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APG 23 Sistema Reprodutor Masculino

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Desenvolvimento embrionário das gônadas 
3 fontes 
Mesotélio- Mesoderme que reveste a parede abdominal 
posterior 
Mesênquima adjacente (tec. conjuntivo embrionário) 
Células germinativas primordiais (1ªs células sexuais 
indiferenciadas) 
Gônadas indiferenciadas (bipotentes) 
5ª semana 
Área espessa do mesoderma se desenvolve no lado 
medial do mesonefro 
Proliferação do mesoderma e do mesênquima 
subjacente forma saliência- crista gonadal 
Cordões gonadais crescem para dentro do mesênquima 
Gônadas indiferenciadas- córtex externo e medula 
interna 
 
XX- Córtex se diferencia em um ovário e medula 
regride 
XY- Medula se diferencia no testículo e córtex regride 
Células germinativas primordiais 
Células sexuais grandes e esféricas 
Originadas da parede da vesícula umbilical (epiblasto) 
e migram ao longo do mesentério dorsal do intestino 
posterior até as cristas gonadais 
6ª semana- Penetram no mesênquima subjacente e são 
incorporadas nos cordões gonadais 
Se diferencia em ovócitos ou espermatozoides 
Determinação do sexo 
Depende de um espermatozoide portador de 
cromossomo X ou Y fertilizar um ovócito portador de 
cromossomo X 
Antes da 7ª semana- gônadas são indiferenciadas 
Mesmo que ocorra anomalias (XXX ou XXY) o número 
de X não é determinante, se um Y está presente o 
embrião se desenvolve como um homem 
 Desenvolvimento dos testículos 
Fator determinante de testículos 
Cordões gonadais se condensam e se estendem dentro 
da medula da gônada indiferenciada 
Forma rede testicular quando se ramifica e anastomosa 
A conexão com os cordoes seminíferos, com o epitélio 
superficial é perdida quando a túnica albugínea se 
desenvolve (capsula fibrosa) que protege a gônada 
Testículo se separa do mesonefro em degeneração e se 
torna suspenso pelo mesórquio (mesentério) 
Os cordões seminíferos se desenvolvem em túbulos 
seminíferos, retos e rede testicular 
Túbulos seminíferos são separados por um mesênquima 
que origina as células intersticiais (Leydig) que na 8ª 
semana secretam hormônio androgênico testosterona 
que induz a diferenciação dos ductos mesonéfricos e 
genitália externa 
Gonadotrofina coriônica humana (HCG) estimula a 
testosterona 
Hormônio antimulleriano (HAM) é produzido pelo 
testículo fetal nas células de sustentação (Sertoli) até a 
puberdade que suprime o desenvolvimento dos ductos 
paramesonéfricos que formam o útero e tubas uterinas 
Túbulos seminíferos permanecem obliterados até a 
puberdade quando o lúmen desenvolve, compostos 
pelas espermatogônias (células espermáticas 
primordiais) e células de Sertoli (células de sustentação) 
Rede testicular se torna continua com 15 a 20 túbulos 
mesonéfricos que se tornam dúctulos eferentes que se 
conectam ao ducto mesonéfrico e se tornam o ducto do 
epidídimo 
Achatamento do epitélio de superfície do testículo 
Formação do mesotélio (camada de células externas) 
Desenvolvimento dos ovários 
Organogênese ovariana inicia na 10ª semana 
Cromossomos X tem genes que contribuem para 
desenvolvimento 
Cordoes gonadais se estendem para medula do ovário e 
formam uma rede ovariana que degeneram e 
desaparecem 
Os cordões corticais se estendem do epitélio superficial 
do ovário em desenvolvimento para dentro do 
mesênquima subjacente durante o início do período 
fetal 
Cordoes corticais crescem e células germinativas 
primordiais são incorporadas 
16ª semana cordões começam a romper em grupos de 
células isoladas (folículos primordiais) cada um com 
uma ovogônia derivadas de células germinativas 
primordiais 
Folículos são revestidos por uma camada de células 
foliculares derivadas do epitélio superficial 
Ovogonias são produzidas em grande quantidade 
devido a atividade mitótica e nenhuma se forma após o 
nascimento. Muitas degeneram antes do nascimento 2 
milhões se tornam ovócitos primários 
Após nascimento epitélio superficial do ovário se achata 
a uma única camada de células continua com o 
mesotélio do peritônio 
Epitélio superficial se separa dos folículos do córtex por 
uma fina capsula fibrosa (túnica albugínea) 
Ovário se separa do mesonefro em regressão e fica 
suspenso pelo mesovário (mesentério) 
Não há produção de folículos primordiais novos após o 
nascimento 
 
Desenvolvimento dos ductos genitais 
Femininos e masculinos possuem 2 pares de ductos 
Ductos mesonéfricos- desenvolvimento masculino 
Ductos paramesonéfricos- desenvolvimento feminino 
Na conversão dos ductos em estruturas adultas algumas 
partes permanecem como estruturas vestigiais 
raramente vistas a menos que ocorra patologiase 
Desenvolvimento dos ductos e glândulas genitais masculinos 
Testículos fetais começam produzir testosterona na 8 
semana com pico na 12 e HAM nas semanas 6 e 7 
Testosterona estimula ductos mesonefricos a formar 
ductos genitais masculinos 
HAM causa o desaparecimento dos ductos 
paramesonéfricos mediante transformação epitelial-
mesenquimal 
Mesonefro degenera e alguns túbulos mesonfericos 
persistem e são transformados em dúctulos eferentes 
que se abrem no ducto mesonéfrico e se transforma em 
ducto do epidídimo 
Distalmente do epididimo o ducto mesonéfrico adquire 
revestimento de musculo liso e se torna o ducto 
deferente 
Glândulas seminais surgem a partir de protuberâncias 
laterais a partir da extremidade caudal de cada ducto 
mesonéfrico. Secreções nutrem os espermatozoides 
A parte do ducto mesonéfrico entre os ductos dessas 
glândulas e uretra se torna o ducto ejaculatório 
Protuberâncias endodérmicas surgem a partir da parte 
prostática da uretra e crescem para o interior do 
mesênquima adjacente. O epitélio glandular da próstata 
se diferencia das células endodérmicas e o mesênquima 
se diferencia em um estroma e no tecido muscular da 
próstata. Secreções da próstata contribuem para o sêmen 
 
