Buscar

Etnocentrismo e Relativismo Cultural

Prévia do material em texto

FMU - FACULDADES METROPOLITADAS 
UNIDAS 
 
 
THAINÁ EMANUELLE SANTOS ISOB 
RA:3457203 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTROPOLOGIA ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA E 
CONFLITOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
 
 
 
A máscara do preconceito e o percurso de igualdade 
O etnocentrismo é a crença que uma cultura é superior por sua construção histórica, 
social, tecnológica, política ou étnica, o etnocentrismo é uma das principais 
justificativas desenfreadas para preconceitos de todos os gêneros. Os nazistas no 
século XX usaram a “superioridade ariana” para Instituir o 3° Reich, iniciando a 
perseguição, confisco e matança de milhões de Judeus, Ciganos, Negros e 
Homossexuais. 
Estes fatores fazem grupos neonazistas terem considerável crescimento, entre 
outros tipos de etnocentrismo em variadas sociedades e contextos sócio-histórico-
cultural. 
No Brasil houve vários linchamentos e atos de preconceito contra imigrantes 
Venezuelanos, dentro do próprio país há preconceito, nordestinos são 
frequentemente tachados de “burro, ignorante e ingênuo”, as piadas com 
nordestinos, negros e homossexuais expressam a realidade de um preconceito 
inconsciente da sociedade, se fere a identidade e a construção de outro ser humano, 
é necessário avaliar se os discursos são de fato “indefesos”. 
O etnocentrismo teve uma origem europeia, pois os termos godo, gótico, bárbaros, 
ostrogodos e visigodos foi nomeado a povos que detinham uma cultura diferente, em 
especial invasores na história da Europa. 
A forma em que a América era referenciada nas navegações marítimas, como seres 
bárbaros que precisavam ser convertidos de sua religião originaria, um claro 
exemplo foi a influência jesuíta no Brasil, o Indígena era visto como Canibais, 
violentos e hostis, que deveriam ser “civilizados” pelo povo que detinha a 
“civilização”, ignorando que já existia cultura, hierarquia e um povo vivendo no Brasil. 
O etnocentrismo sempre embasou o exilio, banimento, preconceito, guerras, mortes, 
miséria e retrocesso, uma sociedade que se julga superior é uma sociedade 
perigosa, quando a sociedade esta adoecida por crises socias/econômicas e tem um 
líder carismático é muito perigoso, pois muitas pessoas podem se convencer que 
certas ideias são emblemáticas e envolventes, sendo brechas para a democracia ser 
ameaçada e a liberdade de expressão e manifestação que tanto demorou a ser 
conquistada, pode ser perdida em curto período, como ocorreu com Adolf Hitler, 
Mussolini, entre outros líderes políticos etnocêntricos que causaram danos 
irreversíveis e imensuráveis ao seu país e consequentemente ao restante do mundo. 
O Relativismo Cultural é baseado no princípio da “Alteridade”, onde há o rompimento 
dos padrões culturais referenciais, a centralidade é que o ser humano não é 
concebido como superior pela sua natureza, como por exemplo nascer Branco. 
 Não existe hierarquia entre as culturas, seguindo a multiculturalidade e 
Interculturalidade, onde as diferenças devem ser assimiladas, respeitadas e onde há 
formas de viver em uma sociedade saudável, mesmo com etnias, tradições e 
contextos históricos e sociais diferentes, pois há espaço para todos, desde que haja 
coerência, respeito e tolerância no discurso. 
O Relativismo cultural questiona os papeis, valores e tradições que ferem os Direitos 
Humanos (1948), como por exemplo a pena de morte para mulheres que traem os 
maridos, em muitos lugares do mundo isto é algo rotineiro, o casamento infantil, há 
um claro questionamento de valores, isto deveria estar ocorrendo em lugares do 
mundo só porque é tradição? 
Porém o Relativismo Cultural deve ser pautado de muita prudência, pois é 
necessário em termos gerais não julgar uma sociedade inteira por um único costume 
ou fato histórico decorrido, pois não há de cair no mesmo erro de formas diferentes, 
pois toda cultura é única, tem valor agregado e faz parte de uma história global, da 
qual tem papeis únicos, nem superiores, nem inferiores, mas de valores iguais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ROCHA, Everaldo. O que é Etnocentrismo? São Paulo, Brasiliense, 2017.

Continue navegando

Outros materiais