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A1 relacoes contratuais

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O que é um contrato – 
Um contrato e a manifestação livre de vontades de duas ou mais pessoas a fim de celebrar um negócio jurídico, sendo entre pessoas capazes tendo como objeto algo licito. Possível, podendo ser firmado de forma livre, ou seja, de maneira escrita, oral -, tendo apenas como exceção sobre sua forma em contratos expressos no art. 104, 107, 108, 425 e 426 do código civil.
Importante se faz mencionar que existem dois tipos de contratos – sendo eles; partidários e de adesão
O primeiro diz respeito aos contratos nos quais as partes tem autonomia para opinar, negociar e acordar o objeto e as cláusulas do contato, dito isto, pode ser chamada de relação bilateral, onde ambos possuem poder de negociar, diferentemente do segundo tipo.
O contrato de adesão e aquele no qual permite somente uma das partes a opinar sobre o conteúdo, objeto e cláusulas do contrato, possuindo todo o poder sobre tal negociação. A esta relação e dado o nome unilateral, de modo que somente uma das partes detém poder na relação. 
Para que servimos princípios nos contratos formados –
A sociedade humana e permeada de relações contratuais diariamente, até mesmo quando não se percebe, estamos contratando, com isso, se viu a necessidade da criação dos princípios contratuais, pois esses tem como objetivo equilibrar as relações firmadas em contratos pois, à medida que se constatava que em muitos contratos, inclusive os de adesão, existem vantagens indevidas, incluindo abusos de poder, para que isso não pudesse continuar a ser recorrente nas relações contratuais, criou-se então os princípios.
A fim de resguardar a integridade humana e virar abusos nas cláusulas, fazendo com que tio o que fora acordado entre as partes, tenham seu efetivo cumprimento de forma justa.
Violação da boa fé 
Quando se firma um contrato e/ou acordo com alguém se espera que o que fora acordado seja cumprido entre as partes de forma justa, podemos confirmar essa afirmação no Art., o que não ocorreu no caso de Leandro em sua relação com a Emissora de Televisão, rede globo.
A emissora tinha como dever de buscar informações sobre os candidatos antes mesmo da seleção final de participação, para que não houvesse uma quebra de expectativa entre ambos os lados, bem como, se averiguasse se os participantes estavam dentro dos parâmetros regulares do programa. 
Leandro foi classificado e anunciado como participante da edição de 2006, contudo, horas após essa confirmação, teve seu sonho rompido em detrimento de uma alegação vazia, tendo em vista que a emissora sequer demonstrou por meio comprobatório o que alegava para a eliminação do participante. Ora, o ônus da prova cabe a quem alega haver erro na relação contratual e ou processual, fato este não realizado.
A emissora não se prestou ao trabalho de analisar o círculo de amizade de Leandro antes mesmo dele passar para as etapas finais de seleção, além de ter confirmado sua participação no reality, fazendo com que Leandro pedisse demissão em seu trabalho, bem como tê-lo feito viajar até o rio de janeiro para a sua suposta participação.
Deste modo, fica evidente que houve violação da boa-fé por parte da emissora, pois se não havia pretensão de classifica-lo, por qual motivo teria firmado isso a ele e ter deixado que o quase participante se demitisse e viajasse para outro estado?
A boa-fé decorre da Eticidade, com isso, sabemos que cabia a emissora e a Leandro agir de boa-fé antes do firmamento do contrato, durante a relação contratual e após, fato esse não existente, uma vez que a emissora não observou tal erro antes da classificação final, a emissora não foi leal não respeitando o princípio da boa-fé. 
Não houve proteção das expectativas geradas, nem mesmo colaboração de informações, ou seja, não houve o cumprimento dos deveres anexos do contrato, sendo eles o de colaboração, dever de informação, de proteção e confiança.
Contratar é um ato com possibilidade de escolha –
Aqui podemos analisar o princípio da autonomia privada expresso nos art. 421 ao 425 do c/c
Em determinados casos não há possibilidade de escolha ao contratar, isto pois, é preciso considerar os interesses coletivos antes dos individuais. O princípio da autonomia privada deve estar ajustado e subordinado a supremacia da ordem pública.
Dito isso, a partir da interpretação dos artigos 421, 422, 423, 424 e 425 do C/C, é importante trazer um exemplo: um indivíduo residente do rio de janeiro pode ter liberdade para contratar a prestação de serviços de abastecimento de agua e saneamento básico, contudo, não há escolha (liberdade contratual) sobre as cláusulas que irão conter na prestação de tais serviços, isso porque no Estado do Rio de Janeiro somente temos a concessionária Águas do Rio para realizar esse tipo de serviço.
Aqui vemos que o indivíduo tem liberdade de contratar, mas não há escolha, ou seja, não liberdade contratual, pois se o indivíduo contratar, não poderá negociar cláusulas contratuais, estará então, esse negócio jurídico submetido às cláusulas estipuladas somente pelo prestador de serviços. E como bem sabemos, serviço de abastecimento de agua e saneamento básico são serviços essenciais ao ser humano, ou seja, não há possibilidade de escolha neste caso.
Por outro lado, podemos exemplificar com base no artigo 421, inciso I do C/C o seguinte: se determinado indivíduo deseja realizar uma festa, poderá realiza-la em algum salão de festas a sua escolha, após firmar contrato de aluguel com o proprietário do local escolhido. O indivíduo pode, juntamente com o proprietário do imóvel acordarem entre si clausulas que a eles interessem, ou seja, neste caso, há possibilidade de escolha para contratar.
 Vinculação das partes
Na perspectiva da vinculação das partes, significa dizer há uma obrigação vinculada entre as partes a partir do momento em que firmam/celebram um contrato, não importando a sua forma que segundo o Art. 107 do Código Civil, não há uma forma especial.
Adotando a tese de que pelo princípio da autonomia privada, todo aquele que contratar fica obrigado a cumprir a avença, denota-se que pelo princípio da obrigatoriedade dos contratos, há vinculação das partes ao acordado. (Sá, 2014)
Com isso, se pôde observar que havia um contrato firmado entre Leandro e a Emissora Rede Globo, fato esse comprovado pela sua classificação e ao anúncio de que ele já era um participante certo da temporada do ano de 2006.
Leandro ao ser notificado que estava classificado, fez a sua parte no acordo com a emissora de que para a sua efetiva participação deveria estar no Rio de Janeiro, local onde o reality é realizado. Leandro saiu de São Paulo para o Rio de Janeiro, bem como pediu dispensa de seu
Por óbvio, houve a vinculação das partes no caso exposto, uma vez que a emissora confirmou com Leandro a sua participação no programa, tendo a empresa, a partir disso, o dever de cuidar, proteger, informar e garantir a realização do cumprimento do que fora acordado.
No entanto, houve a quebra desse contrato a partir da alegação de que o quase participante quebrou uma das regras de seleção, o que não fora comprovado pela emissora e por decorrência dos diversos erros cometidos pela emissora nessa relação, foi a ela imputada o dever de ressarcir Leandro pelos danos materiais a ele causado com a quebra do contrato.

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