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1 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP HIV e AIDS Introdução Vias de transmissão: - Horizontal: Parenteral: sangue (é a principal probabilidade de transmissão horizontal parenteral) ou derivados, compartilhamento de seringas; Sexual: sexo anal, vaginal e oral. - Vertical: Amamentação; Gestação; Parto. OBS: Precisamos entender que o HIV é o agente etiológico da AIDS, sendo a AIDS definida como: infecção pelo HIV + CD4 <200 células E/OU doenças definidoras. O vírus do HIV Estrutura do vírus: O vírus do HIV é um vírus de RNA de fita simples (ou seja, é um retrovírus), que contém algumas estruturas, dentre elas: - Capsídeo (envelope interno) contendo a proteína p24, a qual é muito específica do vírus do HIV, por isso podemos procura-la no sangue de um indivíduo em busca de infecção; - Envelope (externo) formado por dupla camada de fosfolipídios (permitindo a fusão do vírus com a célula) que advém de sua membrana plasmática e nele encontramos: GP41; GP120: a que interage tanto com os linfócitos T CD4 quanto com os receptores de quimiocina. OBS: O GP120 geralmente fica escondido, isto é, seu domínio não aparece. Ela só é exposta quando vai promover infecção e isso dificulta o sistema imune do hospedeiro de desencadear uma resposta contra antígeno. - Genoma: possui diversas regiões, como LTR (promove a integração do DNA viral ao genoma da célula hospedeira), GAG (proteinas centrais do nucleocapsídeo e de matriz), pool (transcriptase reversa, integrase, protease, integrase e ribonuclease), env (proteinas do envelope viral- GP120 e gp41)m dentre diversas outras regiões com funções específicas. Transcriptase reversa: forma DNA a partir do RNA; Integrase: integra o DNA viral no DNA da célula; Protease: faz o processamento formando as proteínas virais. Características: - Possui alta taxa de replicação: é capaz de gerar novos vírus por brotamento, que vão adquirindo a membrana plasmática da célula e se formando, aos poucos. Chega um momento que a célula infectada não consegue mais perder membrana e sofre lise celular; - Possui enzima transcriptase reversa, capaz de transformar RNA em DNA; - Existem 2 tipos principais do vírus do HIV: o tipo 1, responsável pela epidemia mundial e o tipo 2, mais restrito à África. Os subtipos 1 e 2 ainda possuem diversos grupos e subgrupos. - O vírus possui alta variabilidade genética, além de incrível capacidade de se diversificar e de evoluir. Isso ocorre porque além de ter uma alta taxa de replicação, a enzima transcriptase reversa acaba “errando de proposito” na hora de transcrever o RNA em DNA, criando mutações aleatórias que acabam sendo vantajosas para o vírus. Quem o vírus atinge? - Pode atingir linfócitos TCD4, preferencialmente, já que são menos resistentes e mais susceptíveis à lise. Eles são destruídos através: Apoptose; Ação indireta, onde o próprio sistema imune mata as células infectadas; Ação direta do vírus: ação citopática; Sincícios; Deficiência de IL2. - Células dendríticas, macrófagos e monócitos. OBS: Quando o vírus atinge as células do hospedeiro, pode existir a formação de sincícios: células infectadas que se juntam com células não infectadas formando células gigantes. 