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Doenças exantemáticas na infância HISTÓRIA O nome de algumas doenças exantemáticas derivam da ordem que foram sendo descobertas e definidas. 1- Primeira Doença: Sarampo 2- Segunda doença: Escarlatina 3- Terceira doença: Rubéola 4- Quarta doença: Doença de Filatov-Dukes(? escarlatina) 5- Quinta doença: Eritema infeccioso 6- Sexta doença: Exantema súbito GENERALIDADES Quatro Fases 1- Fase de Incubação 2- Fase Prodrômica 3- Fase Exantemática 4- Fase de Convalescença SARAMPO SARAMPO EPIDEMIOLOGIA BRASIL Vacina 1963, incidência e morbimortalidade diminuíram drasticamente. 2006 confirmados 47 casos autóctones na Bahia. Venezuela MUNDO =paises subdsenvolvidos e desenvolvidos (não ou inadequadamente vacinados) 40 000 000 casos/ano 800 000 Mortes/ano SARAMPO • Causada por um paramixovírus (RNA vírus) • Outros paramixovírus: VSR; parainfluenza; metapneumovírus. ( Uma família de vírus que causa doença da árvore respiratória.) • O sarampo é uma grave doença da árvore respiratória travestida de doença exantemática. • A transmissão se dá por perdigotos, o vírus se multiplica no trato respiratório, dissemina para linfodos e infecção sistêmica. SARAMPO • Após infecção diminuição da imunidade celular Th1,podendo negativar o PPD ( mecanismo desconhecido). • PI: 8-12 dias • Transmissibilidade: 90% Altíssima. • Junto com a catapora são as mais transmissíveis.(isolamento?, VACINAS) • A chance de um contactante domiciliar susceptível adquirir a doença em contato com caso índice é de 90%. SARAMPO • PP=2-4 dias, com febre alta , conjuntivite ( FOTOFOBIA), inapetência, linfonodomegalia generalizada, coriza e TOSSE ( período catarral = facies sarampenta) • No quarto dia esses sintomas vão diminuindo e a febre atinge seu auge então se inicia a erupção cutânea SARAMPO - ERUPÇÃO • máculopapular (pequenas manchas; pequenas elevações; pápula tem menos de 5mm) morbiliforme (recebeu esse nome por causa do sarampo; as máculas e pápulas são avermelhadas ou acastanhadas; as pápulas costumam ser confluentes formando verdadeiras placas) • Inicia:bem evidentes atrás da orelha, face e no pescoço (caracteristicamente na linha de implantação do cabelo). • Progressão cranio caudal (Primeiro dia: até a linha mamilar. Segundo dia: até região inguinal. • Terceiro dia: extremidades. Às vezes, já está desaparecendo na face.) • Esmaece no quinto dia • Ocorre leve descamação exceto das mãos e dos pés FACIES SARAMPENTA Rash maculo-papular, morbiliforme que desaparece com leve descamação. Começa atrás da orelha , disseminando após para pescoço, face , tronco e extremidades palmas e solas, com distribuição centrífuga. SARAMPO • SINAIS PATOGNOMÔNICOS • Enantema: comprometimento da mucosa é comum antes do exantema; hiperemia de faringe; boca vermelha; • MANCHAS DE KOPLIK( pápulas esbranquiçadas com halo eritematoso na mucosa jugal, na região dos pré molares) • ERUPÇÃO ACOMPANHADA DE FEBRE ALTA, SINAIS CATARRAIS (tosse), Fotofobia. EXANTEMA e ENANTEMA SARAMPO OMA- complicação mais comum PNEUMONIA DE CÉLULAS GIGANTES SARAMPO - LABORATÓRIO • Anticorpos IgM ou aumento da IgG entre a fase aguda e após 14 dias SARAMPO - TRATAMENTO • Vitamina A • Reduz as complicações bacterianas. • Vitamina A é fundamental para o