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Portfólio Políticas da Educação Básica - Ciclo 03

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Centro Universitário Claretiano
Curso de Graduação em Educação Física
Licenciatura
A Educação Básica no Brasil atual: desafios e perspectivas 
Vanessa da Costa Patrício
RA 8086745
DGEFL1901POAA0S
Atividade de Portfólio Ciclo 03 da disciplina de Políticas da Educação Básica. Tutor Profº. André Barioni.
Polo Porto Alegre
2020
A Educação Básica no Brasil atual: desafios e perspectivas 
Descrição do Projeto
Esse projeto se caracteriza pelo desenvolvimento de uma ação investigativa, que busca compreender as problemáticas que envolvem a educação básica no Brasil atual, por intermédio da análise do documentário dirigido por João Jardim Pro dia nascer feliz (2007). Vimos que, ao longo da história do Brasil, o Estado se mostrou negligente em relação à garantia do direito à educação. Desde o período monárquico até recentemente, somamos iniciativas no campo da educação por parte do poder público, que contribuíram para a consolidação do caráter elitista da educação brasileira e a marginalização de contingentes significativos da população. Encontramos um retrato desse descaso nas estatísticas e dados levantados pelos próprios órgãos oficiais como o INEP em relação aos índices de analfabetismo e as taxas de evasão escolar. Nos últimos anos, podemos identificar vários movimentos em favor da universalização da educação e em defesa da escola pública e a implementação de políticas educacionais que conseguiram avanços quantitativos em direção à democratização do ensino, porém essa democratização do acesso não foi acompanhada da devida qualidade de ensino. Atualmente, os estudos apontam o baixo rendimento escolar dos estudantes e outros graves problemas que afetam a educação brasileira como a violência, a falta de motivação de alunos e professores, dentre outros, que comprometem a aprendizagem e demonstram que a educação democrática de qualidade está longe de ser efetivada. Dessa forma, esse projeto se justifica cientificamente pela tentativa de aproximar o aluno de licenciatura das problemáticas que envolvem a educação básica na atualidade, propiciando a reflexão e o debate e o desenvolvimento de postura docente crítico e investigativa nos planos históricos e pedagógicos.
Sinopse “Pro dia nascer feliz (2007). Direção: João Jardim, 2007”
Pro dia Nascer Feliz, dirigido por João Jardim, é um retrato da educação no Brasil apontando a realidade escolar, demonstrando que essa situação de precariedade e abandono se arrasta por décadas e é presente nos dias atuais. Partindo de Pernambuco (PE), Manari é considerada uma das cidades mais pobres do Brasil. A Escola Estadual Cel. Souza Neto, nem ao menos conta com sistema de saneamento básico e água encanada. Mantida com rendimento mensal de R$ 1200,00 repassados pelo governo, o mesmo é revertido em impostos e taxas, restando R$ 600,00 para as demais despesas mensais. Em outra cidade do mesmo Estado, na Escola Estadual Dias Lima, alunos do ensino médio cursando magistério, relatam o problema do transporte escolar, pois a prefeitura disponibiliza de maneira precária apenas dois ônibus para atender a demanda, prejudicando a permanência e a frequência escolar. De um lado, descaso de professores e falta de comprometimento são situações apontadas pelos alunos, o que reflete em seu desinteresse pelas aulas. Do outro lado, professores justificam seu descaso pelo desinteresse e desrespeito dos alunos. No Rio de Janeiro, a Escola Guadalajara situada em Duque de Caxias, convive com o tráfico de drogas a poucos metros da Instituição, e lida com alunos provenientes das classes sociais mais vulneráveis, convivendo diretamente com a violência e a criminalidade. Conta com projetos culturais como alternativa para acolher os alunos fora do horário escolar e evitar a adesão destes ao crime organizado. Em São Paulo, a Escola Estadual Parque Piratininga II situada na periferia de Itaquaquecetuba, é considerada ponto de atração no bairro, frequentado pela comunidade escolar que encontrou ali o acesso a opções de lazer. Na escola, o problema relatado tem relação às ausências dos professores, que alegam sobrecarga emocional. Argumentos como desvalorização, desrespeito e intimidação também são observados no roteiro do discurso. Alega-se que a escola não cumpre mais sua função social, pois a estrutura do ensino no País é arcaica e maquiada. Aos alunos, projetos literários são uma alternativa ofertada pela Instituição. Em contraste com o cenário apresentado até aqui, o Colégio Santa Cruz situado em Alto Pinheiros, SP é uma Instituição privada que conta com toda a infraestrutura necessária e professores qualificados. Encontram-se na Instituição alunos melhor preparados, com suporte familiar e docente, que vislumbram expectativas de um futuro promissor. Valores como competitividade, disciplina rígida segundo alunos, produzem uma grande pressão sobre os mesmos, mas reconhecem que o mundo e o mercado de trabalho exigem esta postura. De volta à periferia de São Paulo, na Escola Estadual Levi Carneiro, os professores relatam agressividade, vandalismo, apologia ao crime, drogadição e práticas criminosas por parte dos alunos, oriundos de famílias desestruturadas e disfuncionais. Possuem valores morais distorcidos e não possuem ideia de seu papel na escola, tampouco acreditam que a escola possa lhes proporcionar algo, pois não possuem expectativa de viver até o dia seguinte. Desistiram de sonhar, e arriscam tudo pois não tem nada a perder.
