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1 MD009 – DIREITO CONSTITUCIONAL E INTERNACIONALIZAÇÃO ATIVIDADE PRÁTICA CASO PRÁTICO De acordo com os seguintes artigos da constituição espanhola: Artigo 10 1. A dignidade do indivíduo, seus direitos inerentes invioláveis, o livre desenvolvimento de sua personalidade, o respeito à lei e aos direitos dos outros são os alicerces da ordem política e da paz social. 2. As normas relativas aos direitos e liberdades fundamentais reconhecidos pela Constituição devem ser interpretadas de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos e os tratados e acordos internacionais sobre as mesmas matérias ratificados pela Espanha. Artigo 93 Uma lei orgânica pode autorizar a conclusão de tratados conferindo a uma organização ou instituição internacional o exercício de poderes derivados da Constituição. É responsabilidade das Cortes Gerais ou do Governo, conforme o caso, garantir o cumprimento destes tratados e das resoluções emitidas pelos órgãos internacionais ou supranacionais que detêm a cessão. Artigo 94 1. O consentimento do Estado para estar vinculado por tratados ou convenções requer a autorização prévia das Cortes Gerais nos seguintes casos: a) Tratados políticos. b) Tratados ou convenções de natureza militar. c) Tratados ou acordos que afetem a integridade territorial do Estado ou os direitos e deveres fundamentais estabelecidos no Título I. d) Tratados ou acordos que envolvam obrigações financeiras para o Tesouro. e) Tratados ou convenções envolvendo emendas ou revogações de qualquer lei ou exigindo medidas legislativas para sua implementação. 2. O Congresso e o Senado serão imediatamente informados sobre a conclusão dos demais tratados ou acordos. 2 Artigo 96 1. Tratados internacionais validamente concluídos, uma vez publicados oficialmente na Espanha, farão parte do sistema jurídico nacional. Suas disposições só podem ser derrogadas, modificadas ou suspensas da maneira prevista nos próprios tratados ou de acordo com as regras gerais do direito internacional. 2. Para a denúncia de tratados e convenções internacionais, será utilizado o mesmo procedimento previsto para sua adoção no artigo 94. Responda 1. Qual é a relação entre o sistema constitucional e o sistema internacional de direitos humanos na Espanha? R: Essa relação entre a Constituição espanhola e o sistema internacional de direitos humanos, já é evidente, conforme evidenciado pelo impacto do sistema internacional no plano doméstico, tanto normativo quanto jurisprudêncial. E o impacto das instituições domésticas na arena internacional, onde desenvolvimentos conceituais estão sendo feitos a partir da legislação doméstica para dar conteúdo e escopo aos direitos reconhecidos internacionalmente e para construir novas perspectivas sobre a proteção ideal dos direitos. A esfera internacional, mas também se aplica à esfera nacional. 2. Qual é a função do princípio da proporcionalidade em relação aos direitos fundamentais na Espanha? R: O princípio da proporcionalidade é a regra básica que deve ser observada tanto por quem exerce quanto por quem recebe o poder. A característica desse princípio é que ele pressupõe uma relação adequada entre um ou mais fins identificados e os meios para alcançá-los. Pretende, assim, criar uma relação entre fins e meios que oponha os fins e as bases da intervenção aos seus efeitos, possibilitando o excesso de controlo. Por fim, o princípio da proporcionalidade restringe a constituição por meio dos direitos fundamentais. É aí que adquire a maior importância, prestígio e ampla divulgação, juntamente com outros princípios fundamentais e similares, nomeadamente, o princípio da igualdade. 3. Como são aplicados os critérios de necessidade em relação aos direitos humanos fundamentais na Espanha? R: Na Espanha, os direitos fundamentais se aplicam às relações jurídicas com efeito direto e imediato, sem qualquer mediação legislativa. O princípio da proporcionalidade é o principal obstáculo ao reconhecimento de violações de direitos fundamentais na proteção internacional dos direitos humanos. Os respectivos acordos de direito internacional público utilizam o critério da necessidade como parâmetro normativo para definir os limites dos direitos que garantem, no interesse do bem comum. Finalmente, uma certa 3 margem é determinada pelo uso do critério da necessidade na avaliação dos objetivos perseguidos pela regulação. 4. Que limitações aos direitos humanos são permitidas pela Convenção Europeia de Direitos Humanos? R: Segundo o artigo 2° da CEDU, o direito de qualquer pessoa à vida é protegido pela lei. Ninguém poderá ser intencionalmente privado da vida, salvo em execução de uma sentença capital pronunciada por um tribunal, no caso de o crime ser punido com esta pena pela lei. Não haverá violação do presente artigo quando a morte resulte de recurso à força, tornado absolutamente necessário: a) Para assegurar a defesa de qualquer pessoa contra uma violência ilegal; b) Para efetuar uma detenção legal ou para impedir a evasão de uma pessoa detida legalmente; c) Para reprimir, em conformidade com a lei, uma revolta ou uma insurreição. 5. De acordo com os artigos 10, 93, 94 e 96 da Constituição espanhola, você considera que existe uma constitucionalização do direito internacional ou uma internacionalização do direito constitucional? R: Me parece estar claramente visível as duas tendências da internacionalização da constituição e da constitucionalização do direito internacional. A primeira é evidente nas regras genuínas do direito internacional incorporadas em toda a constituição espanhola. A segunda é revelada pelo estabelecimento de instituições políticas, às quais todas as nações legalmente organizadas obedecem, que adotam como tratados fundadores uma verdadeira constituição internacional, cujas instituições se assemelham muito às constituições internacionais. Porém, a internacionalização da constituição está mais evidente. Bibliografia: Aldao, M (2010). El principio de proporcionalidad y legitimidad del derecho internacional de derechos humanos(DIDH) en términos de democracia deliberativa. En L. Clérico, G. Capaldo y J. Sieckmann (drtrs.), Internacionalización del Derecho Constitucional, constitucionalización del Derecho Internacional (pp. 235-244) Editorial Eudeba. Alexy, R. y Sieckmann, J. (eds.). (2007). Die Prinzipientheorie der Grundrechte. Studien zur Grundrechtstheore. Editorial Baden-Baden. Alexy, R. (2010). Derechos fundamentales y proporcionalidad. En L. Clérico G. Capaldo Sieckmann (drtrs.), Internacionalización del Derecho Constitucional, constitucionalización del Derecho Internacional (pp. 183-197). Editorial Eudeba. ALEXY, Roberto. Teoria dos direitos fundamentais . Madri: Centro de Estudos Constitucionais, 1997. CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito constitucional. 5. ed. Coimbra: Almedina, 1992. MD009 – DIREITO CONSTITUCIONAL E INTERNACIONALIZAÇÃO Artigo 10 Artigo 93 Artigo 94 Artigo 96
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