Glândulas bulbouretrais se desenvolvem a partir de 
protuberâncias derivadas da parte esponjosa da uretra. 
Fibras de musculo liso e estroma se diferenciam a partir 
do mesênquima adjacente e secreções contribuem para 
o sêmen 
Desenvolvimento dos ductos e glândulas genitais femininos 
Ductos mesonéfricos regridem pela falta de testosterona 
Ductos paramesonéfricos desenvolvem pela ausência de 
HAM e formam a maior parte do sistema genital 
feminino 
Não depende da presença de ovários ou hormônios até 
a puberdade 
As tubas uterinas desenvolvem a partir das partes 
craniais não fusionadas dos ductos paramesonéfricos 
Partes caudais fusionadas dos ductos formam o 
primórdio uterovaginal- origina útero e porção superior 
da vagina 
 
Estroma endometrial e miométrio são derivados do 
mesênquima esplâncnico 
Fusão dos ductos paramesonefricos forma prega 
peritoneal que se torna o ligamento largo e 2 
compartimentos peritoneais- a bolsa retrouterina e 
vesicouterina 
O epitélio da vagina é derivado da endoderme do seio 
urogenital 
Parede fibromuscular se desenvolve do mesênquima 
adjacente 
Contato do primórdio uterovaginal com o seio 
urogenital formando o tubérculo do seio induz a 
formação dos bulbos sinovaginais que se fundem para 
formam a placa vaginal 
Células centrais da placa degeneram e formam o lúmen 
da vagina 
Células periféricas da placa formam o epitélio vaginal 
de revestimento 
Lúmen da vagina é separado da cavidade do seio 
urogenital pelo hímen que é formado da invaginação da 
parede posterior do seio urogenital e se rompe nos 
primeiros 28 dias após nascimento permanecendo uma 
delgada membrana mucosa dentro do orifício vaginal 
Protuberâncias da uretra penetram no mesênquima 
adjacente formando as glândulas uretrais bilaterais 
secretores de muco e glândulas parauretrais 
Protuberâncias do seio urogenital formam glândulas 
vesiculares maiores no terço inferior dos grandes lábios 
Glândulas tubuloalverolares secretam muco e são 
homologas as glândulas bulbouretrais masculinas 
 
Desenvolvimentoda genitália externa 
Até 7ª semana- indiferenciadas 
12ª semana diferenciação total 
Início da 4ª semana mesênquima produz o tubérculo 
genital (primórdio do pênis ou clitóris) na extremidade 
cranial da membrana cloacal 
Saliências labioescrotais e pregas urogenitais se 
desenvolvem em cada lado da membrana cloacal 
Tubérculo genital se estende para formam o alo 
primordial (pênis ou clitóris) 
Feminino- uretra e vagina se abem no vestíbulo da 
vagina (cavidade comum) 
 
Desenvolvimento da genitália externa masculina 
Induzida pela di-hidrotestosterona 
Falo primordial cresce e alonga para formar o pênis 
Placa uretral forma porcao ventral do falo, canaliza e se 
abre para formam sulco uretral que é delimitado pelas 
pregas uretrais que formam as paredes laterais e é 
revestido por uma proliferação de células endodérmicas 
da placa uretral 
Pregas uretrais se fusinam entre si ao longo da 
superifice ventral do pênis formando a uretra esponjosa 
Superifie da ectoderme se fusiona formando a glande 
peniana 
Invaginação ectodérmica forma um cordão celular que 
se estende em direção a raiz do pens para encontrar a 
uretra esponjosa. Ele se canaliza e se une a uretra 
esponjosa e completa a parte terminal da uretra e move 
o orifício uretral externo para e extremidade da glade 
peniana 
12ª semana invaginação circular de ectoderme forma-se 
na periferia a glade peniana e quando desintegra forma 
o prepúcio 
Corpos cavernosos e esponjosos se desenvolvem a 
partir do mesênquima do falo 
Saliências labioescrotais crescem uma em direção a 
outra e se fusionam para formar o escroto, a linha de 
fusão é a rafe escrotal 
 
Desenvolvimento da genitália externa feminina 
Crescimento do falo primordial diminui e forma o 
clitoris, ainda relativamente grande com 18 semanas e 
se desenvolve semelhante ao pênis porem as pregas não 
se fusionam, exceto posteriormente quando se juntam 
para formar o frenulo dos pequenos lábios 
Partes não fusionadas das pregas formam os pequenos 
lábios 
Pregas labioescrotais se fusionam posteriormente para 
formar a comissura labial posterior e anteriormente para 
formar a comissura labial anterior e o monte pubiano 
Maior parte das pregas labioescrotais permance não 
fusionada e forma os grandes lábios 
 
Desenvolvimento dos canais inguinais 
Canais inguinais formam as vias para a descida dos 
testículos através da parede abdominal anterior dentro 
do escroto 
Gubernáculo se desenvolve por meio de condensações 
do mesênquima em cada lado do abdômen, passa 
obliquamente através da parede abdominal, está 
associado cranialmente ao mesênquima do mesonegro 
Processo vaginal (invaginação do peritônio) se 
desenvolve ventralmente ao gubernáculo e forma uma 
hérnia através da parede abdominal, que carrega 
extensões das camadas da parede abdominal que 
formam as paredes do canal inguinal e também formam 
os revestimentos dos cordoes espermáticos e do 
testículo 
A abertura na fascia transversal torna-se o anel inguinal 
profundo e a abertura da aponeurose obliqua externa 
forma o anel inguinal superficial 
Deslocamento dos testículos e ovários-descida dos 
testiculos 
26 semanas descem retroperitonealmente a partir da 
parede abdominal posterior para os anéis inguinais 
profundos 
Mudança na posição ocorre conforme a pelve feral 
aumenta e tronco se alonga, crescimento da parte cranial 
do abdômen 
Descida através dos canais inguinais até o escroto é 
controlada por andrógenos dos testículos fetais 
Gubernáculo guia os testículos 
Começa na 26 semana dura 2 a 3 dias, em 32 semanas 
termina 
Durante os 3 meses após nascimento a maioria dos 
testículos que não desceu desce 
Quando testículos descem carregam ductos eferentes e 
vasos, são encobertos por extensões de fáscias da parede 
abdominal 
A extensão da fáscia transversal torna-se a fáscia 
espermática interna 
As extensões do músculo oblíquo interno e fáscia 
tornam-se o músculo e a fáscia do cremaster 
A extensão do músculo oblíquo externo e aponeurose 
torna-se a fáscia espermática externa 
Dentro do escroto, o testículo se projeta para a 
extremidade distal do processo vaginal. Durante o 
período perinatal (primeiras 4 semanas), o pedúnculo de 
conexão desse processo normalmente se oblitera, 
formando uma membrana serosa – a túnica vaginal – 
que reveste a frente e os lados do testículo 
 
Deslocamento dos testículos e ovários-descida dos ovários 
descem da região lombar da parede abdominal posterior 
e se deslocam para a pelve, entretanto, não passam da 
pelve e entram nos canais inguinais 
O gubernáculo está preso ao útero próximo à ligação da 
tuba uterina. A parte cranial do gubernáculo torna-se o 
ligamento ovariano, e a parte caudal forma o ligamento 
redondo do útero 
Os ligamentos redondos passam pelos canais inguinais 
e terminam nos grandes lábios. 
O processo vaginal, relativamente pequeno nas 
mulheres, é normalmente obliterado e desaparece muito 
antes do nascimento. Um processo evidente em um feto 
é conhecido como um processo vaginal do peritônio 
(canal de Nuck). 
 
