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Aula 11 Atuação Fisioterapêutica nas Ataxias

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Cerebelo 
 É considerado um cérebro pequeno, 
estrutura suprassegmentar que não geram 
movimento algum; mas, através de seus núcleos 
e conexões, participa de integração e controle 
de todos os atos motores (voluntários, 
automáticos, reflexos e posturais). 
Funções do Cerebelo 
MOTORAS: 
➢ Execução do movimento com precisão; 
➢ Controle postural, movimento seletivo e 
coordenação de ambos; 
➢ Modulação do tônus muscular; 
➢ Manutenção de postura e balance; 
➢ Antecipação ás respostas corporais nos 
movimentos complexos; 
➢ Previsão e ajuste para as múltiplas forças 
em um membro; 
➢ Modulação da força, amplitude, ritmo, 
frequência, início e término do movimento; 
➢ Atuação no controle por feedback dos 
movimentos distais; 
➢ Controle dos movimentos balísticos; 
➢ Aperfeiçoamento do ato motor e 
facilitação do aprendizado motor implícito. 
NÃO MOTORAS: 
➢ Planejamento de feedfoward baseado em 
experiências armazenadas automaticamente 
sem uso da cognição; 
➢ Memória verbal e atenção; 
➢ Atuação no processo cognitivo. 
Conexões Funcionais 
 
AFERÊNCIAS: 
➢ Vias de alta fidelidade: 
o Trato Espino-Cerebelar Posterior: 
MMII, metade inferior do corpo; 
o Trato Cúneo-Cerebelar: MMSS, 
metade superior do corpo. 
➢ Vias de feedback interno: 
o Trato Espino-Cerebelar Anterior: 
medula tóraco-lombar; 
o Trato Rostro-Espino-Cerebelar: 
medula cervical. 
EFERÊNCIAS: 
➢ Vestibulo-Cerebelo (arquicerebelo) => 
equilíbrio; 
➢ Espino-Cerebelo (paleocerebelo) => 
movimentos grosseiros dos membro; 
➢ Cérebro-Cerebelo (neocerebelo) => 
movimentos voluntários finos e distais. 
Principais Etiologias dos 
Distúrbios Cerebelares 
➢ Lesão encefálica difusa; 
➢ Acidente vascular encefálico; 
➢ Insuficiência vertebrobasilar; 
➢ Tumor cerebelar; 
➢ Encefalite cerebelar; 
➢ Doenças cerebelares degenerativas; 
➢ Esclerose múltipla... 
Ataxia 
 Falta de coordenação dos diversos 
grupos musculares que participam do movimento 
intencional. 
 O distúrbio pode se referir tanto à 
velocidade e amplitude de movimento como a 
direção e à força com a qual ele é realizado. 
 É um sinal neurológico, e não uma doença! 
Fisiopatologia 
 Lesões em diferentes áreas => resultam 
em diferentes deficiências e afetam os 
membros ipsilaterais à lesão. 
 