2 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP OBS1: Ao longo da infecção o hospedeiro vai perdendo a capacidade de produzir IL2, citocina importante para a produção de novos linfócitos TCD4. Ciclo do vírus: Nosso sistema imune, mais especificamente as células dendríticas, captam os antígenos do vírus, e os leva até os linfonodos. Porém, isso acaba sendo uma maravilha para o HIV, pois nesses órgãos linfoides o vírus encontrará diversos linfócitos T, sendo capaz de contaminá-los. Ao entrar em contato com os linfócitos TCD4, as proteinas virais como GP120 se ligam à membrana plasmática da célula, se ligando também aos receptores de quimiocina (CCR5 e CXCR4). Nesse contexto, a ligação com esses correceptores expõe a GP41, que estava “escondida” abaixo da GP120, e ela é quem fusiona o envelope externo do vírus à membrana da célula, garantindo que o vírus entre no citoplasma da célula. A partir disso, outras enzimas irão agir, dentre as quais: transcriptase reversa, que transforma RNA em DNA e a integrase, a qual promove que o DNA viral seja acoplado ao DNA da célula, o que possibilita que o vírus use a maquinaria da célula para se replicar. Com isso, a célula passa a gerar por brotamento novos vírus, que vão adquirindo sua membrana plasmática, tornando mais fácil seu reconhecimento. Assim a replicação viral continua ativa e há grande quantidade de vírus circulando pelo sangue, o que gera um período de viremia, o qual ocorre mais ou menos 21-28 dias após a infecção, gerando manifestações clínicas semelhantes a uma virose. Quadro clínico e as Fases da doença A fase de infecção, quando as células do sistema imune ainda estão apresentando antígenos virais para o linfonodo, o paciente é assintomático, o que torna difícil a detecção da doença. Porém, de modo geral, a infecção por HIV é dividida em 3 fases: - INFECÇÃO AGUDA: representa como o vírus age. Porém, é importante frisar que no inicio haverá a fase eclipse, onde o paciente será assintomático e com o tempo, quando se atinge a viremia, pode ser gerado um quadro leve com sintomas inespecíficos aumento de células infectadas e declínio dos linfócitos TCD4; Quadro clínico de Mononucleose-like: Febre alta, rash cutâneo, linfonodomegalias e hepatoesplenomegalia; Diagnóstico: carga viral Com 10 dias a carga viral é positiva. - FASE DE LATÊNCIA: aqui o corpo começa a reagir e quantidades adicionais de TCD4 são produzidas. Além disso, produzem-se linfócitos TCD8 específicos para o vírus e uma resposta humoral também é desenvolvida, o que é capaz de controlar parcialmente a infecção, o que promove redução da viremia e leva a um aumento progressivo de CD4. A viremia cai até um determinado nível, formando agora um platô. A mesma coisa acontece com os linfócitos TCD4, aumentam até atingir uma estabilidade. Esse platô dura cerca de 10 anos e corresponde justamente à fase de latência, onde apesar do vírus continuar a se replicar, o individuo é assintomático (É UMA LATÊNCIA CLÍNICA E NÃO VIROLÓGICA); Ocorre o Set-point viral: representa a carga viral de equilíbrio, ou seja, é a carga viral que surge após a resposta imune quanto maior o set-point viral, mais rápida é a evolução; Fase assintomática da doença. O único sintoma que pode aparecer nesta fase é linfadenopatia generalizada persistente (representa a replicação do vírus nos linfonodos, sendo conceituada como > 2 cadeias extrainguinais por mais de 3 meses). - FASE SINTOMÁTICA: geralmente demora 10 anos para ocorrer. Ele inicia com uma fase sintomática precoce, onde há algumas manifestações devido à baixa de linfócitos TCD4: Linfócitos TCD4 >350 células/mm³: infecções bacterianas, como pneumonias, otite média aguda, ITU, etc; 200-300 células/mm³: infecções antigas se manifestando; <200 células/mm³: geralmente doenças oportunistas. OBS: CONCEITOS IMPORTANTES: quanto maior a carga viral menor a contagem de linfócitos CD4. Outro conceito importante é que com contato com HIV há uma ativação imune crônica, o que gera um envelhecimento precoce por processo inflamatório crônico e ativação imune persistente, o que leva a formação de aterosclerose e aumento do risco de neoplasias. 