Histologia do sistema reprodutor masculino -testículos 
Produz testosterona e espermatozoides 
Capsula de tec conjuntivo denso (túnica albugínea) mais 
espessa no mediastino que enviam septos fibrosos que 
divide o parênquima em lóbulos testiculares 
Lóbulos testiculares e organização dos ductos 
testiculares 
Em cada lóbulo há de 1 a 4 túbulos seminíferos, nos 
quais ocorre a produção de espermatozoides. Cada 
túbulo é envolvido por um tecido conjuntivo frouxo rico 
em células, vasos sanguíneos e linfáticos e nervos 
Os túbulos seminíferos são contínuos com os túbulos 
retos que conectam a um labirinto de canais 
anastomosados que constituem a rede testicular de onde 
saem de 10 a 20 dúctulos eferentes que a conectam com 
o ducto do epidídimo ou ducto epididimário 
 
Estrutura dos túbulos seminíferos 
Epitélio germinativo, delimitado por uma lâmina basal 
e um tecido conjuntivo onde tem fibroblastos, células 
mióides e células de Leydig 
No centro de cada túbulo, há um lúmen bem delimitado, 
que pode estar preenchido por flagelos de 
espermatozoides em formação e espermatozoides 
maduros. 
Externamente, os túbulos são revestidos por uma 
camada de células planas, contráteis- células mioides 
peritubulares 
 
Nos espaços entre os túbulos, há tecido conjuntivo 
frouxo vascularizado, no qual tem células de Leydig ou 
células intersticiais. 
Por causa de retração durante o processamento 
histológico, os cortes de testículo exibem 
frequentemente espaços “vazios”. 
 
Células do epitélio seminífero 
Sertoli- Importantes para o desenvolvimento adequado 
do testículo pois dá suporte às células da linhagem 
espermatogênica durante a formação de 
espermatozoides. São células longas, colunares, que se 
apoiam sobre a lâmina basal do epitélio germinativo e 
alcançam o lúmen dos túbulos. Seus núcleos são 
ovalados e frequentemente apresentam nucléolos bem 
evidentes 
 
As células de Leydig são secretoras de testosterona, 
hormônio que estimula o desenvolvimento do testículo. 
Formação dos espermatozoides 
As células da linhagem espermatogênica se dispõem em 
4 a 8 camadas e ocupam a maior parte do epitélio 
germinativo que são responsáveis pela produção de 
espermatozoides 
2 fases: a espermatogênese e espermiogênese. 
Na espermatogênese, ocorrem divisões celulares por 
mitoses e por meiose, enquanto na espermiogênese 
cessam as divisões celulares e ocorrem a diferenciação 
e a maturação dos espermatozoides. 64 dias. 
Durante a espermatogênese, as espermatogônias entram 
em meiose e se diferenciam em espermátides 
As espermatogônias são células esféricas, pequenas, 
situadas junto à lâmina basal do túbulo seminífero
 
A partir da puberdade, as espermatogônias iniciam um 
processo contínuo de divisões mitóticas e produzem 
sucessivas gerações de célulase um aumento de sua 
população. 
As células-filhas das divisões mitóticas podem seguir 
dois caminhos: continuar se dividindo, mantendo-se 
como células-tronco de outras espermatogônias 
(chamadas espermatogônias de tipo A), ou diferenciar-
se para se tornarem espermatogônias de tipo B. Nas 
preparações histológicas comuns, nem sempre é 
possível distinguir os dois tipos de espermatogônias. 
As espermatogônias de tipo B passam por alguns ciclos 
mitóticos nos quais as células-filhas não se separam 
completamente, mantendo-se unidas por pontes 
citoplasmáticas. Ao fim dessas divisões, as 
espermatogônias B originam células denominadas 
espermatócitos primários 
Os espermatócitos primários são as maiores células da 
linhagem espermatogênica. São esféricos, volumosos e 
tem a observação de cromossomos em seus núcleos, 
pois a prófase I da meiose é muito longa; e localização 
próxima à lâmina basal 
Os espermatócitos primários duplicam seu DNA e, 
portanto, têm 46 cromossomos, porém o dobro da 
quantidade de DNA de uma célula diploide 
Durante a anáfase da primeira divisão da meiose, os 
cromossomos homólogos se separam. Resultam dessa 
divisão duas células menores chamadas espermatócitos 
secundário, que têm 23 cromossomos, porém a 
quantidade diploide de DNA, uma vez que cada um de 
seus cromossomos é constituído de duas cromátides 
Os espermatócitos secundários, pouco tempo depois de 
formados, entram na segunda divisão da meiose, 
originando duas células, as espermátides cada uma com 
23 cromossomos e metade da quantidade regular de 
DNA de uma célula diploide. 
Dessa maneira, cada espermatogônia origina, por 
meiose, quatro espermátides, que têm metade do 
número e da quantidade de DNA das células somáticas 
do organismo. 
Como a prófase dos espermatócitos primários é muito 
longa (cerca de 22 dias), a maioria dos espermatócitos 
observados nos cortes histológicos se encontra nessa 
fase. Por outro lado, é mais difícil observar 
espermatócitos secundários, porque logo após serem 
formados, originam as espermátides. 
 