reparo de mucosas. • A vitamina A é reservada para: pacientes com menos de 2 anos de idade e com formas graves da doença (hospitalizados). SARAMPO • Contagiosa desde o período catarral até o quinto dia após o aparecimento do exantema • PÓS CONTATO • Aplicar vacina nos contactantes até 72 horas após a exposição e imunoglobulina até o 6 dia após exposição (Imunoglobulina : grávidas e imunodeprimidos. SARAMPO - PREVENÇÃO RUBÉOLA RUBÉOLA • Era pré-vacinal doença em pré-escolares e escolares. • Introdução da vacina incidência em jovens ↑19 a. RUBÉOLA ETIOPATOGENIA • Etiologia -RNA-vírus da família Togaviridae • Incubação dura 14-21 dias • Transmissão por gotículas de saliva ou secreção contendo partículas virais Período de maior contagiosidade compreende cinco dias antes e seis dias após exantema, PP= Em crianças geralmente não há, ocorre ppl/ em adolescentes e adultos jovens por um período de 1-4 dias RUBÉOLA QUADRO CLÍNICO “SARAMPINHO” Fase Prodrômica Febre baixa, dor de garganta, conjuntivite, cefaléia, mal-estar, anorexia e linfadenomegalia (LOCALIZADA): -suboccipital -pós-auricular -cervical anterior RUBÉOLA.Fase Exantemática Exantema maculopapular róseo, irregular que se inicia na face e dissemina-se para o tronco e extremidades. Tem tendência a confluir. Aumenta nas 24-48hs no sentido craniocaudal, desaparece em 3 dias Desaparece sem descamar. RUBÉOLA.Fase Exantemática RUBÉOLA QUADRO CLÍNICO • Artralgia e artritre ( pela deposição de imunocomplexos) : em geral, acomete pequenas articulações das mãos, meninas em idade escolar,adolescentes,mulheres jovens. • Pode acontecer com a doença ou com a vacina. • Encefalite (1/5.000): (encefalomielite difusa aguda); bem mais rara. • Manchas de Forchheimer – Sinal não específico .É um enantema puntiforme em palato. RUBÉOLA DIAGNÓSTICO • Inespecífico : -Leucopenia -Neutropenia -Trombocitopenia • Diagnóstico: -Detecção de IgM específica para Rubéola, até 28 dias após o início do exantema. Método ELISA. RUBÉOLA COMPLICAÇÕES 1. Trombocitopenia 2. Artrite 3. Encefalite 4. Pancefalite Progressiva RUBÉOLA Congênita • Só ocorre se a grávida susceptível for infectada nas primeiras 16 semanas de gestação ( ppl/ nas primeiras 8 semanas de gestação. • Tríade clássica: catarata; surdez; cardiopatia congênita (PCA e estenose de ramo de artéria pulmonar). RUBÉOLA MANEJO • Tratamento: 1. Analgésicos e antipiréticos ( não usar AAS) 2. *Imunoglobulina e corticóides *Indicados na trombocitopenia grave • Profilaxia: -Triplice Viral aplicada com 12 meses de vida Pós-contato O que fazer se a grávida susceptível entrar em contato com caso índice? Fazemos imunoglobulina, mas não funciona. Eritema Infeccioso Eritema Infeccioso EPIDEMIOLOGIA • Distribuição em todo o mundo • Frequente, principalmente no inverno e início da primavera • Faixa Etária Escolares 5-15 anos. 40-60% dos adultos já tiveram a infecção Eritema Infeccioso • Etiologia Parvovírus B 19, é o menor DNA-vírus capaz de produzir doença no se humano. É da família Parvoviridae ; gênero erytrovirus. É um vírus de DNA de hélice única: só replica em célula com alta taxa de mitose (só replica se ele encontrar a célula na fase S da mitose). Fase S: fase de duplicação do DNA. Infectam precursores eritróides da MO: infectam blastos e os