➢ Arquicerebelo ou cerebelo vestibular: 
canais semicirculares (sistema vestibular); 
➢ Paleocerebelo ou cerebelo espinhal: 
controle do tônus muscular e postural dos 
membros; 
Atenção Fisioterapêutica nas Ataxias 
➢ Neocerebelo ou cerebelo cortical: 
conexões com o córtex cerebral => movimentos 
finos, manifestações no tronco. 
Tipos de Ataxia 
➢ Ataxia do tronco: o tronco oscila na 
posição sentada, em virtude da falta de 
coordenação presente na musculatura do tronco; 
o Indica afecções do vérmis do 
cerebelo. 
➢ Ataxia dos membros: falta de 
coordenação da musculatura dos membros; 
o Indica lesão dos hemisférios 
cerebelares. 
➢ Marcha atáxica: devida à combinação da 
ataxia do tronco com a ataxia dos membros. 
Etiologia 
 Origem: SNC ou SNP ou genético 
(hereditário) ou adquirido. 
 Muitos casos de ataxia podem ser 
atribuídos à necrose de células nervosas no nível 
do SNC, principalmente no cerebelo ou na 
medula espinal. 
ATAXIAS DEVIDA ÀS AFECÇÕES DO SNC: 
➢ Principalmente as ataxias de origem 
genética: 
o Ataxias de transmissão autossômica 
dominante; 
o Ataxias autossômicas recessivas. 
➢ De origem não genética: 
o Intoxicação alcoólica que evoluem 
para a degeneração do cerebelo e do 
vérmis cerebelar; 
o Hipotireoidismo e os tumores 
cerebelares, esclerose múltipla, 
infartos e outras doenças 
degenerativas. 
ATAXIAS DEVIDA AOS DISTÚRBIOS DO 
SNP: 
➢ Polineuropatias. 
Exame Fisioterapêutico 
AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO: 
➢ Dismetria: típica da ataxia de origem 
cerebelar. 
o Dedo – nariz, calcanhar – canela. 
o Provoca hiper ou hipometria. 
➢ Disdiadococinesia: falhas na execução de 
movimentos alternados rápidos. 
o Alternância rápida da pronação e 
supinação. 
➢ Dissinergia: os erros da coordenação 
entre agonista, antagonista e sinergista tornam 
os movimentos hesitantes e sem harmonia. 
➢ Fenômeno de Recharço (rebote): 
disfunção entre agonista e antagonista na 
frenagem do movimento; 
➢ Controle postural e marcha: o paciente 
tem dificuldade de se manter ereto contra a 
ação da gravidade; 
➢ Nistagmo: movimentos oscilatórios 
ritmicos dos globos oculares; 
➢ Observação dos movimentos: compensa 
sua insegurança na posição em pé e durante a 
marcha, adotando uma base alargada. 
o Encosta os cotovelos sobre a mesa 
para poder realizar movimentos finos. 
AVALIAÇÃO DA FORÇA: 
➢ Na ataxia cerebelar não há diminuição da 
força máxima. 
➢ No entanto, a força produzida não pode 
ser mantida. 
AVALIAÇÃO DO TÔNUS: 
➢ Hipotonia: falta de atividade dos núcleos 
denteado (parte profunda do hemisfério 
cerebelar); 
➢ Proximalmente nas extremidades; 
➢ Afeta os reflexos de estiramento; 
➢ Reflexos pendulares. 
AVALIAÇÃO DA MARCHA: 
➢ Aumento da base de apoio (sustentação); 
➢ Transtornos da marcha. 
TREMOR DE INTENÇÃO (CINÉTICO): 
➢ Ao iniciar o movimento (dedo-nariz). 
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO – SARA: 
1. Marcha; 
2. Postura; 
3. Sentar; 
4. Distúrbios da fala; 
5. Teste de perseguição do dedo; 
6. Teste index-nariz; 
7. Movimentos alternados e rápidos das 
mãos; 
8. Manobra calcanhar-joelho. 
Tratamento Fisioterapêutico 
PRINCÍPIOS BÁSICOS: 
➢ Comando verbal; 
➢ Monitorar o alinhamento corporal com 
frequência; 
➢ Evitar fixações; 
➢ Iniciar o controle motor por partes, uma 
articulação por vez; 
➢ Sempre estabelecer o objetivo funcional; 
➢ Ação mais do que a reação; 
➢ Desafiar o controle postural 
progressivamente; 
➢ Treino assimétrico; 
➢ Treino de resistência muscular funcional; 
➢ Ativar todos ou a maioria dos sistemas 
durante a tarefa funcional; 
➢ O tratamento deve ser sempre 
desafiador. 
PRINCIPAIS PROBLEMAS ADVINDOS DA 
ATAXIA CEREBELAR: 
➢ Aumento do nível de atenção para o 
controle do movimento; 
➢ Balance estático em pé; 
➢ Balance dinâmico; 
➢ Fixação proximal; 
➢ Uso dominante da fixação dos olhos; 
➢ Perda da percepção espacial e da 
consciência corporal; 
➢ Mau alinhamento articular. 
PROPOSTAS TERAPÊUTICAS: 
➢ Controle da postura, da motricidade e do 
balance; 
➢ Instabilidade postural, consciência 
corporal e percepção; 
➢ Perceção e sensação; 
➢ Instabilidade postural, treino 
proprioceptivo e orientação corporal; 
➢ Adaptações.

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