Durante a espermiogênese, ocorre a diferenciação 
dos espermatozoides 
Não há mais divisões celulares. 
Transformação das espermátides em espermatozoides 
Em cortes histológicos, as espermátides podem ser 
reconhecidas: (1) por seu pequeno tamanho; (2) pela 
posição mais próxima ao lúmen do que da base dos 
túbulos; (3) pelos núcleos inicialmente esféricos, e no 
decorrer dessa etapa cada vez mais alongados; e (4) pela 
cromatina inicialmente frouxa, pouco corada e, em 
seguida, cada vez mais condensada, muito corada 
A espermiogênese é um processo complexo, que inclui: 
a formação do acrossomo, a condensação da cromatina 
e o alongamento do núcleo; o desenvolvimento do 
flagelo; a perda da maior parte do citoplasma. 
O resultado final é o espermatozoide maduro, que é 
liberado no lúmen do túbulo seminífero. 
A espermiogênese pode ser dividida em três etapas: 
etapa do complexo de Golgi, do acrossomo e de 
maturação 
 
 
Funções das células de Sertoli 
Suporte de células da linhagem espermatogênica e 
barreira hematotesticular 
Unidas por junções oclusivas existentes em suas 
membranas laterais que formam a barreira 
hematotesticular. As espermatogônias permanecem em 
um compartimento basal situado “abaixo” da barreira. 
Esse compartimento é contínuo com o tecido conjuntivo 
e comunica-se com células e moléculas do resto do 
organismo 
 
Células-filhas da divisão de espermatogônias 
atravessam essas junções e ocupam o compartimento 
chamado luminal, situado “acima” da barreira e que se 
comunica com o lúmen dos túbulos. Espermatogônias 
ficam, portanto, separadas de espermatócitos que, junto 
às espermátides, ocupam o compartimento luminal, no 
qual ocorrem as etapas seguintes da espermatogênese e 
da espermiogênese. 
Espermatócitos e espermátides ficam alojados em 
reentrâncias das células de Sertoli. Ao fim da 
espermiogênese, os espermatozoides são liberados das 
reentrâncias provavelmente por movimentos do ápice 
das células de Sertoli. 
As células em etapas mais avançadas da 
espermatogênese são protegidas de substâncias do 
plasma, de agentes nocivos e possivelmente são 
abrigadas de reconhecimento imunológico por 
linfócitospermatozoides maduros 
Fagocitose- Durante a espermiogênese, o excesso de 
citoplasma das espermátides é liberado sob a forma de 
corpos residuais, que são fagocitados e digeridos por 
células de Sertoli. 
Secreção- Secretam uma proteína ligante de andrógeno. 
Essa secreção é controlada por hormônio 
foliculoestimulante (FSH) e por testosterona, sendo 
importante para concentrar testosterona nos túbulos 
seminíferos, nos quais ela é necessária para estimular a 
espermatogênese. Células de Sertoli podem converter 
testosterona em estradiol e secretam um peptídio 
chamado inibina, que inibe a síntese e a liberação de 
FSH pela hipófise. Provavelmente secretam também 
moléculas que atuam sobre as células intersticiais. 
O hormônio antimülleriano é uma glicoproteína 
produzida pelas células de Sertoli e que é importante 
para a definição da crista gonadal. Esse hormônio age 
durante o desenvolvimento embrionário e promove a 
regressão dos ductos paramesonéfricos em fetos 
masculinos. 
Pela ação de andrógenos secretados pelas células de 
Leydig, é induzido o desenvolvimento de estruturas 
derivadas dos ductos de Wolff (ductos mesonéfricos) 
que originam o epidídimo, o vaso deferente e a vesícula 
seminal. 
Tecido intersticial do testículo 
Os espaços entre os túbulos seminíferos são 
preenchidos com tecido conjuntivo, nervos, vasos 
sanguíneos e linfáticos e células endócrinas que 
compõem o tecido intersticial do testículo. É importante 
para a nutrição das células dos túbulos seminíferos, o 
transporte de hormônios e a produção de andrógenos. 
Os capilares sanguíneos do testículo são fenestrados e 
possibilitam a passagem livre de macromoléculas, como 
as proteínas do plasma. No tecido conjuntivo, há vários 
tipos de células, que incluem fibroblastos, células 
conjuntivas indiferenciadas, mastócitos e macrófagos. 
Durante a vida fetal, tornam-se evidentes nos espaços 
entre os túbulos seminíferos as células intersticiais ou 
células de Leydig. Elas involuem durante a maior parte 
da infância e reaparecem no tecido intersticial na 
puberdade. 
São células arredondadas ou poligonais dispostas em 
pequenos grupos em torno de capilares sanguíneos 
Elas têm um núcleo central e um citoplasma acidófilo 
corado por eosina e que contém gotículas lipídicas. Por 
microscopia eletrônica de transmissão, observa-se que 
elas têm características de células produtoras de 
esteroides: citoplasma rico em gotículas de lipídios e 
mitocôndrias com cristas em forma de túbulos 
O conjunto de células de Leydig pode ser considerado 
uma glândula endócrina. As células sintetizam 
testosterona a partir de colesterol, processo que ocorre 
nas mitocôndrias e no retículo endoplasmático liso 
A atividade funcional das células de Leydig é 
estimulada pelo hormônio luteinizante (LH) da adeno-
hipófise, além de depender da influência exercida 
localmente por outras células, por exemplo, as células 
de Sertoli. 
Fatores que influenciam a espermatogênese 
Hormônios 
Depende da ação dos hormônios FSH e LH sobre as 
células do testículo. FSH age nas células de Sertoli, 
promovendo a síntese e a secreção de proteína ligante 
de andrógeno (ABP). LH age nas células de Leydig, nas 
quais estimula a secreção de testosterona, que se 
difunde para o interior do túbulo seminífero e se 
combina com a ABP. Dessa maneira, mantém-se uma 
alta concentração de testosterona no túbulo seminífero, 
condição importante para estimular a espermatogênese 
Temperatura 
Os processos de espermatogênese só ocorrem a 
temperaturas abaixo da corporal (37°C). Por meio de 
vários mecanismos, a temperatura nos testículos é 
mantida aproximadamentea 35°C. Um rico plexo 
venoso (o plexo pampiniforme) envolve as artérias dos 
testículos e forma um sistema contracorrente de troca de 
calor com veias, que é importante para manter a 
temperatura testicular. Outros fatores são a evaporação 
de suor da pele da bolsa escrotal, que contribui para a 
perda de calor, e a contração de músculos cremastéricos 
da bolsa escrotal e do cordão espermático. Esses 
músculos influenciam a perda de calor pela pele da 
bolsa escrotal aumentando ou diminuindo a superfície 
da bolsa pelo tracionamento dos testículos em direção 
aos canais inguinais ou ao se relaxarem, promovendo o 
movimento contrário. 
Ductos intratesticulares 
Os ductos genitais intratesticulares – túbulos retos, rede 
testicular e dúctulos eferentes – se continuam com os 
túbulos seminíferos e conduzem espermatozoides e 
fluidos para o ducto do epidídimo 
As extremidades dos túbulos seminíferos se continuam 
nos túbulos retos. Nesses túbulos, não há células da 
linhagem espermatogênica. Seu segmento inicial é 
formado por células de Sertoli e, em seguida, são 
revestidos por um epitélio de células cuboides, 
envolvido por tecido conjuntivo denso. 
Os túbulos retos se continuam na rede testicular, situada 
no mediastino do testículo. É uma rede anastomosada 
de canais revestidos por um epitélio de células cuboides 
A rede testicular origina 10 a 20 dúctulos eferentes, 
formados por células epiteliais cuboides não ciliadas 
que se alternam com células cujos cílios batem em 
direção do epidídimo, conferindo a esse epitélio um 
característico aspecto com saliências e reentrâncias. 
As células não ciliadas absorvem fluido secretado pelos 
túbulos seminíferos, o que, junto à atividade de células 
ciliadas, cria um fluxo que conduz os espermatozoides 
para o epidídimo. Uma delgada camada de células 
musculares lisas orientadas circularmente se localiza em 
volta da lâmina basal do epitélio. Os ductos eferentes 
gradualmente se fundem para formar o ducto do 
epidídimo. 
Os espermatozoides são transportados ao epidídimo em 
um meio apropriado, o fluido testicular, produzido pelas 
células de Sertoli e pelas células da rede testicular. Esse 
fluido contém esteroides, proteínas, íons e a ABP, uma 
proteína ligante de andrógeno que transporta 
testosterona. 
Ductos genitais extratesticulares 
Os ductos dos epidídimos, os ductos deferentes, os 
ductos ejaculatórios e a uretra compreendem os ductos 
genitais extratesticulares, que transportam os 
espermatozoides do testículo para o meato do pênis. 
Os ductos do epidídimo ou ductos epididimários são 
dois tubos altamente enovelados. Formados por tecido 
conjuntivo, muscular e epitelial, cada ducto forma o 
corpo e a cauda de um epidídimo. São dois órgãos 
aderidos aos testículos e revestidos por uma cápsula 
própria. 
Pelo fato de o ducto do epidídimo ser muito enovelado, 
cortes histológicos mostram um grande número de 
secções do ducto, dando a falsa impressão de que são 
muitos ductos 
A parede do ducto é formada por um epitélio colunar 
pseudoestratificado, composto de células basais 
arredondadas e de células colunares. A superfície das 
células colunares é coberta por longos e ramificados 
microvilos de formas irregulares, chamados 
estereocílios 
As células epiteliais se apoiam sobre uma lâmina basal 
que é envolvida por células musculares lisas e por tecido 
conjuntivo. As contrações peristálticas do músculo liso 
ajudam a mover o fluido com os espermatozoides ao 
longo do tubo. 
 