matam. Eritema Infeccioso • Transmissão: • Por gotículas da nasofaringe do infectado. • Período de incubação de 4-14 dias. • Transmissão ocorre antes das manifestações clínicas. • PP= Não há. Eritema Infeccioso PATOLOGIA • Patogênese: A sintomatologia provavelmente advém da formação de imunocomplexos /anticorpo que se depositam nos tecidos Células com antigeno P -Fibras cardíacas (miocardite) -Células endoteliais -Células placentárias (aborto, parto prematuro, hidropsia) -Precursores eritróides ( anemia em pacientes com hemoglobinopatias) Eritema Infeccioso FORMA CLÁSSICA EXANTEMA – 3 ESTÁGIOS 1º estágio: exantema em face com palidez perioral. (Facies esbofeteada, cara de palhaço) Eritema Infeccioso • Atencão: NÃO É ASA DE BORBOLETA Eritema Infeccioso 2º ESTÁGIO Disseminação do exantema: concomitante ou um dia após o exantema em face. -Manchas vermelhas simetricamente no tronco e parte distal de membros ,incluindo regiões palmo-plantares. -Evolução com clareamento central e aspecto rendilhado. Eritema Infeccioso Eritema Infeccioso Eritema Infeccioso Fase exantemática Aspecto rendilhado Eritema Infeccioso 3º ESTÁGIO Ressurgimento das lesões 1-3 semanas após melhora clínica. EXPOSIÇÃO : temperatura,exercício, estresse, sol... Eritema Infeccioso QUADRO CLÍNICO Apresentação Atípica 1. Artropatia, ppl/ em pequenas articulações,pricipalmente em adolescentes 2. Crise Aplásica Transitória(fase de viremia) É uma complicação do parvovírus (da infecção) e não do eritema infeccioso (que é uma reação de hipersensibilidade tardia) . Quando B19 infecta a MO de um indivíduo saudável, ele inibe a eritropoiese e mata blastos em torno de uma semana, reticulócitos estarão em 0% (normal: 0,5). Ele não terá anemia( eritrócitos vivem 120 dias). A crise ocorre em pacientes com anemia hemolítica prévia. Num paciente com anemia falciforme, por exemplo, suas hemácias duram 15 dias. Se ele parar de produzir hemácias ele terá uma anemia intensa.. Atenção :paciente com crise aplástica precisa ser isolado em uma enfermaria da hematologia porque ela ocorre na fase de viremia. Eritema Infeccioso QUADRO CLÍNICO Apresentação Atípica 3-Purpura trombocitopênica 4-Meningite asséptica 5-Síndrome de luvas e meias. Eritema Infeccioso Eritema Infeccioso Eritema Infeccioso Diagnóstico 1. *****Clínica 2. Hemograma: redução de reticulócitos para níveis indetectáveis no sangue periférico. Hemoglobina normal. 3. Sorologia para Parvovírus: IgM elevado por 6-8 semanas 4. imunocomprometidos e comprometimento fetal = PCR de DNA viral Eritema Infeccioso Infecção fetal (<5% das grávidas infectadas) • No segundo trimestre de gestação a volemia fertal aumenta muito (líquido e eritrócitos). A produção de eritrócitos no 2⁰T é altíssima. Se o feto for infectado faz crise aplástica ....anemia ... ICC... hidropsia... anasarca e morre.. • A mãe produz AC que alcançam o feto depois de um tempo... e o bloqueio da eritropoiese acaba. Eritema Infeccioso TRATAMENTO • Tratamento 1. Não existe terapia antiviral específica 2. Imunodeprimidos: Imunoglobulina intravenosa Exantema Súbito ou Roséola Exantema Súbito • Epidemiologia Faixa etária :6 aos 15 meses, aos 3 anos praticamente 80% já foram expostas.