profissionais da saúde para proporem mudanças estruturais ou, até mesmo, 
em aspectos específicos do tratamento. 
Entrevista psicológica no contexto organizacional: A Psicologia Organizacional 
é um ramo da psicologia que atrai muita atenção, trazendo muitas inovações nos 
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estudos em Psicologia Social e Análise do Comportamento aplicado às organizações. 
A Psicologia Organizacional pode ser entendida como o estudo do comportamento 
humano em um ambiente de trabalho, atuando na Gestão de Recursos Humanos. 
Na prática profissional do psicólogo das organizações, a entrevista psicológica 
é muito empregada em dois momentos: no desligamento de funcionários e, 
principalmente, na seleção de pessoal. A entrevista de desligamento é utilizada com 
o funcionário que está deixando a empresa, tendo como um objetivo importante obter 
um feedback sobre as características do ambiente de trabalho para planejar tomadas 
de decisões que favoreçam a melhoria da empresa. 
Entrevista psicológica no contexto escolar: A Psicologia Escolar é a área de 
atuação da Psicologia a qual se encontra inserida no contexto do ambiente das 
escolas, cujo objetivo é ajudar na construção das condições para promover o 
desenvolvimento sociocognitivo e emocional, assim como, a aprendizagem. 
Assim como no contexto hospitalar e organizacional, a entrevista psicológica 
aplicada no ambiente escolar tem características que se afastam da clínica. Aqui, o 
trabalho não se limita ao “paciente”, mas também àqueles que irão se envolver no seu 
processo de desenvolvimento: família, responsáveis e professores. 
O processo se inicia com o conhecimento da história da criança ou adolescente, 
quais os eventos negativos e positivos vividos por ela dentro da escola, como brigas, 
advertências, facilidade ou dificuldade nas matérias, interação com os colegas e fora 
da escola, como violência doméstica, divórcio dos pais. 
Ao se entrevistar os pais ou responsáveis, a(o) psicóloga(o) deve investigar: 
como a família trouxe a queixa, qual o sentido da dificuldade relatada, sentem-se 
culpados pelo problema ou não se importam, como é a relação com a escola, como 
participam do processo de escolarização da criança – confere os deveres de casa da 
criança, olha seus cadernos, tira dúvidas. 
 
 
 
 
 
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7- AÇÕES DESENVOLVIDAS E RESULTADOS 
 
Figura 2 - Conhecendo a estrutura do local (CREAS) 
No 1º encontro 05/04/2022: 
Foi feito o reconhecimento do local, onde foi apresentado como são 
organizadas as reuniões e criadas as estratégias que dependem das demandas do 
CREAS. O atendimento é direcionado as crianças a partir de 2 anos de idade até 16 
anos, onde eles têm uma medida

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