3 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP Diagnóstico A pesquisa para diagnóstico do HIV vai depender da fase em que o indivíduo se encontra. Assim, existem imunoensaio de primeira à quarta geração: - Primeira geração: são métodos indiretos e pouco específicos, só detectam IgG; - Segunda geração: também são métodos indiretos, mas mais específicosque os de primeira geração, pois utilizam antígenos recombinantes ou peptídeos sintéticos derivados de proteinas do HIV; - Terceira geração: ele tem o formato de sanduiche, ou seja, detectam todas as classes de imunoglobulinas contra proteínas recombinantes ou peptídeos sintéticos derivados das glicoproteínas gp41 e GP120/160. Ou seja, permite a detecção simultânea de anticorpos anti HIV IgM e IgG; - Quarta geração: detecta simultaneamente o antígeno p24 e anticorpos específicos anti-HIV (todas as classes), ou seja, ele detecta as mesmas coisas do de 3ª geração + a P24. OBS: Os imunoensaio de primeira e segunda geração não são mais recomendados. Os testes rápidos duram cerca de 30 min e podem ser feitos em qualquer local. Utilizam sangue e saliva e são capazes de detectar anticorpos, por isso não fazemos em fase aguda. Teste rápido negativo: amostra não reagente; Teste rápido negativo, mas ainda suspeito: repetir em 30 dias o teste rápido; Testes rápidos discordantes: pedir o mais específico Western Blot ou Imunoblot. OBS: Um detalhe importante do teste rápido é que a janela diagnóstica dos que utilizam fluido oral pode variar de 1 a 3 meses, já que o fluido oral não contém quantidades suficientes de anticorpos em exposições recentes. Porém, é um método importante, pois amplia o acesso, simplifica a testagem, reduz risco biológico. Os testes complementares utilizam diferentes formatos e princípios. Dentre eles: Western-Blot, Imunoblot e testes moleculares. OBS: Em crianças < 18 meses, precisamos definir se é uma transmissão de anticorpos da mãe para o feto ou o bebê tem a doença. Neste contexto, não devemos pedir sorologia e sim carga viral = PCR do RNA viral. 1 carga viral positiva, deve-se repetir, de modo que com 2 CARGAS VIRAIS POSITIVAS HÁ O DIAGNÓSTICO. OBS1: Em crianças > 18 meses pode-se pedir sorologia, seja teste rápido ou imunoensaio. Portanto: - NA FASE INICIAL: DEVO PESQUISAR POR ANTÍGENOS/CARGA VIRAL (teste de quarta geração) ou fazer isolamento viral (PCR); - NA FASE TARDIA: TESTE RÁPIDO À PROCURA DE ANTICORPOS (terceira geração). OBS: Todos os laboratórios são obrigados a fazer 2 testes, sendo que um deles é obrigatoriamente o de quarta geração. Devido a diversidades de cenários, o Ministério da Saúde preconizou 6 fluxogramas para o estabelecimento do HIV-1 em pessoas com mais de 18 anos. OS RESULTADOS COM AMOSTRAS REAGENTES, independente do fluxograma deverão: - ENCAMINHAR O PACIENTE PARA REALIZAR O TESTE DE QUANTIFICAÇÃO DE CARGA VIRAL (RNA-HIV 1) e contagem de linfócitos TCD4. Fluxogramas de testagem para HIV: O DIAGNÓSTICO SE DÁ POR 2 EXAMES: - Triagem: 1ª etapa- diversas metodologias (EIA, ELISA, hemoaglutinação, etc); - Complementar/confirmatório: 2ª etapa – Western- Blot, PCR. A lógica do fluxograma visa o custo-efetivo, onde o primeiro teste é sempre o mais sensível e o segundo teste o mais específico. - Fluxograma 1: 2 testes rápidos realizados sem sequência de sangue total; Teste rápido 1 + teste rápido 2 positivos confirma a doença. - Fluxograma 2: 1 teste rápido utilizando fluido oral + teste rápido utilizando sangue. OBS: Os fluxogramas 1 e 2 ampliam o acesso ao diagnóstico e permite a antecipação do inicio do tratamento, preservando, dessa forma, o sistema imune do sujeito infectado e reduzindo a transmissão. - Fluxograma 3: triagem com imunoensaio de 4ª geração + teste molecular; É o que permite diagnóstico mais precoce pelo