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Aula 10 Doença de Parkinson

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Introdução 
 Função dos núcleos da base: 
➢ Iniciação e execução de movimentos 
repetitivos e automáticos; 
➢ Ajustes preparatórios (posturais); 
➢ Compara informações proprioceptivas 
com os comandos para o movimento (integração 
sensório-motora); 
➢ Produção de movimentos autogerados; 
➢ Influência indireta sobre a área motora 
suplementar. 
Doença de Parkinson 
 É uma doença idiopática caracterizada 
pela destruição (degenerativa progressiva) dos 
neurônios dopaminérgicos da substância negra 
(núcleos da base) e que tem como consequência 
a redução drástica dos níveis de dopamina no 
corpo estriado dos pacientes. 
 Tríade: bradicinesia, rigidez, tremor e 
desequilíbrio. 
ETIOLOGIA: 
➢ Doença de Parkinson (primária): 
idiopática, instabilidade postural, distúrbios da 
marcha, tremor, bradicinesia; 
➢ Parkinsonismo pós-infeccioso 
(secundário): encefalite letárgica, meningite; 
➢ Parkinsonismo tóxico (secundário): 
venenos industriais ou produtos químicos 
(manganês); 
➢ Parkinsonismo iatrogênico (farmacológico 
e secundário): drogas interferem no mecanismo 
dopaminérgico (pré ou pós-sináptico); 
➢ Metabólicas (secundário): distúrbios do 
cálcio; 
➢ Síndrome Parkinson-plus (acinéticas-
rígidas): afetam a substância negra e degeneram 
a via nigro-estrital – com o tempo aparecem 
novos sinais (ex.: cognição). 
Sintomas Motores 
➢ Bradicinesia: lentificação do movimento 
voluntário, Acinesia (perda da movimentação 
espontânea); 
➢ Face em máscara: rigidez nos músculos da 
face que dificulta a expressão dos sentimentos; 
➢ Instabilidade postural: perda de 
movimentação espontânea; 
➢ Congelamento (freezing): dificuldade de 
começar ou continuar movimentos repetitivos e 
rítmicos (fala, escrita e marcha); 
➢ Rigidez muscular: maior resistência ao 
movimento passivo (mm extensores e flexores); 
o Fenômeno da roda dentada: 
resistência intermitente à 
movimentação passiva; 
o Sinal de Froment: “rigidez ativa”: por 
movimentos voluntários 
contralaterais; 
o Atitude em flexão do tronco, 
cotovelos, mãos, articulações MCF e 
MMII – postura simiesca. 
➢ Tremor de repouso sinais clínicos: 
o Oscilação rítmica, mecânica de uma 
parte do corpo –> em repouso (sinal 
cardinal). Coexistir: tremor 
fisiológico exacerbado, tremor 
essencial e ao escrever; 
o Frequência 3 – 6 horas; 
o Predomina em MMSS, lábios e 
mandíbula; 
o Pode ser deflagrado pela 
concentração em tarefas físicas e/ou 
mentais. 
SINTOMAS NÃO MOTORES: 
 
Diagnóstico 
➢ Evidência de progressão da doença; 
➢ Pelo menos 2 dos sinais cardinais (tremor, 
rigidez, bradicinesia, instabilidade postural); 
➢ Fatores preditivos para diagnóstico de 
DP: tremor em repouso, assimetria do 
comprometimento, resposta a Levedopa 
(melhora funcional ou discinesia); 
➢ Ausência de outra etiologia e de outros 
sinais/sintomas; 
Doença de Parkinson 
➢ Primeiros sintomas são vagos e 
inespecíficos: fraqueza inexplicável, 
fatigabilidade não comprovada, dores 
musculares, câimbras, depressão; 
➢ Apresentação de sinais cardinais: tremor 
(dificuldade na alimentação, vestimenta...). 
Classificação 
 
 
Avaliação 
➢ Tempo de reação e tempo de movimento: 
o Dificuldade de iniciar o movimento 
(TR – tempo de reação); 
o Aumento no tempo de movimento 
(TM). 
➢ Execução de movimentos sequenciais: 
o Lentificação generalizada; 
o Dificuldade em movimentos balísticos 
simples (única articulação) e 
movimentos sequenciais 
(automáticos). 
➢ Execução de movimentos simultâneos: 
o Dificuldade de executar atos 
motores simultâneos (duas tarefas 
motoras ao mesmo tempo); 
o Déficit no planejamento motor 
(programa motor); 
o Ativação muscular inadequada 
(produzir e regular a força); 
o Dificuldade em prover pistas internas 
para o desempenho de atividades 
aprendidas ou movimentos 
sequenciais. 
➢ Execução da marcha: 
o Lentidão do movimento e dificuldade 
de iniciação; 
o Passos curtos e arrastados; 
o Comprimento de passos desiguais; 
o Postura fletida típica; 
o Movimento de braços reduzidos; 
o Diminuição angular dos MMII; 
o Festinação (aumento da velocidade e 
diminuição do passo); 
o Diminuição da velocidade; 
o Aumento da cadência; 
o Diminuição da passada; 
o Aumento do duplo apoio; 
o Utilização de pistas visuais na marcha 
produz aumento da passada e 
velocidade. 
➢ Ajustes posturais: 
o Alteração na responsividade central 
ou utilização deficitária das 
informações sensoriais (integração 
sensório-motora); 
o Déficits na programação central 
(respostas posturais rápidas e 
coordenadas). 
Comportamentos 
MOTOR ADAPTATIVO: 
➢ Bradicinesia: lentidão dos movimentos; 
➢ Adaptação (estratégia) para ativação 
muscular; 
➢ As alterações nos padrões motores na DP 
podem ser adaptações e não desordens 
primárias. 
FUNÇÃO OROMOTORA: 
➢ Modulação da voz (disfonia), rouquidão, 
diminuição do volume e tom monótono; 
➢ Distúrbios do ritmo hesitação inicial, 
cadência lenta, lentificação e aceleração 
involuntárias; 
➢ Disartria hipocinética; 
➢ Disfagia (50%). 
FUNÇÕES PULMONARES: 
➢ Achados comuns: postura em flexão, 
imobilidade, mais presentes nos pacientes 
moderados e graves. 
Complicações Secundárias 
 Capsulite adesiva, estresse postural, 
alterações musculoesqueléticas, apatia, 
depressão, fadiga, diminuição do piscar, 
disfunções autonômicas, disfunção 
cardiopulmonar. 
Avaliação Clínica da DP 
 
