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Cerebelo É considerado um cérebro pequeno, estrutura suprassegmentar que não geram movimento algum; mas, através de seus núcleos e conexões, participa de integração e controle de todos os atos motores (voluntários, automáticos, reflexos e posturais). Funções do Cerebelo MOTORAS: ➢ Execução do movimento com precisão; ➢ Controle postural, movimento seletivo e coordenação de ambos; ➢ Modulação do tônus muscular; ➢ Manutenção de postura e balance; ➢ Antecipação ás respostas corporais nos movimentos complexos; ➢ Previsão e ajuste para as múltiplas forças em um membro; ➢ Modulação da força, amplitude, ritmo, frequência, início e término do movimento; ➢ Atuação no controle por feedback dos movimentos distais; ➢ Controle dos movimentos balísticos; ➢ Aperfeiçoamento do ato motor e facilitação do aprendizado motor implícito. NÃO MOTORAS: ➢ Planejamento de feedfoward baseado em experiências armazenadas automaticamente sem uso da cognição; ➢ Memória verbal e atenção; ➢ Atuação no processo cognitivo. Conexões Funcionais AFERÊNCIAS: ➢ Vias de alta fidelidade: o Trato Espino-Cerebelar Posterior: MMII, metade inferior do corpo; o Trato Cúneo-Cerebelar: MMSS, metade superior do corpo. ➢ Vias de feedback interno: o Trato Espino-Cerebelar Anterior: medula tóraco-lombar; o Trato Rostro-Espino-Cerebelar: medula cervical. EFERÊNCIAS: ➢ Vestibulo-Cerebelo (arquicerebelo) => equilíbrio; ➢ Espino-Cerebelo (paleocerebelo) => movimentos grosseiros dos membro; ➢ Cérebro-Cerebelo (neocerebelo) => movimentos voluntários finos e distais. Principais Etiologias dos Distúrbios Cerebelares ➢ Lesão encefálica difusa; ➢ Acidente vascular encefálico; ➢ Insuficiência vertebrobasilar; ➢ Tumor cerebelar; ➢ Encefalite cerebelar; ➢ Doenças cerebelares degenerativas; ➢ Esclerose múltipla... Ataxia Falta de coordenação dos diversos grupos musculares que participam do movimento intencional. O distúrbio pode se referir tanto à velocidade e amplitude de movimento como a direção e à força com a qual ele é realizado. É um sinal neurológico, e não uma doença! Fisiopatologia Lesões em diferentes áreas => resultam em diferentes deficiências e afetam os membros ipsilaterais à lesão. ➢ Arquicerebelo ou cerebelo vestibular: canais semicirculares (sistema vestibular); ➢ Paleocerebelo ou cerebelo espinhal: controle do tônus muscular e postural dos membros; Atenção Fisioterapêutica nas Ataxias ➢ Neocerebelo ou cerebelo cortical: conexões com o córtex cerebral => movimentos finos, manifestações no tronco. Tipos de Ataxia ➢ Ataxia do tronco: o tronco oscila na posição sentada, em virtude da falta de coordenação presente na musculatura do tronco; o Indica afecções do vérmis do cerebelo. ➢ Ataxia dos membros: falta de coordenação da musculatura dos membros; o Indica lesão dos hemisférios cerebelares. ➢ Marcha atáxica: devida à combinação da ataxia do tronco com a ataxia dos membros. Etiologia Origem: SNC ou SNP ou genético (hereditário) ou adquirido. Muitos casos de ataxia podem ser atribuídos à necrose de células nervosas no nível do SNC, principalmente no cerebelo ou na medula espinal. ATAXIAS DEVIDA ÀS AFECÇÕES DO SNC: ➢ Principalmente as ataxias de origem genética: o Ataxias de transmissão autossômica dominante; o Ataxias autossômicas recessivas. ➢ De origem não genética: o Intoxicação alcoólica que evoluem para a degeneração do cerebelo e do vérmis cerebelar; o Hipotireoidismo e os tumores cerebelares, esclerose múltipla, infartos e outras doenças degenerativas. ATAXIAS DEVIDA AOS DISTÚRBIOS DO SNP: ➢ Polineuropatias. Exame Fisioterapêutico AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO: ➢ Dismetria: típica da ataxia de origem cerebelar. o Dedo – nariz, calcanhar – canela. o Provoca hiper ou hipometria. ➢ Disdiadococinesia: falhas na execução de movimentos alternados rápidos. o Alternância rápida da pronação e supinação. ➢ Dissinergia: os erros da coordenação entre agonista, antagonista e sinergista tornam os movimentos hesitantes e sem harmonia. ➢ Fenômeno de Recharço (rebote): disfunção entre agonista e antagonista na frenagem do movimento; ➢ Controle postural e marcha: o paciente tem dificuldade de se manter ereto contra a ação da gravidade; ➢ Nistagmo: movimentos oscilatórios ritmicos dos globos oculares; ➢ Observação dos movimentos: compensa sua insegurança na posição em pé e durante a marcha, adotando uma base alargada. o Encosta os cotovelos sobre a mesa para poder realizar movimentos finos. AVALIAÇÃO DA FORÇA: ➢ Na ataxia cerebelar não há diminuição da força máxima. ➢ No entanto, a força produzida não pode ser mantida. AVALIAÇÃO DO TÔNUS: ➢ Hipotonia: falta de atividade dos núcleos denteado (parte profunda do hemisfério cerebelar); ➢ Proximalmente nas extremidades; ➢ Afeta os reflexos de estiramento; ➢ Reflexos pendulares. AVALIAÇÃO DA MARCHA: ➢ Aumento da base de apoio (sustentação); ➢ Transtornos da marcha. TREMOR DE INTENÇÃO (CINÉTICO): ➢ Ao iniciar o movimento (dedo-nariz). INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO – SARA: 1. Marcha; 2. Postura; 3. Sentar; 4. Distúrbios da fala; 5. Teste de perseguição do dedo; 6. Teste index-nariz; 7. Movimentos alternados e rápidos das mãos; 8. Manobra calcanhar-joelho. Tratamento Fisioterapêutico PRINCÍPIOS BÁSICOS: ➢ Comando verbal; ➢ Monitorar o alinhamento corporal com frequência; ➢ Evitar fixações; ➢ Iniciar o controle motor por partes, uma articulação por vez; ➢ Sempre estabelecer o objetivo funcional; ➢ Ação mais do que a reação; ➢ Desafiar o controle postural progressivamente; ➢ Treino assimétrico; ➢ Treino de resistência muscular funcional; ➢ Ativar todos ou a maioria dos sistemas durante a tarefa funcional; ➢ O tratamento deve ser sempre desafiador. PRINCIPAIS PROBLEMAS ADVINDOS DA ATAXIA CEREBELAR: ➢ Aumento do nível de atenção para o controle do movimento; ➢ Balance estático em pé; ➢ Balance dinâmico; ➢ Fixação proximal; ➢ Uso dominante da fixação dos olhos; ➢ Perda da percepção espacial e da consciência corporal; ➢ Mau alinhamento articular. PROPOSTAS TERAPÊUTICAS: ➢ Controle da postura, da motricidade e do balance; ➢ Instabilidade postural, consciência corporal e percepção; ➢ Perceção e sensação; ➢ Instabilidade postural, treino proprioceptivo e orientação corporal; ➢ Adaptações.
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