HIV, sendo o mais recomendado. - Fluxograma 4: triagem com imunoensaio de 3ª geração + teste molecular; - Fluxograma 5: triagem com imunoensaio de 3ª geração e western-Blot, imunoblot ou imunoblot rápido; - Fluxograma 6: triagem com imunoensaio de 4ª geração e western-Blot, imunoblot ou imunoblot rápido. OBS: Os fluxogramas 3, 4, 5 e 6 são utilizados para triagem e confirmação de amostras, assim como para a confirmação de amostras pós-teste de triagem reagente ou com resultados discordantes nos fluxogramas 1 e 2. Logo, oferecem alternativas para detecção cada vez mais precoce de infecção pelo HIV. OBS1: Os testes moleculares, como por exemplo, PCR, podem dar falsos-negativos para pacientes controladores de elite, os quais são pessoas que conseguem manter a viremia em níveis indetectáveis aos testes moleculares, o que exige exame complementares para diagnóstico. 4 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP Tratamento Utiliza-se um coquetel de drogas, também conhecido como terapia antirretroviral (não é considerado um tratamento de emergência médica, exceto se acidente ocupacional ou violência sexual), indicada para todos os pacientes com HIV. Esse tratamento causa muitos efeitos adversos, porém é capaz de diminuir a morbimortalidade por HIV. Usa-se no mínimo 3 drogas, de maneira contínua. Indicações: Indicado para todas as pessoas com HIV positivo (independente da contagem de CD4), visando zerar a transmissão sexual, de modo que indetectável=intransmissível. Ou seja, o objetivo é promover uma carga viral indetectável. Drogas: As principais drogas envolvidas na terapia antirretroviral são: - Inibidores da transcriptase reversa: Tenofovir (TDF): gera alguns efeitos colaterais, dentre eles: Nefrotoxicidade; Perda de massa óssea, podendo levar osteoporose. Lamivudina (3TC): poucos efeitos colaterais; Efavirenz tem se mostrado resistente. Os principais efeitos adversos são: Rash pruriginoso; Sonolência; Depressão; Ansiedade. Zidovudina (AZT) Fármaco mais antigo. Gera acidose metabólica e pancitopenia, de modo que não é tão utilizado; - Inibidores de integrase: GRAVIR Dolutegravir (DTG): os principais efeitos adversos são: Cefaleia. Raltegravir (RAL). - Inibidores de protease: NAVIR Atazanavir com Ritonavir (ATV/r); Lopinavir com Ritovanir. Esquemas: Existem alguns esquemas propostos, de modo que: - Início de TARV: para população geral, inclui tuberculose e gestantes; Lamivudina + Tenofovir + Dolutegravir. Profilaxia pós-exposição (PEP) Importante salientar que se tem até 72 horas para iniciar os fármacos, sendo idealmente até 2 horas. Outro ponto importante é avaliar se o material é infectante, como sangue, fluido genital e líquidos serosos, líquor, etc. Após avaliação se o material é infectante, deve-se avaliar o acidente de risco: se percutâneo, mucoso, em pele não íntegra. Posteriormente a avaliação destes quesitos, iremos avaliar a fonte e o exposto, fazendo teste rápido. - Exposto positivo OU fonte negativa: não fazer profilaxia, deve-se tratar, uma vez que a pessoa exposta já vivia com o vírus; - Exposto negativo e fonte positiva ou desconhecida: profilaxia por 28 dias. Esquemas: Deve-se fazer o mesmo esquema da população geral: Lamivudina + Tenofovir + Dolutegravir. Profilaxia pré-exposição (PrEP) A PrEP é utilizada para as pessoas sem a doença, mas que são expostos. Ou seja, as principais indicações são: - Homens que fazem sexo com homens; - Transexuais; - Profissionais do sexo; - Casais sorodiscordantes. Esquema: O esquema da PrEP é feito com Tenofovir e Entricitabina é feito de maneira diária e ininterrupta. Doenças relacionadas à AIDS São doenças relacionadas à imunodeficiência, o que gera o surgimento de doenças oportunistas, sendo