(Antes do 6 meses: o bebê está protegido pelos AC maternos) *25% das crianças que adquirem a infecção desenvolvem o quadro clínico da roséola. • A maioria evolui como uma doença febril inespecífica. • Etiologia :Virus Herpes-6 e Herpes-7 (HHV),. Exantema Súbito PATOGENÊSE • Transmissão saliva de adultos saudáveis (ppl/ a mãe) portadores. → pelas mucosas→liga-se às moléculas CD dos linfócitos T.( se multiplica nas glandulas salivares e nos leucócitos e depois fica latente) • Supressão de todas linhagens hematopoiéticas. • Período incubação: 5-15 dias • Contagiosidade pequena, raramente para irmãos e epidemias em orfanatos Exantema Súbito QUADRO CLÍNICO 1. Pródromos de IVAS ( rinorréia, hiperemia conjuntival e dor de garganta).GERALMENTE NÃO HÁ PRODROMO 2. Linfadenomegalia cervical e occipital discreta. 3. Febre alta 39º-40º 3-5 dias. - crises convulsivas febris em até 10% das crianças (HHV-6). - Durante a febre pode aparecer um enantema puntiforme em palato mole e úvula( manchas de Nagayama). Exantema Súbito QUADRO CLÍNICO 4. EXANTEMA 12 a 24 horas após o desaparecimento da febre , rash róseo, macular, não pruriginoso, em tronco com disseminação para pescoço, face e extremidades. Máculas podem coalescer, com resolução em 1-3 dias. Exantema Súbito DIAGNÓSTICO • Essencialmente clínico. • Cultivo viral não indicado • Hemograma (DESNECESSÁRIO) pode evidenciar leucopenia com linfocitose. • Tratamento Sintomático ENTEROVIROSES ENTEROVIROSES • São RNA-vírus pequenos pertencentes à família Picornaviridae ; gênero Enterovirus 1.Coxsackie A e B 2.Echovirus ENTEROVIROSES EPIDEMIOLOGIA • São muito comuns e circulam durante todo o ano em países semi-tropicais (Mais frequentes no verão e outono) 1.*Crianças pequenas 2.Sexo masculino 3.Baixo nível sócio-econômico 4.Aglomerações 5.Baixa Higiene ENTEROVIROSES PATOGENIA • Transmissão 1.Fecal-oral 2.Respiratória 3.Vertical 4.Fômites ENTEROVIROSES Patogênese Vírus →organismo →replicação nas células mucosas da faringe e intestino após atinge sistema reticulo-endotelial. • Período de incubação variável • Período prodrômico : • ECHO 16: 3 a 4 dias com febre baixa • Coxsackie e outros ECHO : a febre geralmente coincide com o exantema • Infectividade: variável ENTEROVIROSES Doença Febril Inespecífica • Variável • infecções assintomáticas • quadros muito graves. ( Meningites assépticas) • Forma clínica mais observada: 1. Febre alta, 3 dias 2. Mal-estar 3. Anorexia, náuseas, vômitos, diarréia, dor abdominal e sintomas respiratórios 4. Rash: maculopapular, urticariforme ,petequial ou vesicular ENTEROVIROSES ENTEROVIROSES ENTEROVIROSES Doença Mão-pé-Boca • É a síndrome mais distinta e peculiar entre infecções por enterovírus. • Sorotipo responsável por manifestações coxsackie A 16 , enterovírus A71 ( epidemias, pneumonia, menigoencefalite, miocardite) e outros enterovírus 1.Febre baixa 2.Vesículas em toda orofaringe: Lábios, gengivas, amígdalas e palato. ENTEROVIROSES D. Mão-Pé-Boca Rash maculopapular, vesicular ou pustular localizados mãos pés e nádegas. levemente dolorosos. As vesículas são típicas na face palmar e plantar ENTEROVIROSES Herpangina Agente Etiológico : coxsackie A ( mais comum) 1.Febre 2.Dor de garganta 3.Vesículas/úlceras em orofaringe posterior 4.Vômitos e dor abdominal ENTEROVIROSES HERPANGINA ENTEROVIROSES LABORATÓRIO • Vírus ECHO e Coxsackie