O epitélio do ducto epididimário participa da absorção 
e da digestão dos corpos residuais que se desprendem 
das espermátides durante a espermatogênese. 
Cada ducto do epidídimo origina um ducto deferente, 
que faz parte do cordão espermático, um conjunto de 
estruturas anatômicas que inclui as artérias testiculares, 
os plexos pampiniformes (formados por inúmeras 
pequenas veias) e nervos. 
Os ductos deferentes são caracterizados por um lúmen 
estreito e uma espessa camada de músculo liso. 
 
Sua mucosa forma dobras longitudinais e, ao longo da 
maior parte de seu trajeto, é coberta de um epitélio 
colunar pseudoestratificado com estereocílios. 
A lâmina própria da mucosa compreende tecido 
conjuntivo rico em fibras elásticas, e a camada muscular 
consiste em camadas longitudinais internas e externas 
separadas por uma camada circular. O músculo liso 
participa do transporte do sêmen durante a ejaculação 
por meio de contrações peristálticas. 
A porção final do ducto deferente é dilatada, chamada 
ampola, na qual o epitélio é mais espesso e muito 
pregueado. A ampola se continua com o ducto 
ejaculatório, que penetra na próstata e se abre na uretra 
prostática. A mucosa da ampola é semelhante à do 
deferente. 
Glândulas sexuais acessórias 
As glândulas genitais acessórias são as vesículas 
seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais, 
produtoras de secreções essenciais para a função 
reprodutiva do homem. 
As vesículas seminais são glândulas formadas por tubos 
que se abrem na porção final da ampola do ducto 
deferente, para onde se encaminha sua secreção. 
Quando o órgão é seccionado, o mesmo tubo é 
observado em diversas orientações. A sua mucosa é 
pregueada e forrada com epitélio cuboide ou 
pseudoestratificado colunar 
 
As células epiteliais têm muitos grânulos de secreção, 
semelhantes aos encontrados em células que sintetizam 
proteínas. A lâmina própria é rica em fibras elásticas e é 
envolvida por uma espessa camada de músculo liso. 
A secreção das vesículas seminais é um líquido 
amarelado que contém substâncias importantes para os 
espermatozoides, como frutose, citrato, inositol, 
prostaglandinas e várias proteínas. 
Carboidratos produzidos pelas glândulas acessórias do 
sistema genital masculino e secretados no líquido 
seminal constituem fonte energética para a motilidade 
dos espermatozoides. O monossacarídio frutose é o 
mais abundante desses carboidratos. Setenta por cento 
do volume do ejaculado humano se origina nas 
vesículas seminais. 
A altura das células epiteliais das vesículas seminais e o 
grau da atividade secretora da glândula dependem dos 
níveis circulantes de testosterona. 
A próstata é um conjunto de 30 a 50 glândulas 
tubuloalveolares ramificadas que envolvem a porção da 
uretra chamada uretra prostática 
A próstata é envolvida por uma cápsula de tecido 
conjuntivo e músculo liso. Septos saem dessa cápsula e 
penetram na glândula, dividindo-a em lóbulos, que não 
são facilmente percebidos em um adulto. A próstata tem 
três zonas distintas: a zona central (cerca de 25% do 
volume da glândula), a zona de transição e a zona 
periférica (cerca de 70% da glândula). Os ductos das 
glândulas terminam na uretra prostática 
 
As glândulas da próstata são formadas por um epitélio 
cuboide alto ou pseudoestratificado colunar. São 
envolvidas por tecido conjuntivo e músculo liso. 
Entre os produtos de secreção da glândula destacam-se 
a fosfatase ácida prostática e o antígeno específico da 
próstata. A secreção é armazenada nas glândulas, sendo 
expulsa durante a ejaculação. A estrutura e a função da 
próstata são reguladas por testosterona. 
Pequenos corpos esféricos formados por glicoproteínas, 
e frequentemente calcificados, são comumente 
observados no lúmen de glândulas da próstata de 
adultos- concreções prostáticas ou corpora amylacea. 
Sua quantidade aumenta com a idade, porém seu 
significado não é conhecido. 
 
