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Direitos Reais - Curricularização da extensão.

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL 
ÁREA DE CONHECIMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS 
 
 
 
 
 
CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO 
 
 
 
 
DISCIPLINA: DIREITOS REAIS 
AMANDA EILLEN QUOOS RODRIGUES 
 
 
 
 
 
 
FARROUPILHA 
2023 
DIREITOS REAIS 
 
 Conceitos básicos dos direitos reais: também conhecido como direito das coisas, trata das 
relações jurídicas através das normas, princípios e regras que regulamentam o direito das pessoas 
aos bens ou coisas alheias. 
 
 Os direitos e deveres do cidadão relacionados ao tema posse e dos direitos reais, 
notadamente à propriedade: Com previsão no art. 1.210 a 1.222 do CC que dispõe 
sinteticamente: 
- Direitos: percepção dos frutos, às benfeitorias e usucapião, nesse caso, o cidadão poderá 
receber os ganhos e rendimentos decorrentes dos bens, de forma contínua e frequente. 
- Deveres: responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa, o cidadão que praticar atos que 
danifiquem ou venha a perder o bem, deve ser responsabilizado pelos seus atos no sentido de 
consertar, comprar ou indenizar o dono/proprietário do bem. 
 
Os direitos reais são elencados do art. 1.196 a 1.224 do Código Civil. Já os direitos fundamentais 
aplicáveis à posse e aos Direitos Reais encontram respaldo jurídico no rol do art. 6º e art. 226, 
da Constituição Federal que refere que o direito real é uma garantia do ser humano, no sentido 
de que há o direito de propriedade e moradia ao cidadão, para cumprir a função social que 
também é constitucionalmente assegurado, bem como a proteção a família, previsto. 
 
 As espécies de direitos reais: 
 
Art. 1.225. São direitos reais: I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o 
usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; 
VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese. XI - a concessão de uso especial para fins 
de moradia; XII - a concessão de direito real de uso; XIII - a laje. 
 
Propriedade: É o direito que alguém possui sobre um bem podendo reaver contra quem detenha 
ou possua injustamente. É o poder de desfrutar e utilizar de maneira integral, tudo relacionado 
aquele bem. Os poderes da propriedade plena são de uso1, gozo/fruição2, disposição3 e 
recuperação do bem (reaver4). 
 
1 Usar como quiser e bem entender para atender suas necessidades. 
2 Explorar economicamente a coisa. 
3 Se desfazer do bem, venda. 
4 Usar os meios de defesa necessários para reaver o bem novamente o colocando a sua disposição outra vez. 
 
Superfície: Consiste na faculdade de manter, perpétua ou temporariamente, uma obra em terreno 
alheio ou de nele fazer ou manter plantações. 
 
As servidões: É o direito real em que o proprietário de um imóvel consente voluntariamente, ou 
tolera por título compulsivo, servir o imóvel vizinho de maneira limitada. Existem vários tipos de 
servidão, porém o que é mais utilizado é a servidão de passagem 
 
O usufruto: Esse é um instrumento jurídico que permite que uma pessoa (usufrutuário) utilize e 
desfrute de um bem ou propriedade que pertence a outra pessoa (proprietário). Assim o 
usufrutuário poderá aproveitar dos benefícios relacionados a ele, como receber aluguel ou colher 
os frutos de uma plantação. 
 
O uso: O uso é um direito de desfrutar de uma coisa e suas utilidades por tempo determinado 
em casos em que o uso seja exclusivo para o sustento e/ou necessidade do usuário e de sua 
família, que ocorre por título gratuito ou oneroso. 
 
A habitação: Esse direito confere ao cônjuge ou parceiro sobrevivente, o direito de permanecer 
residindo no imóvel que servia de moradia para o casal, sem qualquer ônus, independentemente 
do regime de bens e da condição de herdeiro do falecido. Sua finalidade é garantir que o viúvo 
ou viúva permaneça no local em que antes residia com sua família, garantindo-lhe uma moradia 
digna. 
 