podem ser isolados nas fezes, garganta, sangue ou líquor. • PCR • Aumento de anticorpos neutralizantes • Sorologia (fixação de complemento) tem baixa sensibilidade) ENTEROVIROSES • Geralmente infecções de bom prognóstico. Escarlatina Escarlatina ETIOLOGIA Streptococcus pyogenes( estreptoccoco beta- hemolítico do grupo A de lancefield) Principais sorotipos que causam faringite 1, 12, 28, 3, 4, 2 e 6. Sorotipo da escarlatina produz exotoxinas pirogênicas A, B e C. A imunidade desencadeada pela infecção é exotoxina- específica. Escarlatina PATOGENIA • Transmissão Via aérea, pelas gotículas de secreção respiratória expelidas da fonte. • Altamente contagiosa,até 24hs após o início do antibiótico • Complicação imediata da faringite estreptocócica epidemiologia é a mesma da infecção faríngea, com MAIOR acometimento 3 e 15 anos Escarlatina QUADRO CLÍNICO Período de incubação: 2-4 dias (1-7) Período Prodrômico: 12-24 horas com odinofagia, febre, mal- estar, vômitos 1. Hiperemia faríngea e tonsilar 2. Adenopatia 3. Rash= eritematoso, puntiforme , em lixa,esbranquece à pressão. Inicia-se no tronco e nas dobras cutaneas. Descamação intensa, acometendo mãos e pés Escarlatina QUADRO CLÍNICO • SINAIS PATOGNOMÔNICOS • Sinal de Filatow: palidez peribucal • Sinal de Pastia: linhas nas dobras de flexão • Língua em “framboesa” • obs= raramente pode ocorrer após impetigo, rinossinusite Escarlatina Escarlatina Escarlatina Escarlatina ENANTEMA Escarlatina ENANTEMA Língua em morango branco (1º dia) Língua em morango vermelho (3º dia) Escarlatina SINAL DE PASTIA Escarlatina SINAL DE FILATOV Palidez peri-bucal( sinal de Filatov) Escarlatina DESCAMAÇÃO O exantema desaparece após 7 dias, deixando uma descamação lamelar, na região palmo-plantar. Escarlatina DIAGNÓSTICO 1.Clínico 2.Swab da orofaringe( padrão ouro) 3.Testes rápidos de antigenos 4.ASLO e anti-DNAse B 5.Leucocitose com desvio a esquerda Escarlatina TRATAMENTO 1. Penicilina G benzatina 600 000/1 200 000 2. Penicilina V oral: 250mg 2-3x/dia por 10 dias. 3. Alérgicos: eritromicina por 10 dias. Tratar os contatos = intensos em domícilio em epidemias em escolas ,etc.. na classe se a cepa for nefritogênica DOENÇA DE KAWASAKI DOENÇA DE KAWASAKI Vasculite Febril Inflamação vascular generalizada, mais frequente nos vasos de médio calibre, artérias coronárias FAIXA ETÁRIA predominantemente crianças abaixode 5 anos , rara antes dos 3 meses SEXO predomínio em meninos... DOENÇA DE KAWASAKI • Etiopatogenia 1.Agente etiológico desconhecido. 2.Inflamação Vascular atinge as 3 camadas. 3.Perda da Integridade do vaso. 4.Formação de aneurismas. 5.Trombos intra-murais 6.Estenose da parede da artéria DOENÇA DE KAWASAKI DIAGNÓSTICO • Clínica: 5 entre os 6 critérios seguintes 1.Febre alta e remitente ( > 40 graus C e >5d) Dura de uma a três semanas 2.Congestão ocular bilateral (poupa a área em torno da íris, sem exsudato). Dura de 1-2 semanas 3.Alteração dos lábios e cavidade oral (Lábios vermelhos com fissuras , eritema difuso de orofaringe e língua tipo morango .Dura 1-2 semanas DOENÇA DE KAWASAKI Diagnóstico 4.Exantema polimorfo ( propagando das extremidades para o tronco e em máscara no rosto) . Dura 1 semana 5. Alterações nas extremidades e períneo a- Induração firme das mãos e pés ( 1-2 