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SEMINÁRIO INTEGRADOR I O processo de desenvolvimento humano: da gestação à velhice 1. A ciência é multifacetada, ou seja, existem várias vertentes e vários modos de compreender um mesmo assunto. A área de estudo do desenvolvimento humano não foge a essa multiplicidade teórica. Alguns autores enfatizam a cognição como componente primordial para o processo de aprendizagem humana, enquanto outros articulam a aprendizagem com os aspectos sociais e culturais. Qual autor, ao estudar o desenvolvimento humano, enfatizou o curso sociogenético articulando-o com a participação da cultura? C. Lev Vygotsky. 2. A adolescência é marcada por um período turbulento para os adolescentes e seus pais. Nessa fase as relações interpessoais e com o corpo se estabelecem de um modo singular. Alterações físicas, necessidades específicas de higiene, lida com o absorvente, espermarca e novos odores corporais marcam o corpo, que deixa de ser infantil. As mudanças corporais vividas nessa época convocam o adolescente a viver: D. o luto. 3. A vida adulta é caracterizada por um período de realizações. A construção identitária que se dá na adolescência encontra o tempo da aparição no mundo e da distinção com os pares (pais, família e amigos). Uma das características desse período é o aumento da capacidade de memorizar as coisas e de realizar análises sobre a vida, as escolhas e as pessoas. A comunicação é mais articulada e a percepção é mais aguçada. Esses fatores referem-se: B. ao pensamento complexo. 4. Crescer, casar, sair de casa para constituir família: durante muito tempo esse ritual era o mais concebido pela sociedade como um modo de se tornar adulto. A saída da casa dos pais para a constituição de uma família demarcava a entrada na adultidade. Todavia, na atualidade, o ritual não precisa necessariamente ser esse. Alguns adultos sequer pensam em constituir sua família. A dedicação à carreira profissional e acadêmica tem alterado o modo como homens e mulheres vivem sua adultidade. A moratória, vivida pelos jovens na transição entre a adolescência e a vida adulta, refere-se: A. ao período de transição em que há um alívio nas expectativas de crescimento dos jovens, possibilitando a experimentação antes das decisões. 5. Uma adolescente do sexo masculino chegou a uma Unidade de Saúde da Família com crises de ansiedade. O pai de Gabriel (nome de registro) disse que o adolescente estava ficando doido porque dizia que queria se matar. A equipe de saúde precisa estar atenta a algumas especificidades desse caso, inclusive no nome utilizado. A paciente, que prefere ser chamada de Gabriela, disse que tem nojo do seu órgão sexual e quer arrancá-lo. Também disse que preferia ter seios, cabelos longos e voz mais afeminada. Enquanto administrava a medicação passada pelo médico, você, enfermeiro, ouvindo a narrativa de Gabriela, percebeu que o caso se tratava de paciente: D. transgênero. O adoecimento e a morte 1. O adoecimento tem representações diferenciadas para o médico, o paciente e a família. Segundo Helman (2006), há uma diferença fundamental entre a forma como médico e paciente concebem a doença. Pensando nos conceitos apontados pelo autor, é correto afirmar que: B. o médico encara a doença como uma entidade físico-química, com causas e efeitos, observada empiricamente; para o paciente, a doença aparece como uma perturbação, com sintomas comprovados socialmente. 2. A morte, nos estudos de Edgar Morin (1948-50), possui duas vertentes de estudo para o homem, a biológica e a antropológica. Morin cria o conceito de triplo antropológico para explicar a forma como o homem lida com a morte. Conhecendo esse conceito na teoria do autor, é correto afirmar que: E. o homem tem consciência da morte, mas horror a ela. 3. Edgar Morin, em seu livro O homem e a morte, dá ênfase especial aos diversos estudos antropológicos que mostram que o homem, desde as primeiras civilizações, cria ritos funerários para garantir que o morto tenha condições de chegar bem à outra vida. Esses ritos apontam para o que ele chama de crença na morte-renascimento. Mas, em relação à morte, Morin propõe a ideia do duplo, também presente em várias culturas. Mas o que esse duplo significa? A. O duplo é um alter ego, que dá a certeza de que o morto ou a alma continuam. 4. Em séculos passados, a morte era uma experiência social bem demarcada, íntima para a família, mas compartilhada com vizinhos e amigos, por meio de diversos rituais que envolviam a despedida do morto. Mas desde o século XX, a morte tem sido cada vez mais silenciada, a ponto de o paciente morrer em isolamento hospitalar e a cerimônia fúnebre ser rápida e pouco conhecida socialmente. Assim, qual o trabalho possível dentro do cuidado hospitalar para atender de forma integral esse paciente grave, que apresenta risco de vida? C. Trabalho interdisciplinar da equipe, tendo como foco de atenção todos os aspectos e as pessoas envolvidas, não só o doente, dando suporte à elaboração do luto. 5. O adoecimento vivido no ambiente hospitalar suscita a questão da morte iminente. O paciente e a família, muitas vezes, não estão preparados para ouvir um diagnóstico em que se torna real a perda da própria vida ou a de alguém muito querido. O profissional de saúde, principalmente o de enfermagem, tem um papel muito importante