O direito do promitente comprador do imóvel: nesse caso o comprador do imóvel alheio, tem o 
direito real sob um compromisso ou promessa acerca de uma compra e venda que por alguma 
razão não foi concluída ou lhe foi repassado o justo título do bem, registro em seu nome do móvel 
ou imóvel, assim poderá entrar com uma ação, no intuito de garantir com o pactuado com o 
respaldo legal, assim não será prejudicado. 
 
O penhor: É o direito dado ao credor e receber um bem como garantia de uma dívida por parte 
do devedor. O penhor é um direito real de garantia associado a bens móveis, como joias, relógios 
e pedras preciosas. Nele, você pode apresentar um item para avaliação em uma instituição 
financeira e deixá-lo como garantia para adquirir crédito e em caso de não realizar o pagamento 
o item passará à pertencer ao credor, mas se houver o pagamento, o item é devolvido. 
 
A hipoteca: Na hipoteca, o devedor hipotecante permanece com a posse do imóvel, gozando 
de todos os direitos sobre ele, e inclusive percebendo frutos. Por exemplo: a pessoa decide 
comprar um apartamento e realiza uma hipoteca com o banco para tal (ao qual pagará em 
prestações), assim, a pessoa poderá morar na residência ou alugá-la, o bem só será de 
propriedade da pessoa que realizou a hipoteca, quando quitar a dívida com o banco. 
 
A anticrese: Acontece quando o devedor (aquele que deve), transfere ao credor o direto dos 
frutos e rendimentos de um determinado bem imóvel como garantia em caso de inadimplência. 
Por exemplo: o dono de uma sala transfere ao credor o direito de receber os aluguéis daquele 
imóvel caso não consiga pagar sua dívida, mas a posse desse bem continuará sendo do devedor. 
 
A concessão de uso especial para fins de moradia: Tem como objetivo promover a utilização do 
bem público, levando em conta a função social e o direito de moradia, e tende regularizar a 
moradia das famílias que moram irregularmente. A administração pública concede ao ocupante 
um imóvel público urbano de até 250 (duzentos e cinquenta) metros quadrados, o ocupante pode 
usar esse imóvel para seu uso ou de sua família, sendo assim, também, não pode possuir nenhum 
outro bem em área rural ou urbana; pode ser utilizada por 5 (cinco) anos de forma pacífica e 
ininterrupta. 
 
A concessão de direito real de uso: Sua aplicação pode ser efetivada em terrenos públicos ou 
particulares, remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, e possui fins 
específicos: “de regularização fundiária de interesse social, urbanização, industrialização, 
edificação, cultivo da terra, aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das 
comunidades tradicionais e seus meios de subsistência ou outras modalidades de interesse social 
em áreas urbanas5”. 
 
A laje: direito de uso, fruição, e de disposição sobre a parte ou a totalidade do espaço aéreo 
existente sobre sua propriedade imóvel, mas a uma altura que ainda lhe permita a utilização do 
solo e/ou subsolo. É o puxadinho. 
 
 
 
5 Concessão de direito real de uso. Enciclopédia Jurídica da PUCSP. 
Referências Bibliográficas: 
 
ARRUDA ALVIM NETTO, José Manoel de. Comentários ao Código Civil brasileiro: Livro introdutório 
ao direito das coisas e o direito civil. v. 1 1 , t. 1 . Rio de Janeiro: Forense, 2009. 
 
BRASIL. Institui o Código Civil. Lei n.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002. 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. 
 
LUFT, Rosângela. Concessão de direito real de uso. Enciclopédia Jurídica da PUCSP. Abril. 2017. 
Disponível em: <https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/16/edicao-1/concessao-de-
direito-real-de-uso> 
 
MIRANDA, Vitor da Cunha. A concessão de direito real de uso (CDRU) e a concessão de uso 
especial para fins de moradia (CUEM) como instrumentos de regularização fundiária em áreas 
públicas no Brasil. Abril. 2016. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/48642/a-concessao-
de-direito-real-de-uso-cdru-e-a-concessao-de-uso-especial-para-fins-de-moradia-cuem-como-instrumentos-de-regularizacao-fundiaria-em-areas-publicas-no-brasil> 
 
Tartuce, Flávio. Direito Civil: direito das coisas / Flávio Tartuce. – 13. ed – Rio de Janeiro: Forense, 
2021.

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