sem) b- Eritema palmo plantar e perineal(1-2 sem) c- Descamação das pontas dos dedos (Início após 2-3 sem) 6-Aumento unilateral de um ganglio cervical >1,5cm logo no início da febre (50% dos casos) DOENÇA DE KAWASAKI Diagnóstico • Formas incompletas: febre>5d + 2-3 critérios (mais frequente em cçs <1ano e > 9 anos) DOENÇA DE KAWASAKI DOENÇA DE KAWASAKI DOENÇA DE KAWASAKI DOENÇA DE KAWASAKI QUADRO CLÍNICO DOENÇA DE KAWASAKI QUADRO CLÍNICO DOENÇA DE KAWASAKI • Pleomorfa quase todos os sistemas orgânicos 1.Aparelho gastrointestinal 40% (dor abdl, diarréia, aumento das transaminases e icterícia colestática) 2.Musculoesquelético ( artrite) 3. SNC 90% ( irritabilidade, letargia, meningite asséptica) 4. Urinário 60% (uretrite e piúria estéril) 5.Síndrome hemolítico-urêmica 6.Outros( uveíte, hipoacusia, alopécia, reativação do BCG, gangrena de extremidades, necrose supra-renal, orquite, etc...) DOENÇA DE KAWASAKI 7-O envolvimento cardíaco é a manifestação mais importante. 1. Fase aguda( 1-2 semanas) Miocardite( ECG= alargamento do intervalo P-R e bloqueio de primeiro grau) 1. Fase subaguda( 2-4 semanas) Aneurismas (ECOCARDIOGRAMA bidimensional) 2. Fase de convalescença( 6-8 semanas) DOENÇA DE KAWASAKI DIAGNÓSTICO • Exames complementares 1. Anemia leve 2. Leucocitose com neutrofilia 3. Trombocitose (>450 000) 4. VHS 5. PCR 6. Albuminúria e piúria 7. Transaminase, aumento moderado 8. ECG DOENÇA DE KAWASAKI DIAGNÓSTICO 9. Exame cardiovascular: Ecocardiograma é obrigatório em todos os casos, devendo ser realizado : -no momento do diagnóstico; -2-3 semanas após; -6-8 semanas (se os 2 anteriores normais.) -anuais na primeira década de vida. #Se alterações coronarianas realizar angiografia. DOENÇA DE KAWASAKI TRATAMENTO 1. Imunoglobulina IV, iniciada durante a fase febril da doença, até o 10º dia da doença. 2. Salicilatos em dose anti-inflamatória até o 14º dia da doença ou até o desaparecimento da febre e após reduzir a dose e mantida até VHS estar normal, se presença de aneurismas mantida indefinidamente. 3. Terapia trombolítica em pctes com trombose coronariana ou isquemia arterial periférica. Dipiridamol, warfarim quando aneurismas forem gigantes ou múltiplos DOENÇA DE KAWASAKI TRATAMENTO 4. Dependendo do grau da lesão coronariana, pode ser indicada cirurgia de bypass arterial ou até transplante cardíaco. 5.Realizar profilaxia para varicela e influenza. VARICELA VARICELA • Vírus varicela-zoster ( VVZ ), responsável pela varicela e o herpes-zoster • Primoinfecção= varicela • Mesma família do EBV, CMV, Herpes-simples (característica de latência ) • Termossensível • Altamente contagioso • Contágio :contato direto com secreção vesicular; (conjuntiva) ;via aérea ou vertical. VARICELA -PATOGENIA -Vírus dissemina-se para pele e mucosas exantema maculopapulovesicular (degeneração e vacuolização da camada espinhosa da derme) -Neste momento o vírus ascende pelas terminações sensitivas até os gânglios, permanecendo de forma latente VARICELA • PI= 10-21 dias • PP= Crianças geralmente não há • Adolesdentes: 1-2 dias com febre, febre moderada (≤39 graus), anorexia, mal-estar, cefaléia, dor abdominal… VARICELA -QUADRO CLÍNICO • Rash cutâneo: Após 24 a 48 horas, com persistência da febre por até 4 dias (relação com o número de lesões ) • Contagioso: desde o décimo dia após o contato até que todas as vesiculas tenham virado crostas VARICELA - ERUPÇÃO • 1- Evolucão rápida: • Mácula .. Pápula... Vesícula... (gota d’água em pétala de rosa)... pústula... que sofre umbilicação central.... crosta. • 2-Distribuição centrípeta das lesões • 3-Lesões em todos os estágios em uma área anatômica (Na catapora há múltiplas viremias nos 3-7 dias... a cada nova viremia vão aparecer novas lesões na pele... ) • 4- Lesões em couro cabeludo e mucosas VARICELA- LABORATÓRIO • Vírus isolado no líquido vesicular • Detecção de anticorpos anti virus zoster IgM ou ascencão do título de IgG VARICELA -PREVENÇÃO • Vacina= 95% de proteção contra formas graves e 80% de proteção global • Exantema pós-vacina= entre o quinto e o vigésimo sexto dia* • * Ministério da saúde VARICELA - CONTATOS • VARICELA COMPLICAÇÕES -Cutâneas ( catapora não deixa cicatriz (com a infecção bacteriana, a lesão fica mais profunda e deixa cicatriz); -Neurológicas ( S. Reye, meningoencefalite, ataxia cerebelar, mielite transversa e neuropatia periférica ) -Pulmonares ( pneumonia viral, 6 dias após início do exantema, mais comum em adultos e imunossuprimidos, é uma PN necrosante extremamente grave ) VARICELA COMPLICAÇÕES • PNM bacteriana é a principal causa de óbito em crianças com varicela • -Hemorragicas – trombocitopenia ou a varicela hemorrágica (rara, coagulopatia de consumo) VARICELA COMPLICAÇÕES VARICELA CONGÊNITA • Pode dar microcefalia; catarata; corioretinite, cicatrizes cutâneas ( que em geral, seguem dermátomos); mal- formação de membros ( são curtos e mal-formados). • Só 2% das grávidas susceptíveis que adquirem a doença tem catapora congênita... rara... a infecção tem que ser adquirida antes de 20 semanas. • Herpes Zoster (reativação) não tem viremia e por isso não causa infecção congênita. VARICELA-TRATAMENTO • Sintomático • Nunca utilizar salicilatos, pelo risco de síndrome de Reye • Afastamento das atividades • Antibiótico somente se infecção bacteriana secundária • **ACICLOVIR VARICELA-Tratamento • Tratamento ambulatorial com aciclovir venoso é extremamente controverso. Quando indicar internação para aciclovir venoso: • Imunodeprimidos. • RN (imunoimaturos): varicela costuma ser visceral. • Varicela progressiva (varicela visceral). • Tempo de tratamento é variável... até 48 horas depois do desaparecimento da última vesícula ( ou 7 dias de tratamento) VARICELA Prevenção Imunização • Aos 12 meses tetra viral e entre 4-6 anos Pós-contato com varicela. Imunização ativa até o quinto dia, mas o ideal é até 72 horas pós exposição. Imunização passiva - Imunoglobulina específica até o quarto dia: imunodeprimidos; grávidas e RN. • RN acabou de nascer e mãe com catapora : isolar o RN que deve receber VZIG.(Mãe com varicela desde 5 dias antes do nascimento até 2 dias depois do nascimento ) MENINCOCCEMIA MENINCOCCEMIA MENINCOCCEMIA -Erupção MENINCOCCEMIA MENINCOCCEMIA REFERÊNCIAS MURAHOVISCHI ,J .(Ed ) Pediatria: diagnóstico+ tratamento. 7.ed.São Paulo:SARVIER,2013. • Tratado de Pediatria-SBP 3ed.Manole, Barueri-SP,2014 • PAULETTO,M.C. Doenças exantemáticas, UPEL • WESTON.W.L. Color Textbook of Pediatric Dermatology, Elsevier, Madri-Espanha, 2008
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