Coleta de Dados Estatísticos
De acordo com o painel educacional, o município de Alvorada conta com 46 instituições de ensino, sendo 27 delas da rede municipal e 16 da rede estadual. Seu quadro geral aponta que, entre os anos 2015 a 2017 as redes estaduais (REM) apresentaram pouca variação nos índices de matrículas efetuadas nos anos iniciais do ensino fundamental, e o número de matrículas é maior na rede municipal (RM). É observado a partir do 3º ano uma queda no índice das matrículas na rede municipal, mantendo níveis decrescentes ao longo do tempo analisado. Enquanto isso, na rede estadual os índices apresentam-se estáveis. Nos anos finais do ensino fundamental percebemos a queda nos percentuais de matrícula na rede municipal, e um aumento significativo de matrículas na rede estadual a partir do 6º ano. 
Já as taxas de reprovação, praticamente nulas até o 2º ano do fundamental, sobem vertiginosamente a partir do 3º ano em ambas as redes de ensino. Na rede pública, é preocupante a alta taxa de reprovação no 3º ano (etapa típica de um aluno de 8 anos e no final do ciclo de alfabetização) e também as altas taxas nas séries introdutórias dos anos finais (a partir do 6º ano). A rede estadual mantém índices mais altos de reprovação em comparação com as escolas do município. As instituições municipais apresentaram queda nos índices de reprovação nas séries iniciais entre o 4º e 5º ano. Nos anos finais do ensino fundamental, observamos os índices de reprovação na rede estadual em elevação do 6º ao 8º ano, e novamente pode ser observado que o índice de reprovação é maior no âmbito da escola estadual. Ao analisarmos o 9º ano, percebemos um aumento na taxa de reprovação da rede estadual, e uma queda no índice de reprovação na instituição municipal, que ao longo dos anos analisados se mantém em declínio; supõe-se nesse caso a migração do aluno da rede municipal para estadual. No ensino fundamental, há diferenças expressivas entre as taxas de reprovação por série, principalmente na rede estadual. 
Em relação ao abandono escolar, ele indica um aumento percentual à medida do curso da atividade escolar. Os anos inicias apresentam baixos níveis na rede estadual, e na escola municipal é onde os índices são visíveis. A partir do 3º ano, nota-se uma crescente em relação à evasão escolar, e esta se mantém acima dos níveis apresentados pelas instituições estaduais até os anos finais do ensino fundamental. A média geral ao longo do ensino fundamental gira em torno dos 2% na rede estadual, enquanto no ensino municipal as taxas alcançam a média de 8%. 