As glândulas bulbouretrais (de Cowper) são pequenas 
glândulas situando-se junto à porção membranosa da 
uretra, na qual lançam a sua secreção 
Elas são glândulas tubuloalveolares, revestidas por um 
epitélio cúbico simples, secretor de muco. Células 
musculares esqueléticas e lisas são encontradas nos 
septos que dividem a glândula em lóbulos. O muco 
secretado é claro, é expelido antes da ejaculação e age 
como lubrificante e neutralizante do lúmenda uretra. 
Pênis 
Os componentes principais do pênis são a uretra e três 
corpos cilíndricos de tecido erétil, sendo todo esse 
conjunto envolvido por pele. Dois desses cilindros – os 
corpos cavernosos do pênis – estão localizados na parte 
dorsal do pênis. 
O terceiro, localizado ventralmente, envolve a uretra e 
é chamado corpo cavernoso da uretra ou corpo 
esponjoso. Em sua extremidade distal, ele se dilata, 
formando a glande do pênis. 
A maior parte da uretra peniana é revestida por epitélio 
pseudoestratificado colunar, que na glande se 
transforma em estratificado pavimentoso. Glândulas 
secretoras de muco (glândulas de Littré) são 
encontradas ao longo da uretra peniana. 
O prepúcio é uma dobra retrátil de pele que contém 
tecido conjuntivo com músculo liso em seu interior. 
Glândulas sebáceas são encontradas na dobra interna e 
na pele que cobre a glande. 
Tecido erétil do pênis 
Os corpos cavernosos são envolvidos por uma camada 
resistente de tecido conjuntivo denso, a túnica 
albugínea. O tecido erétil que compõe os corpos 
cavernosos do pênis e da uretra é formado por inúmeros 
espaços venosos separados entre si por trabéculas de 
tecido conjuntivo e células musculares lisas 
 
A ereção do pênis é um processo hemodinâmico 
controlado por impulsos nervosos do sistema 
parassimpático que liberam acetilcolina e óxido nítrico. 
Essas substâncias atuam sobre o músculo liso das 
artérias do pênis e das trabéculas dos corpos cavernosos. 
No estado flácido do pênis, o fluxo de sangue é 
pequeno, mantido pelo tônus intrínseco da musculatura 
lisa e por impulsos contínuos de inervação simpática. 
Na ereção, estímulos vasodilatadores do sistema 
parassimpático causam o relaxamento da musculatura 
lisa dos vasos penianos e dos corpos cavernosos. 
Simultaneamente ocorre a inibição de impulsos 
vasoconstritores do simpático. A abertura das artérias 
penianas e dos espaços cavernosos aumenta o fluxo de 
sangue, que preenche os espaços dos corpos cavernosos, 
produzindo a rigidez do pênis. 
A contração e o relaxamento do músculo liso dos corpos 
cavernosos dependem da taxa intracelular de cálcio nas 
células musculares, que é modulada por monofosfato de 
guanosina (GMP). Após a ejaculação e o orgasmo, a 
atividade parassimpática é reduzida, e o pênis volta a 
seu estado flácido 
Anatomia do sistema reprodutor masculino 
testículos, um sistema de ductos (epidídimo, ducto 
deferente, ductos ejaculatórios e uretra), glândulas 
sexuais acessórias (seminais, próstata e bulbouretrais) e 
estruturas de apoio, como o escroto e o pênis 
Escroto 
contém os testículos 
pele solta e tela subcutânea subjacente 
pendurado na raiz do pênis 
Externamente, parece uma bolsa de pele ímpar separada 
em porções laterais por uma crista mediana chamada de 
rafe do escroto. 
Internamente, o septo do escroto divide o escroto em 
dois sacos, cada um contendo um testículo 
O septo do escroto é constituído por uma tela 
subcutânea e tecido muscular chamado músculo dartos, 
que é composto de feixes de fibras de músculo liso. O 
músculo dartos também é encontrado na tela subcutânea 
do escroto. 
Associado a cada testículo no escroto está o músculo 
cremaster, várias pequenas bandas de músculo 
esquelético que descem como uma extensão do músculo 
oblíquo interno do abdome por meio do funículo 
espermático para circundar os testículos. 
A localização do escroto e a contração de suas fibras 
musculares regulam a temperatura dos testículos. A 
produção normal de espermatozoides demanda uma 
temperatura de aproximadamente 2 a 3 °C abaixo da 
temperatura corporal central. 
Em resposta a temperaturas frias, os músculos cremaster 
e dartos se contraem. A contração dos músculos 
cremaster move os testículos para mais perto do corpo, 
onde eles podem absorver o calor. A contração do 
músculo dartos reduz o volume do escroto, o que reduz 
a perda de calor. A exposição ao calor inverte essas 
ações.
 
Testículos 
par de glândulas ovais no escroto com 
aproximadamente 5 cm de comprimento e 2,5 cm de 
diâmetro. Cada testículo tem massa de 10 a 15 g. 
Os testículos se desenvolvem perto dos rins, na parte 
posterior do abdome, e descem para o escroto por meio 
dos canais inguinais durante a segunda metade do 
sétimo mês do desenvolvimento fetal. 
Uma túnica serosa chamada de túnica vaginal do 
testículo, que é derivada do peritônio e se forma durante 
a descida dos testículos, recobre parcialmente os 
testículos. Uma coleção de líquido seroso na túnica 
vaginal do testículo é chamada de hidrocele. Esta pode 
ser causada por lesões nos testículos ou inflamação do 
epidídimo. Em geral, não é necessário tratamento. 
Internamente à túnica vaginal do testículo, o testículo é 
circundado por uma cápsula fibrosa branca composta 
por tecido conjuntivo denso irregular, a túnica 
albugínea; esta se estende internamente formando 
septos que dividem o testículo em uma série de 
compartimentos internos chamados lóbulos dos 
testículos. Cada um dos 200 a 300 lóbulos dos testículos 
contêm de 1 a 3 túbulos bem enrolados, os túbulos 
seminíferos contorcidos, onde os espermatozoides são 
produzidos. O processo pelo qual os túbulos seminíferos 
contorcidos dos testículos produzem esperma é 
chamado de espermatogênese. 
Os túbulos seminíferos contêm dois tipos de células: as 
células espermatogênicas, as células formadoras de 
esperma, e as células sustentaculares ou células de 
Sertoli, que têm várias funções no apoio à 
espermatogênes. 
Em direção ao lúmen do túbulo seminífero contorcido 
estão camadas de células progressivamente mais 
maduras. Da menor para a maior maturidade estão os 
espermatócitos primários, espermatócitos secundários, 
espermátides e espermatozoides. Depois que um 
espermatozoide é formado, ele é liberado para o lúmen 
do túbulo seminífero. 
Incorporado entre as células espermatogênicas nos 
túbulos seminíferos estão grandes células 
sustentaculares ou células de Sertoli, que se estendem 
da membrana basal ao lúmen do túbulo. Internamente a 
membrana basal e espermatogônias, junções oclusivas 
unem células sustentaculares vizinhas. 
Nos espaços entre túbulos seminíferos adjacentes 
existem aglomerados de células chamadas células 
intersticiais ou células de Leydig que secretam 
testosterona, o androgênio mais prevalente. 
 