nesse momento, visto que é quem está mais próximo no dia a dia do paciente e da família. Dessa forma, qual seria o papel do enfermeiro nesse momento de crise frente a um diagnóstico de risco de vida? C. Oferecer acolhimento e atenção balizada na empatia, na humanidade, em prol do cuidado integral ao paciente e da família. Problemas de saúde dos recém-nascidos 1. A hiperbilirrubinemia é um dos problemas de saúde que podem acometer os recém-nascidos. Ela ocorre devido aos níveis elevados de bilirrubina no sangue e a sua principal manifestação clínica é a icterícia. Sobre a icterícia fisiológica que ocorre no recém-nascido (RN), é correto afirmar que: B. A icterícia fisiológica apresenta manifestações clínicas após as primeiras 24 horas de vida do RN. 2. A Doença Hemolítica do Recém-Nascido (DHRN) é umas das principais causas da icterícia patológica. Ela ocorre, principalmente, devido à isoimunização e à incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o feto. Sobre esses fatores de risco para a DHRN, assinale a alternativa que apresenta a afirmação correta. A. A isoimunização ocorre quando uma mãe Rh negativo gera um filho Rh positivo. 3. A Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) é a principal complicação respiratória nos recém-nascidos prematuros. O RN com SDR necessita de suporte ventilatório e cuidados intensivos para possibilitar a troca gasosa e a adequada oxigenação dos sistemas orgânicos. Sobre a relação existente entre a ocorrência da Síndrome do Desconforto Respiratório e a prematuridade do RN, assinale a alternativa correta: D. A SDR ocorre nos prematuros devido à ausência do surfactante produzido nos alvéolos a partir da 35ª semana de gestação. 4. As principais complicações metabólicas que o RN pode apresentar são a hipoglicemia e a hipocalemia. A hipoglicemia está relacionada aos baixos níveis sanguíneos de glicose. No entanto, a hipocalemia se relaciona com os baixos níveis sanguíneos de cálcio. Sobre as complicações metabólicas, assinale a alternativa que apresenta corretamente um fator de risco comum para a ocorrência de hipoglicemia e hipocalemia no RN. E. Diabetes materno. 5. Alguns problemas de saúde do recém-nascido podem ocasionar complicações neurológicas e estas, por sua vez, irão agravar o quadro clínico do RN. As principais causas de complicações neurológicas se relacionam à prematuridade e à ocorrência de isquemia ou sangramentosno tecido nervoso. Sobre as complicações neurológicas causadas por sangramentos, é correto afirmar que: B. Os sangramentos intraventriculares são causados, principalmente, pela fragilidade da rede venosa cerebral. Alterações do sistema endócrino: obesidade, hipotireoidismo e hipertireoidismo 1.A tireoide pode apresentar alterações denominadas hipertireoidismo e hipotireoidismo. Este último pode estar associado à Tireoide de Hashimoto. Assinale a alternativa que define corretamente a fisiopatologia da Tireoide de Hashimoto: C. O fator genético está associado na Tireoide de Hashimoto. Ela aumenta à medida que as pessoas envelhecem e ocorre mais em mulheres. Ela é definida como uma doença autoimune, na qual o organismo produz anticorpos contra a tireoide. Com essa redução na produção de células tireoidianas, pode ocorrer o hipotireoidismo. 2. Você trabalha em uma estratégia de saúde da família (ESF) e está realizando consulta de enfermagem com uma paciente. Durante o exame físico, o Índice de Massa Corporal (IMC) resulta em 34,2 kg/m². A partir desse resultado, assinale a alternativa que indica a classificação correta do IMC da paciente: A. Obesidade grau I. 3. Analise as assertivas a seguir sobre obesidade: I - O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma medida utilizada para diagnóstico de obesidade. II - Segundo o Ministério da Saúde, obesidade é definida como uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal, que causa prejuízos à saúde do indivíduo. III - O IMC fornece a medida mais útil de sobrepeso e obesidade em nível de população. Assinale a alternativa cujas proposições estão corretas: A. Todas as assertivas estão corretas. 4. A obesidade é considerada um problema de saúde pública grave. Os enfermeiros necessitam estar preparados para atender os pacientes diagnosticados e, principalmente, atentar para as complicações que essa patologia pode acarretar. Assim sendo, as doenças que podem estar associadas à obesidade são: E. Diabetes Mellitus (DM) e Hipertensão Arterial Sistemica (HAS). 5. Conforme resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) 358/2009, o Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes: I – Coleta de dados de enfermagem (ou histórico de enfermagem). II – Diagnóstico de enfermagem. III – Planejamento de enfermagem. IV – Implementação. V – Avaliação de enfermagem. Pode ser realizado, inclusive, para pacientes com diagnóstico de hipertireoidismo, hipotireoidismo e obesidade. Salienta-se a importância da coleta de dados adequada para a efetivação e a realização do processo com qualidade, considerando o paciente na sua integralidade. Assim, pode-se definir "coleta de dados de enfermagem (ou histórico de enfermagem)" como: A. Processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, cuja finalidade é a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença.
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