Relativo ao ensino médio,o município de Alvorada conta com 12 instituições de ensino estaduais. Entre os anos 2015 a 2017, o índice de matrículas é decrescente, caindo praticamente pela metade o número de matrículas efetuadas. As taxas de reprovação decrescem ao longo do período em todo o ensino médio e, em comparação as demais séries, o 3º ano do ensino médio apresentou uma maior taxa de reprovação. Esta também decresce ao longo do período analisado. As taxas de evasão escolar apresentam um índice maior no primeiro ano do ensino médio, e segue apresentando taxas decrescentes ao longo do período. O mesmo ocorre no 2º ano, porém apresenta taxas mais baixas em comparação ao 1º ano. No 3º ano, os índices oscilam, apresentando um aumento significativo em 2016 e reduzindo seu índice no ano seguinte A seguir podemos observar as informações referentes ao ensino médio:
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) ao longo dos anos vem apresentando índices em crescimento, porém ainda abaixo da média de desempenho nas avaliações. Os dados apresentados tomam como referência o município de Alvorada/RS, abrangendo todas as redes municipais e estaduais. Com base nos anos 2015 a 2017, os índices do ensino fundamental se mantiveram abaixo da média estabelecida, e com o passar do tempo, a realidade é que estamos cada vez mais distantes da meta. Seguem as informações sobre o cenário educacional: 
O mesmo ocorre em relação aos anos finais do ensino fundamental. Onde apenas nos anos de 2007 a 2009 esteve dentro da média estabelecida. Nos anos seguintes, se mantém abaixo e distante da média, visto que nesse caso, a pontuação é negativamente maior.
O ensino médio no município não possui dados comparativos de anos anteriores, e o único resultado coletado já se apresenta abaixo da média. 
Discurso
Muito se tem discutido sobre a educação sem chegarmos a um consenso sobre a sua ineficiência. Sendo dinâmica, ela se adapta e se transforma conforme a sociedade igualmente se transforma. Sempre haverá desigualdade social e sempre encontraremos justificativas, atribuindo ao outro a culpabilidade por um sistema que não cumpre ou garante nosso direito constitucional de igualdade. 
O quadro da educação nos apresenta um sistema ineficaz na maioria dos casos, pois os professores assim como os alunos não vislumbram perspectivas de melhoria, de tornar a escola um espaço democrático e de mudanças. Encontramos toda a sorte de dificuldades dentro de um ambiente escolar, desde infraestrutura precária, falta de materiais, incentivos, professores desvalorizados, desmotivados, lidando diariamente com alunos provindos de ambiente familiar muitas vezes disfuncional, carente, violento ou omisso. Os professores reivindicam por sua categoria, por melhores salários, melhores condições de trabalho e plano de carreira. Além disso, sofrem todos os dias com situações de abuso por parte dos alunos, agressões muitas vezes consentidas ou encorajadas pelos próprios pais. Precisam fazer o papel de mediadores em uma causa que não é sua, tomam para si os dramas, os anseios, as necessidades dos alunos. Sofrem por seu desrespeito, pela sua procrastinação, pela falta de comprometimento, quando o único objetivo talvez seja um “A” de aprovado no final do ano letivo. Frustração em ambos os lados, pois hoje em dia aprender não é mais um prazer. Para as crianças é uma obrigação, para os professores uma missão. Os pais, ausentes e absortos em seu próprio sustento, cobrando de outros uma responsabilidade que é sua. E o ciclo se forma, no cenário que observo ao longe. As classes de aluno mais carentes, repetem o círculo vicioso de maneira automática, buscando o que é conveniente: armas, drogas, namoros, amigos presenciais ou novos contatos virtuais, meios para se divertir, sair do tédio, sem cobranças, porque não há vontade, não há perspectiva, talvez não almeje um futuro promissor. Talvez nem um futuro próximo. 
É ignorado por muitos pais hoje em dia que, cabe a família a educação de seus filhos. Que educa-se com amor e exemplos, e que a escola é o espaço onde é construído o conhecimento. Para que possamos conquistar grandes mudanças no cenário da educação, a princípio são necessárias pequenas mudanças a começar por nós mesmos. É mais fácil criticar o sistema de ensino, o atual governo e a diretora da escola, isentando-se de qualquer ônus. Se queremos igualdade, devemos igualmente abraçar as responsabilidades que isso acarreta, pois a educação vincula-se ao contexto de onde estamos inseridos. Seja qual for o meio social ou sob quais condições, devemos lutar com aquilo que temos para acolher, abraçar e ter iniciativas para apontar um horizonte aos nossos jovens, conscientizando-os que a educação é o caminho seja qual for o objetivo.
Referências
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Painel Educacional. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/guest/painel-educacional>. Acesso em 07/06/2020.
DOCUMENTÁRIO. Pro dia nascer feliz (2007). Direção: João Jardim, ano: 2007. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=nvsbb6XHu_I&t=45s>. Acesso em 08/06/2020.

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