Espermatozóide 
300 milhões de espermatozoides concluem o processo 
de espermatogênese. 
As principais partes de um espermatozoide são a cabeça 
e a cauda. A cabeça contém um núcleo com 23 
cromossomos bem acondicionados. 
Englobando os dois terços anteriores do núcleo está o 
acrossomo, uma vesícula semelhante a capa preenchida 
com enzimas que ajudam o espermatozoide a penetrar 
no oócito secundário para promover a fertilização. Entre 
as enzimas estão as proteases e a hialuronidase. 
A cauda de um espermatozoide é subdividida em quatro 
partes: colo, peça intermediária, peça principal e peça 
terminal. 
O colo é a região encontrada imediatamente atrás da 
cabeça, que contém centríolos. Os centríolos formam os 
microtúbulos que compreendem o restante da cauda. 
A peça intermediária contém mitocôndrias dispostas em 
espiral, que fornecem energia (ATP) para a locomoção 
dos espermatozoides até o local da fertilização e para o 
metabolismo do espermatozoide. 
A peça principal é a parte mais longa da cauda, e a peça 
terminal é a parte distal e afilada da cauda. Uma vez 
ejaculados, a maior parte dos espermatozoides não 
sobrevive por mais de 48 h no sistema genital feminino. 
 
Ductos do testículo 
A pressão produzida pelo líquido que é secretado pelas 
células sustentaculares empurra os espermatozoides e o 
líquido ao longo do lúmen dos túbulos seminíferos e, 
em seguida, por uma série de ductos muito curtos 
chamados de túbulos seminíferos retos. 
Os túbulos seminíferos retos levam a uma rede de 
ductos no testículo chamados derede do testículo. Da 
rede do testículo, os espermatozoides se movem por 
uma série de ductos eferentes enrolados no epidídimo, 
que se esvaziam em um tubo único chamado de ducto 
do epidídimo. 
Epidídimo 
O epidídimo é um órgão em forma de que fica ao longo 
da margem posterior de cada testículo. Cada epidídimo 
consiste principalmente em ductos do epidídimo bem 
enrolados. 
Os ductos eferentes do testículo se unem aos ductos do 
epidídimo na parte maior e superior do epidídimo, 
chamada de cabeça do epidídimo. O corpo do epidídimo 
é a parte média estreita, e a cauda do epidídimo é a parte 
inferior menor. Na sua extremidade distal, a cauda do 
epidídimo continua como o ducto deferente 
Os ductos do epidídimo mediriam aproximadamente 6 
m de comprimento se fossem desenrolados. São 
revestidos por epitélio pseudoestratificado e 
circundados por camadas de músculo liso. 
As superfícies livres das células cilíndricas contêm 
estereocílios, que apesar de seu nome são 
microvilosidades longas e ramificadas (não cílios) que 
aumentam a área de superfície para a reabsorção de 
espermatozoides degenerados. O tecido conjuntivo em 
torno da túnica muscular se insere nas alças do ducto do 
epidídimo e transporta os vasos sanguíneos e nervos. 
Funcionalmente, o epidídimo é o local de maturação dos 
espermatozoides, processo pelo qual o espermatozoide 
adquire motilidade e a capacidade de fertilizar um 
óvulo. Isto ocorre ao longo de um período de 
aproximadamente 14 dias. 
O epidídimo também ajuda a impulsionar os 
espermatozoides pelos ductos deferentes durante a 
excitação sexual, pela contração peristáltica do seu 
músculo liso. Além disso, o epidídimo armazena 
espermatozoides, que permanecem viáveis aqui por até 
vários meses. Qualquer espermatozoide armazenado 
que não seja ejaculado durante esse período de tempo é, 
por fim, reabsorvido. 
Ducto deferente 
O funículo espermático é uma estrutura de suporte do 
sistema genital masculino que ascende a partir do 
escroto 
Ele consiste na porção do ducto deferente que ascende 
através do escroto, na artéria testicular, nas veias que 
drenam os testículos e levam testosterona para a 
circulação (o plexo pampiniforme), nos nervos 
autônomos, nos vasos linfáticos e no músculo 
cremaster. 
O funículo espermático e o nervo ilioinguinal 
atravessam o canal inguinal, uma passagem oblíqua na 
parede abdominal anterior ligeiramente superior e 
paralela à metade medial do ligamento inguinal. O 
canal, que mede aproximadamente 4 a 5 cm de 
comprimento, tem origem no anel inguinal profundo 
(abdominal), uma abertura em forma de fenda na 
aponeurose do músculo transverso do abdome; o canal 
termina no anel inguinal superficial (subcutâneo) uma 
abertura discretamente triangular na aponeurose do 
músculo oblíquo externo do abdome. Nas mulheres, o 
ligamento redondo do útero e o nervo ilioinguinal 
passam através do canal inguinal. 
Ductos ejaculatórios 
Cada ducto ejaculatório mede aproximadamente 2 cm 
de comprimento e é formado pela união do ducto da 
glândula seminal e a ampola do ducto deferente 
Os curtos ductos ejaculatórios formam-se 
imediatamente superiores à base (parte superior) da 
próstata e passam inferior e anteriormente através da 
próstata. Eles terminam na parte prostática da uretra, 
onde ejetam os espermatozoides e secreções das 
glândulas seminais pouco antes da liberação do sêmen 
da uretra para o exterior. 
Uretra 
Nos homens, a uretra é o ducto terminal compartilhado 
dos sistemas reprodutivo e urinário; serve como uma 
passagem tanto para o sêmen quanto para a urina, passa 
através da próstata, dos músculos profundos do períneo 
e do pênis; é subdividida em três partes 
Conforme esse ducto continua inferiormente, passa 
através dos músculos profundos do períneo, onde é 
conhecido como parte membranácea da uretra. A parte 
membranácea da uretra mede aproximadamente 1 cm de 
comprimento. 
Quando esse ducto passa através do corpo esponjoso do 
pênis, é conhecido como parte esponjosa da uretra, que 
mede aproximadamente 15 a 20 cm de comprimento. A 
parte esponjosa da uretra termina no óstio externo da 
uretra. 
 