 
 Rigidez, sensibilidade, força muscular, 
coordenação, reflexos, amplitude articular de 
movimento, função cardiorrespiratória, 
equilíbrio e marcha, padrões motores e 
independência funcional. 
Tratamento 
FARMACOLÓGICO: 
➢ Corrigir o desequilíbrio de 
neurotransmissores dentro do circuito dos 
núcleos da base; 
➢ Levodopa: padrão ouro, alívio dos 
sintomas de rigidez, bradicinesia e tremor; 
➢ Agonistas dopaminérgicos: pernas 
inquietas, sono, acinesia, ...; 
➢ O que devemos observar: 
o Aumento dos benefícios da terapia 
física; 
o Definir expectativas realistas; 
o Incentiva-las a comunicar sobre os 
medicamentos e reduzir prescrições 
desnecessárias. 
➢ Complicações motoras advindas dos 
medicamentos: 
o Flutuações motoras de resposta em 
períodos On e Off; 
o Distonia matinal: espasmo muscular – 
cãimbra grave; 
o Discinesias: movimento involuntário. 
➢ Interações entre exercício e medicação: 
o A farmacoterapia é útil para os sinais 
motores, mas pode piorar os não 
motores (transtornos compulsivos); 
o A eficácia diminui com o uso crônico 
de L-Dopa; 
o Efeitos positivos da atividade física 
em distúrbios induzidos por drogas 
(amantadina ou L-Dopa). 
➢ Interações entre exercício e medicação: 
exercícios resistidos podem produzir melhora na 
resposta motora a L-Dopa, quando comparada à 
condição de repouso. 
NEUROCIRÚRGICO: 
➢ Estimulação Cerebral Profunda (ECP): 
eletroestimulação de alta frequência através de 
eletrodos implantados no cérebro, usando um 
marca passo; 
➢ Indicações: estágio avançado, tremor 
resistente ao tratamento, ausência de demência, 
depressão grave ou psicose. 
Fisioterapia 
➢ Redução de rigidez na bola ou rolo; 
➢ Oscilação de MMSS; 
➢ Capacidade física; 
o Envolve a capacidade dos sistemas 
neuromuscular e cardiorrespiratório 
(tolerância ao exercício, mobilidade 
articular, tônus, potência e 
resistência muscular); 
o Práticas relacionadas a tarefa e ao 
contexto; 
o Treino aeróbico e de resistência: 
diminuição da força muscular em 
flexores e extensores de quadril, 
joelho, punho, mão e músculos axiais; 
o Alongamento: é essencial pois diminui 
a rigidez muscular da DP; 
o Sempre com moderação e 
respeitando o nível de 
comprometimento. 
➢ Transferências: rolar (FNP), sentar, 
levantar, caminhar, alcançar; 
o Práticas nos ambientes do paciente; 
o Melhorar as habilidades motoras e 
espaciais; 
o Maior e melhor feedback. 
➢ Atividades manuais: alterações na 
fluidez, coordenação, eficiência e velocidade(destreza). 
➢ Equilíbrio e quedas: dupla tarefa. 
➢ Marcha; 
➢ Áreas adicionais; 
➢ Centralização no paciente e apoio ao 
autocuidado; 
 
Pistas visuais e auditivas 
 A execução do movimento não é 
homogênea devido as pistas internas rítmicas 
não serem providas adequadamente. 
➢ Pistas auditivas rítmicas externas 
suplementam a ausência ou deficiência do rítmo 
interno; 
➢ Linhas tranversais: linhas separadas por 
larguras adequadas e com cores que contrastem 
com o chão; 
o A fixação de marcadores no solo é 
uma técnica que pode ser muito 
eficiente na regulação do 
comprimento do passo; 
o Melhora efetiva na marcha do 
paciente com DP; 
o O paciente é instruído a andar sobre 
as marcas no chão e deste modo 
encontrar o comprimento de passo 
adequado.

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