principalmente doenças respiratórias e neurológicas. Pneumoaids: - Pneumocistose (PCP): é uma doença fúngica causada pelo Pneumocystis jirovecii, o que promove uma inflamação da membrana alveolocapilar. Quadro Clínico: dispneia progressiva, que pode levar a uma dispneia em repouso, tosse seca, ausculta normal, perda de peso; Laboratório: hipoxemia e alcalose respiratória (Taquipneia lava o CO2) e LDH > 500; Imagem: Radiografia de tórax demonstra infiltrado intersticial bilateral, principalmenteem base. Não há adenopatia hilar ou derrame pleural. É comum em pessoas com CD4 < 200 ou pessoas com candidíase oral Indicando Imunossupressão; Diagnóstico: isolamento (escarro e coloração por prata/PCR); Tratamento: Sulfametoxazol + Trimetropin (Bactrim) por 21 dias IV se grave ou VO se leve; Se PAO2 < 70: associar Corticoide; Oxigenioterapia. Profilaxia com Bactrim: Feita se: CD4 < 200 ou; Candida oral OU; Febre > 2 semanas. 5 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP - Tuberculose em pessoas com AIDS: ocorre em qualquer faixa de CD4, sendo causada pelo Mycobacterium tuberculosis. Imagem: Se CD4 > 350: cavitação apical; Se CD4 < 350: padrão miliar. Tratamento: Se pulmonar: RIPE; Iniciar TARV 2 semanas após (se Neurotuberculose espera-se 8 semanas após) Dobrar a dose do Dolutegravir até 15 dias após RIPE, uma vez que a rifampicina reduz a concentração sérica do Dolutegravir. Neuroaids: - Meningite/neurocriptococose: representa um quadro mais brando, quando comparado a meningites em pacientes sem diagnóstico de AIDS. Neurocriptococose: é causado pelo Cryptococcus neoformans; Quadro clínico subagudo de: febre, cefaleia (por HIC Grave), com raros sinais meníngeos e paralisia do sexto par craniano (ocorre compressão devido ao aumento da PIC); Diagnóstico: é feito pelo líquor: aumento da pressão liquorica; aumento da celularidade (mononuclear), aumento de proteínas e redução de glicose. O exame específico do líquor que dá diagnóstico é tinta nanquim positivo. Pode-se lançar mão de cultura e do antígeno criptocócico. TINTA DE NANQUIM DELINEANDO AS CÉLULAS FUNGICAS Tratamento: é feito com Anfotericina B + flucitosina. Para Pressão > 25 deve-se fazer uma punção lombar de alívio (15-20 ml/dia). OBS: Se sinais de HIC, só se realiza a punção lombar após uma TC para afastar uma lesão expansiva. - Encefalite/lesão focal: gera um sinal neurológico focal por compressão do parênquima; Neurotoxoplasmose: é causada pelo Toxplasma gondii. É uma doença de reativação. Quadro Clínico: febre, sinal focal (hemiparesia), convulsão e cefaleia; Diagnóstico: Clínica (quadro clínico arrastado) + TC de crânio compatível (realce anelar pelo contraste, edema perilesional e múltiplas lesões hipodensas em gânglios de base). REALCE ANELAR PELO CONTRASTE Tratamento: Sulfadiazina + Pirimetamina + ácido Folínico; Profilaxia se CD4 < 100 + IgG positivo para toxo: feito com Sulfametoxazol + Trimetropin (Bactrim). Linfoma primário do SNC: deve-se ser pensado após 14 dias de tratamento de Neurotoxoplasmose sem resposta. É causado pelo vírus Epstein-barr. Quadro Clínico: semelhante à Neurotoxoplasmose, sem melhora após 14 dias de tratamento; Diagnóstico: CD4 < 50 + PCR positivo para EBV no líquor + Ressonância com lesão única (realce anelar pelo contraste) + biópsia; Tratamento: radioterapia paliativa. (Não tem teto para realizar quimioterapia, uma vez que já tem baixo linfócitos). LMP (leucoencefalopatia múltipla progressiva): o paciente tem um déficit focal mais arrastado. É causado pelo vírus JC. Quadro Clínico: múltiplos sinais focais (“múltiplos AVC’s); Diagnóstico: RM de crânio: hiperintensidade na substância branca em T2; Tratamento: TARV.
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