 
 
FUNÇÕES DAS SECREÇÕES DAS GLÂNDULAS SEXUAIS 
ACESSÓRIAS 
1.As glândulas seminais secretam um líquido viscoso 
alcalino que ajuda a neutralizar o ácido do sistema 
genital feminino, fornece frutose para a produção de 
ATP pelos espermatozoides, contribui para a motilidade 
e viabilidade do espermatozoide, e ajuda o sêmen a 
coagular após a ejaculação. 
2.A próstata secreta um líquido leitoso discretamente 
ácido que contém enzimas que quebram as proteínas de 
coagulação das glândulas seminais. 
3.As glândulas bulbouretrais secretam um líquido 
alcalino que neutraliza o meio ácido da uretra e do muco 
que lubrifica o revestimento da uretra e a ponta do pênis 
durante a relação sexual. 
Controle hormonal da função testicular 
Embora os fatores de iniciação sejam desconhecidos, na 
puberdade, determinadas células neurosecretoras do 
hipotálamo aumentam a sua secreção de hormônio 
liberador de gonadotropina (GnRH). Este hormônio 
estimula os gonadotropos na adeno-hipófise a aumentar 
sua secreção de duas gonadotropinas, o hormônio 
luteinizante (LH) e o hormônio foliculoestimulante 
(FSH). 
O LH estimula as células intersticiais que estão 
localizadas entre os túbulos seminíferos a secretar o 
hormônio testosterona. Este hormônio esteroide é 
sintetizado a partir do colesterol nos testículos e é o 
principal androgênio. É lipossolúvel e se difunde 
facilmente das células intersticiais para o líquido 
intersticial e, em seguida, para o sangue. 
A testosterona, via feedback negativo, suprime a 
secreção de LH pelos gonadotropos da adeno-hipófise e 
suprime a secreção de GnRH pelas células 
neurossecretoras do hipotálamo. Em algumas células-
alvo, como aquelas dos órgãos genitais externos e da 
próstata, a enzima 5-alfarredutase converte a 
testosterona em outro androgênio, chamado di-
hidrotestosterona (DHT). 
O FSH atua indiretamente ao estimular a 
espermatogênese. O FSH e a testosterona atuam 
sinergicamente nas células sustentaculares estimulando 
a secreção da proteína de ligação a androgênios (ABP) 
no lúmen dos túbulos seminíferos e no líquido 
intersticial em torno das células espermatogênicas. 
 A ABP se liga à testosterona, mantendo a sua 
concentração elevada. A testosterona estimula as etapas 
finais da espermatogênese nos túbulos seminíferos. 
Uma vez alcançado o grau de espermatogênese 
necessário para as funções reprodutivas masculinas, as 
células sustentaculares liberam inibina, um hormônio 
proteico assim chamado por inibir a secreção de FSH 
pela adeno-hipófise. Se a espermatogênese ocorrer 
muito lentamente, menos inibina é liberada, o que 
possibilita maior secreção de FSH e aumento da 
espermatogênese. 
 
A testosterona e a di-hidrotestosterona se ligam aos 
mesmos receptores de androgênios, que se encontram 
no interior dos núcleos das células-alvo. O complexo 
hormônio-receptor regula a expressão do gene, ativando 
alguns genes e desativando outros. Em decorrência 
dessas alterações, os androgênios produzem vários 
efeitos 
Desenvolvimento pré-natal 
Na puberdade, a testosterona e a di-hidrotestosterona 
realizam o desenvolvimento e o alargamento dos órgãos 
sexuais masculinos e o desenvolvimento das 
características sexuais secundárias masculinas. 
Desenvolvimento da função sexual. Os androgênios 
contribuem para o comportamento sexual masculino e 
espermatogênese, e para o desejo sexual (libido) em 
homens e mulheres. 
Estimulação do anabolismo. Os androgênios são 
hormônios anabólicos; isto é, estimulam a síntese de 
proteínas. Este efeito é evidente no maior peso dos 
músculos e massa óssea que é observado na maior parte 
dos homens em comparação às mulheres. 
Sêmen 
O sêmen é uma mistura de espermatozoides e líquido 
seminal,um líquido que consiste nas secreções dos 
túbulos seminíferos, glândulas seminais, próstata e 
glândulas bulbouretrais. O volume de sêmen em uma 
ejaculação típica é de 2,5 a 5 mililitros (mℓ), com 50 a 
150 milhões de espermatozoides por mℓ. Quando a 
contagem cai abaixo de 20 milhões/mℓ, há 
probabilidade de o homem ser infértil. É necessária uma 
quantidade muito grande de espermatozoides para a 
fertilização bem-sucedida, porque apenas uma pequena 
fração por fim alcança o oócito secundário. 
Apesar da leve acidez do líquido prostático, o sêmen 
tem um pH ligeiramente alcalino de 7,2 a 7,7, em 
decorrência do pH mais elevado e maior volume do 
líquido proveniente das glândulas seminais. 
A secreção prostática confere ao sêmen um aspecto 
leitoso, e os líquidos das glândulas seminais e glândulas 
bulbouretrais lhe dão uma consistência pegajosa. 
O líquido seminal fornece aos espermatozoides um 
meio de transporte, nutrientes e proteção do ambiente 
ácido hostil da uretra masculina e da vagina feminina. 
Uma vez ejaculado, o sêmen coagula em menos de 5 
min, em decorrência da presença de proteínas de 
coagulação das glândulas seminais. 
O papel funcional da coagulação do sêmen não é 
conhecido, mas as proteínas envolvidas são diferentes 
daquelas que causam a coagulação do sangue. Depois 
de aproximadamente 10 a 20 min, o sêmen se 
reliquefaz, porque o antígeno prostático específico 
(PSA) e outras enzimas proteolíticas produzidas pela 
próstata quebram o coágulo. 
A liquefação anormal ou tardia do sêmen coagulado 
pode causar uma imobilização completa ou parcial do 
espermatozoide, inibindo desse modo o seu movimento 
ao longo do colo do útero. Depois de passar pelo útero 
e tubas uterinas, os espermatozoides são afetados pelas 
secreções da tuba uterina em um processo chamado de 
capacitação. 
A presença de sangue no sêmen é chamada de 
hemospermia. Na maior parte dos casos, é causada pela 
inflamação dos vasos sanguíneos que revestem as 
glândulas seminais; geralmente é tratada com 
antibióticos.

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